terça-feira, 20 de junho de 2017

Primeira moeda a brilhar no escuro entra em circulação no Canadá



A moeda de dois dólares canadenses, que brilha no escuroDireito de imagemROYAL CANADIAN MINT
Image captionA nova (e brilhante) moeda canadense

O Canadá colocará em circulação sua primeira moeda - e do mundo - a brilhar no escuro.
Conhecida localmente como "toonie", a moeda de dois dólares canadenses (cerca de R$ 5) foi produzida após um concurso de design que recebeu mais de 10 mil inscrições.
Ela mostra duas pessoas remando em um barco com uma aurora boreal ao fundo.
A Royal Canadian Mint, instituição responsável pela produção das moedas, está colocando 3 milhões de "toonies" em circulação para comemorar o 150º aniversário do Canadá.
Durante o dia, a cena aparece colorida em azul e verde. No escuro, brilha.
A moeda foi projetada pelo médico Timothy Hsia, que se disse inspirado pelo tema do concurso - "nossas maravilhas".
"Queria escolher algo que fosse realmente maravilhoso", afirmou. "E acho que não há nada mais maravilhoso do que a aurora boreal canadense."


Moeda de 2012 que trazia um dinossauro colorido e, no escuro, seu esqueletoDireito de imagemROYAL CANADIAN MINT
Image captionMoeda feita em 2012 também brilhava no escuro, mas não entrou em circulação

A decisão de colocar em circulação a primeira moeda do mundo que brilha no escuro coube à Royal Canadian Mint, que também produz moedas para outros 75 países.
O porta-voz do órgão, Alex Reeves, diz que o objetivo é demonstrar "um pouco da inovação canadense junto ao orgulho pelas comemorações" dos 150 anos do país.
O país já havia experimentado a técnica de brilho no escuro em 2012, com uma moeda de 25 centavos que exibia um esqueleto de dinossauro, mas ela não chegou a entrar em circulação - teve, segundo a imprensa canadense, uma tiragem de 25 mil impressões para colecionadores, sendo vendida por cerca de 30 dólares canadenses (cerca de R$ 75).
BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Período de 1 milhão de anos de intensa atividade vulcânica levou à era dos dinossauros, diz estudo


VulcanoDireito de imagemISTOCK / GETTY IMAGES PLUS
Image captionCientistas dizem que intensas erupções ocorridas há 200 milhões de anos levaram à extinção de várias espécies de animais

Um período de um milhão de anos de uma intensa atividade vulcânica provavelmente abriu caminho para o início da era dos dinossauros, sugere um novo estudo publicado no periódico científico PNAS.
Cientistas encontraram rochas antigas com traços de emissões de massivas erupções vulcânicas ocorridas há cerca de 200 milhões de anos.
Essas erupções teriam levado a uma das maiores extinções em massa de que se tem notícia - a Extinção do Triássico -, permitindo que os dinossauros passassem a dominar o planeta.
Entre as espécies extintas, segundo o estudo, estavam criaturas semelhantes a crocodilos, mamíferos parecidos com répteis e os primeiros anfíbios.
"Os dinossauros puderam explorar os nichos ecológicos que ficaram livres pela extinção", explicou o autor principal do estudo, Lawrence Percival, do departamento de ciências da Terra da Universidade de Oxford.

VulcanoDireito de imagemSCIENCE PHOTO LIBRARY
Image captionCenário nesse período de alta atividade de vulcões era de 'fissuras, rachaduras se abrindo na crosta terrestre com fogo e lava jorrando para fora'

Qualquer ser vivo nas proximidades das erupções teria sido afetado, diz a pesquisa. Mas mesmo criaturas vivendo mais à distância também teriam problemas: as repetidas erupções teriam devastado um habitat extenso, bloqueando o sol e levando ao aumento dos níveis de dióxido de carbono.
Mesmo assim, os primeiros dinossauros desse período conseguiram sobreviver a essas difíceis condições de vida - e os pesquisadores não sabem como.
Assim que os vulcões se acalmaram, restavam poucos de seus competidores, permitindo o surgimento da era dos dinossauros.

Aumento de mercúrio

Os pesquisadores analisaram rochas vulcânicas de quatro continentes que datam deste período turbulento.
Um estudo anterior avaliou como os níveis de carbono variava nas rochas, o que está relacionado com o aumento de dióxido de carbono de erupções vulcânicas.
Mas essa nova pesquisa olhou para outras impressões digitais da atividade vulcânica: o mercúrio.
Quando vulcões entram em erupção, eles emitem mercúrio nas nuvens de gás que sobem rumo ao céu. Ele então se espalha pela atmosfera antes de se depositar entre os sedimentos do solo, onde permanece por milhões de anos.
"Se você vê um grande aumento de mercúrio nestes sedimentos, você pode inferir que houve atividade vulcânica nesse exato momento", explicou Percival. "E isto é o que vemos no momento desta extinção".

Sediments in MoroccoDireito de imagemJESSICA WHITESIDE
Image captionRochas vulcânicas têm traços de mercúrio de erupções antigas

Os pesquisadores descobriram evidências de uma massiva atividade vulcânica que teria se estendido por cerca de 1 milhão de anos.
A professora Tamsin Mather, da Universidade de Oxford, descreveu o possível cenário: "Você tem estas fissuras, estas rachaduras se abrindo na crosta terrestre, com fogo e lava jorrando para fora".

T RexDireito de imagemMILLARD H. SHARP/SCIENCE PHOTO LIBRARY
Image captionEntre as espécies que surgiram após a extinção do Triássico - e dominaram a Terra - estavam os tiranossauros

"Você provavelmente tem diferentes áreas ativas em diferentes períodos durante milhões de anos. E você provavelmente tem períodos de erupções ocorrendo por volta de uma década com grandes volumes de magma e gases surgindo da superfície também".
Os pesquisadores agora querem usar o mercúrio para investigar outros períodos da atividade vulcânica antiga.
"Esta é uma nova e poderosa ferramenta que realmente vai nos permitir entender mais sobre a evolução do nosso planeta e como ele se tornou o que é hoje".
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Rezoneamento eleitoral é mais uma aberração do TSE


O rezoneamento aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em março deste ano vai extinguir  muitas zonas eleitorais em todo Brasil. Os impactos dessa medidas serão grandes e não terá nenhum efeito positivo para o fortalecimento da cidadania e da democracia no país.

As cidades perderão seus cartórios eleitorais, os campos para  prática da corrupção nas eleições se tronarão mais amplos porque as cidades não terão poder de fiscalização, não haverá juiz eleitoral , promotor eleitoral, funcionários da justiça para fiscalizar o que já é frágil e capenga durante o período eleitoral.

Mais cidades terão que depender de uma única zona eleitoral, o eleitor terá  prejuízo ao ser obrigado a se deslocar de suas comunidades para outros municípios até para tirar o título. Funcionários serão transferidos de seus locais de origem. 

É uma aberração administrativa do TSE. A medida só vai favorecer cada vez mais a compra de votos nos municípios. É de fato a cristalização da corrupção em favor dos grupos de poder local associados ao poder estadual e federal para manter o status quo da política brasileira.

O TSE na gestão do Ministro Gilmar Mendes se consolida cada vez mais hipertrofiado, distante da ética e da cidadania. Os políticos sérios deveriam reagir a esse golpe contra  a democracia. Mais um vexame na era Gilmar Mendes no TSE. Mais um  crime contra a nação brasileira. Fica mais fácil comprar  votos.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Veja como usar a moda do spinner como uma aliada na sala de aula

O brinquedo, sensação entre a garotada, pode ser usado como tema para o professor trabalhar diferentes conteúdos

Os especialistas questionam a eficácia do spinner. O principal problema é justamente a falta de algum estudo que comprove cientificamente os benefícios terapêuticos do objeto.
"Creio que para algumas crianças até ajude a focar a atenção por um curto período. Pode ter um efeito relaxante, como rodar a caneta entre os dedos, mas não parece ser eficaz", comenta Eliane Bixofis, pediatra especialista em déficit de atenção. É a mesma opinião do norte-americano Mark Rapport, autor de um estudo sobre os benefícios do movimento para pessoas com TDAH. “É mais provável que esses objetos sirvam como uma distração, mas não proporcionam nenhum benefício para quem possui o transtorno de déficit de atenção”, afirmou em entrevista ao site Live Science.
Como o professor pode tirar proveito dessa onda
Eficaz ou não, o spinner é uma mania nas escolas, e o professor pode usar isso em seu favor. Debora Garofalo, professora de sala de informática da EMEF Almirante Ary Parreiras, em São Paulo, e colaboradora de tecnologia de NOVA ESCOLA, aproveitou a moda para engajar a turma.
Muitos de seus alunos moram em um bairro na periferia de São Paulo e não tinham acesso ao spinner. "Nas aulas de robótica, eles me pediram para construir o seu próprio spinner. Vi um grande potencial para trabalhar conteúdos por meio do estímulo à criatividade", conta. “Os professores não devem enxergá-lo como um inimigo. Ao explorar o seu potencial, podemos desencad0ear atividades pedagógicas que aproximam a classe". Ela propõe que ele pode ser utilizado em diversas áreas do conhecimento, como em Matemática, Física ou até mesmo Língua Portuguesa, ao debater a finalidade, contexto histórico e funcionamento, analisando o modo como ele gira, a velocidade e as formas geométricas.
A atividade foi realizada com alunos de 7º e 8º anos do Ensino Fundamental. Primeiro, a classe comprou um spinner original para usar como um modelo. Depois, a professora perguntou aos alunos como o objeto girava e de que forma seria possível adaptar esse movimento. “Eles sugeriram que uma tampinha de garrafa furada ao meio poderia ser encaixada em um palito de churrasco, criando o atrito necessário”, conta.
As demais tampinhas foram colocadas para caracterizar o spinner. “Fomos testando diversas combinações e discutindo sobre os erros durante a montagem, como a realização do furo central”, explica. “Nós furamos a tampa com ferro de solda, o que fez com que o orifício ficasse maior do que o palito. A solução veio com a cola quente, passada de uma ponta à outra no palito, além de ser usada para unis as outras tampinhas."
Nova Escola
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O Pai Nosso é uma oração universal?

Muitas vezes, repetimos práticas do Cristianismo dentro da escola acreditando que elas são comuns a todas as religiões. Mas em matéria de fé, nada é universal

Depois da publicação de nossa reportagem “Entre a cruz e a sala de aula”, capa da edição nº 302, de maio de 2017, recebemos uma dúvida de uma professora: o “Pai Nosso” é uma oração universal?  Ele estaria “liberado” para ser reproduzido no ambiente escolar sem ferir a fé de outras pessoas?
Em outros relatos e algumas visitas que fizemos a escolas pessoalmente, professores compartilharam conosco as práticas comuns de suas escolas, como ensinar crianças a cantar músicas religiosas e colocar objetos de uma religião específica em exposição pela escola.
Mais do que simplesmente responder “sim”, “não”, “pode fazer” ou “Não pode fazer”, convidamos você, educador, a refletir conosco. Não queremos fazer um certo ou errado, mas a caminhar juntos por um assunto delicado. Vamos nessa?
A Constituição
O Estado brasileiro é laico, de acordo com a Constituição de 1988. Isso significa que não temos uma religião oficial. Outros países têm – a nossa vizinha Argentina, por exemplo, tem escrito em lei que o catolicismo é a religião oficial do país.  
No caso brasileiro, o Estado não pode promover uma religião. Suas instituições públicas, como escolas, hospitais, câmaras de vereadores, o Congresso Nacional, por consequência, também não. Só que o mundo é mais complicado. Nos últimos anos, as bancadas cristãs no Congresso Nacional vêm defendendo a ideia de que o Estado é laico – mas as pessoas, não. Por esse argumento, o Estado não poderia promover nenhuma religião – mas também não poderia impedir as pessoas de se manifestarem a sua religiosidade, mesmo em ambientes públicos. Isso trava o debate sobre a retirada de símbolos religiosos de escolas e tribunais, por exemplo. Pelo argumento dos parlamentares religiosos, o Estado não pode colocar uma cruz, mas as pessoas podem. E, neste ponto, a conversa começa a se radicalizar.
O Pai Nosso
Na Bíblia – livro sagrado para os católicos e os evangélicos, religiões que são maioria no Brasil, de acordo com dados do Censo de 2010 -, o “Pai Nosso” (ou Oração Dominical, ou Oração Modelo) aparece em dois momentos, nos evangelhos de Mateus e Lucas. Na narrativa, Jesus Cristo usa os versos para mostrar aos seguidores como eles deveriam se dirigir a Deus em suas preces.
Há religiões, como a católica, que repetem o Pai Nosso ao pé da letra em seus cultos, em forma de reza. E há outras que preferem usá-lo como modelo para se inspirarem, fazendo suas próprias preces. O espiritismo kardecista, por exemplo, reconhece a figura de Cristo e utiliza o Pai Nosso, mas altera algumas frases. Assim, mesmo dentro das religiões que acreditam na santidade de Jesus Cristo, já há divergências sobre o uso do Pai Nosso nos cultos – e mesmo sobre que passagens que estão ou não nessa oração. Como a Bíblia teve muitas traduções, há divergências sobre qual a melhor forma da oração.
Portanto, o Pai Nosso não é universal, ao menos como prece, nem dentro do cristianismo.
Outras religiões
A Bíblia é dividida em dois grandes conjuntos de livros: o Antigo e o Novo Testamento. Os dois evangelhos (de Mateus e Lucas) fazem parte do Novo Testamento, aquele que conta a vida de Jesus Cristo. O Antigo Testamento conta a trajetória do povo hebreu, sua história, seus profetas e suas orações, e é aceito por outras religiões, como o judaísmo. O Novo Testamento, não. Ele é cristão por definição.
No judaísmo, o livro principal se chama Torá, com os cinco primeiros livros do Antigo Testamento, e é complementado pelo Talmude (constituído de tradições orais e comentários). No Islamismo, utiliza-se o Alcorão, que mistura passagens do Antigo Testamento com outros momentos de revelações recebidas pelo profeta Maomé em Meca e Medina. Já deu para ver a diversidade que existe mesmo em um terreno aparentemente homogêneo, não é mesmo?
E por que a confusão?
Nossa colonização cristã fez da religião católica não apenas a majoritária, mas a oficial do Estado até 1891. De certa forma, até hoje o catolicismo é muito forte em nosso cotidiano. Essa tradição acaba causando algumas confusões. Por acreditarmos que a ampla maioria da população compartilha dos mesmos credos, repetimos pequenas ações que envolvem a religião dentro dos ambientes escolares.
“A Educação brasileira foi uma extensão da Igreja por muitos anos, e isso se reflete nas posturas”, explica Simone Riske-Koch, professora da Licenciatura em Ensino Religioso, coordenadora do fórum das licenciaturas em Ensino Religioso e autora das duas primeiras versões da Base Nacional Comum. Tais posturas precisam passar por duas reflexões importantes: 1) Todos (absolutamente todos) os envolvidos estão confortáveis com a iniciativa? 2) No que essa atividade contribui com o processo de ensino e aprendizagem?
Na prática
Na primeira reflexão, lidamos com a dificuldade de pensar em um contexto que consiga englobar todas as pessoas. Por mais que o Pai Nosso seja rezado pela maioria das pessoas da escola, se uma única pessoa segue uma religião de matriz diferente da cristã, os atos de fé, apesar de serem bem-intencionados, podem acabar causando constrangimentos.
Em outro relato recebido por NOVA ESCOLA, uma educadora diz aproveitar os momentos de oração antes da aula para “acalmar a turma”. A professora Simone explica que certamente as orações têm essa capacidade de deixá-los mais serenos antes de iniciar os trabalhos, mas há outras maneiras de se fazer isso que não precisam envolver religião. “O professor pode fazer momentos de meditação que não estejam necessariamente ligados a uma fé”, sugere.
Com isso, não queremos pedir que você, leitor, renegue a sua fé. O que vale considerar é a reflexão sobre os momentos mais adequados para expressá-la. “Não temos como deixar nossa fé do portão da escola para fora, mas devemos gerenciar para que ela não interfira em nossa prática docente”, diz Simone. Uma sugestão, por exemplo, é aproveitar o texto do Pai Nosso e fazer uma pesquisa com a turma sobre outras orações fundamentais de religiões de outras matrizes – como a indígena, a africana, a budista, a islâmica, a judaica, etc. Em vez de praticar essas orações, a turma pode ler e estudar criticamente o significado daqueles versos, comparando semelhanças e diferenças entre as crenças. Eles poderão descobrir, por exemplo, que há vertentes da umbanda, uma religião de matriz afro e que poucos relacionam com a Bíblia, que rezam o Pai Nosso, enquanto outras, não.
Com respeito pela diversidade e compromisso com todos e todas, é possível falar de religião na escola sem deixar ninguém de fora.
Paula Peres. Nova Escola
Consultoria: Javan Ferreira, pedagogo, teólogo e pastor
Imagens: Deus Segundo Laerte / Laerte / 2005 / Editora Olho D'Água
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Freud: memórias,lembranças,esquecimentos

Lembro-me de tanta coisa que seria impossível nomeá-las. Tenho recordações preciosas que alimentam minha vontade de viver. Há época em que o riso é solto, tudo corre para o mar, sem constrangimentos. Mas não esqueçamos dos infortúnios. Nos momentos mais eufóricos aparecem, às vezes, descontroles. Não dá construir a vida sem contradições. O erro não sossega. Pensamos que temos forças consagradoras, porem escorregamos na primeira esquina. As tristezas não se esconderam e as distopias arrastam sonhos. Os ruídos da melancolia fazem com que as farmácias estejam cheias de trajas pretas e psicanálise continue buscando saídas.
Freud foi um observador minucioso. Percebeu o poder do reino das fantasias e os desajustes que nos assaltam. As tragédias gregas já nos alertavam para as incompletudes. A cultura ganha complexidade. Muita tecnologia, saberes, academias, conquistas. O mundo se enche de multidões, ousadias, refugiados, combates, devaneios. O equilíbrio é instável e quase não existe. Somos animais sociais, não estamos livre das aventuras que comprometem a saúde, com violência ferozes. Os espelhos quebrados mostram o desespero que, inesperadamente. assalta o cotidiano. Não simulemos um mundo de harmonias, nem permanências fixas. A gangorra está sempre montada.
As memórias nos acompanham. Sacodem poeiras. Quantos atos falhos cometemos? E o desejo montando arrependimentos? Lembrar e esquecer. Sem o passado e a reconstrução constante do passado, o que seríamos? Nem Freud gostaria de aprofundar essa questão? A história é sempre um releitura. A memória é inquieta, não adianta congelá-la, nem sufocá-la com teorias. O conhecimento traz também angústia e nunca esgota as idas e vindas do mundo. Sei que as distopias se espalham e a sociedade chora a mesquinhez de governantes. Não me esqueço da década de 1960, nem dos absurdos de Stalin, Hitler e cia. Nada é linear. As curvas possuem desenhos estranhos.
O diálogo com a memória é obrigatório. O presente nos impõe regras. Elas surgem repentinamente? Quantas coisas foram ditas por Rousseu, Locke, Équilo, Platão, pelos poetas das feiras que estão guardadas na subjetividades? A história se balança entre a arte e a ciência. A verdade atrai, a beleza seduz. Temos muitas escolhas, pois a vida possui formas, cores, dissonâncias, histerias. As palavras se encontram na invenção de cada dia. Compõem acasos, esclarecimentos, paradoxos. Não jogue sua gramática fora, nem fique colado nas novidades. Não se desfaça dos desafios do lembrar e do esquecer. Não somos soberanos indiscutíveis. As memórias casam-se com as histórias.
Os intelectuais desfilam pelos caminhos acadêmicos. Não são senhores das metodologias absolutas. Sofrem também tropeços, santificam-se, arquitetam alianças. Freud visitou ordens familiares, desfez tradições, reconheceu seus limites. Há muito de religião na ciência, de modas descartáveis. Ser crítico é importante, para evitar o fanatismo. O perigo é sempre se envolver com as verdades e considerá-las inatacáveis. Quem as ensina, quem as escreve, que as divulga possuem seus desenganos. As arrogâncias testemunham inseguranças. Os deuses humanos estão no mundo. Transformá-los na porta de saída do labirinto é mistificá-los. Consulte sua memória. Freud tinha vaidades que o confundia. E nós? Somos companheiros de mistérios soltos e traiçoeiros.
Astucia de Ulissses
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Jovem bonjardinense faleceu no Rio de Janeiro



"E o dia termina ( domingo,18/06/2017) com uma notícia muito triste e que nos deixa sem reação. Trago nesta noite de domingo, a triste notícia do falecimento do meu primo Eduardo Gomes da Silva, conhecido como Dudu. O mesmo faleceu no final da tarde de hoje, aos 28 anos de idade, na cidade do Rio de Janeiro. Foi um grande companheiro, um verdadeiro irmão e que agora parte para a casa do Pai, de onde nos guiará, como um anjo. Muito obrigado por todos os momentos vividos aqui na Terra, meu primo. Saudades eternas, meu querido. Que sua alma descanse em paz e que Deus nos conforte neste momento de tanta dor e tristeza". * Escrito por Thiago Arruda no Facebook
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Incêndio Florestal mata mais de 60 pessoas em Portugal


Incêndio florestal
Incêndio florestalFoto: Agência Brasil
"Não se via nada na estrada, porque estava tudo a arder. Era um inferno autêntico", descreve Maria de Fátima Nunes, moradora de Pedrógão Grande, região no centro de Portugal, que conseguiu escapar do maior incêndio florestal da história do país. Até agora, autoridades já confirmaram 61 mortos e 57 feridos no fogo que começou na tarde de sábado (manhã do Brasil). O governo português chegou a dizer que 62 pessoas tinham morrido e 59 tinham ficado feridas, mas recuou.

Leia mais:Temer manifesta solidariedade ao povo português em razão de incêndio

Maria de Fátima e o marido foram algumas das centenas de pessoas que, diante da proximidade das labaredas, tentaram usar as rodovias da região para escapar. Com as altas temperaturas -cerca de 40ºC- e os ventos fortes, a estrada rapidamente também acabou tomada pelas chamas.

"Fomos por lá porque não se sabia que a estrada estava em perigo", explica Maria, com a voz embargada. "Não se via nada, nada. Era horrível. Os pinheiros começaram a cair para cima dos carros", descreve ela, que, assim como o marido, conseguiu escapar do carro e da estrada, apesar de queimaduras de primeiro e segundo graus nos braços e no pescoço.

A moradora diz que houve pânico na estrada e que vários veículos acabaram batendo, diante da fumaça e das árvores incandescentes que tombavam no caminho. "Eu gritei para a senhora que estava no carro atrás de mim sair, mas ela não conseguiu", relata.
Ela diz que perdeu documentos, dinheiro e quase todos os pertences com incêndio.

MAIOR DA HISTÓRIAO incêndio florestal na região de Leiria, próxima a Coimbra, já é o maior da história de Portugal, um país que tem já tem tradição de ser castigado pelo fogo durante os meses mais secos do ano (entre maio e setembro).

Chegou-se a cogitar que o fogo seria criminoso, mas a hipótese foi descartada pela PJ (Polícia Judiciária), responsável pela investigação. Segundo a PJ, o fogo começou com um raio que atingiu uma árvore. Com os ventos fortes, o clima seco e as altas temperaturas, as chamas rapidamente se alastraram.

O fogo começou em Pedrógão Grande e chegou com velocidade às vilas vizinhas de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra. Atualmente, cerca de 900 bombeiros (muitos deles voluntários), e cerca de 300 viaturas trabalham no combate ao incêndio, que ainda não foi controlado em várias de suas frentes.

Diante da tragédia, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa, foram até local acompanhar as operações. "Temos pela primeira vez uma calamidade humana desproporcionada", resumiu o socialista António Costa.

"Essa é uma realidade, nova, dura, e que vai exigir de todos nós muita consideração e atenção às famílias. A prioridade agora é combater o incêndio e auxiliar as famílias que estão enlutadas", completou. "Muito provavelmente, o número de mortos irá subir", admitiu o primeiro-ministro.

Diversos países europeus manifestaram solidariedade e pesar com as vítimas portuguesas. O governo da França e da Espanha estão enviando auxílio material, sobretudo helicópteros, para combater o incêndio. Devido ao fogo, várias regiões ficaram isoladas, com as estradas cortadas e também sem luz, telefone e internet devido ao derretimento dos cabos.

Neste domingo (18), o governo português decretou três dias de luto nacional. A agenda do presidente Marcelo Rebelo de Sousa foi suspensa até terça (20).
Com Informações de Folha de Pernambuco.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 18 de junho de 2017

Sepultamento de Zezinho será às 15 horas em Bom Jardim

O corpo de José Alfredo da Silva, está sendo velado no Memorial Plade, próximo da Praça 8 de Março(Pracinha do Fórum). Os familiares comunicam aos amigos e famílias de Bom Jardim, que o sepultamento de Zezinho será neste domingo (18), às 15 horas no cemitério de Bom Jardim. Desde de já, agradecem a presença e a solidariedade de todos.
Os familiares descartam a possibilidade de crime de latrocínio. Crime por encomenda talvez tenha sido a causa da tragédia que abalou a família e toda comunidade de Poço Fundo.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 17 de junho de 2017

Náutico perde no jogo do desespero

Na zona do rebaixamento: Boa 2 X 1 Náutico é o placar final. 
Náutico é o lanterna. O club faz a pior campanha de todas as edições que já disputou a série B do brasileirão. Não sabe o que vencer até o presente. O time soma 2 pontos na tabela. Para sair do rebaixamento precisa vencer 4 partidas para sair do rebaixamento. Em oito jogos perdeu seis partidas e empatou duas. Faltam 30 rodadas. Ainda há esperança...
O técnico Beto Campos vai precisar de um milagre para salvar o Alvirrubro em 2017.

Diferente das últimas partidas, em que priorizou um esquema com três atacantes, o Náutico voltou ao 4-4-2. A novidade foi a saída de Gerônimo na frente para a entrada do volante João Ananias. Com muita lentidão nos dois lados, a partida era nivelada por baixo. Dificilmente as equipe conseguiam trocar mais de três passes no meio sem que a bola caísse no pé do adversário. O jeito foi apelar para os cruzamentos. Os mineiros chegaram perto de abrir o placar por duas vezes. Primeiro, Diones acertou o travessão. Depois foi a vez de Vinícius, do Timbu, quase marcar gol contra em cabeçada que bateu na trave. Quem não fez, levou. Giovanni cobrou escanteio e Aislan subiu lá no alto para colocar os pernambucanos na vantagem em Varginha.

Com mais posse de bola após o gol, o Boa Esporte cresceu no jogo. A pressão deu resultado aos 42 minutos. O lance começou com um corte atrapalhado de Joazi. Na sequência, Tiago Cardoso fez grande defesa em chute na cara do gol. No rebote, porém, o camisa 1 derrubou Douglas na área. Pênalti cobrado e convertido por Fellipe Mateus. Levar o empate para o intervalo já era uma boa notícia para o Boa, mas os mandantes foram além. Dois minutos depois, Rodolfo acertou um chute espetacular na entrada da área, no ângulo, virando o marcador.

Logo nos primeiros minutos do segundo tempo, o Náutico saiu do 4-4-2 e se reorganizou no 4-3-3, com a entrada de Iago na vaga de Renan Paulino. Mais velocidade, mesma quantidade nos erros de passe. Visivelmente nervoso, o Timbu ainda sentia o baque da virada e não conseguia encaixar as jogadas pelas pontas com Erick. O Boa não precisa nem fazer força para encontrar espaço para os contra-ataques. 
O "tudo ou nada" do Náutico começou a partir dos 23 minutos, com Gilmar entrando no lugar de João Ananias. Jeanderson chegou perto de iniciar uma reação, mas o chute da entrada da área foi defendido por Daniel. Mesmo precisando da vitória, o time visitante ficou mais próximo de sofrer o terceiro gol do que de empatar. Sob os olhares o novo técnico Beto Campos, o Náutico perdeu e segue na lanterna da Série B, sendo o único representante da competição que ainda não venceu. A má fase não tem fim.
Ficha do jogo

Boa Esporte 2

Daniel Luiz; Ruan (Oliveira), Júlio Santos, Douglas Assis, Paulinho; Geandro (Escobar), Reis (Gil Mineiro), Diones, Fellipe Mateus; Rodolfo e Wesley. Técnico: Nedo

Xavier

Náutico 1

Tiago Cardoso; Joazi, Aislan, Feliphe Gabriel e Jeanderson; Amaral, João Ananias (Gilmar), Renan Paulino (Iago) e Giovanni; Erick (Esquerdinha) e Vinícius. Técnico

interino: Levi Gomes

Local: Melão (Varginha/MG)
Árbitro: Bruno Rezende Silva (GO). Assistentes: Tiago Gomes da Silva e Hugo Savio Xavier Correa (ambos de GO)
Gols: Aislan (aos 18 do 1ºT), Fellipe Mateus (aos 42 do 1ºT), Rodolfo (aos 44 do 1ºT)
Cartões amarelos: Tiago Cardoso, Iago (N); Geandro (B)

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Santa Cruz e Inter empatam pela Série B

Final do jogo 0 X 0


Final do primeiro tempo de jogo entre Santa Cruz 0 X 0 Internacional, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro da série B, no estádio Arruda, neste sábado (17). As duas equipes brigam diretamente pelo acesso para série A. Iniciado o segundo tempo, o Santa joga melhor... Fim de jogo.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Veja quanto a Lava Jato já devolveu aos cofres da Petrobras nesses quase 3 anos de operação


Desde 2014 a Operação Lava Jato, em Curitiba, devolveu aos cofres da Petrobras o total de R$ 515,2 milhões através de acordos de colaboração premiada – com 19 pessoas físicas – e de leniência – com três pessoas jurídicas. O valor, porém, deve aumentar ainda mais a partir dos acordos com executivos da Odebrecht. Somente no exterior, até agora, foram congelados e repatriados mais de R$ 370 milhões. O campeão de valores de corrupção devolvidos aos cofres públicos é o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco. Sozinho, ele devolveu mais da metade do total recuperado pela Lava Jato: R$ 274,3 milhões.
O valor recuperado tem retornado aos poucos aos cofres da Petrobras – principal vítima do esquema de corrupção descoberto pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. Desde o início da Lava Jato, a Justiça já autorizou três devoluções de recursos à Petrobras. Veja quem mais devolveu dinheiro até agora:

Pessoas físicas:

1.Pedro Barusco: R$ 274,3 milhões
2.Paulo Roberto Costa: R$ 78,1 milhões
3.Hamylton Padilha: R$ 56,4 milhões
4.Julio Camargo: R$ 16,3 milhões
5.Milton Pascowitch: 16,1 milhões
6. Roberto Trombeta: R$ 11,9 milhões
7. Rodrigo Morales: R$ 8,6 milhões
8. José Adolfo Pascowitch: R$ 8 milhões
9. Ricardo Pessoa: R$ 5,6 milhões
10. Augusto Ribeiro Mendonça: R$ 3,6 milhões
11. Eduardo Leite: R$ 3,2 milhões
12. Luis Eduardo Campos Barbosa da Silva: R$ 3,2 milhões
13. Eduardo Musa: R$ 2,4 milhões
14. João Carlos de Medeiros Ferraz, ex-presidente da Sete Brasil: R$ 1,5 milhão
15. Cid José Campos Barbosa da Silva: R$ 1,3 milhão
16. Mario Goes: R$ 1,1 milhões
17. Shinko Nakandakari: R$ 1 milhão
18. Dalton Avancini: R$ 615,2 mil
19. Agosthilde de Mônaco Carvalho: R$ 561 mil

Pessoas jurídicas:

1.Camargo Correa: R$ 13,4 milhões
2.Carioca Engenharia: R$ 4,5 milhões
3.Setal Óleo e Gás: R$ 2,5 milhões

Devolução

Veja como funciona a restituição de valores aos cofres públicos de bens e de dinheiro vivo no Brasil e no exterior:
Réu

Dinheiro no exterior



1
O Brasil faz um pedido de cooperação internacional
2
O país no exterior bloqueia o dinheiro. A partir daqui, são dois caminhos a seguir:
2.1
Modo Tradicional
Pode levar anos
Depois do processo encerrado, quando não cabem mais recursos, o dinheiro é depositado em uma conta da União
2.2
Modo abreviado
Em questão de meses
O réu colaborador assina um documento autorizando que os valores sejam transferidos para uma conta da Justiça Federal ou do STF (dependendo de onde o acordo foi assinado)

Conta Judicial

Ao sair da conta judicial, os valores são destinados da seguinte forma:
80%
20%
Voltam para os cofres da Petrobras
São destinados à União ou a autoridades responsáveis pela repressão desses crimes
Fonte: Redação. Infografia: Gazeta do Povo.
Professor Edgar Bom Jardim - PE