domingo, 7 de maio de 2017

Quem é Emmanuel Macron, o novo presidente eleito da França


Emmanuel MacronDireito de imagemAFP/GETTY IMAGES

Em abril de 2016, Emmanuel Macron era praticamente desconhecido do público francês ao lançar um novo movimento político, o En Marche! (Em Marcha), dizendo que não era um grupo de esquerda nem de direita. Quatro meses depois, renunciou ao cargo de ministro da Economia e anunciou que concorreria à Presidência da França.
Macron agora é, aos 39 anos, o mais jovem presidente eleito da França, e o primeiro a ser eleito desde 1958, data da fundação da República moderna francesa, fora dos dois partidos principais, o Socialista e o Republicanos.
Projeções apontavam que Macron derrotou a candidata de extrema direita Marine Le Pen no segundo turno por cerca de 65% dos votos, contra 35% da rival, que já reconheceu a derrota. No primeiro turno, ele vencera com 24% dos votos, contra 21% de Le Pen.
"É uma grande honra e uma grande responsabilidade. Quero agradecer do fundo do meu coração", afirmou Macron no primeiro pronunciamento após a divulgação das projeções.
Disputando sua primeira eleição, o centrista uniu autoconfiança, energia e conexões para erguer um movimento que passou por cima de todas as siglas tradicionais do país.
O presidente eleito é um centrista liberal, pró-mercado e forte defensor da União Europeia. Ele deixou o governo do presidente François Hollande, do Partido Socialista, em agosto do ano passado.
Mas o que levou Macron a liderar a terceira economia da Europa?

Ambição

Numa noite fria de abril de 2016, centenas de pessoas se reuniram em uma cidade pequena ao norte de Paris.

Emmanuel Macron em seção de votaçãoDireito de imagemREUTERS
Image captionMacron, que será o presidente mais jovem da França, em votação neste domingo em Le Touquet, norte do país

Os convidados eram, principalmente, parentes e amigos do palestrante, o ministro da Economia da França, Emmanuel Macron. Era um evento simples - uma sala pequena sem decoração, a mulher do ministro tomando notas na primeira fileira.
Após falar por quase uma hora sobre o futuro da indústria e do emprego na França, Macron finalmente transmitiu a mensagem que tinha ido levar - o lançamento de um novo movimento político, o En Marche!.
Foi um gesto corajoso para um homem trabalhando no centro do governo do Partido Socialista. Levado à política pelas mãos do presidente François Hollande, Macron era visto como protegido do mandatário, e talvez destinado a um papel maior apenas no futuro. Poucos imaginavam que ele iria tentar tão cedo.
Então, naquela noite na cidade de Amiens, não havia bandeiras para saudar o novo movimento, câmeras de TV nem panfletos políticos.
Apesar disso, em menos de um ano, o jovem líder do movimento venceu a eleição presidencial - e protagonizou a ascensão mais rápida de um político na história moderna da França.
"Em questão de meses, ele foi de criança a adolescente, e de adolescente a adulto", afirma Alain Minc, mentor e aliado que vem aconselhando Macron sobre sua carreira política ao longo dos anos.
"Eu o conheço intimamente há 15 anos, e sempre me surpreendo com a rapidez com que ele aprende politica", afirma Minc. "Ele é um gato - você pode jogá-lo pela janela e ele dará um jeito de cair de pé."

Emmanuel Macron e HollandeDireito de imagemREUTERS
Image captionO presidente François Hollande foi por anos uma espécie de mentor de Macron, seu ex-ministro da Economia

Mas nem sempre a política foi a ambição de Emmanuel Macron. Na escola em Amiens, ele sonhava em ser escritor.
Macron tinha reputação de jovem brilhante e precoce, lembra Antoine Marguet, seu colega na escola privada jesuíta La Providence. Macron lia clássicos da literatura francesa, segundo o colega, escrevia poemas e até um romance sobre conquistadores espanhois.
"Emmanuel Macron sempre foi diferente", lembra Marguet. "Numa idade em que a maioria apenas vê TV, ele apenas lia. Ele se comparava aos professores em algumas coisas. (E tinha) uma inteligência olimpica - cada vez mais alta, rápida, abrangente."
Alguém que certamente o via desta maneira era Brigitte Trogneux, sua professora de teatro. "Ele não era como os outros", afirmou ela a um documentário francês em 2016. "Ele não era um adolescente. Tinha uma relação de igual para igual com outros adultos."
Um dia, lembra Trogneux, ele chegou com planos de escreverem juntos uma peça para o último ano de aulas de teatro. "Não imaginei que a ideia iria longe", ela conta.
"Pensei que ele logo ficaria entediado. Nós escrevemos a peça, e pouco a pouco fui arrebatada pela inteligência daquele menino."
Aos 16 anos, Macron deixou Amiens para terminar os estudos em Paris, com a ideia de um dia se casar com sua antiga professora. "Falávamos ao telefone toda momento, por horas", recorda ela. "Aos poucos ele superou toda minha resistência, e de uma maneira incrível, com paciência."

Brigitte Trogneux e Macron em seção de votação em 23 de abril de 2017Direito de imagemREUTERS
Image captionBrigitte Trogneux - a ex-professora de teatro de Macron e hoje sua mulher - costuma atrair a atenção da imprensa francesa

Brigitte Trogneux era 24 anos mais velha do que Macron, casada e com três filhos. Mas deixou o marido e começou uma relação com o ex-aluno. Ambos se casaram em 2007.
É uma história incomum de amor que revela bastante sobre a determinação e a autoconfiança de Macron, afirma a jornalista Anne Fulda, autora de um novo livro sobre a trajetória do presidente eleito.
O casal fugiu da exposição pública por anos, afirma Fulda, mas houve uma mudança sutil após Macron lançar sua candidatura.
"Ele busca passar a ideia de que se conseguiu seduzir uma mulher 24 anos mais velha e mãe de três filhos, numa cidade do interior... sem ofensa ou gozação, ele pode conquistar a França do mesmo jeito", afirma a jornalista.

Corrida presidencial

Quando o En Marche foi lançado em abril de 2016, muitos fizeram pouco caso, classificando a empreitada como ingênua e fadada ao fracasso.
Um colega de governo de Macron chegou a publicar, no dia do lançamento do movimento, um link para uma música chamda I Walk Alone (eu ando sozinho).

Emmanuel MacronDireito de imagemEUROPEAN PHOTOPRESS AGENCY
Image captionNa imagem, Emmanuel Macron festeja os resultados do primeiro turno da eleição

Macron não ficaria sozinho por muito tempo. Hoje o En Marche possui mais de 200 mil inscritos, embora a filiação não tenha custos e não demande a saída de outros partidos políticos.
E à medida que o movimento crescia, aumentavam as especulações sobre uma possível postulação à Presidência.
As raízes da decisão de concorrer remetem a décadas atrás, mas estão cobertas por uma grossa camada de histórias, imagens e mitos construídos. Mas o mentor Alain Minc diz não ter dúvidas de que seu aliado "sempre" se viu no páreo.
"Fiz o melhor que pude para convencê-lo a concorrer em 2022", afira Minc, e ele me disse: "Você está errado, há uma oportunidade (agora)".
De fato, "tudo estava pronto para decolar desde o outono de 2015 (no hemisfério norte)", diz o jornalista político Marc Endeweld, autor do livro L'ambigu Monsieur Macron: Enquête sur un ministre qui dérange (O ambicioso sr. Macron: investigação sobre um ministro que incomoda, em tradução livre).
Macron esperou para lançar sua candidatura apenas em razão dos ataques de novembro de 2015 em Paris e de março de 2016 em Bruxelas, afirma Endeweld.
Mathieu Laine integrava um pequeno grupo de pessoas próximas a Macron que o incentivavam a concorrer.
Ele afirma que o timing da candidatura teve muita influência da experiência de Macron no governo de François Hollande.
Como ministro da Economia, Macron se envolveu numa disputa para aprovar uma série de reformas econômicas de caráter liberal, apelidadas de Loi Macron (lei Macron). Mas divisões dentro do Partido Socialista e resistências no Parlamento o deixaram desiludido.
"Suas pernas estavam sendo quebradas pelo sistema", diz Laine.

Emmanuel Macron conversando com líderes sindicais em 4 de maioDireito de imagemREUTERS
Image captionEmmanuel Macron usou seu poder de persuasão em um encontro recente com sindicalistas

Movimento político

Macron sempre disse que visa criar um novo tipo de política. E sem uma estrutura partidária à disposição, ele depende como nunca da lealdade de apoiadores. "Esse movimento é o que fazemos dele", diz o slogan do En Marche.
Um forte apelo pessoal também é útil quando se tenta superar divisões ideológicas profundas, como aquela entre os partidos de esquerda e de direita na França. Mas todos os movimentos políticos precisam de ideias para promover união.
O carisma de Macron pode ter ajudado no lançamento de seu movimento, mas o desafio era apresentar um programa político que tivesse apelo a centristas de esquerda e de direita.
Antes de definir qualquer política - ou mesmo princípios de atuação - a campanha de Macron conduziu uma pesquisa domiciliar nacional, com entrevistas individuais com eleitores sobre suas atitudes e reclamações.
"Em geral, quando você quer escrever um programa (político), você convoca especialistas", explica Guillaume Liegey, fundador de uma consultoria eleitoral que trabalha com o En Marche. "Especialistas são muito inteligentes, mas é bom ter informações sobre as pessoas, e foi isso que o En Marche providenciou", disse.

Emmanuel Macron em ato de campanha em 4 de maioDireito de imagemREUTERS
Image captionOs comícios de Emmanuel Macron buscavam projetar imagem de juventude e novidade, enquanto as mensagens da rival Le Pen assumiram tom mais negativo

A chamada "grande marcha" resultou em 25 mil entrevistas detalhadas com eleitores, diz Liegey.
A origem da ideia foi "com certeza a campanha de Barack Obama" de 2008, diz o consultor, que trabalhou nos EUA naquela ocasião.
Os voluntários do movimento fizeram duas perguntas principais aos eleitores: o que funciona e o quer não funciona na França?
E contradições interessantes apareceram. "Muitas pessoas disseram que as escolas funcionavam", afirma Liegey. "Mas apontavam, na pergunta sobre o que não funcionava, o sistema nacional de educação. Então também não há uma solução simples."

Vácuo político

Desde o discurso em que anunciou a intenção de concorrer, Macron destacou seu desgosto com o sistema político, enquanto se apresentava como "positivo" sobre a França.
"Eu vi de dentro do vácuo do nosso sistema político, que descarta a maioria das ideias porque podem ameaçar a máquina, partidos tradicionais, interesses velados... Nosso sistema político está travado."

Emmanuel Macron em Le TouquetDireito de imagemAFP
Image captionEmmanuel Macron na cidade de Le Touquet no domingo de segundo turno

Quando ele finalmente divulgou seu programa político, muitos o criticaram por ser muito vago ou genérico - uma acusação que seguiu até o final da campanha. Macron, afirmam seus críticos, é a favor e contra tudo.
Em um debate na campanha, a rival Marine Le Pen balançou a cabeça e riu após uma intervenção do adversário, dizendo: "Sabe, sr. Macron, você é incrivelmente talentoso - conseguiu falar por sete minutos e não consigo resumir o que você pensa. Você não disse nada. É um vazio completo."
Mas o consultor Liegey diz que Macron é pragmático. "Não acho que a França precise de mais ideias", afirma ele. "Acho que é uma questão de métodos. Se você quer mudar o país tem que ser metódico, não pode apenas dizer 'eu vou fazer'. Você precisa de um plano."
E também de um tanto de sorte, o que Macron teve de diversas maneiras.

Ascensão

Boa parte da ascensão de Macron está associada às disputas entre os dois principais partidos da França - o Partido Socialista, no poder, e a sigla de centro-direita Republicanos. Ambos lutam contra a perda de apoio entre um eleitorado cansado da velha retórica política, vista por muitos como inócua.
Divisão e letargia marcaram os socialistas por muito tempo, enquanto a melancolia pairou sobre os republicanos desde o envolvimento de seu candidato, Francois Fillon, em um escândalo de nepotismo.
A desilusão com os partidos tradicionais é algo que Macron - e sua rival de centro-direita Le Pen - exploraram bastante. E funcionou.

Debate em 3 de maio de 2017Direito de imagemAFP
Image captionMacron venceu Marine Le Pen (à esq.), com quem travou duro debate na semana final de campanha

Macron canibalizou o apoio do Partido Socialista, e conseguiu suporte de figuras importantes da sigla, como o ex-primeiro-ministro Manuel Valls, visto no passado como inimigo.
Mas o presidente eleito também teve sorte, ele mesmo diz, diante da derrota nas disputas internas dos partidos de nomes mais centristas, como o republicano Alain Juppé e o socialista Valls, que perderam as primárias para adversários mais linha dura, deixando um amplo espaço no centro da política francesa.

Propostas

Entre as propostas de Macron está um plano de 50 bilhões de euros para treinamento profissional, incentivo a energias renováveis, infraestrutura e modernização. Promete reduzir o desemprego dos atuais 9,7% para 7%, proibir o uso de ceulares na escola por menores de 15 anos e dar um vale-cultura de 500 euros para jovens de 18 anos.
Já as reformas econômicas de cunho liberal, do tipo defendido pelo presidente eleito, compõem um tema que divide opiniões na França.
Representantes da esquerda, como a maioria dos sindicatos, se opõem fortemente à flexibilização do mercado de trabalho e à ampliação da carga horária dos trabalhadores.
Macron não teve boa performance entre operários e trabalhadores de baixa renda, enquanto Le Pen teve boa votação entre esse setor do eleitorado.
Um ex-colega de Partido Socialista, o veterano Martine Aubry, diz que o programa econômico de Macron se inspira "na agenda liberal inglesa e americana dos anos 1980". "É sobre reduzir serviços públicos, cortar déficits e fazer os trabalhadores ganharem menos e trabalharem mais."
Há, contudo, muitos socialistas de centro-esquerda que concordam com a necessidade de reformas, e o próprio Macron já se descreveu como "homem de esquerda". Seu mentor Alain Minc diz, porém, que há algo diferente do que o presidente eleito propõe.

Emmanuel Macron em discurso em Londres em 21 de fevereiro de 2017Direito de imagemREUTERS
Image captionEmmanuel Macron diz que os conceitos de esquerda e direita na política são irrelevantes

"Ele é um liberal de esquerda, e isso é novo na política francesa", afirma. "Houve um braço social-democrata no Partido Socialista, mas ele acredita muito mais nas forças do mercado."
Para Macron, a política francesa não é mais uma batalha entre ideologias de direita ou esquerda, mas entre protecionismo e globalização. E nesse sentido seu rival mais duro não foi o antigo partido nem os republicanos, mas as propostas antiimigração de Le Pen.
Macron marcou a campanha por uma forte defesa da União Europeia e suas instituições.
"Ele é europeu como sua geração é", diz Minc. Questões sobre imigração, cultura e identidade nacional estiveram no centro da campanha.
Em seu "contrato com a nação", manifesto de campanha, Macron citou a educação como principal prioridade - "a fonte de nossa coesão nacional", definiu.

Imagem e realidade

A imagem política de Macron gira em torno da ideia de que ele é um "outsider", alheio à classe tradicional política. Suas raízes interioranas e bisavó analfabeta são apresentadas em contraste a uma elite parisiense privilegiada.
Mas os pais de Macron eram médicos, sua escola em Amiens era particular, e aos 16 anos ele se mudou para Paris para cursar um dos colégios secundários mais famosos, o liceu Henri IV, antes de se formar em uma universidade por onde passaram muitos líderes, a Escola Nacional de Administração.
Após a universidade, ele conviveu de perto com membros da elite política e econômica, e enriqueceu trabalhando em um banco de investimentos. Então ele pode mesmo ser descrito como o candidato antissistema?
"Seria um pouco ultrajante dizer isso", reconhece o mentor Alain Minc. "Ele é antissistema político, mas é o melhor produto do sistema francês. O sistema dá chance a novatos - como Georges Pompidou, Raymond Barre, Robert Badinter - mas ele a aproveitou de forma mais rápida e com um senso de oportunidade que os outros não tiveram."

Quais serão as dificuldades imediatas?

Recém-fundado, o movimento de Macron não possui cadeiras no Parlamento.
As eleições legislativas serão no próximo mês, e o En Marche disputará o pleito como partido, mas Macron pode se deparar com a necessidade de formar uma coalizão para governar de maneira efetiva.
Embora sua candidatura tenha atraído outras siglas, boa parte desse apoio veio da necessidade de derrotar Le Pen.
Ele precisará conquistar a confiança de quem se absteve na votação e daqueles que são céticos sobre sua visão política. Eleitores de esquerda, sobretudo, em geral se sentiram pouco representados pelos candidatos do segundo turno.
Macron também precisará lidar com as consequências de um ataque de hackers no último dia de campanha, quando um grande volume de documentos de sua campanha, que incluiriam materiais falsos e autênticos, foi divulgado na internet.
Fonte:BBC.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Com uso de árbitro de vídeo, Salgueiro arranca empate no fim


André marcou para o Leão, mas mandantes sofreram empate no fim
André marcou para o Leão, mas mandantes sofreram empate no fimFoto: Arthur Mota
Momento histórico no futebol brasileiro. Pela primeira vez na América Latina um jogo foi definido com influência do "árbitro de vídeo", em pênalti marcado já nos descontos da partida. Com isso, o Sport empatou em 1x1 com o Salgueiro e deixou tudo em aberto para o segundo e decisivo duelo, marcado para acontecer apenas no dia 18 de junho, no Cornélio de Barros. Na atual fórmula do Estadual, não existe o critério do gol qualificado, marcado fora de casa. Portanto, empate por qualquer resultado leva a decisão para os pênaltis.

A maratona de jogos expôs um certo cansaço no Sport, sem aquele "clima de decisão" no olhar dos rubro-negros. Talvez por isso, o jogo demorou a engrenar. Com um sistema defensivo forte e compacto, o Salgueiro controlava as investidas leoninas. A primeira chance veio aparecer apenas aos 25 minutos, quando Mondragon tirou com a ponta do dedo um chute rasteiro de Everton Felipe. Dois minutos depois veio a explosão na Ilha do Retiro. Após cabeçada de Rithely, o goleiro salvou como pode e a bola sobrou para André, cheio de confiança, mandar uma bomba para abrir o placar: 1x0.

Na segunda etapa, o Leão continuava com mais volume de jogo, mas também sem poder de penetração. Assim, a primeira oportunidade surgiu de bola parada. Em escanteio batido por Everton Felipe, Durval subiu sozinho e obrigou Mondragon a fazer grande defesa. O lamnce acordou o Carcará, que aos 12 perdeu chance incrível com Luís Eduardo sozinho e aos 19, com William Lira acertando o travessão de Magrão. Aos 49, o lance polêmico e decisivo. Após Raul Prata derrubar Toty, o árbitro José Woshington deu pênalti. Para ter a certeza, foi consultar o vídeo e demorou cinco minuitos para tomar a decisão de confirmar a penalidade. Na cobrança, Jean bateu firme e deixou tudo igual. Decisão aberta para o Sertão.

SPORT 1

Magrão; Samuel Xavier (Raul Prata), Henríquez, Durval e Mena; Fabrício, Ronaldo e Rithely (Fábio); Everton Felipe (Lenis), Rogério e André. Técnico: Ney Franco

SALGUEIRO 1

Mondragon, Tamandaré, Luiz Eduardo, Ranieri e Daniel; Rodolpho Potiguar, Moreilândia, Toty e Valdeir; Álvaro (Jean) e William Lira. Técnico: Evandro Guimarães

Local: Ilha do Retiro (Recife). Árbitro: José Woshington da Silva (PE). Assistentes: Marlon Rafael Gomes e Fabrício Leite Sales (PE). Gols: André (aos 27 do 2ºT) e Jean (aos 55 do 2ºT). Cartões amarelos: Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Rogério Raul Prata e Rithely (Sport). Mondragon (Salgueiro). Público: 22.757 Renda: R$ 501.165,00
Fonte:Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Dia da Matemática vivenciado em Bom Jardim

EREM MOTA SILVEIRA FAZ INTERCÂMBIO

Hoje é o dia daquela disciplina que deixa alguns estudantes com “dor de cabeça” e sem saber onde pode ser aplicada, senão nos cursos da área de ciências exatas. Dia 06 de maio é o Dia Nacional da Matemática e dos profissionais que lidam todo dia com números, equações, fórmulas e cálculos. Muitos cálculos. A data foi instituída a partir do decreto de Lei nº 12.835, em 2013, visando estimular o interesse dos alunos pela disciplina, a partir da aplicação de metodologias de ensino, dinâmicas e didáticas por parte das escolas.
O dia 6 de maio foi escolhido como forma de homenagem a Júlio César de Mello e Souza, professor de matemática, engenheiro civil e escritor brasileiro que nasceu no dia 6 de maio de 1985, no Rio de Janeiro. O escritor é mais conhecido como Malba Tahan, pseudônimo que utilizou em quase todos os seus 120 livros de contos. O homem que Calculava é a obra de maior sucesso do autor, sendo traduzido para doze idiomas.
Nas escolas da Rede Estadual o dia está sendo comemorado desde a quinta-feira (4) como, por exemplo, na Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Cardeal Dom Jaime Câmara, em Moreno, que teve uma programação cheia de atividades e ações voltadas para a matemática. Na EREM Santa Paula Frassinetti, localizada no bairro do Espinheiro, a sexta-feira (5) foi de muitas atividades lúdicas que auxiliam no ensino da disciplina, como a torre de Hanói, além de apresentações de paródias musicais utilizando o mundo matemático.
Na EREM Doutor Mota Silveira, no município de Bom Jardim, no Agreste do Estado, os estudantes realizaram oficinas de matemática em duas escolas municipais para os estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental. Com esse intercâmbio, a escola visa mostrar como o ensino da disciplina pode ser atrativo através de jogos e palestras.


E tem escola que só vai comemorar a data na próxima segunda-feira (8), como é o caso da EREM Nóbrega, localizada no bairro da Encruzilhada. A organização programou um dia com vários jogos e atividades que incluem teatro, dança, música e apresentações científicas. Além disso, os estudantes ainda farão uma exposição com figuras geométricas fazendo referência ao Cubismo, movimento artístico no século XX.
Fonte:educacao.pe.gov.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

De faxineira a juíza, a história de uma mulher pobre e negra no Brasil



A  luz do quarto de Adriana Queiroz estava estava sempre acessa nas madrugadas. Ela trabalhava durante o dia, estudava às noites e rezava para que quem apenas a via como uma mulher negra, pobre e filha de analfabetos não quebrasse seu sonho. Adriana não queria ser o que os outros esperavam dela, ela queria ser juíza em um país onde a taxa de analfabetismo das mulheres negras (14%) mais que duplica a das brancas (5,8%), segundo o IBGE.
Adriana, com 38 anos, é hoje titular da 1ª Vara Cível e da Vara de Infância e da Juventude de Quirinópolis, em Goiás. Tem cinco pós-graduações, estuda Letras nas horas vagas, mas já foi faxineira. Ela teve que se esforçar muito mais que a maioria dos seus colegas de aula para vestir a toga. E conseguiu. Hoje conta suas conquistas em um livro que acabou de lançar, Dez passos para alcançar seus sonhos – A história real da ex-faxineira que se tornou juíza de direito.


Os pais de Adriana eram trabalhadores rurais no sertão da Bahia e se mudaram para Tupã, um município de 63.000 habitantes no interior de São Paulo, em busca de uma vida melhor. O orçamento familiar aumentou, o pai virou motorista de ônibus e a mãe vendedora ambulante, mas pagar uma faculdade era ainda um sonho de outra classe social. “A vida deles sempre foi muita dura. Meus pais sofreram muito, eles queriam me dar o que eles não alcançaram, mas não tinham condições. Ninguém na minha família tinha condições de me ajudar”, lembra a juíza em uma conversa por Skype.
A magistrada, que sempre estudou em escola pública, foi a terceira classificada no vestibular para cursar direito, mas a única faculdade de sua cidade era privada. Não tinha como pagar, muito menos como cogitar uma universidade pública em outra cidade. “Eu soube do resultado da prova numa sexta e, na segunda, já tinha que fazer a matricula ou perdia a vaga. Tive três dias para decidir o que fazer, ver se teria que abandonar”.
Ela resolveu, em seguida, pedir conselho e emprego a um professor da cidade. Ele, que trabalhava no corpo administrativo da Santa Casa, conseguiu uma vaga para ela na instituição. De faxineira. Adriana se orgulha daqueles seis meses que limpou o hospital, mas o salário mínimo que recebia não era suficiente para pagar a mensalidade da universidade e ainda ouvia chacota dos colegas. “Força nos braços, advogadinha!”, lhe gritavam. “Esse episódio é muito marcante para mim, justamente por esse preconceito de que alguém que exerce um cargo como eu exercia não possa sonhar alto”.
Faltavam horas para o prazo da matrícula expirar quando Adriana plantou-se na frente do diretor da faculdade. Compartilhou seu sonho de estudar. “Ele se sensibilizou e me concedeu uma bolsa de 50% e diluiu o valor da matrícula nas mensalidades. Assim, durante o dia trabalhava na limpeza e à noite ia estudar”.
Para espanto dos seus conhecidos e familiares, durante a faculdade, Adriana resolveu ser juíza. “Quando anunciei isso as pessoas ficaram espantadas. Não era comum no meu contexto almejar um cargo tão alto. É como se fosse algo inacreditável, faziam questão de frisar que eu era pobre e negra, como se não tivesse nenhuma chance”, lamenta. Decidida, em 2002, terminou os estudos, pediu demissão na Santa Casa, onde já tinha sido promovida ao corpo administrativo e guardou suas coisas em duas sacolas plásticas. Partia para a capital para se preparar. “Eu não tinha nem mala”, relata.
Após alugar um quartinho no bairro da Liberdade e se matricular no curso preparatório para o concurso da magistratura o dinheiro da conta dava para, no máximo, mais dois meses. “Foi um momento muito crítico, o dinheiro estava acabando e eu não tinha conseguido trabalho”, conta Adriana. “Eu me vi de novo nesse dilema de ter ou não que abandonar”. Não precisou. O diretor do curso, o procurador Damásio de Jesus, viu nela uma “pessoa incomum”.
“Logo à primeira vista, olhando nos olhos daquela jovem advogada de 24 anos, tive certeza de que estava diante uma lutadora, uma pessoa incomum, de alguém que, sem dúvida, estava fadada a um grande futuro”, destaca o jurista no prefácio do livro. Damásio ofereceu para ela uma bolsa de 100% do curso durante dois anos e a empregou na biblioteca da instituição. “Fiquei sete anos estudando, sábados, domingos e feriados. Quando as pessoas iam viajar, eu ficava na biblioteca. Depois de inúmeras reprovações, eu consegui. Em janeiro de 2011 passei o concurso e me tornei juíza em Goiânia”.
Caçula de seis irmãos, a única deles que tem ensino superior, Adriana quer motivar agora com o livro a todas as pessoas que, assim como ela, "sonham, mas estão desacreditadas”. “É possível romper os paradigmas sociais”, encoraja. “Eu, particularmente, não sofro racismo hoje. Mas sim vivencio a grande surpresa das pessoas quando me veem. Porque quando o advogado vai procurar o juiz, ele não espera encontrar alguém como eu. Eu não me importo. Eu fico feliz de ter quebrado esse paradigma”.
El País
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Campanhas pedem fraldas e alimentos para crianças com microcefalia

Iniciativa faz a diferença na vida de bebês como Maria Eduarda / Foto: Divulgação
Iniciativa faz a diferença na vida de bebês como Maria Eduarda
Foto: Divulgação
Editoria de Cidades

Para Mirian Pereira, 46 anos, mais difícil do que a rotina de fisioterapias da filha Maria Eduarda, de um ano e cinco meses, portadora de microcefalia, é arcar com os custos de fralda e alimentação sem ter tempo para trabalhar. A situação da doméstica traduz a realidade da maioria das famílias dos bebês afetados pela síndrome congênita do zika vírus no Estado. Para dar fôlego à luta diária dos pais, duas campanhas lançadas pela parceria entre sociedade civil e iniciativa privada irão arrecadar donativos específicos para as crianças com a má-formação durante o mês de maio.
Há dois meses, Jacyra Salsa, diretora social da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Olinda; Ana Sílvia Moutinho, diretora da Faculdade de Olinda (Focca) e Ricardo Borges, coordenador da Casa de Justiça e Cidadania do município, deram vida ao Projeto Anjos. O objetivo é prestar auxílio aos pais dos bebês com microcefalia em Pernambuco. A primeira campanha pretende arrecadar 5 mil pacotes de fraldas até o dia 20, para garantir um mês de tranquilidade a 700 famílias.
“A fralda tem um peso econômico muito grande, queremos oferecer alívio a essas pessoas”, justifica Ricardo. Os donativos nos tamanhos G e GG podem ser entregues em vários estabelecimentos parceiros do projeto. Em Olinda, todas as lojas O Boticário estarão recebendo doações, além da Focca, da CDL (na Praça 12 de Março) e do restaurante Oficina do Sabor. No Recife, é possível doar no Colégio Equipe, na Madalena, e na loja Ophicina, no Espinheiro. Doações a partir de 10 pacotes são recolhidas no domicílio do doador. Informações: (81) 98156-2223.
As fraldas serão entregues após palestras ministradas no dia 20 de maio na Focca. Para quem enfrenta os desafios da microcefalia, a ajuda é bem-vinda. “Representa muita coisa. Recebo o auxílio do governo para Duda, no valor de R$ 480, mas não dá conta das despesas”, lamenta Mirian.

ALIMENTAÇÃO

Pensando na dificuldade de alimentar crianças portadoras de microcefalia com o suplemento nutricional adequado, chamado Fortini, a cantora Nena Queiroga em parceria com o Espaço Velvet, salão em Boa Viagem, Zona Sul da capital, lançam nesta segunda-feira (8) uma campanha de arrecadação de leite.
“Vamos passar o mês recebendo doações. O Fortini é muito caro para as famílias. Cada lata custa, em média, R$ 40 e são consumidas duas por semana”, explica a cantora. Nena Queiroga conheceu as integrantes da União de Mãe de Anjos (UMA) em campanha realizada pelo governo estadual. Desde então, abraçou a causa das mães. “Fiquei encantada com as histórias, com a luta e o engajamento. Hoje, sou considerada madrinha da associação”, conta.
As doações devem ser entregues no salão, localizado na Rua Jack Ayres, 73. Para estimular a colaboração, todas as pessoas que doarem vão participar do sorteio de um tratamento capilar, escova, manicure e pedicure. “Acreditamos que muita gente já doaria apenas pela urgência e importância da causa, mas resolvemos dar uma forcinha a mais”, argumenta Rita Peixoto, diretora sócia do espaço.
Fonte:JC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 6 de maio de 2017

Como higienizar frutas, verduras e legumes


  • Quando nos deparamos com uma maçã vermelha e brilhante, surge um grande dilema: devemos ou não comer a casca? A vontade é de comer sem pensar duas vezes. Quando descascamos maçãs, peras e outras frutas que têm cascas comestíveis, estamos descartando a parte mais importante da fruta, onde há maior concentração de fibras e vitaminas. Mas e os micro-organismos e os agrotóxicos contidos nelas, não farão mal à saúde?
    Tanto nas frutas quanto nas hortaliças podemos encontrar uma quantidade significativa de bactérias (entre elas os coliformes fecais e salmonelas) e larvas de insetos causadoras de infecções intestinais e verminoses. Os agrotóxicos, por sua vez, quando ingeridos em grande quantidade, podem causar cansaço, irritação na pele, alergias e intoxicação. Em longo prazo o seu consumo pode trazer consequências mais graves. Estudos apontam para uma relação entre os agrotóxicos e vários tipos de cânceres.
    Segundo a ANVISA, "Uma lavagem dos alimentos em água corrente só poderia remover parte dos resíduos de agrotóxicos presentes na superfície dos mesmos. Os agrotóxicos sistêmicos e uma parte dos de contato, por terem sido absorvidos por tecidos internos da planta, caso ainda não tenham sido degradados pelo próprio metabolismo do vegetal, permanecerão nos alimentos mesmo que esses sejam lavados. Neste caso, uma vez contaminados com resíduos de agrotóxicos, estes alimentos levarão o consumidor a ingerir[esses] resíduos."
    Embora a higienização sugerida a seguir não remova todo o agrotóxico, melhorará bastante as condições do alimento, tornando-os mais adequados para o consumo.
  • Você vai precisar de:

    • Uma escova com cerdas macias, próprias para lavar frutas e legumes.
    • Duas bacias ou tigelas grandes utilizadas somente para esse fim.
    • Água sanitária (sem qualquer aditivo, como fragrâncias ou detergentes) com concentração de cloro de 2 a 2,5%.
    • Bicarbonato de sódio.
  • Veja o passo a passo do processo de higienização:

  • 1ª Etapa: desinfecção (todos)

    1. Selecione bem as frutas e verduras, retirando as partes estragadas.
    2. Lave-os bem para tirar a sujeira. As verduras precisam ser lavadas, folha por folha. As uvas precisam ser lavadas com muito cuidado para não caírem do cacho.
    3. Limpe-os bem com a escova (exceto folhas pequenas e/ou sensíveis, como alface, agrião, espinafre, etc.; e frutas delicadas como morango e uva).
    4. Deixe-os mergulhados por cerca de 30 minutos numa tigela com 1 litro de água e 1 colher de sopa de água sanitária.
    5. Enxágue bem.
  • 2ª Etapa (somente as frutas que serão consumidas com a casca e as verduras)

    1. Coloque-os em outra tigela com um litro d'água acrescido de uma colher de sopa de bicarbonato de sódio. Deixe agir por mais 20 minutos.
    2. Enxágue bem.
  • Observações importantes

    • Você pode lavar todas as verduras e guardá-las em potes tampados dentro da geladeira. Siga o procedimento acima e, para finalizar, seque-as, folha por folha, com um papel toalha. Elas duram em torno de uma semana.
    • As frutas também devem ser enxutas.
    • Se você puder comprar frutas e hortaliças orgânicas, faça-o. Eles não contêm agrotóxicos. No entanto, para higienizá-los, proceda da mesma forma.
    • Entre os alimentos com maiores concentração de agrotóxicos, estão o morango, o tomate e a alface.
    • As frutas e legumes da estação têm uma quantidade menor de agrotóxicos.
    • Não há necessidade de aplicar o processo de desinfecção em frutas com cascas grossas, como laranja, banana, tangerina, melancia, melão, abacaxi, etc. No entanto, exceto a banana, as demais devem ser lavadas antes de serem cortadas ou descascadas.
    • O lugar de frutas, verduras e legumes é dentro da geladeira, devidamente embalados. O único alimento que deve ficar fora da geladeira é a banana. Frutas como abacaxi, melancia, melão, abacate, entre outras, não necessitam de geladeira antes de serem partidas. No entanto, precisam ficar longe do sol, da umidade e em lugar arejado.
    • Não se esqueça de lavar bem as mãos antes de manusear os alimentos.
    Entre ingerir alimentos com resquícios de agrotóxicos e não os ingerir, os profissionais da saúde aconselham a sua ingestão - já que eles contêm nutrientes de vital importância para a nossa saúde - desde que sejam higienizados corretamente, pois tal procedimento pode minimizar os problemas que os agrotóxicos poderiam causar ao nosso organismo.

familia.com.br

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Projeto "Cara de Pau" dos vereadores do Recife caiu depois da pressão do povo

Vereadores recuaram e abdicaram do aumento no auxílio-alimentação / Foto: JC Imagem
Vereadores recuaram e abdicaram do aumento no auxílio-alimentação
Foto: JC Imagem
Marcela Balbino
Em meio à pressão da opinião pública com o aumento do auxílio-alimentação na Câmara do Recife, os vereadores se reuniram na manhã desta sexta-feira (5) e recuaram. Eles revogaram a decisão e a verba indenizatória volta para os R$ 3.095 anteriores. Na última quarta-feira (3), o Blog de Jamildo divulgou a resolução publicada no Diário Oficial que aprovava o aumento de 48,46% - a verba passava para R$ 4.595. 
A reunião dos vereadores acabou há cerca de 15 minutos e foi realizada no “buraco frio”, local reservado onde os vereadores se encontram para tomar decisões importantes, da Casa José Mariano.
“Os mesmos vereadores que nos procuraram querendo que reajustássemos o auxílio, nos procuraram agora para que a gente pudesse revogar a medida e, no mesmo momento, nós acatamos o pedido e voltamos portanto ao que estávamos fazendo no início da gestão”, afirmou Marco Aurélio (PRTB), primeiro-secretário da Casa, responsável pelas finanças.
Segundo Marco Aurélio, a decisão deve passar pelo plenário para ratificar o posicionamento e depois será publicado no Diário Oficial. 

COFRES PÚBLICOS

Desde o início do ano, os vereadores do Recife já receberam pelo menos R$ 615,9 mil a título de auxílio-alimentação e de verba indenizatória, rubrica que paga despesas com o mandato, como aluguel de automóveis e a compra de material de expediente.
Levantamento feito pelo JC mostra que a Câmara Municipal gastou R$ 145,5 mil em verba indenizatória nos três primeiros meses do ano (os dados de abril ainda não estão disponíveis no Portal da Transparência).

Além disso, o auxílio-alimentação custou outros R$ 470,4 mil aos cofres públicos entre janeiro e abril. O benefício, que é recebido
por 38 dos 39 vereadores, teve o valor mensal reajustado de R$ 3.095 para R$ 4.595 no final do mês passado. Jayme Asfora (PMDB) foi o único que abdicou do auxílio desde o início do primeiro mandato, em 2013. 

CONTAS

Indignados com o aumento de R$ 1,5 mil no auxílio-alimentação dos vereadores do Recife, nove cidadãos procuraram o Ministério Público de Contas (MPCO) com pedidos para que o órgão investigasse a necessidade do reajuste. Com base nisso, o procurador-geral do órgão, Cristiano Pimentel, enviou ofício ao presidente da Câmara, Eduardo Marques (PSB), pedindo mais informações sobre o caso.
Um dos questionamentos do MPCO é se existem pareceres ou justificativas para os parlamentares receberem um valor muito superior aos servidores comissionados ou concursados, diferenciação que estaria autorizada em lei municipal desde 2006.

VEJA A ÍNTEGRA DA NOTA DO VEREADOR MARCO AURÉLIO

A Comissão Executiva da Câmara Municipal do Recife torna pública a decisão tomada, na manhã desta sexta-feira (05), de revogar o aumento do valor do ticket alimentação dos vereadores da Casa. A decisão foi tomada pela Comissão após conversa com o mesmo grupo de parlamentares que havia solicitado o aumento anteriormente.
Com esta iniciativa a Comissão Executiva reafirma a decisão de continuar com as mesmas medidas do início dessa gestão de compromisso com a racionalização e austeridade no uso dos recursos públicos. Sob está ótica, já foram feitos cortes a exemplo do contrato de locação de carros, suspensão do contrato com empresa de divulgação, diminuição do número de funcionários.
vereador Marco Aurélio Medeiros (PRTB)
Primeiro Secretário da Câmara Municipal do Recife
Com informação do Jornal do commercio.

Professor Edgar Bom Jardim - PE