sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Corrupção - Geddel Vieira percebe que o Brasil não aguenta mais tantos desmandos e pede demissão

Acusado de ter pressionado o ex-titular da Cultura para liberar uma obra em Salvador, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, enviou na manhã desta sexta-feira (25), por e-mail, uma carta de demissão ao presidente Michel Temer. Segundo a assessoria da do Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer aceitou o pedido de Geddel, que era responsável pela articulação política do governo federal com o Congresso Nacional.
A turbulência política provocada pela denúncia chegou ao gabinete presidencial nesta quinta (24) quando veio à tona o teor do depoimento prestado nesta semana pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero à Polícia Federal (PF). Calero disse aos policiais que, durante uma audiência no Palácio do Planalto, Temer interveio em favor dos interesses do ministro da Secretaria de Governo.
O ex-ministro da Cultura, que pediu demissão na última sexta (18), gravou a conversa que teve na semana passada com Temer no Planalto, informou o Bom Dia Brasil. Procurado pela TV Globo, Calero disse que não pode falar desse assunto.
Depoimento à PF
No depoimento à PF prestado na última quarta (23), o ex-ministro disse que Temer o "enquadrou" para que ele encontrasse uma "saída" para desembargar a construção do condomínio La Vue, na capital baiana, no qual Geddel comprou um apartamento.
Após o depoimento de Marcelo Calero à PF vazar na imprensa, o porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, afirmou que Temer procurou o ex-ministro da Cultura para resolver o "impasse" entre ele, Calero, e o chefe da Secretaria de Governo (leia a íntegra do pronunciamento de Parola ao final desta reportagem).
Segundo o colunista do G1 Matheus Leitão, a Procuradoria Geral da República (PGR) deve pedir a abertura de investigação para apurar se o ministro Geddel Vieira Lima fez tráfico de influência ao pressionar o ex-colega da Esplanada dos Ministérios.
A PGR recebeu nesta quinta-feira (24) o depoimento que Calero prestou à Polícia Federal. O documento inicialmente foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o encaminhou para a análise dos procuradores da República.
A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, remeteu o depoimento à PGR antes de mandar sortear o caso para relatoria de algum dos minstros do tribunal.
Caberá agora ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, avaliar se pede autorização ao Supremo para investigar o ministro da Secretaria de Governo.
Calero pediu demissão do cargo de ministro na última sexta-feira (18) e, posteriormente, acusou Geddel de tê-lo pressionado a conceder a licença de construção do prédio de luxo localizado em um bairro nobre de Salvador, que havia sido barrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Na condição de ministro, Geddel tem direito ao chamado "foro privilegiado", ou seja, ser investigado e processado pelo STF, a mais alta Corte do país. Por isso, a investigação precisa ser autorizada por um dos 11 ministros do tribunal.
Para a PF, Geddel deve ser investigado, mas a palavra final sobre uma eventual abertura de inquérito cabe à PGR.
Comissão de Ética
Na segunda-feira (21), a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu abrir um processo para investigar a conduta de Geddel no episódio relatado pelo ex-ministro da Cultura.
O colegiado fiscaliza eventuais conflitos de interesse envolvendo integrantes do governo, mas não tem poder para punir nenhum servidor público, apenas pode recomendar ao chefe do Executivo sanções a integrantes do governo, entre as quais demissões.
Nos últimos dias, Geddel admitiu que é proprietário de um apartamento no empreendimento, confirmou que procurou o então ministro da Cultura para tratar do embargo à obra, mas negou que tivesse pressionado Calero para liberar a construção do edifício.
La Vue (Foto: Reprodução)Projeto do condomínio La Vue (Foto: Reprodução)
A obra embargada
O empreendimento imobiliário pivô da saída de Marcelo Calero do Ministério da Cultura foi embargado pela direção nacional do Iphan em razão de estar localizado em uma área tombada como patrimônio cultural da União, sujeita a regramento especial. Os construtores pretendem erguer um prédio com 31 andares, mas o Iphan autorizou a construção de, no máximo, 13 pavimentos.
Com vista privilegiada para a Baía de Todos-os-Santos, o condomívio La Vue começou a ser construído em outubro de 2015. O metro quadrado dos apartamentos – um por andar – custa em torno de R$ 10 mil. O edifício tem apartamentos com quatro suítes de 259m² e uma cobertura chamada "Top House" de 450 m². Os imóveis no La Vue variam de R$ 2,6 milhões a R$ 4,5 milhões.
No sábado, o instituto informou que a obra foi embargada após estudos técnicos apontarem impacto do empreendimento em cinco imóveis tombados da vizinhança do condomínio: o forte e farol de Santo Antônio, o forte de Santa Maria, o conjunto arquitetônico do Outeiro de Santo Antônio (que inclui o forte de São Diogo), além da própria Igreja de Santo Antônio (leia mais sobre os argumentos do Iphan ao final desta reportagem).
Parentes
Familiares do ministro da Secretaria de Governo integram a defesa do empreendimento imobiliário de Salvador barrado pelo Iphan, no qual ele afirma ter comprado um imóvel, publicou na quarta-feira o jornal "Folha de S.Paulo".
Segundo o jornal, um primo e um sobrinho de Geddel atuam como representantes do empreendimento La Vue Ladeira da Barra junto ao Iphan.
A publicação afirmou que, em um documento anexado ao processo administrativo que tramitou junto ao Iphan, a empresa Porto Ladeira da Barra Empreendimento – responsável pelo La Vue, interditado pelo órgão ligado ao Ministério da Cultura – nomeou como procuradores os advogados Igor Andrade Costa, Jayme Vieira Lima Filho e o estagiário Afrísio Vieira Lima Neto.
Ainda de acordo com a "Folha", Jayme é primo de Geddel e também seria sócio dele no restaurante Al Mare, em Salvador. Já o estagiáriao Afrísio Vieira Lima Neto é filho do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ministro da Secretaria de Governo.
A procuração, informou o jornal, foi assinada em 17 de maio de 2016, cinco dias depois de Geddel assumir o comando da Secretaria de Governo. Fonte G1.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Sarau do Velho Chico

Vamos Nessa!

Professor Edgar Bom Jardim - PE

A nova reforma política


O Senado aprovou nesta quarta-feira, 23 de novembro 2016, a nova reforma política com 63 votos favoráveis e 9 contrários a PEC 36, que cria a claásula de barreiras e acaba com as coligações partidárias proporcionais. Partidos novos como REDE e ideológicos como PSOL, PCdo B, os partidos nanicos e os de aluguel.poderão ser extintos se a matéria também for aprovada na Câmara dos Deputados.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Três dicas para descobrir se uma notícia é falsa

Foto mostra Trump e criança que seria do Oriente MédioImage copyrightNEO NEWS
Image captionUma das falsas notícias afirmava que Trump teria nascido no Paquistão
"Donald Trump nasceu no Paquistão."
"Yoko Ono teve uma relação amorosa com Hillary Clinton nos anos 70."
Essas são algumas das "notícias" inverídicas que circularam pela internet e acabaram compartilhadas por milhares de leitores nas redes sociais.
E elas não são as únicas: uma série de informações falsas ganhou repercussão enorme nos últimos tempos.
A frequência com que apareceram e a velocidade com a qual se propagaram durante a campanha eleitoral nos Estados Unidos, por exemplo, deixou muita gente preocupada.
Mas afinal de contas, como, no meio de tanto ruído, saber o que é real e o que é falso?
A resposta começa por fazer as perguntas certas:

1) Checar se a fonte é de confiança

Uma notícia falsa que teve muita repercussão recentemente dizia respeito a supostos vídeos transmitidos ao vivo pelo Facebook diretamente do espaço.
Eles foram compartilhados em páginas como Unilad, Viral USA, Interestinatee também em vários canais no YouTube.
Sim, as imagens eram reais. Mas não se tratava de uma transmissão ao vivo. Era uma notícia falsa.
Nem a página oficial do Facebook da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, nem a Estação Espacial Internacional - que poderiam estar relacionadas com as imagens - mencionaram as tais transmissões.
Print da notícia falsaImage copyrightWORLD NEWS DAILY
Image captionSegundo o World News Daily, Yoko teria admitido um romance com Hillary Clinton

2) Soa estranho demais para ser real? Desconfie

Uma "notícia" sobre um romance entre Yoko Ono e Hillary Clinton foi publicada na página World News Daily.
Segundo a publicação, o relacionamento teria começado no meio dos protestos contra a Guerra do Vietnã, durante a década de 1970.
O suposto romance teria continuado quando a artista japonesa se mudou para Nova York com John Lennon e enquanto a democrata estudava na Universidade de Yale, em Connecticut. E durado até que as duas "perdessem contato".
A fonte? Supostas declarações que a viúva de Lennon teria feito durante uma apresentação no Museu de Arte Moderna de Los Angeles, que teriam "surpreendido jornalistas".
"Compartilhamos muitos valores sobre a igualdade de gênero e a luta contra a sociedade autoritária, patriarcal e machista", teria dito Ono.
Já a falsa notícia sobre o suposto nascimento de Trump no Paquistão, citada no início desta reportagem, foi divulgada pela rede de televisão paquistanesa Neo News.
O canal assegurava que o presidente eleito dos Estados Unidos teria nascido em uma família muçulmana no vale de Shawal, e não em Nova York. Além disso, o nome real dele seria Dawood Ibrahim Khan.
A "notícia" foi compartilhada por muitos usuários nas redes sociais, entre eles um jornalista - o correspondente do jornal The Atlantic Graeme Wood - e repercutiu em meios de comunicação em todo o mundo.
Vídeos do espaçoImage copyrightNATHAN WILLIAMS-NEWSI
Image captionVídeos que viralizaram não foram transmitidos em fontes oficiais como a Nasa - um grande indicativo de que a transmissão ao vivo era falsa
A hipótese não fazia sentido algum - ela ironizava os comentários de Trump de que o presidente Barack Obama não teria nascido nos Estados Unidos.
Mas há casos em que é mais complicado distinguir a realidade da ficção.
Um exemplo são as informações falsas sobre as execuções que teriam sido ordenadas pelo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.
Alguns textos citavam penas cruéis e espantosas, como o que afirmava que o tio dele teria sido devorado por cachorros ou que ele teria disparado um canhão antiaéreo contra seu ministro da Defesa.
Por se tratar de um país tão fechado, a disponibilidade de acionar fontes para conferir os fatos é mais limitada.
Grande parte dessas informações foi emitida pelo Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul, conhecido pela sigla em inglês, NIS, e transmitida através da agência oficial de notícias Yonhap a vários veículos de mídia internacionais.
Depois, o próprio NIS desmentiu algumas dessas informações.

3) Verificar se a notícia pode ser checada

Existem páginas na internet, como a irlandesa FactCheckIn, que se encarregam de comprovar, de maneira independente, notícias e afirmações de políticos e de meios de comunicação. São conhecidos como sites de verificação de dados, ou fact-checking.
"Nosso desejo é promover um debate político que se baseie em cifras e dados, e não em estereótipos e preconceitos", explicam os responsáveis.
Outros exemplos são o Ojo Biónico, no Peru, ou a brasileira Agência Lupa.
Segundo o censo anual do Laboratório de Repórteres da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, esse tipo de projeto jornalístico aumentou muito em todo mundo entre 2015 e 2016, chegando a quase dobrar em quantidade.
Somente no último ano, surgiram sete novos projetos apenas na América Latina.
Ri Yong-gil e Kim Jon-unImage copyrightREUTERS
Image captionOutra notícia falsa foi a de que o líder norte-coreano teria atingido o ministro da Defesa com um canhão antiaéreo
Sobre os grandes veículos de comunicação, comprometidos com a verificação de dados, como a BBC, é importante comprovar que a página é realmente aquela que você acredita que é.
Alguns sites ou páginas nas redes sociais são desenvolvidos para ter o mesmo visual da grande imprensa e são usados justamente para confundir os leitores.
No caso das redes sociais, você deve sempre observar se a página é verificada - elas contêm um selo azul ao lado do perfil. Fonte: BBC Brasil
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Onyx Lorenzoni reduziu de 17 para 12 as propostas do pacote de medidas contra a corrupção


O relator Onyx Lorenzoni (DEM-RS) enxugou de 17 para 12 as propostas presentes no pacote de medidas contra a corrupção. Cinco itens que haviam sido incluídos no parecer preliminar do deputado federal foram suprimidos. Lorenzoni apresentou o relatório para a comissão especial da Câmara que analisa o projeto na noite desta terça-feira. A votação do texto no colegiado, prevista para esta terça, foi adiada para quarta, a partir das 9h.
As propostas, originalmente do MPF (Ministério Público Federal), foram enviadas à Câmara com o apoio de 2 milhões de assinaturas.
Lorenzoni também fez mudanças na realização do chamado teste de integridade. O teste não poderá ser a única prova para condenação, servindo apenas para efeito administrativo. O crime de responsabilidade para magistrados e membros do Ministério Público continuou fora do relatório. O relator afirmou que a intenção é tratar o projeto fora do pacote.
O deputado manteve a criminalização do caixa dois e o veto à inclusão da prova ilícita e à prisão preventiva com objetivo de recuperar recursos. Lorenzoni manteve o ponto sobre o enriquecimento ilícito, a criminalização do eleitor que vende seu voto, a proposta de acordo de leniência e o “reportante do bem” (fonte que denuncia o crime, mas não tem envolvimento com o ilícito).
Lorenzoni disse que as medidas que não couberam em seu relatório serão encaminhadas à comissão especial que analisa o novo Código de Processo Penal.

Pressão

Sob pressão de parlamentares, Lorenzoni suspendeu a reunião da comissão por volta das 15h. O deputado só retornou seis horas depois, após se reunir com lideranças partidárias na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O texto apresentado pelo deputado é a terceira versão do relatório em duas semanas.
( Veja Com Estadão Conteúdo)
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 19 de novembro de 2016

O afeto Negado

Contar a história do afeto negado
traz a vastidão dos sentimentos.
Não há vida sem o outro,
e a solidão é sempre uma passagem.
Não se atormente com o silêncio,
nem negue o desejo de partir.
Nada está imóvel no mundo,
tudo pede perdão e descanso.
Quem  afasta a perda,
desconhece seu desencanto,
mas não se esconde da dor.
O tempo carrega a leveza e o peso,
a imaginação é uma fuga, criativa e mágica,
sem nunca esquecer que não há ponto final.

Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Antes de morrer, adolescente britânica com câncer ganha na Justiça direito de ter corpo congelado para possível reanimação no futuro

Arte de corpos congeladosImage copyrightSCIENCE PHOTO LIBRARY
Image captionApenas duas empresas nos Estados Unidos e na Rússia fazem o congelamento de corpos humanos. A técnica é cara e controversa
Uma jovem de 14 anos, que sabia que ia morrer de um tipo raro de câncer e desejava ficar congelada para ser curada no futuro, ganhou uma batalha legal histórica no Reino Unido.
A adolescente morreu em outubro e não teve a identidade divulgada. Ela recebeu todo o apoio da mãe, mas não do pai e o caso foi parar na Justiça.
A Alta Corte britânica determinou que a mãe tinha o direito de decidir o que aconteceria com o corpo.
Assim, ele foi levado para os Estados Unidos, onde foicongelado.
A menina vivia em Londres e nos últimos meses de vida tinha feito pesquisas na internet sobre a técnica de criogenia humana.

'Viver mais'

Criogenia é o processo de congelar e preservar um corpo na esperança de que no futuro sejam encontradas formas de ressuscitá-lo e curá-lo.
A técnica também é usada com embriões: óvulos fecundados podem ficar na "geladeira" com chances boas de sobreviver ao descongelamento - estima-se que perto de 60% deles conseguem vingar, dando origem a um bebê.
Até agora, calcula-se que cerca de 100 pessoas já foram congeladas depois da morte e esperam por vida nova no futuro.
A menina escreveu uma carta ao juiz explicando que queria "viver mais" e não desejava ser "ficar embaixo da terra".
Cientista congelando válvulas cardíacasImage copyrightSCIENCE PHOTO LIBRARY
Image captionA técnica de criogenia já é usada com sucesso na preservação de embriões humanos e órgãos para transplantes
"Acho que ser preservada criogenicamente me dá a chance de ser curada e acordar - nem que seja daqui a centenas de anos", escreveu.
O juiz Peter Jackson visitou a menina no hospital e disse ter ficado comovido com a "forma corajosa como ela estava enfrentando o seu destino".
A sentença, explicou o magistrado, não teve a ver com a criogenia em si, mas com o conflito entre os pais da menina sobre o destino do corpo da filha.

Técnica controversa

O congelamento de corpos é feito somente por duas empresas nos EUA e na Rússia - e o custo de preservar o corpo por tempo infinito neste caso foi de 37 mil libras ( R$ 158 mil).
O cadáver é colocado em um tanque de nitrogênio líquido, a uma temperatura de -196 ºC, para que não apodreça.
Para Simon Woods, especialista em ética médica da Universidade de Newcastle, a ideia de congelar um corpo para reanimá-lo é "ficção científica".
"A morte é irreversível. E as pessoas que buscam a preservação criogênica geralmente morreram de uma doença grave, nesse caso foi câncer."
"O estado de saúde da pessoa já é bem ruim, e não há absolutamente nenhuma evidência de que a pessoa possa ser trazida de volta à vida".
Royal Courts of JusticeImage copyrightINPHO
Image captionO caso inédito foi decidido por um juiz da Alta Corte, em Londres. Ele chegou a visitar a menina no hospital

A carta

Na carta que escreveu ao juiz, a menina diz querer explicar "porque quero que uma coisa tão incomum seja feita".
"Tenho apenas 14 anos e não quero morrer, mas sei que vou morrer".
"Acho que ser criopreservada vai me dar a chance de ser curada e acordar - mesmo que daqui a centenas de anos".
"Não quero ficar embaixo da terra".
"Quero viver e viver mais. Acredito que no futuro devem achar uma cura para o meu câncer e eu vou acordar".
"Quero ter essa chance".
"Este é o meu desejo".

Pai era contra o congelamento

Os pais da menina são divorciados. A adolescente havia passado seis anos sem ter qualquer contato com o pai até ficar doente.
E o pai era contra o congelamento:
"Mesmo que o tratamento seja bem-sucedido e ela volte à vida, digamos, daqui a 200 anos, minha flha não deverá encontrar nenhum parente. Além disso, talvez ela não se lembre de coisas que podem deixá-la desesperada, já que terá apenas 14 anos e estará nos EUA".
Mais tarde, ele mudou de ideia e disse que respeitava a vontade da filha. O pai quis então ver o corpo depois que a menina morreu - mas ela havia determinado que não permitia isso.
O juiz disse que o pedido da jovem foi o único do tipo já recebido por um tribunal da Inglaterra e do País de Gales - e provavelmente por qualquer outro no Reino Unido.

Juiz sugere regulação no Reino Unido

O juiz Jackson disse que o caso é um exemplo de como a ciência traz novas questões para o Direito.
A adolescente morreu em outubro, sabendo que seu corpo seria preservado. Mas o juiz revelou que houve problemas no dia da sua morte.
Ele contou que a equipe do hospital manifestou preocupação em relação à maneira como foi conduzido o processo de preparação do corpo para o congelamento, mas não esclareceu os motivos dessa inquietação.
A preparação foi feita por um grupo de voluntários no Reino Unido.
O juiz sugere que futuramente os parlamentares britânicos discutam a criação de "normas adequadas" para o congelamento de corpos. Fonte:BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE