domingo, 5 de junho de 2016

Aqui é Forró



Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 4 de junho de 2016

Fim de Semana Cultural em Bom Jardim


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Justa Homenagem

ACONTECEU...

O CONCERTO PARA AIRTON BARBOSA – IN MEMORIAM foi uma Homenagem do grupo SOPROS DO BOM JARDIM conduzido pela regência e direção musical do maestro carioca Juliano Barbosa, filho de Airton Barbosa, pelos 35 anos de morte deste que foi um dos maiores músicos bonjardinenses de todos os tempos.
O Concerto, que se realizou no cine-teatro do Centro Educacional e Cultural Marineide Braz neste último domingo de maio na cidade de Bom Jardim-PE, contou com ilustre presença da viúva de Airton, a jornalista e escritora Valdinha Barbosa, que veio do Rio de Janeiro especialmente para esta homenagem.
Foi um fim de tarde de emoção e muita música e contou com a participação especial da Banda de Música do Grêmio Lítero Musical Bonjardinense e músicos convidados executando dobrados, chamando a atenção do público para esta importante sociedade musical que representou o início da carreira do jovem Airton, quando este ainda tinha 13 anos de idade.
Ausências à parte, o evento terminou com a exibição de um pequeno vídeo feito a partir de antigas imagens de AIRTON BARBOSA tiradas de programas de TV, além de fotografias de seu arquivo pessoal, tendo como trilha sonora gravações históricas do próprio Airton. Uma rara oportunidade de poder conhecer melhor um pouco da vida e da obra de um dos mais representativos músicos brasileiros e que teve sua luta interrompida aos 37 anos, vítima de câncer no Rio de Janeiro.
Por Juliano Barbosa.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Encontro de Mestres de Maracatus

Com a proposta de ouvir e também festejar mestres de maracatus atuantes na cultura da região, debatendo temas relacionados à tradição, acontece neste sábado (18 de junho) a segunda edição do Encontro de Mestres de Maracatus da Zona da Mata Norte de Pernambuco. O evento será iniciado às 21:00 hs  na sede do Maracatu Estrela Dourada sendo aberto ao público interessado em participar.

Composto por roda de diálogos, a programação também incluirá apresentações de danças e toadas com os mestres participantes. Nesta edição, serão homenageados ambos ainda são brincantes do folguedo na Mata Norte.

Segundo mestre André de Lica, organizador do encontro, os participantes e o público presente terão uma noite movida pela forma que a tradição é celebrada nos terreiros. 
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Soluções criativas na Escola Tancredo Neves


Ainda sobre Limoeiro fiquei super feliz com a gestão da escola Tancredo Neves que fica na área rural do município! Eles montaram uma horta com os estudantes que cuidam, zelam, amam, colhem e ainda utilizam material reciclável! Parabéns! 
POR Vera Cutz
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Veja Ademir Galeno ao Vivo e a cores em Leia Mais.



Esse foi minha primeira apresentação como Kalifa do Brega, no Dvd do Amigo Gera do Brega em Bom Jardim PE. www.youtube.com/watch?v=xOhdQ3REsgQ
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Zé Lezin faz show nesta quinta em Bom Jardim


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Faculdades Irregulares prejudicam alunos em Pernambuco

CPI indicia faculdades em PE e pede investigações em todo o país  (Foto: Thays Estarque/G1)Teresa Leitão, Rodrigo Novaes e Miguel Coelho falam sobre relatório da CPI (Foto: Thays Estarque/G1)
O que começou com a denuncia de um grupo de estudantes em Pernambuco acabou tomando dimensão nacional. O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Faculdades Irregulares recomendou que o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e o Ministério Público Federal (MPF) tome medidas judiciais e extrajudiciais contra nove instituições de ensino de Pernambuco e recomendou a investigação de outros oito institutos com sede em quatro estados. A CPI encontrou até uma universidade americana atuando ilegalmente no Brasil. Além disso, os deputados pediram o indiciamento de 20 pessoas por vários crimes, como estelionato, associação criminosa e publicidade enganosa.
A comissão encaminhará o documento para o Ministério Público Federal e pedido ao Ministério da Educação (MEC) para a criação de uma agência fiscalizadora de instituições privadas. Criada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) a CPI entregou o relatório para a assinatura do presidente da casa, deputado Guilherme Uchoa (PDT), nesta quinta-feira (2). Em seguida, ele será encaminhado tanto para o MPPE e para o MPF para que medidas sejam adotadas. 
A CPI solicitou que o MPF acione a Justiça contra 17 intituições. São elas: Faculdade de Desenvolvimento e Integração Regional (Fadire), Fundação de Ensino Superior de Olinda (Funeso), Uninacional, Faculdade Santo Augusto (Faisa), Universidade de Iguaçu (UNIG), Instituto Educacional de Desenvolvimento Cultural e Pesquisa em Desenvolvimento Humano (Ieduc), Instituto de Ensino Superior de Americana (Iesa), Centro de Ensino Pesquisa e Inovação (Cenpi), Instituto Educacional Ruymar Gomes (Ierg), Instituto de Desenvolvimento Educacional Brasileiro (Ideb), Instituto Superior de Educação de Floresta (Isef), Faculdade Ecoar (Faeco), Instituto de Optometria de Pernambuco (IOP), Faculdade de Saúde de Pernambuco (Fasup), Anne Sullivan University, Instituto Belchior e Faculdade Anchieta do Recife.
Além delas, o MPF deverá solicitar o indiciamento das 20 pessoas. O G1 tentou contato com as instituições e com as pessoas citadas no documento. Os representantes da Faculdade Anchieta do Recife e da Uninacional já informam que irão se pronunciar sobre o assunto. As demais ainda não responderam à solicitação ou não atenderam.
“Hoje você tem no MEC a figura da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) que cumpre um papel importante, mas que só fiscaliza aquelas instituições que são autorizadas pelo MEC. Ela não tem autonomia para investigar essas instituições que requereram, mas não alcançaram a liberação do MEC. Isso propicia para que esse tipo de absurdo aconteça”, acredita a deputada Teresa Leitão (PT).
Deputados Rodrigo Novaes e Teresa Leitão (Foto: Rinaldo Marques/Alepe)Deputados Rodrigo Novaes e Teresa Leitão conduziram os trabalhos (Foto: Rinaldo Marques/Alepe)
Mais de 20 mil estudantes foram prejudicados em Pernambuco. Ao todo, 151 pessoas prestaram depoimentos. A CPI identificou quatro tipos de irregularidades: faculdades oferecendo cursos superiores sem possuir a permissão do MEC, universidades que utilizam indevidamente instalações físicas da rede pública estadual e municipal, além da comercialização de diplomas e de instituições de ensino que ministram cursos de extensão como se fossem de graduação.
Em um grupo, estão aquelas que não possuem credenciamento junto ao Ministério da Educação (MEC), mas exercem livremente a atividade educacional de ensino superior. Em outro, estão as instituições que possuem autorização do MEC, mas atuam fora da área para a qual tinham permissão, oferecendo cursos de extensão como se fossem graduações aos estudantes. Há ainda aquelas que terceirizam os serviços de ensino, contratando outras faculdades que funcionam como um tipo de franquia.
“São instituições que não tem a autorização [de graduação] para atuar, mas que faziam livremente e prometiam comprar o diploma porque compravam no mercado e entregavam aos alunos. Com trabalhos de conclusão e estágios, eles transformavam os cursos livres em cursos de graduação”, explicou o deputado e presidente da CPI, Rodrigo Novaes (PSD).
As investigações da CPI mostraram que entre os crimes realizados estão propaganda enganosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato e associação criminosa. “Esses diplomas emitidos pelas instituições de ensino superior precisam de uma chancela de uma universidade e as universidades de Pernambuco não se prestavam a esse papel. Então, eles encaminhavam esses diplomas a uma universidade do Rio de Janeiro e mediante pagamento de R$ 150 por diploma, a Universidade de Iguaçu chancelava. Além disso, há a figura da Uninacional, sediada no Distrito Federal, que fazia essa intermediação da compra e venda de diplomas”, completou o parlamentar.
Ivete Andrade CPI das Faculdades (Foto: Thays Estarque/G1)Desiludida, Ivete Andrade revela que não tem vontade de retomar os estudos (Foto: Thays Estarque/G1)
O esquema ia muito além de enganar os alunos dentro das faculdades. Para atrair os estudantes, os institutos procuravam saber como funcionava o município, assim como quais cursos interessavam mais a população. “Depois disso, colocavam carro de som anunciando o curso, distribuíam panfletos e infiltravam pessoas para capturar alunos. Tudo isso garantindo um preço bem abaixo do pedido no mercado”, contou a deputada Teresa Leitão.
Vítimas
A estudante Camila da Silva, de 37 anos, sempre teve desejo de cursar administração. Três anos depois e um prejuízo de R$ 7 mil, Camila vive uma sensação de tempo perdido. “Estou indignada, nunca suspeitei porque tínhamos aulas normais. Pensei que, finalmente, conseguiria um diploma em administração. Estava quase me formando, minha turma já estava vendo os detalhes da formatura, quando descobri do que faziam pela CPI”, lamenta.

No entanto, ela não desistiu do sonho e já se matriculou em uma universidade em Caruaru, no Agreste. Agora, calejada, afirmou que procurou saber antes de escolher o centro de ensino. “Chega, ninguém me engana mais”. Camila entrou na Justiça, mas ainda não conseguiu uma audiência para o seu caso.
Ivete Andrade, 45 anos, é o oposto de Camila. Com a desilusão, a ex-aluna de Serviço Social desabafou que não sente mais vontade de ingressar numa universidade. “Cursei um ano e meio até sentir que tinha algo estranho. Fui pedir uma declaração de estágio e eles não me davam, ficavam enrolando. Agora que meu sonho já foi destruído só quero ver a Justiça acontecer”, declarou.
Auxílio jurídico aos estudantes
Os alunos prejudicados pela atuação dessas faculdades irregulares em Pernambuco podem procurar a Defensoria Pública do Estado para receber apoio jurídico. Para solicitar a ajuda, os estudantes devem entrar em contato com a Coordenação da Área de Demandas Coletivas por meio dos números (81) 3182-3712 ou 3182-3736. Caso prefiram, também podem ingressar com ações privadas na Justiça.

Respostas das instituições
Algumas das instituições investigadas pela CPI Se posicionaram através de notas enviadas àRede Globo Nordeste e ao G1. Confira, a seguir, as respostas:

Funeso - A instituição garante que "sempre se posicionou de forma favorável à CPI, tendo contribuído de forma efetiva para os seus trabalhos". "Sobre o relatório, não temos condições de nos posicionarmos, por não termos sido intimados até o presente momento. Assim que tivermos conhecimento do mesmo emitiremos nota através dos nossos canais oficiais", informou no texto.

Faculdade Faisa - A instituição afirma que é "devidamente credenciada e autorizada pelo MEC para funcionar no ensino superior, bem como os cursos são devidamente credenciados" assim como "não realiza qualquer curso de graduação fora de sua sede, a qual está localizada na cidade de Santo Augusto/RS". Complementou ainda dizendo que "não possui qualquer polo de ensino na modalidade a distância em Pernambuco", além de anunciar a instauração de um "procedimento administrativo para apurar as denúncias que foram alvo da CPI com relação a utilização de seu nome por institutos educacionais com sede no estado de Pernambuco".

Faculdade Anchieta - A instituição afirma que "medidas legais cabíveis já foram adotadas pela Faculdade Anchieta, para fins de comprovação do exercício regular e legal de suas atividades". Na nota, a faculdade ressalta ainda que "vem sendo apontada, de forma injusta e arbitrária, como Instituição de Ensino Irregular, pela CPI" e que as atividades por ela exercidas "sempre foram amparadas por legislação federal de ensino, estando, inclusive, devidamente autorizada pelo MEC".

Uninacional - A entidade informou que "não é uma faculdade, nem um grupo educacional" e que divulgou "em seu site que não autorizava qualquer instituto ou qualquer outra instituição educacional a fazer uso de seu nome". A Uninassau disse ainda que "não emite qualquer documento acadêmico, nem assume terceirização de serviços de instituições isoladas de ensino ou universidades" e garantiu que "já foram tomadas todas as medidas cabíveis para a proteção da instituição". G1PE
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Batismo de Capoeira em Bom Jardim

 O Grupo União, realizou batismo dos  seus novos integrantes, em solenidade festiva realizada no  Ginásio  19 de Julho, Bom Jardim, parceiro do projeto, neste domingo, 29 de maio de 2016. Parabéns!
                 Fotos:  BomJardim Conectado

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Descrédito e exigências de provas físicas: 5 obstáculos enfrentados por mulheres vítimas de violência


Mulheres protestaram no Rio de Janeiro após caso de estupro coletivo ter vindo à tonaImage copyrightAP
Image captionMulheres protestaram no Rio de Janeiro após caso de estupro coletivo ter vindo à tona

Apesar de avanços na legislação, o combate à violência contra a mulher no Brasil ainda tem um tortuoso e longo caminho pela frente.
O caso de estupro coletivo da jovem de 16 anos no Rio de Janeiro evidenciou algumas das principais dificuldades que as mulheres enfrentam quando tentam denunciar algum tipo de violência. Entre as principais delas estão a falta de capacitação dos agentes públicos, que muitas vezes colocam em descrédito os depoimentos das vítimas, e a exigência excessiva para se comprovar a violência, o que acaba deixando muitos agressores impunes.
"Às vezes, o processo de denunciar acaba sendo mais violento para essas mulheres do que a própria violência", disse à BBC Brasil Silvia Chakian, promotora de Justiça e especialista em casos de violência contra a mulher. "Vivemos numa cultura que desacredita da palavra da vítima pelo simples fato de ela ser mulher. Que valor, nós todos, sociedade, instituições, sistema de Justiça, estamos dando à palavra das vítimas de violência sexual?"
Em conversa com a promotora e algumas vítimas de violência, a BBC Brasil listou alguns dos principais obstáculos que uma mulher enfrenta no processo de denúncia de um agressor:

1 - Falta de capacitação de agentes públicos

A reclamação mais comum e recorrente entre as mulheres é sobre a forma como são tratadas nas delegacias.
"Começando por ele (delegado), tinha três homens dentro de uma sala. A sala era de vidro, todo mundo que passava via. Ele colocou na mesa as fotos e o vídeo. Expôs e falou: 'me conta aí'. Só falou isso. Não me perguntou se eu estava bem, se eu tinha proteção, como eu estava. Só falou: 'me conta aí'", disse a vítima de estupro coletivo ao Fantástico.

Vídeo do estupro foi divulgado nas redes sociaisImage copyrightREPRODUÇÃO
Image captionVídeo do estupro foi divulgado nas redes sociais

"Ele perguntou se eu tinha o costume de fazer isso, se eu gostava de fazer isso (sexo com vários homens)", prosseguiu.
Chakian explica que não é raro ver mulheres recebendo esse tipo de tratamento ao denunciar uma violência.
"Não é incomum que elas sejam submetidas a uma desconfiança da sua palavra desde o início. Existe até um medo da vitima da estigmatização, do julgamento moral, de não ser acreditada quando procura as instituições. Isso precisa ser reconhecido e combatido", disse a promotora.
"Vi o depoimento dessa menina dizendo que foi ouvida numa sala envidraçada, (a qual) as pessoas circulavam pra vê-la. Isso é inaceitável, é uma nova violência contra ela. Uma oitiva mal conduzida com a vítima de um crime bárbaro como esse causa inúmeros danos emocionais."
Outro caso ouvido pela BBC Brasil, desta vez de uma vítima de violência doméstica, retratou a mesma dificuldade. Maria Fernanda (nome fictício), que sofria agressões frequentes do namorado, desistiu de denunciá-lo por causa do tratamento que recebeu na delegacia.

Alessandro Thiers, que é titular da Delegacia de Repressão de Crimes de Informática do Rio, era quem cuidava do caso e foi acusado de machismoImage copyrightAG. BRASIL
Image captionAlessandro Thiers, que é titular da Delegacia de Repressão de Crimes de Informática do Rio, era quem cuidava do caso e foi acusado de machismo

"Você tem certeza que vai fazer isso (denunciar)? Essas marcas aí? Estão tão fraquinhas... até você chegar no IML (para fazer exame de corpo de delito), já vão ter desaparecido. Se você denunciar, vai acabar com a vida dele. Ele vai perder o emprego e não vai adiantar nada, porque vai ficar alguns dias preso, depois vai pagar fiança e vai sair ainda mais bravo com você", dizia o delegado a Maria Fernanda.
"Os agentes públicos - da polícia e até do Judiciário - são membros de uma sociedade machista. E reproduzem esses estereótipos às vezes no atendimento dessas mulheres. Falta capacitação", afirmou a promotora.
O programa federal Mulher, Viver Sem Violência, lançado em março de 2013, busca amenizar esse problema: tem, entre seus objetivos, o de capacitar policiais e agentes públicos para atender melhor vítimas de violência.
Foram criadas também duas unidades - em Brasília e Campo Grande - das chamadas de Casa da Mulher Brasileira, que integram no mesmo espaço serviços especializados para os diversos tipos de violência contra a mulher: acolhimento, delegacia, Ministério Público, etc.

2) Descrédito à palavra da mulher

A vítima do Rio foi à delegacia denunciar o crime na última quinta-feira, após a divulgação de um vídeo pelos próprios suspeitos que mostravam imagens dela nua e desacordada enquanto os rapazes conversam ao fundo. "Engravidou de 30", diz um deles. Em uma das fotos divulgadas pelo Twitter é possível ver o rosto de um deles, que posa para a câmera em frente à menina.
Diante do delegado Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão de Crimes de Informática do Rio (que não cuida mais do caso), a vítima diz ter enfrentado o primeiro obstáculo.
"O próprio delegado me culpou. Quando eu fui à delegacia, eu não me senti à vontade em nenhum momento. Acho que é por isso que muitas mulheres não fazem denúncias. Tentaram me incriminar, como se eu tivesse culpa por ser estuprada", disse a jovem em entrevista ao Fantástico.
A então advogada dela, Eloísa Samy, havia dito à BBC Brasil que, durante o depoimento da jovem, o delegado "fez perguntas que claramente tentavam culpá-la pelo estupro. Ele chegou a perguntar: 'Você tem por hábito participar de sexo em grupo?'. Não acreditei e encerrei o depoimento", disse a advogada.
Thiers também chegou a declarar que não estava convencido de que houve estupro: "A gente está investigando se houve consentimento dela, se ela estava dopada e se realmente os fatos aconteceram".
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, a nova delegada do caso, Cristiana Bento, disse ter "convicção" de que a violência ocorreu.
"Está lá no vídeo, que mostra um rapaz manipulando a menina. O estupro está provado. O que eu quero agora é verificar a extensão dele, quantas pessoas praticaram esse crime", disse.
A questão mais urgente apontada por Chakian é justamente o fato de a palavra da vítima de violência ser muitas vezes questionada e desvalorizada, tanto pelas instituições da Justiça quanto pela sociedade.
"As investigações podem reproduzir estereótipos de gênero. Nesse caso, existe um vídeo e, mais importante, existe a palavra dela. Por que essas mulheres continuam sendo exaustivamente questionadas, cobradas nos mínimos detalhes? Elas têm suas palavras confrontadas o tempo inteiro, como se desde o início essa palavra não fosse digna de crédito", disse Chakian.

Caso repercutiu na mídia internacionalImage copyrightREPRODUÇÃO
Image captionCaso repercutiu na mídia internacional

Para ela, isso contribui para que os casos de violência sexual e violência doméstica sejam tão subnotificados. Segundo dados do estudo "Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde", do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apenas 10% dos casos chegam ao conhecimento da polícia.
"Por que tanta desconfiança? Por que antes de buscar os antecedentes dos criminosos, investigamos os antecedentes da vítima?", questionou Chakian.
"A própria sociedade mostra um julgamento comportamental nesse caso. 'Ela estava com aquela roupa, é frequentadora de baile funk, já tinha filho de traficante' - esses 'argumentos' usados nos comentários de muita gente tentam 'justificar o crime', mostrar que ela parecia consentir. Isso é inaceitável."

3 - Ter de comprovar a violência

Quando consegue vencer as dificuldades de fazer uma denúncia, a mulher vítima de violência precisa passar por outro processo complexo: o de conseguir comprovar o crime. Primeiro porque alguns tipos de agressão não deixam vestígios - ou até deixam, mas esses vestígios se "perdem" rapidamente, caso ela demore alguns dias para denunciar.
O laudo do estupro coletivo, segundo informações do jornal Bom Dia Rio, feito após a denúncia da menina na polícia, teria concluído que "não houve indícios de violência" no caso. Isso porque, como ela sofreu a violência na sexta e foi denunciar uma semana depois, os indícios dos crimes já não estariam mais evidentes.
"Há um trauma muito grande no que essas mulheres vivem e isso faz com que elas demorem para denunciar. Mas temos que mudar esse pensamento de que é preciso comprovar essa violência com testemunha e com prova pericial. Temos que avançar pra dar credibilidade à palavra dessas mulheres", opinou Chakian.
Além disso, algumas marcas são "facilmente contestáveis" por advogados de defesa. "Muitas vezes a discussão fica em torno do consentimento (da vítima). (Mas há) a violência que acontece entre quatro paredes, sem testemunha", explicou a promotora.
"Aqui, a vítima tem que dar sinais de que está rejeitando a relação sexual. A lei diz que só configura estupro mediante uso da violência ou grave ameaça. Na prática, isso significa que são essas mulheres que têm de comprovar que rejeitaram o ato sexual, e isso é cruel. As circunstâncias deveriam comprovar."
"No Canadá, por exemplo, a legislação avançou para o 'Yes Means Yes' (Sim significa sim). Ou seja, o consentimento precisa ser expresso e afirmativo. Se a vítima não dá evidências de consentimento, se ela não contribui para a relação, é estupro. Por exemplo, se a menina está bêbada ou desacordada, com os braços repousados, isso não é símbolo de consentimento", explicou a promotora.
Segundo Chakian, muitas vezes, no julgamento de casos assim, acaba prevalecendo o "conservadorismo comportamental".
"Dizem: 'ah, mas ela não se deu o respeito'. Mas como assim? Se ela está pelada, de saia curta ou coberta até o pescoço, ela tem que ser respeitada do mesmo jeito. Consentimento nunca pode ser sinonimo de submissão. Drogas, álcool, sono, isso são circunstâncias que retiram a capacidade da vítima consentir voluntariamente. Ela se torna vulnerável. E esse caso é de estupro de vulnerável".

Protesto das mulheres no Rio de JaneiroImage copyrightAP
Image captionDificuldades fazem com que mulheres acabem não denunciando violências

4 - São 368 Delegacias da Mulher para 5,5 mil municípios no Brasil; e elas não funcionam 24h, nem aos finais de semana

A Delegacia da Mulher (DDM) foi criada para proporcionar um atendimento diferenciado às mulheres vítimas de violência. Em teoria, em unidades especiais da polícia civil criadas só para atender esses casos, a mulher recebe um acolhimento mais adequado.
No entanto, essas delegacias especiais, em geral, funcionam somente no horário comercial. Em São Paulo, por exemplo, elas fecham em horários variados, entre 18h e 20h.
Aos finais de semana - quando ocorrências de estupro ou violência doméstica são mais frequentes -, as DDMs estão fechadas, o que obriga mulheres a esperar alguns dias para fazer a denúncia ou então a recorrer às delegacias tradicionais, como foi o caso de Maria Fernanda.

Delegacia da Mulher não abre aos finais de semana, nem funciona 24h - é uma das críticas das vítimasImage copyrightDIVULGAÇÃO
Image captionDelegacia da Mulher não abre aos finais de semana, nem funciona 24h - é uma das críticas das vítimas

Além disso, o número de Delegacias da Mulher no país ainda é bastante restrito. Milhares de cidades não contam com unidades especiais desse tipo - são 368 espalhadas por 5.597 cidades brasileiras.
Sem uma DDM por perto, novamente a mulher é encaminhada para uma delegacia tradicional, onde há menos preparo para lidar com casos do tipo.

5 - O agressor nem sempre é punido

A dificuldade em comprovar a violência parece se refletir nos dados que comparam o número de denúncias com o de agressores punidos.
Segundo o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, 6.778 homens estavam presos por crimes de estupro até junho de 2014. Para se ter uma ideia, também em 2014, houve 47,6 mil casos de estupro no país, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
"Temos que melhorar a efetividade da lei. E, ao mesmo tempo, incorporar no sistema de Justiça aquilo que chamamos de olhar de gênero na apuração do caso. Olhar a mulher sob esses aspectos, do trauma, da vergonha, do julgamento, E colocar a vítima no centro da investigação", disse Silvia Chakian.
 Renata Mendonça
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Celpe e Compesa interrompem serviços por causa da chuva

Energia está suspensa temporariamente em bairros de Olinda e Paulista / Foto Ilustrativa: JC Imagem
Energia está suspensa temporariamente em bairros de Olinda e Paulista
Foto Ilustrativa: JC Imagem
JC Online

O abastecimento de água em regiões de morro das Zonas Sul e Norte do Recife e do município de Camaragibe estão provisoriamente suspensos. De acordo com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), a medida é um forma preventiva para proteger as tubulações e evitar possíveis rompimentos.
A companhia também informa que os sistemas de abastecimento estão operando com vazão reduzida para também evitar novos rompimentos e aumentar o risco dedeslizamentos de barreiras.
Energia
Em Olinda, A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) Também suspendeu temporariamente o fornecimento de energia nos bairros Jardim Fragoso e Bairro Novo. Já em Paulista, a energia ficará suspensa temporariamente no bairro da Mirueira e Paratibe.
De acordo com Celpe, a medida preventiva foi necessária em função da elevação do nível da água que estava se aproximando dos medidores de energia dos imóveis. O fornecimento será prontamente restabelecido assim que estiverem asseguradas as condições de segurança.
Nível dos reservatórios
Em último balanço divulgado pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), três barragens da Região Metropolitana estão operando com mais de 100% do volume, são elas: Sicupema e Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho; e Duas Unas, em Jaboatão dos Guarapes.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 29 de maio de 2016

Homenagem para o Músico Bonjardinense Airton Barbosa

Local : Centro  Cultural Marineide Braz - Bom Jardim -PE
Domingo: 29 de maio 2016.
Início: 16 horas

Professor Edgar Bom Jardim - PE