segunda-feira, 15 de junho de 2015

Bom Jardim amanhece entristecida com o assassinato de ex- secretária de educação

Mais uma vitima da violência que toma conta de nosso Brasil, uma mulher, mãe, professora, empreendedora de nossa cidade.

Na primeira hora da manhã desta segunda-feira, 15 de junho, bandidos invadiram a residência  da família  de Isabel Félix e Zé de Janjão, fazendo-os de reféns enquanto fizeram assalto ao cofre da casa. Ao final da ação criminosa a professora Isabel foi alvejada por tiro de arma de fogo  tendo morte imediata, conforme relatos que  apuramos.

Ficamos sem entender, enquanto ser humano, porque esses ladrões mataram uma mãe de forma covarde diante de sua família. Por que não levaram todo dinheiro  sem  tirar a  vida da pessoa que já   estava rendida e já havia entregue o dinheiro que possuíam em casa. A falta de amor a vida, a falta de respeito ao ser humano.

Isabel Félix da Silva,  era professora do município e já ocupou o cargo de Secretária de Educação.  Hoje, não haverá aulas na rede de ensino do município.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 14 de junho de 2015

São João Bom D+ em Bom Jardim- PE

Festividade reúne cultura popular, artistas e bandas de sucesso. 
Sábado de Santo Antônio com muito forró em Bom Jardim-PE. A animação da festa promovida pelo Governo Municipal, por meio da Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes, no Pátio de Eventos João Salvino Barbosa, ficou por conta das Bandas Capim com Mel e Vilões do Forró. O prefeito Miguel Barbosa, esteve presente acompanhado de sua esposa Erivânia Barbosa, secretários Edgar Santos, Airton Barbosa, Célio Borges, assessores e vereadores. Miguel Barbosa, dançou muito forró com várias damas presentes na festa. 

Na sexta-feira,12 - Dia dos Namorados, a programação da Feira Cultural, no São João Bom D+ Só em Bom Jardim, contou a participação do Trio Pé de Serra, Os Caras dos Forró, Emboladores, Quadrilha Rosa Vermelha,  Alcione do Acordeon & Banda e Assisão com o apoio da FUNDARPE.

A decoração junina merece um destaque muito especial com as tradicionais bandeirinhas de tecido coloridas que nos fazem lembrar as pinturas de Alfredo Volpi.  Telas foram idealizadas pela equipe da Secretaria de Cultura, contextualizando ambientes do município com xilogravuras e pinturas coloridas, alegres nos trabalhos do pintor bonjardinense Sandro Roberto. A  artesã Maria José, coordenou a equipe de  decoração com muita beleza e originalidade nas  barracas da Feira Cultural.

Depois de muito esforço, organização e trabalho integrado entre as secretarias, polícia militar, blogs, rádio comunitária, grupos culturais, vendedores, artistas e o público podemos comemorar ótimos resultados de um bom início dos festejos juninos em Bom Jardim. Festa boa, com muitas atrações que contemplam todos os públicos, boa segurança, cumprimento dos horários, paz, participação e muita alegria para celebrar a nossa cultura e reafirmar nossa identidade cultural.

Mesmo diante do cenário de crise que vivenciamos no Brasil, o nosso Bom Jardim avança de mãos dadas com seu povo com muito trabalho, carinho pelas pessoas e Cultura na Rua, Cultura em Todo Lugar.  

Fotos:Edgar Severino dos Santos




Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 13 de junho de 2015

Juiz presenteia casais com bolo de casamento no Dias dos Namorados em Bom Jardim

O lado humano da Justiça.
Atitude muito louvável do Juiz de Direito, Dr. Luís Vital, que no Dia dos Namorados, fez uma grande surpresa com festa para os noivos do Casamento Comunitário na cidade de Bom Jardim-PE. 
O Juiz é novato na cidade, tem imprimido sua marca com atitudes inovadoras, dinâmicas para fazer cumprir o que determinam as leis. Melhores acomodações para os funcionários, digitalização de processos  antigos para encaminhamento ao Tribunal de Justiça e melhor aproveitamento do espaço físico do forum dentre outras iniciativas.
Fotos: Bom Jardim Noticia.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Decoração Junina em Bom Jardim

Casa de Leandro
Professor Edgar Bom Jardim - PE

É festa em Bom Jardim.

Sábado de show com Vilões do Forró e Capim com Mel na noite de Santo Antônio em Bom Jardim. Local: Pátio de Eventos João Salvino Barbosa. Início 21:00 horas.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Aprovado o Estatuto da Pessoa com Deficiência

O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (10), por unanimidade, o projeto de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS) criando a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Como já passou pela Câmara, a proposta segue agora para sanção presidencial.
Conhecido como Estatuto da Pessoa com Deficiência, o projeto (SCD 4/2015) teve como relator o senador Romário (PSB-RJ). Romário é pai de uma garota com síndrome de Down, Ivy. Emocionado, o senador resumiu o significado da aprovação do projeto:
- Hoje é um dia mais que especial não só para esta Casa, não só para um pai com uma filha que tem uma deficiência, mas para o nosso país. Acredito que nós vamos ter a oportunidade de, definitivamente, ajudar a melhorar a qualidade de vida de mais ou menos 50 milhões de pessoas, fora os seus familiares – disse.
Romário recordou a luta histórica das pessoas com deficiência que, segundo ele, foi marcada pela incompreensão e preconceito desde o Brasil Colônia. O senador se disse honrado de apresentar a relatoria da proposta e disse ter plena consciência de que o texto, apesar de resgatar a dignidade dessas pessoas e corrigir uma injustiça histórica, não esgota o assunto.
- Hoje é a chance da gente se redimir de tudo de ruim e negativo que vem acontecendo com essas pessoas, mas novos projetos ainda serão apresentados para aprimorar a proposta e contemplar de forma mais adequada determinados segmentos da sociedade – explicou.
O senador Paulo Paim homenageou todos os relatores e aqueles que trabalharam diretamente na aprovação da proposta que, segundo ele, permaneceu em debate por mais de 20 anos. O senador, que disse ter tido um aprendizado único ao conviver com sua irmã cega, afirmou que, de todos os projetos, esse é o de que ele sente mais orgulho.
- Se há um projeto, dos mil que apresentei, que tenho maior orgulho de ter participado da votação é o Estatuto da Pessoa com Deficiência – disse.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou que o Brasil vem dando passos importantes na adoção de políticas públicas voltadas para a inclusão das pessoas com deficiência e ressaltou o protagonismo do Senado na evolução dessa matéria no país.
Uma vez mais esta Casa dirige seus esforços na construção de uma sociedade mais justa, fraterna, solidária e igualitária – comemorou.
Solidariedade
Os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Fátima Bezerra (PT-RN), Omar Aziz (PSD-AM), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) subiram a tribuna para expressar a felicidade de votarem uma proposta tão importante para milhões de brasileiros.
Caiado destacou que o projeto é o mais inclusivo e moderno já redigido para atender pessoas com deficiência. Já Valadares ressaltou que a aprovação da proposta reafirma o espírito de solidariedade do Congresso e da sociedade brasileira “em torno de pessoas que merecem o respeito de todos”.
Estava presente na votação, que teve tradução em libras, a relatora do projeto na Câmara dos Deputados, deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP).
Inclusão social
A proposta prevê uma série de garantias e direitos às pessoas deficientes. Pelo texto, fica classificada como "pessoa com deficiência" aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que podem obstruir a sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
A tônica do projeto, com mais de 100 artigos, é a previsão do direito de as pessoas com deficiência serem incluídas na vida social nas mais diversas esferas por meio de garantias básicas de acesso, a serem concretizadas por meio de políticas públicas ou de iniciativas a cargo das empresas.
Um dos pontos é o direito ao auxílio-inclusão para a pessoa com deficiência moderada ou grave. Terá direito ao auxílio quem já recebe o benefício de prestação continuada previsto no Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que venha a exercer atividade remunerada que a enquadre como segurado obrigatório da Previdência Social.
O FGTS também poderá ser utilizado na aquisição de órteses e próteses.
O texto aprovado proíbe expressamente instituições de ensino privadas de cobrarem mais de alunos deficientes, além de as obrigarem a reservar no mínimo 10% das vagas nos processos seletivos de ensino superior e de formação técnica.
Na área da saúde, proíbe os planos de praticarem qualquer tipo de discriminação à pessoa em razão de sua deficiência.
Os teatros, cinemas, auditórios e estádios passam a ser obrigados a reservar espaços e assentos adaptados. Na área do turismo, os hotéis também deverão oferecer uma cota de 10% de dormitórios acessíveis.
Garante-se, finalmente, o recebimento, mediante solicitação, de boletos, contas, extratos e cobranças em formato acessível.
Cotas
O texto aprovado estabelece que empresas com 50 a 99 empregados terão de reservar pelo menos uma vaga para pessoas deficientes ou reabilitadas. Atualmente, as cotas devem ser aplicadas pelas empresas com mais de 100 empregados. Os percentuais continuarão variando entre 2% e 5% do total das vagas. As empresas terão três anos para se adaptarem.
Para estimular a contratação de deficientes, a proposta muda a Lei de Licitações (8.666/1993) de maneira a permitir o uso de margens de preferência para as empresas que comprovem o cumprimento da reserva de vagas.
O projeto determina ainda que somente a contratação direta será levada em conta, excluído o aprendiz com deficiência de que trata a Lei da Aprendizagem.
Cadastro
O texto também cria o Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência com a finalidade de coletar e processar informações destinadas à formulação, gestão, monitoramento e avaliação das políticas públicas para as pessoas com deficiência e para a realização de estudos e pesquisas.
Prioridades
Várias prioridades passam a ser garantidas às pessoas com deficiência, como na tramitação processual, recebimento de precatórios, restituição do Imposto de Renda, além de serviços de proteção e socorro.
O texto estabelece as seguintes cotas mínimas para deficientes:
  • 3% de unidades habitacionais em programas públicos ou subsidiados com recursos públicos;
  • 2% das vagas em estacionamentos;
  • 10% dos carros das frotas de táxi;
  • 10% das outorgas de táxi;
  • 5% dos carros de autoescolas e de locadoras de automóveis deverão estar adaptados para motoristas com deficiência;
  • 10% dos computadores de lan houses deverão ter recursos de acessibilidade para pessoa com deficiência visual.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Sua Excelência o LAFEPE, orgulho de Pernambuco!

Jovem, Moderno, Ousado e Competitivo aos 50 anos
Você já viu a nova farmácia do Lafepe? Tá bonita, né? O Laboratório Farmacêutico de Pernambuco, que está completando 50 anos de existência e comemorando recordes de faturamento ano a ano, começou a repaginar seus centros de vendas em todo o Estado. A primeira unidade reformada foi a farmácia de Dois Irmãos, no Recife, que atende a mais de 2.200 pessoas por mês e fica localizada na fábrica do laboratório.

Só por curiosidade, você sabia que o Lafepe é o único laboratório público do mundo a produzir medicamentos contra a doença de Chagas? Tem mais. Produzimos aqui alguns dos principais remédios usados para tratamento do HIV pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ao todo, são cerca de 50 tipos de remédios e 22 milhões de comprimidos feitos mensalmente pelo laboratório pernambucano, que receberá investimento de R$ 5 milhões neste ano para o reaparelhamento de sua estrutura. Claro que comprar medicamento não é o desejo de ninguém, mas, quando e se precisar, pode contar com a rede Lafepe, que é composta por 40 unidades na capital e no interior.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

São João Bom D+ Só em Bom Jardim - Dia dos Namorados, o Forró é de Primeira.

Uma grande festa para toda família, para todos os gostos e todas as idades.  Venha pra o melhor São João da Região. Participe!

Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 9 de junho de 2015

CNJ aprova cota de 20% para negros em concursos para o Judiciário


O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que administra o Judiciário, aprovou nesta terça-feira (9) uma resolução que obriga os tribunais do país a reservar no mínimo 20% das vagas nos concursos para servidores e juízes para negros.
A regra valerá para seleção de servidores para o próprio CNJ, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), os cinco Tribunais Regionais Federais (TRFs) existentes no país, além dos tribunais do Trabalho, Eleitorais, Militares e também Tribunais Estaduais e do Distrito Federal.

No caso de juízes, a cota de 20% valerá para concursos para juízes federais (que atuam nos TRFs), juízes do trabalho (que atuam nas varas trabalhistas), juízes militares e juízes de primeira instância da Justiça estadual.

O Supremo Tribunal Federal ficou fora da resolução porque não é submetido ao CNJ, mas já conta com cota de 20% em seus concursos para servidores. Os tribunais superiores, como o próprio STF, o STJ, o TST e o TSE, não terão cota para ministros porque suas vagas são preenchidas por indicação por parte da Presidência da República, não por concurso.
A resolução do CNJ passará a valer a partir de sua publicação, o que deve ocorrer nos próximos dias, e não se aplica a concursos com editais já publicados. A cota somente será aplicada em concursos com mais de 3 vagas; quando uma seleção tiver somente 3 vagas, uma será reservada para negros.
As cotas no Judiciário deverão ser aplicadas até 2024, quando termina a vigência da Lei 12.990, que completou um ano nesta terça (9) e institui as cotas no serviço público federal. Até então, ela não se aplicava ao Judiciário porque dependia da resolução aprovada nesta tarde pelo CNJ.
A resolução diz que em 2020, quando o CNJ fizer um novo censo do Judiciário, o percentual de 20% poderá ser revisto.

Para disputar as vagas destinadas aos negros, o candidato deverá se autodeclarar "preto" ou "pardo" no momento da inscrição. As informações serão presumidas como verdadeiras, mas em caso de declaração falsa, o candidato poderá ser eliminado ou poderá ter a nomeação anulada. A decisão se dará após processo administrativo em que ele poderá se defender.

Autor da resolução, o conselheiro do CNJ Paulo Teixeira afirmou que esta terça (9) é uma "data histórica" para o Judiciário. "O CNJ reconhece a política de ações afirmativas para negros no acesso aos cargos de toda a magistratura brasileira", disse.

Ele explicou que, além da cota de 20%, os tribunais poderão adotar outras medidas que garantam o acesso dos negros à magistratura, como bônus na pontuação ou incentivos a cursos preparatórios para os concursos.
"Ganha o país. Ganha o Poder Judiciário. Ganha a cidadania. É o reencontro com a nossa verdade multicultural e multiétnica", declarou. G1.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 8 de junho de 2015

O futebol: cenários de corrupções


A sociedade se movimenta. Não fique perplexo com suas novidades. Muito malabarismo para manter a corrupção e os naufrágios se sucedem.. No futebol, as coisas estão cada vez mais embaraçadas. Ninguém confia nas manobras dos dirigentes máximos e os patrocinadores jogam suas fichas, convocam investigações e querem respostas. Enganações que não conseguem se consolidar. Houve sempre suspeitas e os Estados Unidos se meteram nos negócios com toda força. A lavagem de dinheiro, os bilhões correm, as prisões são decretadas. A corrupção se alastra com as idas e vindas do capitalismo. As gestões são astuciosas e nada transparentes. Restam ambições desmedidas e novelas policiais sensacionalistas.Quem se arrisca?
Existem saídas para tantos desacertos? É difícil responder. Não acredito que uma sociedade repleta de desigualdades supere seus conflitos com rapidez. O roubo é constante, faz parte do drama e concentra riqueza. Não é a fome, apenas, que promove violências. Os grandes assaltos são sofisticados. Envolvem senhores de gravatas e linguagens especializadas. Há quem jure ingenuidades, porém o movimento do cinismo procura não deixar rastros. O importante é não esquecer que as mercadorias valem sinais de sucesso e construção de poderes. Apesar de tudo, o sistema produz disfarces e segue nas suas jogadas. Muitos acreditam que ficarão impunes.
O território da político não é o único dos desenganos. O valor de troca traz manipulações, a cidadania, muitas vezes, se resume a divertimentos. O pão e o circo não saíram das armações.  O time do Barcelona possui suas artes, nos comove. Porém pouco sabemos dos negócios. Há interesses que atravessam o mundo, máfias constituídas com habilidades. A contaminação é grande e perigosa . Quais os valores que devem prevalecer? Toda investigação é um espelho da justiça? O que desejam as grandes corporações? Quanto vale um drible de Neymar ou um gol da Messi? E aquele resultado do Brasil X Alemanha afundou éticas? O divertimento está preso no interesse da grana solta?
O Brasil era considerado o país do futebol. Vive ruínas, controvérsias.. Faltam talentos, sobram táticas tenebrosas. Há paixões, o futebol envolve crenças, organizações criminosas, acordos de bastidores. Dizem que se combinam resultados, que nada merece crédito. A imprensa se divide. Os silêncios e os ruídos se tocam. A sociedade curte suas apostas, busca  lazeres, tenta fugir de um cotidiano pouco criativo. Será que tudo vai terminar em celebração? Ativar as suspeitas ensina críticas. Nem tudo é labirinto escuro, habitado por sombras. Não custa liberar-se e  construir a parceria da reinvenção. As travessias têm muitas curvas e os abismos levam ao suicídio. Há quem veja na corrupção uma interminável novela..
Por Paulo Rezende.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Mestres do apito criam melodias e versos no maracatu rural


Para cada apresentação, o mestre cria rimas diferentes.
Maracatu rural se tornou um dos símbolos da cultura do Brasil.

Vico IasiDo Globo Rural 
No mundo do maracatu rural, um dos eventos mais tradicionais é o ensaio de barraca, que ocorre normalmente à noite nas cidades da Zona da Mata. É uma brincadeira livre, aberta, que reúne integrantes de grupos diferentes.
Nesse tipo de encontro, os participantes não usam fantasia. Os caboclos de lança ensaiam os movimentos com cabo de enxada, pedaço de pau. O grupo musical é chamado de terno. Ele conta com dois instrumentos de sopro, um trombone, um trompete e cinco de percussão - o tarol, o bombo, uma cuíca pequena que leva o nome de porca, um chocalho grande chamado de mineiro e o gonguê, um instrumento bonito, composto por dois sinos.
O encontro também reúne cantores – ou mestres de apito. Eles só cantam quando a banda para de tocar. Cada um no seu estilo. Quanto aos versos, pra cada apresentação o mestre cria rimas diferentes. E muitas delas são boladas na hora, na base do improviso. Uma habilidade que lembra a arte dos repentistas. O mestre do apito conta que a inspiração vem do dia a dia. “É do que a gente passa, das coisas que a gente vê, vai criando. A gente olha para o amigo do lado, para uma mulher que está em pé, fala o nome dela, do amigo.”
Nessa levada, até o nosso programa vira tema de poesia. “O Globo Rural ta vendo maracatu o que é. O Brasil inteiro vai ver nossa cultura de fé. E o ponto de tudo isso começa em Nazaré.”
Com apenas 19 anos, Anderson Miguel, do Cambinda Brasileira, é o mestre mais novo da região. Filho e neto de agricultores, ele vive ligado em redes sociais, trocando mensagens com amigos. “Eu acho que a cultura do maracatu é muito importante. Vai incentivar muitos jovens também para vir para o maracatu”. Mestre de apito geralmente tem um apelido. Anderson é conhecido como o Neymar do maracatu.
Se o Anderson é o mestre de apito mais jovem, nós também fomos conhecer um dos mestres mais experientes e respeitados da região. Aos 76 anos, Zé Duda canta no maracatu Estrela de Ouro de Aliança e divide o seu tempo entre duas paixões: música e agricultura.
Ele se lembra de um verso que bolou na roça, pouco de antes de sair de viagem pra Brasília, onde faria uma apresentação. “Deus quando formou o mundo, olhou com seu ar de riso. Preparou o paraíso, colocou Adão e Eva. Fez a água e fez a terra, fez a chuva, fez o vento. Fez o belo continente, lindo igual uma fita. Fez Brasília, tão bonita, pra eu cantar samba quente.”
Com o canto de mestres, como Zé Duda, com personagens e fantasias, ao longo das décadas o maracatu rural se tornou fonte de inspiração pra artistas famosos de todo o país. É o caso de Lenine, Chico Science e Nação Zumbi, Jorge Mautner, Gilberto Gil.
Outro artista que bebeu na fonte do maracatu rural foi o cantor, compositor e dançarino Antonio Nóbrega. Com formação em música erudita, ele tem a cultura popular como um dos pilares do seu trabalho. “O maracatu rural é um esplendor. É uma majestade de manifestação popular. Tem dança, tem poesia, tem cortejo. A música é de uma riqueza extraordinária. É rico de material lúdico, material referencial para os artistas”. Para Nóbrega, a dança do maracatu rural também é uma fonte de estudos importante.
Além da influência sobre a música nacional, nos últimos anos, o maracatu rural também começou a ficar conhecido fora do Brasil. Como em Londres, em 2012, na festa de encerramento das Olimpíadas. Como os próximos jogos vão ser no Rio de Janeiro, no final do evento começou uma apresentação brasileira. E entre os destaques, caboclos de lança entraram no palco com perucas douradas.
Naquele momento, agricultores e cortadores de cana, ganhavam o mundo - como explica o produtor cultural Afonso Oliveira. “O caboclo de lança é uma coisa que enfeitiça quem vê né. Ele mostra que o Brasil não é só litoral. Ele mostra que o Brasil não é só a música que está no rádio. Porque ta ali no maracatu a síntese da formação do Brasil.”
A divulgação dos últimos tempos foi positiva pro maracatu rural se tornar conhecido e respeitado por um grupo maior de pessoas – dentro e fora do Brasil.
De volta à Pernambuco, longe dos holofotes e dos artistas famosos, nós reencontramos o mestre Zé Duda, no seu sítio, em Aliança. O agricultor vive com a esposa, Gil, que também tem ligação profunda com o maracatu. Ela é cantora, mestre de apito do Coração Nazareno, um maracatu só formado por mulher.
Os dois contam que, apesar de serem de maracatus diferentes, muitas vezes acabam se apresentando juntos. Zé Duda vai criando os versos e Gil faz a segunda voz, a resposta. E, seguindo a tradição do improviso, o casal aceita pedidos. O repórter do Globo Rural sugeriu a mistura de agricultura e maracatu: “comecei muito pequeno, venho quebrando tabu. Sou fã da agricultura e fera no maracatu.”
Com a voz, o jeito, com o gosto pelo verso, Zé Duda já brincou 66 carnavais como mestre de apito. Quase não frequentou a escola, mal sabe ler ou escrever. No maracatu começou ainda menino. “O maracatu pra mim foi um sonho. Pequeno eu via o pessoal cantar maracatu. Achava bonito, ficava olhando, mas não sabia fazer nada.”
E nessas, de tanto observar, um dia o garoto tomou coragem, subiu em cima de um banquinho e começou a cantar. E tudo contra a vontade dos pais, que não gostavam da ideia de ter um filho artista.
“Ainda lembro a primeira marcha que eu cantei. Porque quando eu saí para o ensaio, meu pai e minha mãe choraram. Aí eu disse: quando eu saí de casa deixei os meus pais chorando. Por favor pare esse choro, terça à noite eu estou chegando. Meu nome estabeleceu, foi tanta gente em cima de mim, aquela festa. Então, aquele sonho eu tive que realizar e até hoje eu to realizando.”
E assim, com o talento e a dedicação das pessoas do campo, o maracatu rural vem construindo a sua história na Zona da Mata de Pernambuco. Uma explosão de arte e de alegria, que transforma funcionários em mulheres atrevidas; cortadores de cana em caboclos de lança; produtores de mandioca em mestres do maracatu.
No final de 2014, o maracatu rural foi incluído na lista do Patrimônio Imaterial do Brasil. Um reconhecimento oficial da importância dessa manifestação da roça pra cultura do país. G1.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 7 de junho de 2015

Solidariedade, Paz, Felicidade, Amor, Doação, Humanidade...

Divulgue, Ajude...

Professor Edgar Bom Jardim - PE