quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Um dos gêmeos siamêses passou por cirurgia no Imip


Davi passou por uma cirurgia de correção dos pontos. Saulo ainda está na UTI pediátrica.

Davi e Saulo nasceram unidos pela barriga. Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A Press
Davi e Saulo nasceram unidos pela barriga. Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A Press
Os gêmeos Saulo e Davi, nascidos siameses, ainda continuam internados no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos, no Recife. Na manhã desta quinta-feira (26), Davi passou por uma cirurgia de correção dos pontos. Saulo ainda está na UTI pediátrica, respirando com o auxílio de aparelhos. Ainda não há previsão de alta.

Davi e Saulo nasceram no dia 13 de maio no próprio Imip. Exames só revelaram a condição dos gêmeos no quinto mês de gestação, quando um ultrassom revelou que eles estavam unidos pela barriga. Quando os bebês nasceram, os médicos identificaram que os siameses dividiam o mesmo fígado.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Papa pede fim da guerra na Síria


Declaração foi dada em sua primeira mensagem de Natal 'Urbi et Orbi'.
Francisco falou aos fieis a partir do balcão da Basílica.



O papa Francisco pediu o fim da violência na Síria e a garantia do acesso do país à ajuda humanitária, em sua primeira mensagem de Natal "Urbi et Orbi" pronunciada nesta quarta-feira (25) na Praça de São Pedro.
"Vamos seguir rezando ao Senhor para que o amado povo sírio se veja livre de mais sofrimentos e as partes em conflito coloquem fim à violência e garantam o acesso à ajuda humanitária", afirmou o Papa a partir do balcão da Basílica, o mesmo local a partir do qual cumprimentou os fiéis no dia 13 de março, após sua surpreendente eleição ao trono de Pedro.
Francisco também implorou para que reine a paz na República Centro-Africana, "frequentemente esquecida pelos homens", e no Sudão do Sul, onde as tensões "ameaçam a convivência pacífica" deste jovem Estado. Com informações da France Presse/g1.
O Papa Francisco saúda os fieis durante mensagem de Natal nesta quarta-feira (25) (Foto: Filippo Monteforte/AFP)O Papa Francisco saúda os fieis durante mensagem de Natal nesta quarta-feira (25) (Foto: Filippo Monteforte/AFP)
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Missa de Natal em Umari


                                 Fotos:Celinho -24/12/2013

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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Missa de Natal em Bizarra- Bom Jardim-PE


Foto:Karlinhos Oliveira
Professor Edgar Bom Jardim - PE

A Arte e o Reconhecimento de André Silva


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Natal é o encontro de Deus com seu povo

O que fazer dos muitos presentes recebidos nos Natais passados e no Natal que se aproxima? Muita gente acumula coisas em casa e fica abarrotando quartos com brinquedos, armários com aquelas coisas que "um dia poderão servir". Há pessoas que logo encontram um destino adequado ao que é realmente útil ou, melhor ainda, sabem partilhar o que é supérfluo para elas. Entretanto, valem os gestos de amizade, a troca de atenções e a generosidade dos dias de fim de ano. Mas os presentes de Natal são apenas ponto de partida para outra conversa.

A humanidade recebeu um presente, o maior de todos, quando o Verbo de Deus se fez carne no ventre da Virgem Maria. Não se trata de um acontecimento de pouca importância, mas "do acontecimento" que mudou a história do mundo, diante do qual mudaram as datas e o coração das pessoas. E os cristãos, chamados a cuidar do grande legado da fé, têm a responsabilidade de anunciar a todos a grande notícia, que é alegria para todo o povo e para todas as gerações. "Natal é o encontro com Jesus. Deus sempre buscou Seu povo e o guiou, tomou conta dele e prometeu que estaria sempre perto. No Livro do Deuteronômio, lemos que Deus caminha conosco, guia-nos pela mão como um pai faz com seu filho. Isto é maravilhoso! O Natal é o encontro de Deus com Seu povo, e é também um mistério de consolação" (Papa Francisco, em recente entrevista ao jornal italiano "La Stampa").

O presente de Deus à humanidade é sinal da condescendência com cada pessoa e com todas as situações vividas. Lição de carinho pensado desde a eternidade no plano de Deus, com o qual fomos feitos por amor, no amor e para o amor. Um mundo que foi planejado para que as pessoas sejam felizes, e não para a perdição. A plenitude dos tempos, seu amadurecimento realizado, irrompeu quando a Virgem Maria deu à luz o Menino de Belém. Sua presença veio mostrar que a vida humana vale muito, tanto que tem o preço do amor infinito de Deus. Em tempos como o nosso, em que a vida é vilipendiada, desprezada e jogada no lixo das cidades e da história, o Menino do Presépio é testemunha de que a humanidade só encontrará sua estrada de realização e felicidade quando a sementinha de vida for acolhida com amor, tratada com carinho e custodiada da fecundação até seu ocaso natural. Não podemos nos iludir! As falcatruas legais com as quais a vida vem a ser destruída trarão suas consequências, pois o salário do pecado é a morte (Cf. Rm 6, 23).

A Sagrada Escritura está recheada de repreensões feitas pelo Senhor a um povo de cabeça dura. Os sucessivos profetas não hesitaram em lançar em rosto justamente ao povo que pertencia a Deus suas censuras. E o povo de nosso tempo, cuja herança da fé cristã foi dada em legado, o que fez dos valores do Evangelho? Não é segredo que, muitas vezes, o "mea culpa" do reconhecimento dos pecados foi feito por nós cristãos e haverá de ser sempre atual. Não basta nos enfeitarmos em trajes de festa e jogar para debaixo do tapete nossa incoerência. Somos nós os que primeiro devem tomar consciência de que os valores do Evangelho, como a verdade e a sinceridade, o amor à vida e a seriedade na administração dos bens materiais e espirituais foram desprezados e a esperteza ou os interesses passaram na frente.

A falta de lisura na prestação de contas, os desvios de verbas públicas e o "por fora" da corrupção são absolutamente incoerentes com o Cristianismo. Cuidar do presente recebido de Deus é ter a coragem de recomeçar, reconhecer erros cometidos, limpar as mãos e o coração. Este é um apelo urgente, em nome do Natal. A história mostra que o Cristianismo, malgrado as falhas de todos os que o professam, gerou cultura. É impensável separar a arte dos séculos passados da benéfica influência do Evangelho. Nasceram da Igreja expressões pictóricas e esculturais e peças musicais em profusão. Em muito, foi à sombra da Igreja que o teatro se desenvolveu e consolidou. Os monumentos históricos têm incrustados em seus traços as virtudes e os pecados de gerações de cristãos. E a educação ou a saúde e tantas ações sociais? A sensibilidade e a solidariedade foram cultivadas a partir do Evangelho e por ele sustentadas. Ignorar a Igreja, pretender jogá-la no lixo da história é, no mínimo, injustiça. Mas é ainda cegueira pura a pretensa iluminação dos que julgam ser os novos criadores do universo a partir do nada. Assistimos em nossos dias ao espetáculo do laicismo militante, tributário dos muitos desastres que já se entreveem. Parecemos crianças que teimam em por a mão na tomada. O choque já veio e virá!

Muito maior é a vertente positiva, com a qual podemos celebrar mais uma vez o Natal. Continuam verdadeiros os sentimentos mais autênticos nascidos do Presépio. É ainda e sempre será bom e bonito espalhar presentes, ir ao encontro dos mais pobres, experimentar a partilha dos bens, sorrir, saudar os outros com afeto. É nosso programa para estes dias, para recuperar todas as lições dos muitos natais da história e de nossa vida pessoal. É do Papa Francisco a lição do Natal de 2013, na citada entrevista: "Deus nos diz duas coisas. A primeira: tenham esperança. O Senhor sempre abre as portas e nunca as fecha. Ele é o Pai que nos abre as portas. Segunda: não tenham medo da ternura. Quando os cristãos se esquecem da esperança e da ternura, tornam a Igreja fria, sem saber para onde vai e se enrola em ideologias e atitudes mundanas, enquanto a simplicidade de Deus lhe diz: 'Vá para frente, eu sou um Pai que te acaricia'. Tenho medo quando os cristãos perdem a esperança e a capacidade de abraçar e acariciar". É tempo de preparar-se, despojando-nos de preconceitos, purificando o coração, jogando fora o que existe de mais velho em nós, o egoísmo, para revestir-nos dos mesmos sentimentos que foram os de Jesus Cristo, Filho de Deus, nascido em Belém, morto e ressuscitado, presente na história, vivo para sempre. A Ele sejam dadas a honra e a glória, hoje e em todos os séculos, pela eternidade.

Dom Alberto Taveira Corrêa - Canção Nova Formação / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant'Ana - http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Feliz Natal ! Feliz Ano Novo !


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Mensagem do Professor Edgar Bom Jardim

8 Vereadores acusados de cobrar propina em Caruaru deixam o presídio

Com informações do JC Online.

 / Foto: Wagner Gil/Especial para o JC

Foto: Wagner Gil/Especial para o JC

O desembargador Gustavo Lima, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), concedeu na tarde desta terça (24) habeas corpus para que oito dos dez vereadores de Caruaru presos na operação Ponto Final da Polícia Civil. Suspeitos de cobrarem propina de R$ 2 milhões para aprovar projeto de interesse do Executivo, eles foram preso no último dia 18.
Receberam autorização para deixar o presídio os vereadores governistas Sivaldo Oliveira (PP), Cecílio Pedro (PTB), Val das Rendeiras (PROS) e cinco da oposição – Val (DEM), Louro do Juá (SDD), Jajá (PPS), Neto (PMN) e Evandro Silva (PMDB).
A defesa de Eduardo Cantarelli (SDD) e Pastor Jadiel (PROS) tenta estender o benefício de relaxamento da prisão para seus clientes.
Segundo o defensor Maviael Peixoto, que representa seis dos oito vereadores, o desembargador Gustavo Lima entendeu, em seu despacho, que a soltura dos legisladores não colocaria em risco a investigação policial – ainda em curso –, nem causaria perturbação à ordem pública. A decisão do TJPE foi mantida sob sigilo e apenas os advogados tiveram acesso às informações.
No pedido feito ao TJPE, o advogado Maviael Peixoto argumentou que a prisão dos acusados se deu por “excesso de zelo” do juiz da 4ª Vara de Caruaru, Francisco Júnior – que autorizou as prisões –, pois os acusados são réus primários, têm residência fixa e o crime supostamente cometido não envolveu violência.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

ES:14 mortes registradas até as 12h30 desta terça


A Defesa Civil do Espírito Santo informou que 14 pessoas morreram por decorrência das fortes chuvas, até as12h30 desta terça-feira (24). Foram contabilizadas uma morte em Nova Venécia, duas em Colatina e duas em Baixo Guandu, na região Noroeste; uma em Domingos Martins e oito em Itaguaçu, na região Serrana.
O número de desabrigados e desalojados não foi divulgado, no boletim desta manhã. Segundo a Defesa Civil, a contabilização das vítimas é inviável neste momento porque os números mudam de forma dinâmica. Nesta segunda-feira, mais de 46 mil pessoas estavam fora de suas casas por causa dos estragos da chuva.
Dilma
A presidente Dilma Rousseff sobrevoou áreas afetadas pelas chuvas no Espírito Santo, na  manhã desta terça-feira (24). Segundo a assessoria da presidente, uma equipe do Exército vem ao estado, no dia 26 de dezembro, para construir pontes provisórias, em vias interrompidas. Esta ação deve durar 10 dias. A presidente se reuniu com o governador Renato Casagrande e autoridades.
ESPÍRITO SANTO SOB CHUVAS
Chuvas que atingiram o Espírito Santo no fim de semana deixaram mais de 46 mil pessoas fora de suas casas, informou a Defesa Civil Estadual.
Rio transborda
Grande parte da sede de Santa Teresa, município da região Serrana do Espírito Santo, foi tomada pela água do Rio Timbuí, na manhã desta terça-feira (24). Com a forte chuva que atinge várias cidades da região há oito dias, o volume do rio aumentou durante a madrugada e uma forte enxurrada se formou no Centro, deixando moradores ilhados em casas e estabelecimentos comerciais. Militares da Aeronáutica auxiliaram no resgate de pessoas e orientaram motoristas a não passarem por áreas de risco.
Desabamento
Nesta terça-feira, cinco casas desabaram no bairro São Marcos, em Colatina. Entre as vítimas estão crianças. Uma delas foi retirada com vida dos escombros pelo Corpo de Bombeiros, por volta das 8 horas. A prefeitura municipal ainda não contabilizou o número de atingidos. Há suspeita de uma morte.
O Centro de Santa Teresa, no Espírito Santo, foi tomado pela água (Foto: Juliana Borges/ G1 ES)O Centro de Santa Teresa, no Espírito Santo, foi tomado pela água (Foto: Juliana Borges/ G1 ES)
Doações
Já foram recolhidas em torno de 2 mil toneladas de mantimentos, na Praça do Papa, em Vitória, até a manhã desta terça-feira (24). Segundo a Defesa Civil, do total, uma tonelada ainda não foi entregue. Transportadoras se mobilizaram para fazer a distribuição, no interior do estado. Até agora,  foram arrecadados mais de 79 mil litros de água, mais de 1900 cestas básicas, mais de 1200 kits dormitório e mais de 1500 kits de higiene. O posto fica aberto nesta terça-feira até as 17h.
Ajuda federal
A Secretaria Nacional de Defesa Civil publicou portaria nesta terça-feira (24) no "Diário Oficial da União" na qual reconhece situação de emergência em 45 cidades do Espírito Santo"em decorrência de enxurradas".
Conforme a portaria, as cidades são: Afonso Cláudio, Águia Branca, Água Doce do Norte, Alto Rio Novo, Aracruz, Baixo Guandu, Barra de São Francisco, Bom Jesus do Norte, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Colatina, Conceição da Barra, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Ecoporanga, Fundão, Guarapari, Ibatiba, Ibiraçu, Itaguaçu, Itarana, Jerônimo Monteiro, João Neiva, Laranja da Terra, Linhares, Mantenópolis, Muniz Freire, Nova Venécia, Pancas, Rio Bananal, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, São Domingos do Norte, São Gabriel da Palha, São Mateus, Serra, Vargem Alta, Venda Nova do Imigrante, Viana, Vila Pavão, Vila Valério, Vila Velha e Vitória. Com Informações de G1

Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Silvio Santos não sabe o que se passa no SBT

silviosantosfestaDOFIM2013
Em discurso aos funcionários, feito no pátio do SBT, durante uma festa de confraternização de fim de ano, Silvio Santos se declarou “colega” e não “dono” da emissora. No vídeo que vazou na internet, o empresário surge no palco da festa, ao lado de Lívia Andrade, e diz:
“Eu sou o dono do SBT de direito. Mas de fato não me sinto dono. Me sinto colega de vocês. Eu chego aqui, faço os meus programas, eu vou embora… Eu não tenho conhecimento do que se passa nos bastidores, eu não tenho conhecimento do que se passa no escritório”.
Diante dos funcionários da emissora, Silvio repetiu o que declarou em 2010, à época da quebra do banco Panamericano, de sua propriedade. “Porque o meu método de trabalho sempre foi: contratar pessoas boas, competentes, e são essas pessoas que levam minhas empresas para frente.”
A certa altura, Silvio fez um comentário que pode ser entendido como uma “indireta'' à Rede Record, que não distribuiu cesta de Natal a seus funcionários este ano: “Eu tomei conhecimento aqui nos bastidores que o SBT, ao inverso de outras empresas, tem tratado vocês com muita dignidade, com muito carinho. E até me disseram que cada um de vocês recebeu uma cesta… Fico muito contente de saber que vocês são bem tratados.''
Um pouco depois, lembrou: “Todo mundo tomou conhecimento do que aconteceu no Banco Panamericano. Mas no banco Panamericano eu fui uma única vez. No Jequiti, que é aqui pertinho, eu fui uma vez. Porque eu considero essas empresas investimento meu para que meu dinheiro possa trazer mais emprego, mais progresso. Aqui no SBT, não. Aqui no SBT sou um colega de vocês.”
Ao final, num momento cômico, Silvio disse a Livia Andrade: “Li que você daria cinco anos de sua vida para mim”. “Daria”, ela confirmou. “Me dá só uma noite”, ele pediu, provocando gargalhadas. uol.com
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Os rituais do tempo no meio do mundo do consumo

Antônio Rezende
A sociedade não vive sem seus rituais. Não podemos ficar num cotidiano sem surpresas e celebrações. Há o que festejar e ultrapassar os limites da mesmice. Cada cultura vive suas singularidades. As diferenças não se acabaram, mesmo sendo mínimas. Estamos num capitalismo com suas artimanhas que se espalham pelo mundo. Final de ano representa um cenário de reviravoltas. Há disfarces, mas se vende a novidade. O grito de esperança não deixa de ser dado. Muitos desejam e acreditam numa outra atmosfera e vivenciam a expectativa da paz.
É a famosa diversidade, com a marca das propagandas e dos discursos de exaltação. As vitrines não perdem seus coloridos. Eles são refeitos e os lucros trazem a necessidade de investimentos contabilizados com cuidado. É interessante que, apesar dos malabarismos e falsidades, se crie um ambiente que mexe com as pessoas. Quem desconfia, não vê como fugir de tantos encontros. Há certos recolhimentos, porém os ruídos não perdem seus lugares. A sociedade quer ampliar rituais e fermentar alegrias. O efêmero faz parte da agitação geral.
O consumo, então, ganha um espaço incomensurável. De repente, inventam-se formas de presentear, jogos, afetos. Tudo isso produz um vazio posterior para alguns que não entram para valer na folia. No entanto, a pressa toma conta das decisões, as lojas multiplicam ofertas, as mercadorias cumprem sua missão dentro do sistema. Muita comida, empréstimos, simpatias. Quem não participa dos privilégios busca outras forma de se enquadrar. É delirante. Há quem apague as evidentes desigualdades e se embriaguem com as promessas.
Será uma manifestação de uma loucura necessária para a cultura? Poderíamos ter aprendido outros comportamentos, ter assumido outros valores? Prevalece o que domina politicamente. Há a história oficial e as religiões cobram atitudes de seus adeptos. A sociedade está cheia de conflitos. As celebrações servem para amenizá-los. A concentração de riquezas não é uma fantasia. As minorias mantêm seus poderes, usam sofisticadas manipulações. Cada época com suas singularidades, porém vestidas de opressões e de ordens.
Portanto, estamos no meio de tecnologias que ajudam a fabricar os rituais. Existem as melancolias, algumas recordações pesam, porém as exigências de festas e flutuações não cedem. É difícil analisar cada momento ou decifrar seus esconderijos. Sempre há o que dizer, os risos buscam ofuscar os desmantelos. A sociedade busca memórias para justificar tradições. As críticas não impedem que a maioria comemore e solte seus sentimentos. As transformações ganham espaços, porém muitos hábitos permanecem como referências.
A confusão não traz a transparência. Ela é companheira da perplexidade. As aventuras não estão nas retrospectivas das Tvs. Nos cantos das ruas,  se negociam coisas de todas formas e perfumes de todas as ervas. Não importa que haja repetições. Vale a atmosfera de que o mundo talvez acabe no dia seguinte, porém o ânimo acontece hoje para salvação num paraíso de novidades sedutoras. O conceito de valor estremece. A ética estica-se, nem se lembra que existiram Platão, Kant, Nietzsche, Adorno… As simulações afetivas consagram os desejos de uma transcendência fragmentada.
Professor Edgar Bom Jardim - PE