quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Discussão no Senado entre Demóstens e Sarney
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) e o líder da banada do DEM, senador Demóstenes Torres (GO), protagonizaram uma forte discussão na tarde desta terça-feira (6) no plenário da Casa.
O motivo da discussão foi a votação do requerimento apresentado pelo governo que pedia a inversão da pauta, para que a proposta que prorroga até 2015 a Desvinculação de Receitas da União (DRU) fosse discutida antes da votação do projeto do novo Código Florestal.
A discussão começou quando Demóstenes discordou da votação do requerimento, afirmando que não havia acordo para a apreciação. O senador do DEM afirmou que não havia "compromisso" por parte do governo, nem do presidente da Casa.
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"Senhor presidente, mais uma vez fica evidente a falta de compromisso do governo e de Vossa Excelência também, me permita. Não há qualquer possibilidade de se fazer entendimento com o governo e com a Mesa desta Casa, porque sistematicamente [...] Hoje a presidente disse: '“Nós vamos tratorar'”. E é o que está acontecendo, está tratorando. V. Excelência está rasgando o regimento, rasgando a sua palavra", gritou Demóstenes.
Sarney rebateu, e afirmou que estava "cumprindo" o regimento ao colocar o requerimento em votação. "A Mesa está cumprindo inclusive aquilo que nós concordamos no gabinete", disse Sarney.
No meio da discussão, o senador do DEM apontou o dedo para Sarney e disse que ele estaria burlando o regimento e quebrando o acordo.
"Não use da minha concordância para determinado procedimento para vossa excelência e o governo, de maneira torpe, burlar o que nós fizemos, torpe! Não queira me utilizar nesse tipo de... não fiz esse acordo. O acordo era para votar o Código Florestal!"
"Pois é o Código Florestal que estamos votando!", interrompeu Sarney. "Não senhor! E vossa excelência iniciou a votação e disse que hoje era o primeiro item da pauta. Honre então, que vossa excelência descumpriu o acordo!", rebateu Demóstenes.
Irritado, Sarney exigiu que a palavra "torpe" não constasse nas notas taquigráficas da Casa. "Eu mando cancelar a palavra '“torpe'” da taquigrafia", disse Sarney. Demóstenes retrucou: "Não precisa, não. Pode constar!".
Sarney reforçou a retirada da palvra que, mais tarde, não constou nas notas do Senado. "Está mandado cancelar, e ao presidente compete policiar os trabalhos do plenário!".
Ao deixar a Mesa, Sarney exigiu que Demóstenes pedisse desculpas pela discussão. Passados alguns minutos, o senador do DEM voltou ao microfone para pedir desculpas ao presidente da Casa.
"Ainda há pouco, em uma discussão acalorada com a Mesa, presidida pelo senador José Sarney, eu usei a expressão '“torpe'”, e o senador José Sarney ficou ofendido com a expressão. Então, estou pedindo a Vossa Excelência que a retire, que mande riscar essa expressão.O que acontece é que eu tenho um tipo de temperamento em que a minha discussão é dura, mas é extremamente leal. Essa lealdade não quer, de maneira alguma, fazer com que qualquer espécie de discussão transponha para o lado pessoal", disse o senador.
Demóstenes ainda reforçou que não tem nada contra o senador Sarney. "Não tenho, pessoalmente, nada contra o senador José Sarney. Muito pelo contrário, ele me trata sempre com muita lhaneza, com muita deferência [...] de forma que, em relação à ofensa, peço desculpas ao senador José Sarney. Peço que se retire a palavra '“torpe'” e mantenho, naturalmente, todos os outros termos institucionais, entendendo que, mais uma vez, a Mesa errou ao não cumprir o acordo que nós fizemos".
Com Informações do G1 Por Blog Professor Edgar Bom Jardim- PE
"O Poder Judiciário não está isento a pessoas incorretas",diz Rosa Weber indicada para CCJ
Indicada a ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Maria Weber Candiota afirmou nesta terça-feira ser contra a realização de greves por parte de juízes federais. Na semana passada, a Associação dos Juízes Federais (Ajufe) organizou uma paralisação da categoria, que cobra reajuste salarial e segurança no exercício da profissão. “Juiz é agente politico e greve, no sentido real do instituto, um agente político não pode fazer”, disse Rosa. Ela participa de uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que deverá aprovar a indicação. Após votação da CCJ, o nome ainda depende de apreciação do plenário da Casa.
Parlamentares do governo e da oposição teceram elogios para a juíza e evitaram perguntas controversas durante a sabatina, que começou às 10h e deve terminar no fim do dia. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) se arriscou a elaborar questões um pouco mais ousadas, ainda assim, sem impor críticas. O tucano questionou sobre a lentidão no julgamento de processos, como o mensalão, e sobre outros temas, como o foro privilegiado e o sistema de indicação ao cargo de ministro do STF.
Em resposta, Rosa relatou sua angústia ao tentar dar celeridade aos julgamentos e disse que, no caso do mensalão, a complexidade do processo exige tempo para apreciação. “Há necessidade de tempo para ouvir essas testemunhas”, afirmou. Ela disse ser favorável a mudanças na forma de indicação de ministros da Suprema Corte, hoje atrelada à posição pessoal do presidente da República. “Todas as formas de acesso, seja a cargos públicos, seja ao STF sempre merecem aperfeiçoamento”, disse.
Sobre o julgamento de parlamentares por seus colegas no Conselho de Ética, Rosa afirmou que a apreciação não deve impedir o acesso do réu à Justiça: “Julgar os próprios pares não implicaria inconstitucionalidade se não vedar o acesso do prejudicado ao Judiciário”. A indicada preferiu não comentar o foro privilegiado de políticos: “Peço vista dos autos, quero pensar um pouquinho mais”. Ela também evitou opinar sobre temas em discussão no STF.
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) manifestou seu inconformismo com a omissão de Rosa Weber. “Quero saber em que tom se falará essa boca”, disse em referência à indicada. “A senhora ainda não é ministra e não pode se declarar impedida de se pronunciar”.
Corrupção – Rosa Weber disse que a corrupção é inerente à natureza humana e está persente em todas as instituições, inclusive nos tribunais. “O Poder Judiciário não está isento a pessoas incorretas, mas elas deverão ser investigadas e eventuais transgressores deverão ser punidos”, afirmou.
Além de Nunes, os senadores Marta Suplicy (PT-SP) e Luiz Henrique (PMDB-SC) manifestaram a preocupação com o “ativismo” da Suprema Corte, que tem legislado sobre temas de apelo social no lugar do Congresso Nacional. Rosa afirmou que, apesar de os juízes não serem legisladores, não podem deixar de discutir temas sobre os quais os parlamentares se omitiram.
“O Judiciário, no exercício da função jurisdicional, não tem como fugir ao enfrentamento”, afirmou. “Ele se vê diante das ações propostas e tem a obrigação de se manifestar”. Para ela, as decisões da Corte são tomadas com “parcimônia” e “equilíbrio”. Opinião contrária à do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ). “O Supremo legisla mal, mas a culpa é nossa”, disse durante a sabatina.
Biografia - Rosa foi inspetora do Ministério do Trabalho, mediante concurso público, de 1975 a 1976. Ingressou na magistratura trabalhista em 1976, como juíza substituta do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (Rio Grande do Sul). Em 21 de fevereiro de 2006 tomou posse no cargo de ministra do TST.
Se vier a ocupar uma cadeira no STF, Rosa deverá ajudar a decidir temas importantes no STF, como a Lei da Ficha Limpa e o processo do mensalão. Com Informação de Veja.com Por Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE
domingo, 4 de dezembro de 2011
Jornalista Jullimária Dutra lançará livro sobre o Haiti, dia 21, em Recife
Será no dia 21 de dezembro, a partir das 20 h, no Auditório Capiba (Bloco C) na Faculdade Maurício de Nassau, o lançamento do livro “Caro Haiti”, de autoria da jornalista Jullimária Dutra.
Trata-se de um relato sobre o país mais pobre das Américas, dividido em três momentos: antes, durante e depois do terremoto que arrasou a capital Porto Príncipe e desalojou mais de um milhão e meio de civis. A autora contextualiza seus relatos fazendo breves incursões pela história do Haiti, com seus 500 anos marcados por conflitos sangrentos, destruição ambiental e tensões sociais radicalizadas pela pobreza extrema. Um cenário difícil, que o terremoto de 12 de janeiro transformou em tragédia que não é só haitiana, mas também brasileira. Entre as cerca de 300 mil vítimas fatais, perdemos dezoito militares, um diplomata e a médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança. Isso sem contar o prejuízo incalculável ao trabalho de pacificação e estabilização social do Haiti, a cargo da missão de paz das Nações Unidas liderada por brasileiros desde 2004.
A obra tem o prefácio de Audálio Dantas (vice-presidente da União Brasileira dos Escritores) e o posfácio de Patrícia Campos Mello (Folha de São Paulo).
Jullimária Dutra nasceu em Limoeiro, mas cresceu e reside em João Alfredo. É filha da professora Marise Franquelino Dutra.
Fonte: Blog dimassantos
Por Blog Professor Edgar Bom Jardim - PE
Doutor Sócrates, o Maior Exemplo do Futebol Brasileiro. PRESENTE ! Ele foi melhor que Pelé, foi melhor que todos... EXEMPLO, DIGNIDADE... Sócrates, PRESENTE !
Médico, craque e politizado: carreira de Sócrates foi singular
Inteligência dentro e fora de campo foram as marcas de uma trajetória brilhante, mas curta, como jogador
Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
Paraense de Belém, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira,morto neste domingo, aos 57 anos (19/2/1954 – 4/12/2011), começou no Botafogo de Ribeirão Preto e ainda era acadêmico de medicina quando passou a atuar pelo time principal do clube, em 1974. As atribuições como médico o impediam de se dedicar integralmente ao futebol, o que colaborou para tornar sua carreira singular.
O jovem alto e esguio logo se destacou com seu jogo refinado e inteligente, repleto de toques de calcanhar, passes e lançamentos precisos. Já em seu primeiro Campeonato Paulista, Sócrates encantou o público, em especial os torcedores do Tricolor de Ribeirão, onde iniciou uma dupla infernal com o centroavante Geraldão, que seria o goleador da competição com 23 gols (dez a menos que todo o restante da equipe).
Contrastando com o estilo rompedor do companheiro, Sócrates era o lado cerebral da parceria, com assistências perfeitas, além de contribuir com gols decisivos para a boa campanha (sexto lugar no geral). A qualidade de goleador se fez presente de forma mais evidente durante o Paulista de 1976, quando fechou a competição como artilheiro, com 15 tentos assinalados.
de Ribeirão Preto (Foto: Agência Estado)
Mas foi a temporada de 1977 o divisor de águas na carreira de Sócrates, então doutor aos 23 anos. Com uma campanha histórica, o Botafogo conquistou o primeiro turno do Campeonato Paulista (na decisão, segurou um empate por 0 a 0 com o São Paulo, inclusive na prorrogação, no Morumbi) e se tornou a grande surpresa do futebol brasileiro na época. Com oito gols, o Magrão foi o artilheiro do time que era composto por veteranos como o goleiro Aguilera (ex-seleção paraguaia nas Eliminatórias para 1970), o zagueiro Manuel, o volante Lorico (ex-Vasco e Portuguesa) e jovens talentosos como o meia Osmarzinho, o ponta-esquerda João Carlos Motoca e o ponta-direita Zé Mário, este pré-convocado para a Copa de 1978. Porém, o jogador faleceu meses antes, vítima de leucemia, doença esta diagnosticada em um exame de rotina da Seleção.
Após a disputa do Brasileiro com o Botinha, Sócrates foi contratado pelo Corinthians, onde se tornou referência e ídolo da Fiel. No time do Parque São Jorge, reencontrou Geraldão, e a dupla voltou a fazer sucesso, agora na conquista do Paulista de 1979.
O grande momento do Doutor no Timão, entretanto, foi na chamada Democracia Corintiana, política adotada pelo diretor de futebol Adilson Monteiro Alves, que dava liberdade aos atletas nas decisões referentes ao departamento de futebol. Sob a regência de Sócrates, o Corinthians (que contava também com nomes como o lateral-esquerdo Wladimir, o volante Biro-Biro, o meia Zenon e o centroavante Casagrande, entre outros) faturou o bicampeonato estadual e se tornou uma das equipes mais fortes do país.
(Foto: Agência Estado)
Além dos três títulos estaduais e das inúmeras jogadas geniais, Sócrates escreveu seu nome na trajetória alvinegra ao marcar 172 gols e se tornar o oitavo maior goleador da história do clube do Parque São Jorge.
Sócrates não lutou por democracia só no Corinthians. Ele teve papel de destaque na campanha por Diretas Já no Brasil, no início da década de 80. Tinha ideais socialistas e era admirador do regime cubano – o mais novo de seus filhos recebeu o nome de Fidel, em homenagem ao líder Fidel Castro.
E não foram somente suas exibições no Corinthians que chamavam a atenção. Estreando na Seleção Brasileira em 1979 (6 x 0 Paraguai, no Maracanã), sob o comando de Telê Santana, o jogador brilhou ao lado de Zico, Falcão, Júnior, Leandro, Éder e Cerezo naquele que, para muitos, foi um dos melhores selecionados nacionais em todos os tempos, porém duramente castigado com a eliminação para a Itália na Copa de 82. Com a camisa amarela, cumpriu um total de 63 compromissos e marcou 24 vezes, entre 1979 e 1986, ano em que disputou seu segundo Mundial.
1983 contra o São Paulo (Foto: Gazeta Press)
Com a abertura do mercado italiano no início dos anos 80 (até então bem restrito para jogadores estrangeiros), clubes tradicionais do país europeu passaram a buscar astros do futebol brasileiro e, após as idas de Falcão (Roma, em 1980), Zico (Udinese, 1983), Toninho Cerezo (Roma, 1983) e Júnior (Torino, 1984), chegou a vez de Sócrates desfilar seu talento no cálcio. Em 1984, foi contratado pela Fiorentina, que tinha como ídolo Daniel Passarella, astro e capitão da seleção argentina campeão do mundo em 1978. O estilo de jogo cadenciado do Doutor, porém, foi motivo de críticas por parte do companheiro, o que, de certa forma, ajudou a abreviar a passagem do atacante pelo futebol italiano.
Depois de um ano e meio sob as cores do clube de Florença, Sócrates retorna ao Brasil aos 32 anos para defender o Flamengo e, mais uma vez, formar parceira com Zico. Com o condicionamento físico já aquém do esperado e seguidas contusões, Magrão não teve destaque no Rubro-Negro, atuando somente 20 vezes e marcando cinco gols. No entanto, participou da conquista do Campeonato Carioca de 1986.
A ideia era de encerrar a carreira após a passagem pela Gávea, e o jogador se afastou dos gramados. Porém, um convite do Santos fez com que retornasse à ativa em 1988, um ano depois. Estreou pelo Peixe fazendo gol em um amistoso contra o Cerro do Uruguai (4 a 2, na Vila), mas, pouco tempo depois, decidiu se aposentar de vez, finalizando simbolicamente sua brilhante trajetória desportiva no querido Botinha, onde tudo começou.
Com Informações: g1.com Por Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE
sábado, 3 de dezembro de 2011
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