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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Temos um Congresso e um presidente desmoralizados, diz Coelho

Ao participar do "Debate" apresentado por  Geraldo Freire, na Rádio Jornal, na manhã desta segunda (06/11), o deputado federal Daniel Coelho, PSDB/PE, avaliou que temos na atualidade um" Congresso e um Presidente (Temer) desmoralizados",  ao justificar o caos político e a revolta da população brasileira com a política e com os políticos. Avaliou que Paulo Câmara não tem a liderança suficiente para governar o estado., no entanto, disse que Paulo Câmara, acerta na condução responsável dos recursos públicos. O deputado Tadeu Alencar rebateu Daniel Coelho, mostrando dados e avanços na educação e dos investimentos feitos na área de segurança pública. 
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 5 de novembro de 2017

Aos gritos de 'Fora Temer', Daniel Coelho abandona convenção do PSDB


O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) abandonou neste domingo a convenção da Executiva Estadual do PSDB. Ele acusou os caciques tucanos de perseguição por conta de sua posição nacional, contrária à participação do partido no governo Temer. 

Em seu discurso, durante o evento, o parlamentar surpreendeu os caciques tucanos, ao acusar os correligionários de excluir seu nome na formação da chapa única e de perseguição por sua postura anti-Governo Temer. Após as acusações, o legislador pediu a exclusão do seu nome da Executiva estadual e deixou o palanque, aos gritos de "Fora Temer" da militância presente.

"A convenção está ocorrendo e até o momento ainda não foi divulgada a composição da Executiva. Estão me excluindo da chapa e não estão respeitando a minha proporcionalidade, eu que fui o deputado federal mais votado de Pernambuco, com 138 mil votos", afirmou Daniel.

Segundo Daniel Coelho, a perseguição ocorreu por conta de sua posição nacional, contrária à aliança do PSDB com o governo Temer. Quatro integrantes do partido ocupam cargos de ministério na gestão federal. 

"Votei pela abertura de inquérito contra Temer. Dentro do PSDB, foram 23 foram a favor e 20 foi contra. Foi um erro. O PSDB devia ter se colocado ao lado do povo brasileiro. O que ocorre hoje é um veto às minhas posições nacionais, ao voto que dei contra Temer. Me posicionarei sempre no que for a favor da população. Não me peçam para fazer acordo. Lamento até este momento não estar divulgada a chapa, lamento", criticou.

Durante o discurso, Daniel foi interrompido várias vezes aos brados de "Fora, Temer!", por parte da militância. Ao final, Daniel pediu a exclusão de seu nome da Executiva estadual do partido. "Me excluam da executiva estadual. Militarei dentro do partido, continuarei na Executiva nacional, mas não quero participar de um acordo desta maneira como está colocada".
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Ministra de Temer fez gol contra ao reclamar de salário

Reprodução
A ministra dos Direitos Humanos havia entrado com uma ação requerendo que pudesse receber integralmente o salário como ministra

Após a polêmica sobre o pedido apresentado ao governo para acumular seu salário como ministra dos Direitos Humanos com sua aposentadoria como desembargadora, Luislinda Valois (PSDB) informou nesta quinta-feira (2) que desistiu da ação. O acumulo de dois soldos gerariam um vencimento bruto de R$ 61,4 mil à Luislinda.
Atualmente, o teto do funcionalismo público é de R$ 33.763, valor equivalente ao salário de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido de Luislinda, com teor de 207 páginas, foi publicado na manhã de hoje (quinta-feira, 2) pelo jornal O Estado de S. Paulo. No documento, ela reclamava que, por causa do teto constitucional, só podia ficar com R$ 33,7 mil do total das rendas.
Para a ministra, a situação, “sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde os idos de 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura”.
Diante da repercussão, a ministra voltou atrás. “Considerando o documento sobre a situação remuneratória da ministra Luislinda Valois, o Ministério informa que já foi formulado um requerimento de desistência e arquivamento da solicitação”, disse por meio se sua assessoria.
Por conta da regra sobre o teto remuneratório, nenhum servidor pode ganhar mais do que um ministro do Supremo. Neste caso, como já recebe R$ 30.471,10 como desembargadora, seu salário de ministra cai para R$ 3.292 brutos. Luislinda é filiada ao PSDB e assumiu a pasta em fevereiro deste ano, por nomeação de Temer.
Em entrevista à Rádio Gaucha, antes de ter voltado atrás da decisão, a ministra afirmou que é seu direito fazer petição e justificou: “Recebo aposentadoria porque trabalhei mais de 50 anos e paguei todas as minhas obrigações previdenciárias. Isso não se discute porque é direito adquirido. Moro em Brasília, trabalho de 12 a 14 horas por dia, de segunda a segunda, e recebo um salário (de ministra) de menos de R$ 3 mil. O Brasil está sendo justo comigo? Citei a escravidão porque (na época) não se tinha salário nem nada. Fiz alusão a um fato histórico”.
Sobre as críticas por mencionar o trabalho escravo apesar de receber o salário mais alto permitido por lei, Luislinda afirmou que tem contas a pagar e quer “ter uma vida um pouco mais digna” e “um salário mais justo” pela função que exerce. “Como vou comer, beber e calçar? Só no meu IPTU em Brasília pago mais de R$ 1 mil. E tenho meu apartamento em Salvador, que pago uma pessoa para cuidar. Sou aposentada, poderia me vestir de qualquer jeito e sair de chinelo na rua, mas, como ministra de Estado, não me permito andar dessa forma”, sustentou.
De acordo com o Código Penal, trabalho escravo é aquele que submete o trabalhador a “trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto”.
A comparação da ministra utilizada como argumento na petição, sobre “trabalho escravo”, ocorre dias após o governo publicar uma polêmica portaria mudando os conceitos do trabalho escravo. Criticada nacional e internacionalmente, inclusive por entidades como o Ministério Público do Trabalho e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a medida havia sido publicada no Diário Oficial da União de 16 de outubro, mas a ministra Rosa Weber, do STF, acatou ação do partido Rede Sustentabilidade contra a portaria. A portaria é uma das medidas de Temer para agradar aos deputados ruralistas que votaram sua denúncia.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Justiça desmoralizada ... medíocre, ordinária


A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes de suspender a transferência do ex-governador do Rio Sérgio Cabral para um presídio federal no Mato Grosso do Sul foi duramente criticada pela procurador Deltan Dallagnol; ao comentar a notícia em sua página no Twitter, Dallagnol disse que Gilmar "desmoraliza a Justiça"; "Quando a Justiça desmoraliza a justiça. Minha solidariedade a Bretas, que corajosamente tem enfrentado corruptos poderosos", afirmou o procurador; “O fato de o preso demonstrar conhecimento de uma informação espontaneamente levada a público pela família do magistrado não representa ameaça, ainda que velada”, disse o ministro do STF na decisão, ao analisar o motivo que levou o juiz Marcelo Bretas a determinar a transferência de Cabral.
com informações de www.brasil247.com 
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 29 de outubro de 2017

As diferenças - e semelhanças – entre o separatismo do sul do Brasil e o da Catalunha



Apoiadores da separação da região sul do BrasilDireito de imagemBBV
Image captionApoiadores da separação da região sul do país (Crédito: Divulgação)

Enquanto o governo espanhol tenta suprimir a insurgência da Catalunha, no Brasil um grupo de separatistas se mobiliza para fazer um plebiscito pela "independência do sul" nas eleições de 2018. O que esses grupos em contextos tão distintos podem ter em comum?
Na última sexta-feira, o governo espanhol anunciou que, pela primeira vez na história democrática do país, assumirá o controle direto sobre a Catalunha, em reação à declaração de independência feita uma hora antes pelo Parlamento catalão. O premiê espanhol, Mariano Rajoy, anunciou a destituição da liderança catalã, a dissolução do Parlamento regional e a convocação de eleições locais para 21 de dezembro.
A "independência" da Catalunha havia sido aprovada em um controverso plebiscito em 1º de outubro não reconhecido pelo governo espanhol. Pouco mais de 2 milhões de pessoas (43% do eleitorado) votaram. De acordo com cálculo do próprio movimento, 90% dos votantes foram a favor da independência. A região tem 7,3 milhões de habitantes.
No fim de semana seguinte, a cerca de 8 mil km de distância dali, uma outra votação foi convocada para saber a opinião da população sobre separar outra região, desta vez no Brasil. A organização "O Sul é Meu País" realizou uma consulta informal nos Estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná sobre a possibilidade de se separar do resto do Brasil, o chamado Plebisul.
O grupo ficou nacionalmente conhecido no começo do ano com a circulação de um "mascote" do grupo chamado Sulito, que virou alvo de piada nas redes sociais. A organização do Sul é Meu País afirma que Sulito foi uma "brincadeira de internet" e não é o mascote oficial do grupo, apesar de reconhecer que ele ajudou a divulgar a ideia.


Sulito
Image captionApesar de ter divulgado ideia do grupo, Sulito não é mascote do O Sul é Meu País (Crédito: O Sul é Meu País)

Na consulta, os participantes deveriam responder à pergunta "Você quer que o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul formem um país independente?".
Para realizar o processo, foram espalhadas urnas em locais públicos em cerca de 900 cidades dos três Estados com um custo de R$ 25 mil, segundo o próprio grupo.
A expectativa era a participação de ao menos 1 milhão de pessoas. Em 2016, 616 mil eleitores participaram do mesmo plebiscito. No dia 7 de outubro, porém, 340 mil pessoas responderam à pergunta e 95,74% disseram ser favoráveis à separação. Isso corresponde a menos de 2% do número de eleitores nos três Estados, que é de 21 milhões, segundo o Tribunal Superior Eleitoral.

Diferenças

A participação modesta do separatismo sulista é considerada uma das principais diferenças entre os dois movimentos, segundo especialistas.
"Não consigo ver um movimento sério com menos de 2% dos eleitores participando, na Catalunha foi 43%", diz Luis Augusto Farinatti, professor de História da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) especializado em fronteira sul do Brasil.
"Não vejo esse sentimento separatista difundido, sério, engajado no Sul como o da Catalunha, que vem há muito tempo, foi alimentado pelo regime franquista e agora estourou. Aqui, a reativação do separatismo é um reflexo de movimentos mundiais, mas é um pálido reflexo", explica.
"O movimento do sul do Brasil ainda é muito fraco, quase simbólico e anedótico, com uma participação de 300 e poucos mil sulistas em uma população estimada de 30 milhões, tem muito pouco impacto", diz Paulo Velasco, professor de Política Internacional na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Celso Deucher, um dos fundadores do Sul é Meu País, defende a validade do Plebisul e diz que a menor participação em relação a 2016 se deve ao fato de que neste ano foi pedido que os participantes assinassem um Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) para propor um plebiscito consultivo junto às eleições de 2018 sobre o tema "independência do Sul". "Acreditamos que a população do sul de fato apoia a proposta", disse à BBC Brasil.


Eleitores durante Plebisul
Image captionEleitores votam em consulta popular sobre separação da região sul (Crédito: O Sul é Meu País)

Deucher afirma que a organização foi criada em 1992 em Laguna (SC), "terra da Anita Garibaldi, uma terra especial para nós do sul", diz. Anita foi companheira do guerrilheiro italiano Giuseppe Garibaldi - ambos lutaram pela independência de diversos Estados na península itálica e também na Guerra dos Farrapos.
Ele também rejeita a acusação de que movimentos separatistas do sul do país se baseaiam em discursos xenófobos e/ou racistas que defendem algum tipo de superioridade do "povo sulino" com base na forte imigração europeia na região. Segundo Deucher, o Sul é o Meu País é contra qualquer tipo de discriminação.
"Existe uma diferença cultural [do sul em relação ao resto do país], mas nunca defendemos questões étnicas. Nós não temos problema com povo nenhum do Brasil, o nosso problema é com Brasília", diz.
"A nossa identidade é mais no sentido de que nos consideramos povo e portanto somos nação, se somos nação, temos direito a criação de um Estado que nos represente. O Brasil nunca foi nação, sempre foi um Estado. Se o Brasil se considera nação, porque o Sul também não pode?", defende Deucher.
Em um artigo publicado no The International Journal of Human Rights sobre os aspectos legais e econômicos dos movimentos separatistas do sul e do sudeste do Brasil, Alexandre Andrade Sampaio, advogado mestre em Sociologia de Direitos Humanos pela London School of Economics (LSE) afirmou que as pessoas dessas regiões não podem ser consideradas povos e, portanto, não teriam legitimidade para exigir a separação.
"O direito internacional, segundo nossa interpretação [dele e do coautor do estudo Luís Renato Vedovato], reserva o direito de autodeterminação para povos. Não estou dizendo que não existam povos no sul, mas a argumentação de que existe um povo uníssono é falha", disse à BBC.
"A lei internacional que fala sobre autodeterminação possibilita de forma muito mínima a separação em casos muito extremos de completo desrespeito às vontades políticas de povos ou em caso de sistemática violação de direitos humanos", explica.
"Você começa a falar de culturas diferentes querendo se desvencilhar de estados e formar novos por interesses puramente econômicos. Todas as regiões poderiam fazer isso apenas por ter culturas diferentes, criando um regime internacional extremamente xenófobo, separatista sem equiparação de padrões de vida", afirma.
Sampaio argumenta que a separação do sul do país pode ser considerada inconstitucional e ilegal. "O Estado é composto pela indivisão dos Estados", diz. "O Supremo Tribunal Federal (STF) entende que povo é população brasileira. A separação do Estado só pode ser feita por um povo". "As pessoas têm o direito de se expressar, eu não vejo ilegalidade no sentido de liberdade de expressão, mas se for se basear no sentido constitucional, o movimento é inconstitucional".
Para Paulo Velasco, professor de Política Internacional na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), a questão cultural não é uma base forte para o ideal separatista do sul do Brasil.
"A grande diferença entre os dois movimentos é que no sul do país não há um sentimento de unidade em termos culturais, é uma região formada de contribuições muito diversas, muitas vezes de imigrantes, não há uma unidade cultural linguística como há na Catalunha", disse à BBC.

Semelhanças

Isso não quer dizer que os dois grupos não tenham nada em comum. Deucher, por exemplo, vê semelhanças e diz que o grupo não apenas pode ser comparado com o da Catalunha como o apoia.
"A comparação nossa com a Catalunha é que o sonho deles é o mesmo que o nosso, certo? Transformar-se em um Estado independente para poder atender às demandas do seu próprio povo", diz.
"Nesse sentido, estamos unidos com Catalunha, Quebec, Escócia, vários outros movimentos do mundo que conhecemos, temos parceria", acrescenta.

Semelhanças

Velasco também vê similaridades nos argumentos de ambos.
"Os movimentos separatistas e nacionalistas mundo afora têm um forte componente econômico, todos eles", diz.
"A semelhança principal está numa dimensão econômica, na Catalunha há uma base econômica muito forte, não é por acaso que tenha acontecido na esteira da crise que a Espanha tem passado há alguns anos. O movimento do sul do Brasil também se vale de um argumento econômico, eles se sentem desprezados em termos fiscais pelo governo federal, alegam que estariam melhor economicamente separados do Brasil", completa.


Celso Deucher, um dos fundadores do Sul é Meu PaísDireito de imagemO SUL É MEU PAÍS
Image caption"Se o Brasil se considera nação, porque o Sul também não pode?", diz Celso Deucher, um dos fundadores do movimento O Sul é Meu País

A questão dos impostos é parecida em ambos. Os catalães dizem que pagam mais impostos proporcionalmente do que recebe em troca por meio de benefícios. A Catalunha é uma região rica em comparação com o resto da Espanha. Ela tem 16% da população do país, mas representa 19% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de riquezas produzidas por um país) espanhol e mais de um quarto das exportações.
Já a região sul do Brasil tem uma participação de 16,2% no PIB, metade da de São Paulo, Estado responsável por um terço da economia brasileira. Mas o argumento tributário é semelhante.
"A União leva 82% de tributo e fica com ela, não aparece mais aqui, a desculpa é que é para mandar para lugares mais pobres do Brasil, mas isso não acontece, quando acontece vai para obras das oligarquias", diz Deucher.
"Os três Estados do sul são colônia de Brasília, continuamos tendo esse colonialismo interno, uma instituição que só tira dinheiro da população e não devolve o serviço", acrescenta.

Alvo: Brasília

O principal alvo do Sul é Meu País, segundo seu porta-voz, é o governo federal.
"Estado mínimo é um dos princípios que acreditamos, quanto menos Estado se metendo na economia, mais próspero é o país", defende Deucher.
"Temos princípios liberais, desde o trabalho até questões familiares. Liberalismo é o único sistema que defende minorias, onde é possível que minorias possam se expressar", acrescenta.
Na Catalunha, por outro lado, a coalizão independentista é formada majoritariamente por partidos de centro, centro-esquerda e extrema-esquerda.
Outra palavra repetida por ambos é "autonomia".
A situação atual da Espanha começou a ser desenhada em 2010, quando o país vivia uma profunda crise econômica. Quatro anos antes, os catalães haviam aprovado em plebiscito um estatuto que definia a Catalunha como uma nação dentro da Espanha.
Em meio à crise, porém, o conservador Partido Popular apresentou um recurso no tribunal constitucional espanhol retirando boa parte dessa autonomia e proibindo o uso da palavra nação. Isso levou milhares de catalães às ruas de Barcelona e, a partir daí, a luta pela independência ganhou força.
O Sul é Meu País também exige mais autonomia.
"A constituição estadual não pode legislar sobre praticamente nada, não há autonomia, não é federação. Por exemplo, Santa Catarina se quisesse ter pena de morte, ela não pode ter porque a Constituição Federal veda. É um Estado Unitário disfarçado de federação", diz Deucher.


Grafite pró-separação em BarcelonaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionGrafite pró-separação em Barcelona

Em termos de história, Deucher comenta a supressão de línguas faladas no sul durante a ditadura de Getúlio Vargas. Sob o regime do general Franco, na Espanha, o catalão foi proibido ao longo de 40 anos.
"Na década de 1940, durante a Segunda Guerra, o Brasil tomou uma atitude drástica contra nós do sul que foi nos proibir de falar a língua de nossos antepassados, seja ela guarani, alemão, seja qual for", diz o cofundador do grupo.
"Fomos forçados através do sistema educacional e da proibição das línguas a virar brasileiros na marra, não tinha como ficar no país e não assumir o português", acrescenta.
O historiador Luis Augusto Farinatti vê algum sentido nessa comparação - com ressalvas.
"Há semelhança no sentido de repressão de particularismos locais, só que as línguas alemã, russa, polonesa, italiana não eram uma língua difundida nesses três Estados, elas estavam em diversos pontos localizados. Não dá para dizer que os habitantes desses Estados falavam essa língua de uma maneira geral."
"A única semelhança que eu vejo é de ser uma região que se acha mais rica e desfavorecida na questão da riqueza que gera. Na questão da construção histórica de busca de autonomia, o sul não tem uma base de identidade nacional construída no século passado ou retrasado, como é o caso da Catalunha há muito tempo", conclui.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Amigos do Temer e inimigos do povo.

Deputados pernambucano que salvaram o mandato de Temer. Ricardo Teobaldo se ausentou da votação mesmo sendo base do governo. 

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Análise da denúncia contra Temer e ministros | 25/10/2017. veja aqui em LEIA MAIS




Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Relatório de CPI do Senado diz que Previdência Social não tem déficit


O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência, senador Hélio José (PROS-DF), apresentou nesta segunda-feira (23) o relatório final dos trabalhos ao colegiado, com a conclusão de que a Previdência Social não é deficitária, mas, sim, alvo de má gestão.

Segundo o senador, "está havendo manipulação de dados por parte do governo para que seja aprovada a reforma da Previdência". Ele acrescentou que "quando o assunto é Previdência, há uma série de cálculos forçados e irreais".

Em 253 páginas, o relatório destaca que o "maior e mais grave problema da Previdência Social vem da vulnerabilidade e da fragilidade das fontes de custeio do sistema de seguridade social". No documento, o relator destaca que, "antes de falar em déficit, é preciso corrigir distorções".

Outro trecho do documento ressalta que "a lei, ao invés de premiar o bom contribuinte, premia a sonegação e até a apropriação indébita, com programas de parcelamento de dívidas (Refis), que qualquer cidadão endividado desse país gostaria de poder acessar.

Leia também:
[Vídeo] Juiz federal diz que Reforma da Previdência é excludente
CPI da Previdência no Senado retoma trabalhos ouvindo sindicatos e especialistas


Proposta
Ao contrário da maioria das CPIs, que, segundo Hélio José, ao final costumam pedir o indiciamento de pessoas, desta vez, o relatório é apenas propositivo. Nesse sentido, sugere dois projetos de lei (PLS) e três propostas de emenda constitucional (PECs). Uma delas proíbe a aplicação da Desvinculação de Receitas da União às receitas da seguridade social.

Votação

Após um pedido de vista coletiva - mais tempo para analisar o parecer – o relatório precisa ser votado até o dia 6 de novembro, quando termina o prazo de funcionamento da comissão. Antes da votação final os membros da CPI podem sugerir mudanças no documento.

Histórico

Instalada no fim de abril , em pouco mais de seis meses, a CPI realizou 26 audiências públicas e ouviu mais de 140 pessoas entre representantes de órgãos governamentais, sindicatos, associações, empresas, além de membros do Ministério Público e da Justiça do Trabalho, deputados, auditores, especialistas e professores. A comissão é presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), e é formada por seis senadores titulares e cinco suplentes.

A Agência Brasil procurou a Secretaria de da Previdência, que até o momento não se manifestou sobre o relatório da CPI.
Agência Brasil/
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 22 de outubro de 2017

A incerta posição da Globo na nova “flechada” em Temer

Globo
Ato contra a Globo em 2016: a emissora continua muito importante na política nacional
O lobista da Rede Globo em Brasília, Paulo Tonet Camargo, passou pelo Congresso na terça-feira 17 e foi sondado sobre a posição da empresa quanto à última “flechada” em Michel Temer, a acusação de formação de quadrilha e obstrução da Justiça. Ainda quer a cabeça do presidente, como no caso da mala de propina? Parlamentar que falou com Camargo achou-o evasivo. 
A posição da emissora parece ter mudado, na visão de certos deputados. Um fator importante para os acontecimentos em Brasília. Se não tem mesmo poder de interferir na vida nacional como na eleição de 1989, segue um ator que os políticos levam em conta em suas decisões, vide declarações recentes do ex-presidente Lula de que quer derrotar na campanha de 2018 o candidato da Globo. 
Para um deputado do PMDB que votou a favor do presidente no episódio da mala e prepara-se para repetir a dose na quarta-feira 25, a unanimidade contra o presidente na Globo virou pó. Já se veria argumento em defesa do peemedebista por ali. 
Para outro deputado, da oposição de esquerda, é evidente que o canal perdeu a vontade de derrubar o chefe da nação. Uma suspeita que se ampara com a disposição global para transmitir as “flechadas”. 
Na primeira, a da mala de meio milhão de reais em suborno carregada pelas ruas de São Paulo por um então assessor especial de Temer, a “Vênus Platinada” transmitiu ao vivo, em sinal aberto, toda a votação dos deputados. Uma opção que era anunciada com duas semanas de antecedência. 
Agora no caso da formação de quadrilha e obstrução de Justiça, a transmissão ao vivo estava incerta até o fim da semana que antecedia a nova votação. Nos corredores da emissora, comentava-se que era possível, mas não garantido, que houvesse transmissão ao vivo. Certo mesmo, só que a Globonews, seu canal exclusivo para quem paga, mostraria tudo.
Quando da primeira “flechada”, a Globo levou ao ar um noticiário francamente desfavorável a Temer desde o estouro do escândalo Friboi, em 17 de maio, até o enterro da denúncia pelos deputados, 2 de agosto. Agora esse ímpeto refluiu, embora o Jornal Nacional tenha deitado e rolado com os vídeos da delação do criminoso doleiro Lúcio Funaro. 
Em um lance inédito em seus anais, a Câmara divulgou em seu site todos os vídeos da delação de Funaro gravada perante a Procuradoria-Geral da República. O doleiro é peça-chave da denúncia contra Temer e diz coisas embaraçosas. 
O mandatário teria pedido via Eduardo Cunha grana suja para a campanha de Gabriel Chalita, então no PMDB, à prefeitura paulistana em 2012, além de ter se reunido com o próprio doleiro numa igreja. Sabia de todas as bandalheiras correntes dentro do PMDB, pois comandava o partido, e ainda levava uma parte dos lucros das maracutaias de Cunha. E por aí vai. 
Os vídeos nada acrescentam ao conteúdo da delação, mas puderam ser reproduzidos por emissoras de tevê, meio de comunicação de maior penetração no País. E tome desgaste para os deputados que topam livrar a cara de Temer. 
Os vídeos de Funaro tinham sido enviados à Câmara em 21 e 22 de setembro pelo Supremo Tribunal Federal, onde Temer será julgado, caso os deputados permitam. Foram divulgados dia 29, sem alarde. Só viraram notícia em 14 de outubro, na Folha de S. Paulo, pois até então nenhum jornalista tinha se dado conta da existência do material. 
Curiosamente, alguns dias antes, a segunda-feira 2, Maia fora ao STF conversar com a presidente da Corte, Cármen Lúcia, sobre o material. Relator do caso Temer, o juiz Edson Fachin foi chamado por Cármen para a reunião e comentou haver certo conteúdo sigiloso no material. O que significa que outra parte não era. Maia ainda comentou: com 513 deputados, seria impossível guardar segredo. 
Profético, hein? O plmplim agradece.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Gabriel O Pensador:"Matei o presidente" faz crítica à Temer provoca Jair Bolsonaro usando o termo 'mito'



Cena do clipe
(Foto: Youtube/ Reprodução)
JC Online

Gabriel O Pensador lançou hoje (20) clipe para a segunda versão da música Tô Feliz (Matei o Presidente). Recebendo elogios e críticas sobre as letras da sua nova música, o rapper e escrito.
A primeira versão da música foi gravada em 1992 e lançada no álbum Gabriel O Pensador, em 1993, onde tinha como foco Fernando Collor. Agora, no governo Temer, Gabriel usa a fala da população para atacar indiretamente o atual presidente.

Críticas:

As críticas não foram pelos ataques à Temer, mas por um trecho da música onde Gabriel faz uma indireta para Bolsonaro usando o termo 'mito'.
Confira o videoclipe:
Fonte: JC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Bancada da REDE recebe 10 prêmios no Congresso em Foco


Na noite desta quinta (19), o Prêmio Congresso em Foco divulgou o resultado dos melhores parlamentares do Congresso Nacional na avaliação de jornalistas e da sociedade. Os parlamentares da REDE tiveram papel de destaque com dez premiações.
O deputado Alessandro Molon (REDE/RJ) foi eleito o Melhor Deputado do Ano pelo Júri e o senador Randolfe Rodrigues (REDE/AP), escolhido como o Senador Mais Bem Avaliado pelos Jornalistas em 2017. O deputado Miro Teixeira (REDE-RJ) ficou entre os dez Melhores Deputados do Ano, escolhido pelos jurados, e entre os cinco primeiros na avaliação pelos jornalistas.
O deputado Alessandro Molon (REDE/RJ) dedicou o prêmio para toda a população brasileira com a expectativa de que um dia a atividade política seja motivo de orgulho para os brasileiros. “Essa premiação renova minha força no combate por um Brasil melhor, com mais igualidade de oportunidade para todos e todas. E que um dia sejamos um País que tenha orgulho dos nossos representantes”.
O senador Randolfe Rodrigues (REDE/AP) falou do momento complicado da política, mas reafirmou seu compromisso no combate à corrupção e na defesa das instituições da República. “Queria reafirmar a fé na República. A corrupção não corrompe somente o estado, mas também as futuras gerações que virão. Esse prêmio é para o povo do Amapá e o povo brasileiro neste momento complicado da política”.
Confira todas as premiações recebidas pelos parlamentares da REDE:
Melhores Deputados do Ano pelo Júri 
1º lugar – Alessandro Molon
Entre os 10 melhores – Miro Teixeira
Senadores Mais Bem Avaliados pelos Jornalistas
1º lugar – Randolfe Rodrigues
Deputados Mais Bem Avaliados pelos Jornalistas
2º lugar – Alessandro Molon
5º Lugar – Miro Teixeira
Melhores Senadores pelo voto popular
5º lugar – Randolfe Rodrigues
Melhores Deputados pelo voto popular
6º lugar – Alessandro Molon
Categoria Especial – Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Júri)
Entre os quatro melhores – Alessandro Molon e Randolfe Rodrigues
Categoria Especial – Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Voto Popular)
2º lugar – Alessandro Molon
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Ele recebeu mais de 20 ligações de Aécio, afirma PF

Das 46 ligações, 38 foram em um aparelho de Aécio.
A Polícia Federal grampeou dois telefones do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), com autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, e pegou conversas do tucano com o ministro do STF Gilmar Mendes e o diretor-geral da própria PF, Leandro Daiello. No caso de Gilmar Mendes, o tucano fez um pedido para que o ministro ligasse para um outro senador pedindo apoio ao projeto de abuso de autoridade. As duas conversas com Daiello tratam de uma visita que o senador deseja fazer ao diretor-geral e da suspensão de um depoimento em inquérito contra ele, porque Gilmar deferiu o acesso às investigações. Foram grampeados dois telefones usados também por Andrea Neves, irmã de Aécio.


Leia mais: https://oglobo.globo.com/brasil/ligacoes-telefonicas-de-aecio-com-gilmar-mendes-diretor-da-pf-foram-grampeadas-21366504#ixzz4w0GqBDVt 

Professor Edgar Bom Jardim - PE