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quarta-feira, 19 de julho de 2017

'Não sou petista, sou lulista': o que dizem os colegas de sindicato de Lula sobre condenação


Sindicalista Januário Fernandes da Silva carrega jornal com manchete favorável a LulaDireito de imagemLEANDRO MACHADO/BBC BRASIL
Image captionJanuário Fernandes da Silva, que participou de grupos criados por Lula no movimento sindicalista, acredita na inocência do ex-presidente

A ex-faxineira Maria Elicélia da Silva tem uma paixão incondicional por Lula, sentimento que a condenação por corrupção e lavagem de dinheiro dada pelo juiz Sergio Moro não esgotou. "Se Lula fosse um cachorro, eu votaria em um cachorro. Se fosse um gato, eu iria de gato. Não sou petista, sou é lulista, vê a diferença?", diz.
Essa separação entre Lula e o PT é usada por antigos colegas do ex-presidente quando falam sobre os imbróglios jurídicos que envolveram o petista e sua sigla nos últimos anos. O PT pode ter errado, mas Lula é sempre poupado, apesar de ser a maior força da sigla.
Na semana passada, o ex-presidente foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no julgamento em que era acusado de receber um apartamento tríplex no Guarujá (SP), mais a reforma do mesmo imóvel, em troca da promoção de interesses da empreiteira OAS junto à Petrobras.
O caso do tríplex ainda será julgado em segunda instância. Caso seja condenado, Lula pode ficar inelegível e ser preso.
Em denúncia de setembro do ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) classificou Lula como "comandante máximo" do esquema de corrupção na Petrobras.
O petista também responde a outros processos, no âmbito de operações como a Lava Jato e a Zelotes. Entre as acusações, há lavagem de dinheiro, corrupção e obstrução da Justiça. O ex-presidente nega todas elas.

'Mostre as provas, infeliz'

Na última semana, depois da condenação pelo caso do tríplex, a BBC Brasil ouviu seis ex-colegas do petista que participaram das grandes greves dos metalúrgicos no final dos anos 1970 e início dos 1980, no ABC paulista. Na época, Lula presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e liderou greves que pararam grandes empresas da região. A maioria não tem mais contato com o antigo líder - dois deles, que vivem no Ceará, só veem o político pela televisão.
Questionados sobre as diversas acusações ao ex-presidente, os ex-colegas repetem os argumentos de Lula: 1) Moro é parcial e não tinha provas de que o ex-presidente fosse o dono do tríplex no Guarujá; 2) os processos contra Lula são parte de uma perseguição de quem nunca o aceitou como político, as chamadas "elites"; 3) o petista só foi condenado porque lidera as pesquisas de opinião para as eleições em 2018.
Na sentença sobre o caso do tríplex, o juiz Sergio Moro afirmou que sim, é imparcial, e que a condenação nada tem a ver com as eleições de 2018.
O magistrado também alegou que não era necessário que o apartamento estivesse no nome do ex-presidente para provar vantagens indevidas dadas a ele. O magistrado cita a argumentação do Ministério Público Federal, para o qual a manutenção do imóvel em nome da empresa foi feita para "ocultar e dissimular o ilícito".
Para dona Zelinha, como Maria Elicélia é conhecida, as provas não apareceram. Ela era faxineira do sindicato quando Lula discursava para milhares de operários em assembleias em estádios do ABC. Hoje, tem uma lanchonete no prédio da organização.
No dia em que a condenação foi anunciada por Moro, ela não quis dar entrevista. Estava triste, nervosa. "Como vou falar do meu companheiro para um repórter? Não tenho esse direito", diz.
No dia seguinte, mais calma, conversou normalmente. "Eu falaria para esse juiz Moro: infeliz, mostre as provas. Cadê as provas?", diz.

Lula é carregado por sindicalistas durante assembléia em São Bernardo do Campo, em 1979Direito de imagemCLAUDINEI PETROLI/AFP
Image captionLula foi preso em 19 de abril de 1980, acusado de ser o principal 'agitador' das paralisações de operários

"Eu acho que o pecado de Lula é ser popular demais. Tem gente que não aceita", diz o ex-metalúrgico Antonio Luiz, o Robozão, hoje assessor de um deputado estadual do PT. "Se Lula não fosse o primeiro nas pesquisas, ninguém estava nem aí para ele."
Antonio militou com Lula desde a primeira grande greve, em 1978, na Scania. Depois, quando as paralisações tornaram-se frequentes, a polícia começou a procurar líderes do movimento. "A gente escondia Lula em qualquer canto. Foi um momento muito difícil", diz.
O ex-presidente foi preso em 19 de abril de 1980, acusado de ser o principal "agitador" das greves, que não eram aceitas pela ditadura que governava o país. Djalma Bom, um dos diretores do sindicato na época, também foi detido e ficou com 31 dias com Lula na mesma cela.
Ele elege uma cena daquele mês como a mais difícil da vida do amigo, momento mais complicado do que o vivido hoje: "Lula estava no beliche em cima da minha. Ele abaixou, com lágrimas nos olhos e disse: 'Djalma, minha mãe morreu", conta.

Cachaça e uísque

Na primeira ligação da BBC Brasil, horas depois de o ex-colega de militância ser condenado por Moro, ele disse que não tinha condições de falar. "Estou mal, né?", afirmou. Dois dias depois da sentença, deu entrevista. Ainda filiado ao PT, Djalma tornou-se bastante crítico à trajetória que o partido tomou nos últimos anos.
"Eu não concordo com os desvios praticados por algumas pessoas que comandaram o Partido dos Trabalhadores", diz. "Como partido que acumulava força para mudar a sociedade, no fim, o PT entrou no caminho que só se preocupa com eleição, um caminho distanciado dos seus objetivos iniciais. Antes, era democrata, socialista, colado aos trabalhadores."
Djalma foi um dos primeiros deputados federais eleitos pelo PT, em 1982. Recebeu 164.398 votos. "Na minha eleição, a gente arrecadava dinheiro para a campanha dentro das fábricas, com os trabalhadores. Hoje, o PT corre atrás de empresários. Os anseios dos trabalhadores não são os mesmos dos empresários", diz ele, hoje com 78 anos.
"O PT se afastou de sua base, se afastou dos movimentos sociais que sempre foram sua sustentação."
No entanto, ele poupa Lula das acusações feitas ao petista. "Eu colocaria meu corpo inteiro na fogueira por Lula, ele me provou que é honesto. Ele foi preso uma vez injustamente e isso não vai acontecer de novo", diz.
Por outro lado, Djalma faz uma crítica ao amigo, que não vê mais com a mesma frequência de outros tempos. "O poder mexe com a vaidade das pessoas. Você bebe cachaça 51 e, depois do poder, passa a beber uísque 18 anos. Acho que isso aconteceu com ele."
Lula já disse querer voltar ao poder, e anunciou sua candidatura a um possível terceiro mandato na Presidência. Segundo pesquisa Datafolha de junho, ele tem 30% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro (PSC), com 16%, e Marina Silva (Rede), com 15%.
Apesar de líder nas intenções de voto, o petista tem alto índice de rejeição: 46% dos entrevistados disseram que nunca votariam nele.

Lula em evento no PTDireito de imagemPAULO PINTO/AGPT
Image captionLula foi condenado pelo juiz Sergio Moro a nove anos e seis meses de prisão, mas ainda deverá ser julgado em segunda instância

'Emoção à parte'

Ainda militante metalúrgico, Januário Fernandes da Silva repete o discurso de Lula sobre uma suposta perseguição. "A elite brasileira nunca engoliu que um operário de uma fábrica fosse o comandante máximo do país. Essa condenação é mais uma fase do golpe dado na democracia brasileira", diz, sentado em sua mesa no sindicato.
Ele evita criticar diretamente líder e o PT. "Não vou fazer autocrítica para um repórter, né? A gente faz isso, mas internamente."
Januário hoje tem 62 anos e é fotógrafo do sindicato. Nas greves, participou de uma comissão de fábrica da Ford no fim dos anos 1970. Esses grupos foram uma inovação de Lula na presidência do órgão.
Até então, o sindicato ficava afastado dos peões das fábricas, segundo os trabalhadores da época. Lula propôs o oposto: os sindicalistas deveriam participar das decisões internas das fábricas, por meio de comissões de metalúrgicos em cada unidade.
"Lula dizia que a gente deveria ficar na porta da fábrica, dentro dela, a gente devia participar da vida do trabalhador. Essa proximidade criou um novo sindicalismo no Brasil", diz Djalma. O então líder sindical ganhou popularidade entre os peões por sua oratória inflamada e a simplicidade com que tratava os colegas, lembram os amigos.
Foi nessa época, em 1978, que José Alves Bezerra se aproximou do futuro presidente da República. "Eu estava sempre com Lula, nas assembleias, no sindicato", diz, acrescentando que foi demitido por justa causa da Volkswagen por sua participação nas greves.
Nos anos 1990, ele abandonou o sindicalismo e voltou para sua cidade natal, Várzea Alegre, município de 40 mil habitantes no interior do Ceará. "Meu amigo, aqui em Várzea está todo mundo revoltado com essa condenação. E digo isso com a emoção à parte", afirma.

Maria Elicélia da Silva, ex-faxineira do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCDireito de imagemLEANDRO MACHADO/BBC BRASIL
Image caption'Não sou petista, sou é Lulista, vê a diferença?', diz Maria Elicélia da Silva, dona Zelinha, ex-faxineira do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Por telefone, Bezerra também separa a figura de Lula do PT. "Lula é uma coisa, o partido é outra. A gente não sabe quem são essas pessoas que tomaram conta do PT. Votaria nele mil vezes, quatro vezes mil", diz.
Maria do Socorro, que também abandonou a militância e voltou para a mesma cidade no Ceará, acrescenta sobre as acusações do líder: "Se Lula errou, por que só ele vai pagar? E Michel Temer, que está todo enrolado, e continua aí todo bonitão? E Aécio Neves?", pergunta, em referência ao presidente e ao senador tucano, também investigados pela operação Lava Jato.

O dia mais feliz

A ex-faxineira dona Zelinha conta que 27 de outubro de 2002, quando Lula foi eleito pela primeira vez presidente do país, foi o dia mais feliz de sua vida. "Eu só chorava. Só fiquei triste porque ele não poderia mais falar palavrão, igual falava para mim. O cargo não deixa", diz.
Na tarde da sentença de Moro, um homem passou na frente do sindicato e xingou o petista de "ladrão". Dona Zelinha saiu até a porta do prédio. "Eu queria pegar pelo pescoço... Ninguém fala mal dele perto de mim. Estou muito triste, mas tenho certeza da inocência dele", diz ela, que tem 68 anos.
Nordestina como Lula (nasceu em João Pessoa, Paraíba), ela explica de novo seu amor incondicional pelo ex-sindicalista, presidente da República por duas vezes, e hoje condenado por corrupção e lavagem de dinheiro: "Não sou petista, sou lulista. Lula corre aqui nas minhas veias."
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 17 de julho de 2017

REDE Protocola, na PGR, nova representação contra o presidente Michel Temer.


Parlamentares da REDE, pediram nesta segunda-feira, à Procuradoria Geral da República que investigue a liberação de emendas pelo governo durante o processo de discussão da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados. O documento foi elaborado com base em levantamento que apontou um aumento significativo da liberação de emendas para deputados da base governista nos dias que antecederam a votação da denúncia contra Temer na CCJ da Câmara.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 16 de julho de 2017

Quais deputados federais de Pernambuco não serão comprados por Temer?


Charge de Jarbas. Diário de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 14 de julho de 2017

COMPRA DE VOTOS:157 milhões foram gasto por Temer para se safar das denúncias, diz Randolfe


O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) criticou na noite de hoje a manobra que levou à vitória governista na votação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Segundo Randolfe, o presidente Michel Temer, para se safar das denúncias de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, liberou um montante de R$ 157 milhões em emendas para 17 parlamentares da CCJ.
“O senhor Michel Temer, denunciado por corrupção, para se safar da denúncia na Câmara mudou 17 deputados. E cada deputado custou, em média, R$ 10 milhões. Foram liberados 156 milhões em liberação de emendas para parlamentares por esse governo denunciado por corrupção, obstrução de justiça e por chefiar uma organização criminosa”, declarou Randolfe.
O senador pede que, agora, a população pressione os deputados em seus estados para que, na votação que será feita no plenário da Câmara, o resultado seja diferente e que o Congresso possa autorizar que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue a denúncia feita pela Procuradoria Geral da República.
“Agora vai ocorrer o seguinte: todos os deputados e senadores voltarão a seus estados por 15 dias no recesso parlamentar. E agora é com vocês. Peguem a relação dos deputados do seu Estado e pergunte a ele se ele vai se vender a esse governo corrupto. A pressão nesses dias é com vocês”, convocou Randolfe. “A escolha é a seguinte: ou Temer ou o Brasil”, finalizou.
Fonte: REDE.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Denúncia contra Temer é rejeitada em comissão da Câmara; veja próximos passos


Michel TemerDireito de imagemAFP
Image captionTemer é alvo de denúncia da Procuradoria-Geral da República, que o acusa de corrupção passiva por conta das delações da JBS

O relatório do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) que pedia a continuidade do processo contra o presidente Michel Temer foi rejeitado nesta quinta-feira pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
O governo conseguiu o voto de 40 deputados da CCJ (de um total de 66), após manobrar para substituir nomes que manifestaram apoio ao parecer de Zveiter.
Um novo relator - Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) - leu um parecer substitutivo ainda nesta quinta, recomendando à Câmara não autorizar o Supremo a analisar a denúncia contra Temer. Esse foi o relatório aprovado, por 41 votos a 24.
Agora, esse segundo parecer seguirá ao plenário da Câmara, que é onde de fato a questão será decidida - apesar da pressão do governo para resolver a questão antes do recesso parlamentar, a votação ficou para 2 de agosto.
"De todo modo, nenhum dos pareceres vincula a decisão no plenário", explica à BBC Brasil o advogado Tony Chalita, especialista em direito eleitoral do escritório Braga Nascimento e Zilio Advogados Associados. "Essa movimentação (de aprovação de parecer favorável ao governo) é para demonstrar força política."
Temer é alvo de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República, que o acusa de corrupção passiva - a suspeita é que ele tenha recebido propina da JBS por meio do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures.
Ao dar o parecer inicial, favorável à denúncia, Zveiter havia declarado que a delação da JBS apresentou "indícios suficientes" para que a ação contra o presidente avance.

Sergio Zveiter e Antonio Mariz de Oliveira na CCJDireito de imagemMARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Image captionRelatório de Sergio Zveiter (esq) foi rejeitado após manobra do governo para colocar nomes de aliados na Comissão de Constituição e Justiça

"Não é fantasiosa a acusação. É o que temos e deve ser apurada", disse o deputado na ocasião, agregando que o encontro entre Temer e o empresário Joesley Batista em março traz "sólidos indícios" de que o presidente tenha tentado obter vantagens para si. Ele ressaltou, porém, que seu parecer não implica em condenação do presidente, mas sim no prosseguimento da ação.
Já o advogado de Temer, Antonio Mariz de Oliveira, afirmou na defesa entregue à CCJ que "a acusação não se funda em prova e nem em indício", e é "uma peça de ficção".
Veja, a seguir, quais são os próximos passos do caso:

Plenário da Câmara

Agora, o plenário da Câmara decidirá se o Supremo deve prosseguir com a ação contra Temer.
O Regimento Interno prevê que o parecer seja submetido a votação nominal, pelo processo da chamada dos deputados.
A estratégia inicial do Planalto era apressar a votação em plenário, para minimizar o desgaste já vivido pelo governo e evitar que eventuais fatos novos sejam tornados públicos pela Procuradoria-Geral da República antes de uma decisão dos parlamentares.
O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que colocaria a denúncia em votação caso estivessem no plenário pelo menos 342 deputados - dois terços do total. E, no fim do dia, anunciou que a análise será realizada apenas em agosto.
Na votação, dois desfechos são possíveis: o primeiro é Temer conseguir que 172 deputados federais votem contra a denúncia ou se abstenham. Nesse caso, o processo contra o presidente é encerrado no Supremo.

STFDireito de imagemJOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL
Image captionCaberá ao plenário da Câmara decidir se caso contra o presidente terá andamento no STF

Passado o final do mandato - quando acaba o foro privilegiado -, o caso seguiria à Justiça comum, para ser analisado em primeira instância, explica Chalita.
O segundo desfecho possível é que 342 deputados votem pela validade da denúncia. Nesse caso, esta seguirá para o Supremo.

Se o caso for levado ao STF

No Supremo, Temer seria intimado a apresentar sua defesa prévia, que seria analisada pelos ministros do tribunal. Em plenário, os ministros decidiriam então se aceitam ou não o processo contra o presidente.
Caso a denúncia seja rejeitada, Temer é mantido no cargo. Mas se for aceita, ele se tornaria réu e seria citado para apresentar defesa e imediatamente afastado por 180 dias, período em que Rodrigo Maia assumiria interinamente, considerando a linha sucessória.
Se nesse período de 180 dias o tribunal não julgar o caso, Temer retoma o cargo e continua a exercer seu mandato - o que não significa, porém, a extinção ou paralisação do processo contra ele.
Se absolvido, Temer continuaria governando. Mas no caso de condenação com trânsito em julgado, caberia a Maia convocar eleições indiretas para a escolha de um novo presidente.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Saiba como o senador do seu estado votou na reforma trabalhista


Em sessão tumultuada, após senadoras oposicionistas ocuparem a Mesa Diretora da Casa por quase sete horas impedindo a votação, o Senado aprovou, por 50 votos favoráveis contra 26 contrários, a reforma trabalhista proposta pelo governo. Houve ainda uma abstenção e três ausências de plenário – Acir Gurgacz (PDT-RO), Hélio José (PMDB-DF) e Maria do Carmo Alves (DEM-SE).
O texto aprovado altera mais de cem pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A matéria foi aprovada com a promessa de que Temer, denunciado por corrupção passiva e sob julgamento na Câmara, compromete-se a vetar pontos polêmicos da proposta.

Pedro França/Agência Senado
Placar mostra vitória governista com quase o dobro dos votos

Veja como cada senador votou:
Quem votou a favor da proposta de Temer:
Aécio Neves (PSDB-MG)
Airton Sandoval (PMDB-SP)
Ana Amélia (PP-RS)
Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Armando Monteiro (PTB-PE)
Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
Benedito de Lira (PP-AL)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Cidinho Santos (PR-MT)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Cristovam Buarque (PPS-DF)
Dalirio Beber (PSDB-SC)
Dário Berger (PMDB-SC)
Davi Alcolumbre (DEM-AP)
Edison Lobão (PMDB-MA)
Eduardo Lopes (PRB-RJ)
Elmano Férrer (PMDB-PI)
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Garibaldi Alves (PMDB-RN)
Gladson Cameli (PP-AC)
Ivo Cassol (PP-RO)
Jader Barbalho (PMDB-PA)
João Alberto Souza (PMDB-MA)
José Agripino Maia (DEM-RN)
José Maranhão (PMDB-PB)
José Medeiros (PSD-MT)
José Serra (PSDB-SP)
Lasier Martins (PSD-RS)
Magno Malta (PR-ES)
Marta Suplicy (PMDB-SP)
Omar Aziz (PSD-AM)
Paulo Bauer (PSDB-SC)
Pedro Chaves (PSC-MS)
Raimundo Lira (PMDB-PB)
Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
Roberto Muniz (PP-BA)
Roberto Rocha (PSB-MA)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Rose de Freitas (PMDB-ES)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Simone Tebet (PMDB-MS)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Vicentinho Alves (PR-TO)
Waldemir Moka (PMDB-MS)
Wellington Fagundes (PR-MT)
Wilder Morais (PP-GO)
Zeze Perrella (PMDB-MG)
TOTAL: 50 votos

Senadores que votaram contra a reforma trabalhista:
Álvaro Dias (Pode-PR)
Ângela Portela (PDT-RR)
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)
Eduardo Amorim (PSDB-SE)
Eduardo Braga (PMDB-AM)
Fátima Bezerra (PT-RN)
Fernando Collor (PTC-AL)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Humberto Costa (PT-PE)
João Capiberibe (PSB-AP)
Jorge Viana (PT-AC)
José Pimentel (PT-CE)
Kátia Abreu (PMDB-TO)
Lídice da Mata (PSB-BA)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Otto Alencar (PSD-BA)
Paulo Paim (PT-RS)
Paulo Rocha (PT-PA)
Randolfe Rodrigues (Rede-AP0
Regina Sousa (PT-PI)
Reguffe (sem partido-DF)
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Roberto Requião (PMDB-PR)
Romário (Pode-RJ)
Telmário Mota (PTB-RR)
Vanessa Grazziotin (PC do B-AM)
TOTAL: 26

Abstenção:
Lúcia Vânia

Não votou:
Eunício Oliveira (PMDB-CE) – O senador tem a prerrogativa de só votar em casos de desempate.
Fonte: Congresso em Foco.
Professor Edgar Bom Jardim - PE