'A presente situação é de extrema preocupação, podendo levar a estado de calamidade pública', disse Aroldi em notaFoto: Divulgação/CNM
O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Glademir Aroldi, divulgou nesta quinta-feira (15) nota na qual ressalta a preocupação dos prefeitos das cidades com menos de 20 mil habitantes com a saída dos 8,5 mil profissionais cubanos que atuam no programa Mais Médicos. A entidade alerta que é preciso substituí-los sob o risco de mais de 28 milhões de pessoas ficarem desassistidas.
“A presente situação é de extrema preocupação, podendo levar a estado de calamidade pública, e exige superação em curto prazo”, diz a nota. “Acreditamos que o governo federal e o de transição encontrarão as condições adequadas para a manutenção do programa.”
O Ministério de Saúde Pública de Cuba informou ontem (14) que retiraria os profissionais do programa no Brasil por divergir das exigências feitas pelo governo do presidente eleito Jair Bolsonaroe em decorrência das críticas mencionadas por ele. Para o governo Bolsonaro, os médicos cubanos devem se submeter ao Revalida – prova que verifica conhecimentos específicos na área médica. Ontem (14), o presidente eleito levantou dúvidas sobre a capacidade profissional dos cubanos e anunciou o rompimento do acordo com Cuba no Mais Médicos. No entanto, assegurou que o programa será mantido e que as vagas ocupadas por cubanos serão substituídas.
Na nota, a CNM apelou para a ampliação do programa para municípios e regiões que “ainda apresentam a ausência e a dificuldade de fixação do profissional médico”. Segundo a entidade, um estudo apontou que o gasto com o setor de saúde sofreu uma defasagem de 42% na última década, o que sobrecarregou os cofres municipais.
Ainda de acordo com a confederação, os municípios, que deveriam investir 15% dos recursos no setor, ultrapassam, em alguns casos, a marca de 32% do seu orçamento, não tendo condições de assumir novas despesas. Para a CNM, o caminho é de negociação e diálogo. OConselho Federal de Medicina (CFM) também manifestou-se sobre a questão. Em comunicado, a entidade assegurou que existem profissionais brasileiros em número suficiente para substituírem os cubanos.
Professor Edgar Bom Jardim - PE
O príncipe William disse que as empresas de redes sociais "estão na defensiva" ao lidar com "notícias falsas, extremismo, polarização, bullying e questões de saúde mental e invasão de privacidade".
Em um discurso dado na sede da BBC, em Londres, nesta quinta, o Duque de Cambridge disse que redes sociais permitiram que "desinformação e conspirações poluíssem o espaço público".
"A autoimagem deles é tão baseada em seu poder positivo para o bem que eles parecem incapazes de se envolver em uma discussão construtiva sobre os problemas sociais quer estão criando", afirmou William.
O príncipe e sua mulher, a Duquesa de Cambridge, foram convidados à BBC para testar um novo aplicativo de segurança na internet.
Durante a visita, o casal real conheceu crianças que participaram da criação do aplicativo e seus pais.
"As ferramentas que usamos para parabenizar uns aos outros por marcos e sucessos da vida também podem normalizar discursos cheios de ódio. Os sites que usamos para estar conectados podem criar profundos sentimentos de solidão e inadequação para alguns", disse o príncipe.
Ele afirmou que não diz isso "com raiva" e que acredita que "os nossos líderes de tecnologia são pessoas de integridade" que trazem muitos benefícios para a sociedade. No entanto, disse ele, as empresas de tecnologia "têm muito o que aprender" sobre responsabilidade.
"As empresas redes sociais conectaram o mundo de uma forma inédita na história da humanidade. Com certeza também é possível trabalhar em conjunto para lidar com as consequências inesperadas dessas conexões", afirmou.
"Não é preciso escolher entre ter lucros ou valores. É possível fazer o bem e ser bem sucedido."
A BBC participa de uma força-tarefa criada pelo príncipe para combater o bullying.
Depois de ser recebido por grupos de pessoas empolgadas em frente à sede da BBC, no centro de Londres, o casal real foi fotografado com o diretor-geral da BBC, Tony Hall, e a diretora da BBC Children, Alice Webb.
Durante a curta visita nesta quinta, o casal também se encontrou com jovens que escreveram e participaram de um novo vídeo da campanha do príncipe contra o bullying.
A campanha, chamada "Pare, Fale, Apoie", envolve um código nacional de conduta para crianças sobre o que fazer caso se deparem com bullying na internet.
Essa não é a primeira vez que o casal real se pronuncia sobre bullying na internet.
Eles lançaram uma força-tarefa para lidar com o problema em junho de 2016, envolvendo empresas como Facebook, Snapchat e Google.
Desde então eles falaram sobre o assunto mais de uma vez, mas esse discurso representa uma mudança de tom, segundo Leo Kelion, editor de tecnologia da BBC.
"Em vez de focar em cooperação, dessa vez o príncipe acusou os gigantes da tecnologia de terem uma postura orgulhosa e defensiva, e de colocaram o interesse dos acionistas acima do bem estar dos usuários", analisa Kelion.
O príncipe também disse que estava desapontado que a força-tarefa não conseguiu resultados melhores.
A fala de William vem em um momento em que as mídias sociais - e principalmente o Facebook - estão sob escrutínio devido a problemas recentes envolvendo vazamento de dados e manipulação de informações.
Desafio
A BBC apresentou as críticas do príncipe à Mark Zuckerberg, fundador e presidente do Facebook.
Ele disse que parte do desafio é descobrir como encontrar um equilíbrio entre a privacidade que os usuários exigem e o desejo de fazer mais para combater comportamentos negativos.
"Eu acho que é uma negociação entre ter mais privacidade ou mais segurança (no conteúdo)", disse Zuckerberg.
"Muito do que estamos tentando fazer é projetar sistemas de segurança que deem também uma boa privacidade para as pessoas."
"É por isso que essas questões são importantes, e nem sempre as pessoas concordam sobre qual é o limite entre uma coisa e outra."
Visitas reais
Esta também não é a primeira vez que o casal real visita a BBC – em 2017 eles participaram de um programa na emissora Radio 1.
E a Rainha visitou a BBC em 2013, quando visitou a redação.
Um grupo de pesquisadores de várias universidades ao redor do mundo está organizando o lançamento de um novo periódico científico no qual os autores de artigos sobre temas sensíveis ou "polêmicos" poderão publicar os resultados de sua pesquisa protegidos por pseudônimos.
Para os líderes da iniciativa, a livre discussão intelectual em assuntos sensíveis está sendo cerceada por uma cultura de medo e de autocensura.
A nova revista científica foi batizada de "Journal of Controversial Ideas" (algo como "Periódico das Ideias Controversas", em tradução livre). Será lançada no começo de 2019.
Jeff McMahan, professor de filosofia moral da Universidade de Oxford, é um dos organizadores. "(O periódico) permitirá às pessoas cujas ideias podem criar problemas com a direita, com a esquerda ou com as administrações de suas universidades que publiquem sob um pseudônimo", disse.
Ele revelou os planos para o novo periódico numa entrevista para o University Unchallenged, um rádio-documentário da BBC Radio 4 sobre diversidade de pontos de vista na academia.
"A necessidade de discussões mais abertas é aguda. Há muita inibição nos campi universitários em assumir certas posições, por medo das consequências", disse ele.
"O medo vem da oposição sofrida pelos pesquisadores, tanto por parte da direita quanto da esquerda. As ameaças de fora da universidade tendem a vir mais da direita. E as ameaças à liberdade de expressão de dentro da academia costumam vir mais da esquerda", disse ele.
Revisão por pares
McMahan frisou que a nova publicação, que tratará de várias disciplinas científicas, adotará o procedimento padrão em periódicos do tipo, com revisão por pares.
"O processo de avaliação será tão rigoroso quanto o de outros periódicos. O nível de qualidade será mantido", disse.
O conselho editorial será composto por estudiosos de várias áreas e em vários países, com representação do pensamento de esquerda e de direita, bem como de intelectuais religiosos e seculares. O objetivo é evitar que o periódico seja identificado com algum ponto de vista específico. A primeira chamada para artigos deve sair em breve.
Outros pesquisadores importantes estão participando da iniciativa, como o filósofo australiano Peter Singer e a estudiosa de bioética Francesca Minerva, da Universidade de Ghent (Bélgica).
McMahan disse que os responsáveis veem a iniciativa como uma resposta ao "espírito do tempo".
"Acredito que todos nós ficaríamos muito felizes se, e quando, a necessidade de um periódico desses desaparecesse. O quanto antes, melhor".
"Mas, nas condições atuais, algo deste tipo é necessário", disse.
O rádio-documentário University Unchallenged estará disponível no BBC Sounds depois de ir ao ar na noite desta segunda-feira (12).
O Android é o sistema operacional da maior parte dos celulares Samsung, por exemplo.
A partir do dia 12 de novembro, todas as mensagens de WhatsApp que não estejam guardadas serão apagadas para quem não usa o sistema operacional da Apple, o iOS.
O anúncio se deve a um acordo feito entre o WhatsApp (que pertence ao Facebook) e o Google para permitir que todas as conversas, fotos e vídeos enviados pelo aplicativo possam ser armazenados no Google Drive, o serviço de hospedagem de arquivos do buscador, sem consumir espaço da conta do usuário.
A má notícia é que, se você não fez uma cópia de segurança das mensagens nos últimos 12 meses, o WhatsApp apagará todas as suas mensagens antigas, assim como todos os vídeos e fotos. Em muitos celulares, as mensagens são armazenadas de forma automática, periodicamente.
Em um comunicado na página do WhatsApp na internet, a empresa explicou que "para evitar a perda destes dados, recomendamos que se faça uma cópia de segurança dos seus dados no WhatsApp antes do dia 12 de novembro de 2018".
A mudança só afetará usuários de Android, pois o WhatsApp já tem acordo com a Apple para que os usuários de iPhone possam guardar seus dados na nuvem iCloud.
"Você pode guardar suas mensagens e arquivos multimídia no Google Drive e, caso mude para outro telefone Android, poderá recuperar os arquivos", disse o WhatsApp a respeito do acordo com o Google.
A empresa recomenda, ainda, que se conecte o telefone a uma rede Wi-Fi antes de fazer a cópia de segurança no Google Drive, uma vez que "o arquivo pode variar de tamanho e consumir uma grande quantidade de dados móveis, gerando cobranças por parte da operadora de telefonia".
Como criar uma cópia de segurança do Google Drive
Abra o WhatsApp
Clique em "Menu" (os três pontinhos acima das conversas); depois em "Configurações"; depois em "Conversas"; e depois em "Backup de conversas".
Clique em "Fazer Backup". Note que, logo abaixo, há uma série de opções a serem configuradas pelo usuário. Você pode decidir a periodicidade destes backups, e se quer incluir vídeos.
Na maioria dos casos, a sua conta do Google já aparecerá no campo "conta". Se você não tiver conta, ou se esta não aparecer, clique em "adicionar conta".
Fonte: WhatsApp
Sem encriptação
Poder guardar seus dados sem usar espaço do telefone é uma boa notícia, mas alguns analistas criticaram a solução oferecida pelo WhatsApp.
É que, enquanto as conversas do WhatsApp são protegidas por um sistema de criptografia de ponta a ponta, as cópias de segurança do Google Drive não são.
Isso não significa que a informação se tornará pública, mas a falta da criptografia ponta a ponta torna as mensagens guardadas na nuvem mais suscetíveis de serem roubadas por pessoas e softwares mal-intencionados.
A solução proposta pelo WhatsApp é redobrar os cuidados com sua senha do Google Drive.
É preciso considerar, porém, que desde 2015, ano em que surgiu a possibilidade de fazer backups de mensagens do WhatsApp no Google Drive, não houve nenhum incidente de roubo de mensagens, segundo a empresa.