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domingo, 21 de julho de 2013

Gandhi - A independência da Índia




Movimento que leva ao fim da dominação do Reino Unido sobre a Índia, em 1947. Desde o século XVI, portugueses, ingleses, holandeses e franceses exploram o país. Em 1690, os ingleses fundam Calcutá, mas só depois de uma guerra contra a França (1756-1763) o domínio do Reino Unido consolida-se na região. Oficialmente, a dominação britânica começa em 1857, após um motim de soldados, seguido por uma rebelião da população civil em diversas partes da Índia.
No século XIX, os britânicos esmagam várias rebeliões anticolonialistas. Paradoxalmente, a cultura britânica torna-se um fator de união entre os indianos. Com o inglês, os indianos adquirem uma língua comum. A organização política que governaria a Índia independente, o Partido do Congresso (I), é criada em 1885 por uma elite nativa de educação ocidental e funciona como um fórum para a atividade política de caráter nacionalista em toda a Índia.
A implantação do estilo ocidental de educação superior começa em 1817 em Calcutá, com a criação do Colégio Hindu. As classes médias atingidas pela educação ocidental são atraídas pela ideologia do nacionalismo e da democracia liberal. Inicialmente entusiastas em relação ao domínio britânico, tais classes tornam-se cada vez mais críticas.
O governo estipula limitações às associações representativas dos indianos nas legislaturas dos Atos do Conselho de 1909. Promete efetuar o que chama de "realização progressiva de um governo responsável" em 1917 e transfere algumas responsabilidades aos ministros eleitos nas províncias pelo Ato de Governo da Índia, de 1919.
Nos anos 20 cresce a luta nacionalista sob a liderança do advogado Mohandas Gandhi, do Partido do Congresso. Pregando a resistência pacífica, Gandhi desencadeia um amplo movimento de desobediência civil que inclui o boicote aos produtos britânicos e a recusa ao pagamento de impostos. Juntamente com o líder político Nehru, Gandhi consegue abalar a estrutura da dominação britânica através de campanhas sucessivas contra o pagamento de impostos e contra o consumo de produtos manufaturados ingleses, entre outros.
Protestos organizados por Gandhi contra a lei da repressão levam ao massacre de Amritsar. A campanha de não-cooperação deslanchada por Gandhi almeja conquistar o autogoverno (swaraj) e obtém o apoio do movimento Khilafat (muçulmano, contra o tratamento severo dispensado aos califas e ao império otomano após a I Guerra Mundial). Em 1930, Gandhi lidera seguidores numa marcha de 300 quilômetros até o mar, onde tomam em mãos o sal, desafiando as leis britânicas que proíbem a posse do produto não adquirido do monopólio governamental. O Movimento de Desobediência Civil (1930-34), que exige a independência, e o Movimento Saiam da Índia, que se segue ao encarceramento de Gandhi e de outros líderes em 1942, consolidam o apoio popular ao Congresso.
Após a II Guerra Mundial, os britânicos abrem negociações para a transferência do poder. O objetivo é preparar a independência com a criação de uma Assembléia Constituinte e a formação de um governo de transição indiano, que preserve a unidade do território e assegure os inúmeros interesses econômicos do Reino Unido na região.
O vasto subcontinente, no entanto, habitado por muçulmanos e hindus, passa por lutas internas que levam ao rompimento de sua unidade. Desde 1880, os muçulmanos politizados esperam proteger seus interesses contra a possível usurpação do poder pela maioria hindu. A Liga Muçulmana, de Mohamed Ali Jinnah, fundada em 1905, coopera com o Partido do Congresso em 1916, mas depois de 1937 enfatiza as aspirações distintas dos muçulmanos e em 1940 exige uma pátria muçulmana separada, o Paquistão. Os muçulmanos representam 24% da população e entram em choques constantes com os hindus. A rivalidade é incentivada pelos colonizadores britânicos, como forma de dividir a população e enfraquecer os movimentos de desobediência civil. A exigência da criação do Paquistão como Estado autônomo, compreendendo as áreas de maioria muçulmana no noroeste e leste da Índia, é satisfeita em 1947. Em 15 de agosto deste ano, a Índia, declarada independente, é dividida em dois Estados soberanos: a União Indiana e o Paquistão A partilha, baseada em critérios religiosos, provoca o deslocamento de mais de 12 milhões de pessoas. Choques entre hindus e muçulmanos deixam 200 mil mortos. O Paquistão, de população muçulmana, é formado por dois territórios separados por cerca de 2 mil quilômetros de distância: o Paquistão Oriental e o Paquistão Ocidental. Em 1971, o Paquistão Oriental torna-se um novo Estado independente, com o nome de Bangladesh.
Fonte: www.geocities.com.br


Biografia de Gandhi
Mohandas Karamchand Gandhi nasceu no dia 2 de outubro de 1869, na cidade de Porbandar, na Índia ocidental, hoje estado de Gujarat. Seu pai era o primeiro-ministro local, do mínusculo principado,3 e a mãe era uma devota vaisnava.
Como era costume em sua cultura nesta época, em maio de 1883 com a idade de 13 anos, a família de Gandhi realizou seu casamento arranjado adulto com a mulher Kasturba Gandhi, de 14 anos,4 através de um acordo entre as respectivas famílias.2

Formação na Inglaterra[editar]

Depois de um pouco de educação indistinta foi decidido que ele deveria ir para a Inglaterra para estudar Direito na University College.5 Ele ganhou a permissão da mãe, prometendo se abster de vinho, mulheres e carne, mas ele desafiou os regulamentos de sua casta, que proibiam a viagem para a Inglaterra. Cursou a faculdade de Direito em Londres.2
Procurando um restaurante vegetariano, havia descoberto na filosofia de Henry Salt um argumento para o vegetarianismo e convenceu-se dessa prática. Ele organizou um clube vegetariano onde se encontravam teósofos e pessoas com interesses altruísticos.
Sua primeira leitura do Bhagavad-Gita6 foi através de parábolas em língua britânica com tradução poética de Edwin ArnoldA Canção Celestial. Esta escritura hindu e o "Sermão da Montanha", do Evangelho, se tornaram, mais tarde, suas "bíblias" e guias de viagens espirituais. Ele memorizou o Gita em suas meditaçõesdiárias, e frequentemente recitou no original sânscrito, em suas orações.
Quando Gandhi voltou à Índia, em 1891, sua mãe havia falecido, e ele, devido a timidez não obteve êxito a exercer sua profissão legal de advogado. Assim, aproveitou a oportunidade que surgiu de ir para África do Sul, durante um ano, representando uma firma hindu em KwaZulu-Natal, em um processo judicial.1
Sua estadia na África do Sul, notório local de discriminação racial, despertaram em Gandhi aconsciência social. Como advogado, Gandhi fez o melhor para descobrir os fatos. Depois de resolver um caso difícil, ele passou a ter notoriedade por sua atuação. Ele mesmo relata: "eu aprendi a descobrir o lado bom da natureza humana e entrar nos corações dos homens. Eu percebi que a verdadeira função de um advogado era unir partes separadas".7
Acreditava que o dever do advogado era ajudar o tribunal a descobrir a verdade, não tentar incriminar o inocente.[carece de fontes] Ao término do ano, durante uma festa de despedida, de retorno à Índia, Gandhi tomou conhecimento que uma lei estava sendo proposta para privar os hindus do voto. Os amigos dele insistiram: "fique e conduza a briga para os direitos de nossos compatriotas na África do Sul."[carece de fontes] Gandhi fundou em KwaZulu-Natal o Congresso hindu em 1894, e seus esforços foram uma vigorosa advertência para a imprensa.


Gandhi e sua esposa Kasturba Gandhiem foto de 1902.
Quando Gandhi retornou à África, após buscar a esposa e filhos na Índia em janeiro de 1897, os sul-africanos tentaram interromper suas atividades de maneiras sórdidas. Uma delas foi a tentativa de subornar e ameaçar o agropecuário Dada Abdulla Sheth; mas Dada Abdulla era cliente de Gandhi, e finalmente depois de um período de quarentena, Gandhi recebeu permissão para aterrissar. A turba de espera reconheceu Gandhi, e alguns brancos começaram a espancá-lo até que a esposa do Superintendente Policial veio ao salvamento dele. A turba ameaçou linchá-lo, mas Gandhi escapou usando um disfarce.

Gandhi com o "Indian Ambulance Corps" durante a "Segunda Guerra dos Boers" 1899-1900.
Depois ele se recusou processar os que o haviam espancado, permanecendo firme ao princípio de ego-restrição com respeito a uma pessoa infratora; além de que, tinha sido os líderes da comunidade e do governo de Natal que haviam causado o problema.2
Em 1906, o governo britânico declarou guerra contra o Reino Zulu em Natal, Gandhi incentivou os britânicos a recrutar índianos.8 Ele argumentou que estes deveriam apoiar os esforços de guerra, a fim de legitimar suas reivindicações à cidadania plena.8 Os britânicos aceitaram oferta de Gandhi para liderar um destacamento de 20 voluntários índianos como um corpo padioleiro para tratar dos soldados feridos. Esse corpo foi comandado por Gandhi e operou por aproximadamente dois meses.9 A experiência ensinou-lhe que era impossível desafiar diretamente o poder militar do exército britânico, ele decidiu que este só poderia ser resistido de uma forma não-violenta.10
Gandhi acabou permanecendo vinte anos na África do Sul defendendo a minoria hindu, liderando a luta de seu povo pelos seus direitos. Ele experimentou o celibato durante trinta anos de sua vida, e em 1906 levou o juramento de Brahmacharya para o resto da vida dele.
Separou-se em 1908, quando já tinha quatro filhos, para viver com Hermann Kallenbach, um fisiculturista alemão de origem judaica que emigrara para a África do Sul e viria a tornar-se um de seus discípulos mais próximos. Viveram sob o mesmo teto por dois anos, separando-se quando Gandhi retornou à Índia em 1914. Mantiveram contato por correspondência e Gandhi prometeu não olhar mais para uma mulher com intenções impuras.

O primeiro uso de desobediência civil em massa ocorreu em setembro de 1906. O Governo de Transvaal quis registrar a população hindu inteira. Os hindus formaram uma massa que se encontrou no Teatro Imperial de Joanesburgo;2 eles estavam furiosos com a ordem humilhante, e alguns ameaçaram exercer uma resposta violenta a ordem injusta.
Porém, eles decidiram em grupo a se recusarem a obedecer as providências de inscrição; havia unanimidade, apenas alguns se registraram. Ainda, Gandhi sugeriu aos indianos que levassem um penhor em nome de Deus; embora eles fossem hindus e muçulmanos, todos acreditavam em um e no mesmo Deus. Gandhi decidiu chamar esta técnica de recusar submeter a injustiça deSatyagraha que quer dizer literalmente: "força da verdade". Uma semana depois de desobediência, as mulheres Asiáticas foram dispensadas do registro.1 Quando o governo de Transvaal finalmente pôs em pratica o "Ato de Inscrição Asiático" em 1907, Gandhi e vários outros hindus foram presos.
A pena dele foi de dois meses sem trabalho duro, dedicando-se durante esse período à leitura. Durante a vida, Gandhi passaria um total de mais de seis anos como prisioneiro. Enquanto lendo em prisão Gandhi travou contato, por carta, com Leon Tolstoi, um de seus ídolos. O escritor russo com suas ideias libertárias influenciou o indiano e indicou a este a leitura de Henry David Thoreau. Gandhi descobriu então a Desobediência Civil. Também teve papel importante a obra do pensador anarquista Piotr Kropotkin. Logo ele começou a perceber cada vez mais as possibilidades infinitas do "amor universal".
O movimento de protesto para a conquista dos direitos indianos na África do Sul continuou crescendo; em um certo ponto foram presos 2.500 indianos dos 13.000 existentes naprovíncia, enquanto 6.000 tinham fugido de Transvaal.
Sendo civil aos oponentes durante a desobediência, Gandhi desenvolveu o uso de ahimsa que significa "sem dor" e normalmente é traduzido "não violência". Gandhi seguiu o Ódio de preceito "o pecado e não o pecador. Desde que nós vivemos espiritualmente, ferir ou atacar outra pessoa são atacar a si mesmo. Embora nós possamos atacar um sistema injusto, nós sempre temos que amar as pessoas envolvidas. Assim ahimsa é a base da procura para verdade".
Retorno à India
De volta a Índia em 1915, Gandhi passou a exercer o papel de conscientizador da sociedade hindu e muçulmana na luta pacífica pela independência indiana, baseada no uso da não violência. O uso da não violência baseava-se no uso da desobediência civil.
Gandhi estava pronto para morar nas ruas sujas com os intocáveis se necessário, mas um benfeitor anônimo doou bastante dinheiro que duraria um ano. Passa então a ajudar os necessitados e as crianças carentes.
Em 1917 Gandhi ajudou as pessoas que trabalhavam em tecelagens, diante das explorações injusta dos proprietários sobre essestrabalhadores. Ele foi detido, mas logo perceberam que o Mahatma era o único que poderia controlar as multidões.
Reformas foram ganhas novamente por meio da desobediência civil. Os trabalhadores têxteis de Ahmedabad também eram economicamente oprimidos. Gandhi sugeriu uma greve, e como os trabalhadores temiam as consequências dela, ele faz um jejum para encorajar que eles continuem a greve. Gandhi explicou que ele não jejuou para coagir o oponente, mas fortalecer ou reformar esses que o amaram. Ele não acreditou que jejuando resultaria em salários mais altos.
O primeiro desafio de Gandhi contra o governo britânico na Índia estava em resposta contra os poderes arbitrários do "Rowlatt Act" em 1919. A Índia tinha cooperado com a Inglaterra durante a guerra, no entanto estavam sendo reduzidas as liberdades civis.
Guiado por um sonho ou experiência interna Gandhi decidiu pedir um dia de greve geral. Porém, a filosofia de Mahatma não foi bem entendida pelas massas, e violências estouraram em vários lugares. O Mahatma se arrependeu declarando que tinha feito "um erro de cálculo", e ele cancelou a campanha.
Gandhi fundou e publicou dois semanários sem anúncios - a "Índia Jovem" em inglês e o "Navajivan" em Gujarati. Em 1920 Gandhi iniciou uma campanha de âmbito nacional de não cooperação com o governo britânico que para o camponês significou o não pagamento de impostos e nenhuma compra de bebida alcoólica, desde que o governo ganhou toda a renda de sua venda.
Gandhi realizou várias viagens ao longo de todo território hindu, com a função de conseguir a conscientização em massa de todas as pessoas, mostrando a necessidade da prática da desobediência civil e do uso da não violência. Durante finais dos anos 20, Gandhi escreve uma auto-biografia retratando suas experiências vividas, nesse livro, descreve os erros cometidos, e o esforço de os superar.
Em suas falas ele exibe através dos dedos da mão seu programa de cinco pontos:
Esses cinco pontos, os cinco dedos representando o sistema, estavam conectados ao pulso, simbolizando a não-violência.

Gandhi com Nehru em 1929, época em que este assumiu a presidência do congresso.
Finalmente em 1928, ele anunciou uma campanha de Satyagraha em Bardoli contra o aumento de 22% em impostos britânicos. As pessoas se recusaram a pagar os impostos, sendo repreendidas pelo governo britânico. No entanto os indianos continuavam não violentos. Finalmente, após vários meses, os britânicos cancelaram os aumentos, libertaram os prisioneiros, e devolveram as terras e propriedades confiscadas; e os camponeses voltaram a pagar seus tributos.
Ainda nesse ano, o congresso indiano quis a autonomia da Índia e considerou guerra aos ingleses para conseguir esse fim. Gandhi recusou a apoiar uma atitude como esta, porém declarou que se a Índia não se tornasse um Estado independente ao final de 1929, então ele exigiria sua independência.

A "Marcha do Sal"[editar]

Por conseguinte em 1930, Mahatma Gandhi informou ao vice-rei, de que a desobediência civil em massa iniciaria no dia 11 de março. "Minha ambição é nada menos que converter as pessoas britânicas à não violência, e assim lhe faz ver o mal que fizeram para a Índia.12Eu não busco danificar as pessoas.". Gandhi decidiu desobedecer as "Leis do Sal" que proibiram os hindus de fazer seu próprio sal;12este monopólio britânico golpeou especialmente aos pobres.
Começando com setenta e oito participantes, Gandhi iniciou uma marcha de 124 milhas para o mar que duraria mais de vinte e quatro dias. Milhares tinham se juntado no começo, e vários milhares uniram-se durante a marcha.1 Primeiro Gandhi e, então outros juntaram um pouco de água salgada na beira-mar em panelas, deixando ao sol para secar. Em Bombaim o Congresso teve panelas no telhado; 60.000 pessoas juntaram-se ao movimento, e foram presas centenas delas. Em Karachi onde 50.000 assistiram o sal sendo feito, a multidão era tão espessa que impedia a polícia de efetuar alguma apreensão. As prisões estavam lotadas com pelo menos 60,000 ofensores. Incrivelmente lá "não havia praticamente nenhuma violência por parte da população; as pessoas não queriam que Gandhi cancelasse o movimento."12
Gandhi foi preso antes de que pudesse invadir os "Trabalhos Dharasana Sal", mas o amigo dele Sr. Sarojini Naidu conduziu 2.500 voluntários e os advertiu a não resistir às interferências da polícia. De acordo com uma testemunha ocular, o repórter Miller de Webb, eles continuaram marchando até serem detidos abaixo do aco-shod lathis, por quatrocentos policiais, mas eles não tentaram lutar.
Tagore declarou que a Europa tinha perdido a moral e o prestígio na Ásia. Logo, mais de 100.000 hindus estavam na prisão, incluindo quase todos líderes.
Gandhi foi chamado a uma reunião com o Vice-rei Irwin em 1931, e eles firmaram um acordo em março. A Desobediência civil foi cancelada; foram libertados os prisioneiros;12 a fabricação de sal foi permitida na costa; e os líderes do Congresso assistiriam à próxima Conferência de Mesa Redonda em Londres. Para participar desta conferência, Gandhi viajou novamente a Londres, onde conheceuCharlie ChaplinGeorge Bernard Shaw, e Maria Montessori, entre outros.12 Em transmissão de rádio para os Estados Unidos, ele falou que a força não violenta é um modo mais consistente, humano e digno. Discutindo relações com os britânicos, ele disse que ele não quis somente a independência, mas também a interdependência voluntária baseada no amor.
Enquanto, preso em 1932, Gandhi entrou em um jejum em nome dos Harijans porque a eles tinha sido determinado um eleitorado separado. Poderia ser um jejum até morte, a menos que ele pudesse despertar a consciência hindu. O assunto estava resolvido, e até mesmo templos hindus intocáveis eram abertos pela primeira vez.12 No próximo ano, Gandhi fez um jejum de vinte e um dias para purificação, e os funcionários britânicos, amedrontados de que ele pudesse morrer, colocaram-no na prisão. Gandhi anunciou que não se ocuparia dadesobediência civil até que sua oração fosse completada.
Mesmo com a Segunda Guerra Mundial se aproximando, Gandhi havia confirmado seus princípios pacifistas. Ele mostrou como a Abissínia (Etiópia) poderia ter usado a não violência contra Mussolini, e ele recomendou isto para os Tchecos e para os chineses. "Se é valente, como é, para morrer a um homem que luta contra preconceitos, é ainda bravo para recusar briga e ainda recusar se render ao usurpador"

Gandhi oferecendo 15 minutos demassagem diária a um leproso no "Sevagram Ashram" em 1940.
Já em 1938 ele exortou os judeus para defender os direitos deles e se necessário morrer como mártires. "Um manhunt degradante pode ser transformado em um posto tranquilo e determinado, oferecendo aos homens e mulheres desarmados, a força dada a eles porJehovah." Mahatma recomenda o uso de Métodos não violentos aos britânicos para combaterHitler; já que não podia dar seu apoio a qualquer tipo de guerra ou matança.
O Congresso prometeu a Gandhi que ele ficaria fora da prisão, mas outros 23.223 indianos foram presos, inclusive Vinoba Bhave,Jawaharlal Nehru, e Patel. Em 1942, Gandhi sugeriu modos para resistir não violentamente aos japoneses. Ele propôs uma atração às pessoas japonesas, a causa da "federação mundial da fraternidade sem a qual não poderia haver nenhuma esperança para ahumanidade".

Gandhi orando em um encontro em 1946.
Porém, Gandhi continuou exercendo uma revolução não violenta para a Índia, e em 1942 ele e outros líderes foram presos. Ele decidiu jejuar novamente, sendo que apenas ele sobreviveu. Quando a guerra terminou, ele afirmou da necessidade de "uma paz real baseada naliberdade e igualdade de todas as raças e nações". Nos últimos anos de sua vida, ele havia dito, "Violência é criada por desigualdade, a não violência pela igualdade".
Ele foi a uma peregrinação para Noakhali para ajudar aos pobres. Independência para a Índia era agora iminente, mas Jinnah o Lídermuçulmano estava exigindo a criação de um estado separado: o Paquistão. Gandhi prega para unidade e tolerância, até mesmo lendo às reuniões um Alcorão de orações.
Os hindus o atacaram porque pensaram que ele era a favor dos muçulmanos, e os muçulmanos exigindo dele a criação do Paquistão. Gandhi foi para Calcutá para acalmar a discussão e a violência entre hindus e muçulmanos.
Mais uma vez ele jejuou até que os líderes da comunidade assinaram um acordo para manter a paz. Antes de que eles assinassem, ele os advertiu de que se rebelassem ele jejuaria até a morte.
Gandhi também, em janeiro de 1948 fez muito para acalmar os conflitos entre hindus e muçulmanos, permitindo a divisão da Índia em dois países. De: http://pt.wikipedia.org
www.professoredgar.com

Nelson Mandela - A construção de diálogos

Sobre o Diálogo para a Justiça
O Nelson Mandela Centre of Memory visa contribuir para uma sociedade mais justa, promovendo a visão ea obra de seu fundador e convocação diálogo em torno de questões sociais críticas.
Nosso fundador, o Sr. Nelson Mandela, baseado toda a sua vida no princípio do diálogo e da arte de ouvir e falar com os outros, mas também é a arte de conseguir que os outros a ouvir e falar com o outro.
Com base na contribuição que ele, seus colegas e seus companheiros fizeram para a criação de nossa jovem democracia, o Centro de Memória Nelson Mandela incentiva as pessoas a entrar em diálogo - muitas vezes sobre assuntos difíceis -, a fim de enfrentar os desafios que enfrentamos hoje.
O objetivo do Diálogo para a Justiça é o de desenvolver e manter uma plataforma de diálogo promover o legado do fundador. O Centro tem como objetivo utilizar a história, experiência, valores, visão e liderança de seu fundador para fornecer uma plataforma apartidária para o discurso público sobre questões sociais importantes e, com isso, contribuir para a tomada de decisões políticas.
África do Sul ocupa um espaço único em África e no mundo como um exemplo de um país que emergiu do pântano de profundamente enraizado racial, cultural e política divide - principalmente por causa do diálogo oportuna entre todos os seus stakeholders. No entanto, o país continua a enfrentar uma série de desafios complexos. É o Nelson Mandela Centre de vista de memória que o espírito original do diálogo inclusivo e aberto, que quebrou o impasse político precisa de revigoramento.
Portanto, o Centro pretende trazer conversas significativas entre todas as partes interessadas. Com base nas ricas tradições do diálogo transformador, resolução de problemas e de renovação social que fez notável transição possível da África do Sul, esperamos contribuir para uma maior compreensão e conscientização sobre os problemas enfrentados pelas pessoas, principalmente na África do Sul e na África, e as possíveis soluções disponíveis a eles.  nelsonmandela.org/ professoredgar.com
O que foi o Apartheid ?

Nelson Mandela deixou a prisão no dia 11 de fevereiro de 1990. A liberdade do líder foi o mais forte sinal do fim do regime de segregação racial na África do Sul, o apartheid.
Colonizada a partir de 1652 por holandeses e tendo recebido imigrantes de outras partes da Europa e da Ásia, a África do Sul tornou-se, em 1910, uma possessão britânica. Desde a chegada dos primeiros europeus, há mais de três séculos, a história do país africano, que será a sede da Copa do Mundo em 2010, foi marcada pela discriminação racial, imposta pela minoria branca.
Como protesto a essa situação, representantes da maioria negra fundaram, em 1912, a organização Congresso Nacional Africano (CNA) à qual Nelson Mandela, nascido em 1918, se uniu décadas depois. No CNA, Mandela se destacou como líder da luta de resistência ao apartheid.
O pai de Mandela era um dos chefes da tribo Thembu, da etnia Xhosa e, por isso, desde cedo, o garoto foi educado e preparado para assumir a liderança de seu povo. "Ele recebeu o melhor da Educação de sua tribo e foi iniciado em todos os rituais. Mas também teve o melhor da Educação europeia, estudando em bons colégios", explica Carlos Evangelista Veriano, professor de História da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).
O apartheid oficializou-se em 1948 com a posse do primeiro-ministro Daniel François Malan, descendente dos colonizadores europeus - também chamados de africâners. "Embora a história oficial omita, sabemos que os ingleses foram os financiadores do apartheid, já que o Banco da Inglaterra custeava todos os atos do governo sul-africano", afirma Veriano.
Com o novo governo, o apartheid foi colocado em prática, instituindo uma série de políticas de segregação. Os negros eram impedidos de participar da vida política do país, não tinham acesso à propriedade da terra, eram obrigados a viver em zonas residenciais determinadas. O casamento inter-racial era proibido e uma espécie de passaporte controlava a circulação dos negros pelo país. "É importante lembrar que essa política teve clara inspiração nazista", diz o professor.
Embora tenha sido preso diversas vezes antes, Mandela já cumpria pena desde 1963 quando recebeu a sentença de prisão perpétua. Porém, com o passar dos anos, o mundo passou a se importar mais com a inadmissível situação da África do Sul, que começou a receber sanções econômicas como forma de pressão para acabar com o apartheid. Em 1990, com o regime já enfraquecido, Mandela foi solto, depois de 27 anos no cárcere. O governo, liderado por Frederik De Klerk, revogou as leis do apartheid. Três anos depois, Mandela e Klerk dividiram o Prêmio Nobel da Paz.
Em 1994, nas primeiras eleições em que os negros puderam votar, Mandela foi eleito presidente do país. O filme Invictus, dirigido por Clint Eastwood, em cartaz atualmente nos cinemas, tem como foco a história de Mandela (interpretado por Morgan Freeman) logo que ele assume a presidência. A obra mostra como o líder governou não com a intenção de se vingar dos brancos, mas sim de realmente transformar o país em uma democracia para todos. De: Nova escola

                                               Foto:terra.com





Milhões Celebram do 'Dia de Mandela' com caridade








De acordo com uma pesquisa realizada ontem, nove a cada dez jovens do país - de 50 milhões de habitantes - dedicarão 67 minutos de seu tempo hoje para participar de obras de caridade ou trabalhos sociais Foto: Reuters
De acordo com uma pesquisa realizada ontem, nove a cada dez jovens do país - de 50 milhões de habitantes - dedicarão 67 minutos de seu tempo hoje para participar de obras de caridade ou trabalhos sociais
Foto: Reuters



Com centenas de atos distribuídos por todo país, milhões de sul-africanos celebram nesta quinta-feira o Dia Internacional de Nelson Mandela, data que coincide com o 95º aniversário do venerado ex-presidente, que, por sua vez, segue internado em um hospital de Pretória.
De acordo com uma pesquisa realizada ontem, nove a cada dez jovens do país - de 50 milhões de habitantes - dedicarão 67 minutos de seu tempo hoje para participar de obras de caridade ou trabalhos sociais.
O tempo em questão presta uma homenagem aos 67 anos que Mandela dedicou à luta contra o regime de segregação racial do "apartheid" e com a defesa dos direitos humanos. O aniversário do ex-presidente é celebrado desta forma desde que a ONU oficializou a data como "Dia Internacional de Nelson Mandela" em 2009.
A Fundação Mandela e o governo sul-africano esperam que esta edição seja a maior já realizada, já que coincide com a delicada situação do ex-presidente, internado em um hospital de Pretória desde o último 8 de junho por causa de uma recaída de infecção pulmonar.
No dia do 95º aniversário de Madiba - como Mandela é popularmente conhecido em seu país - o presidente Jacob Zuma deu uma boa notícia aos seus compatriotas, dizendo, em comunicado, que a saúde de Mandela está melhorando em "um ritmo constante".
O último comunicado da Presidência sobre a saúde de Madiba, divulgado na última semana, indicava que o estado do ex-presidente era "crítico, mas estável". Neste mesmo boletim, as autoridades sul-africanas afirmaram que ele respondia bem ao tratamento.
As autoridades e a família de Madiba também insistiram que a data de hoje deve ser celebrada com entusiasmo porque Mandela segue com vida, e não uma comemoração triste por causa de sua doença.
"Transforma em ação e inspira mudança. Faça de cada dia um Dia de Mandela", diz o lema da festividade deste ano.
Ao longo do país, escolas, igrejas e todo tipo de instituições já têm planejados seus 67 minutos para contribuir com um mundo melhor, assim como fez Mandela durante seus 67 anos.
Assistência aos moradores de rua, a limpeza de ruas e campos ou o plantio de árvores são algumas das atividades mais populares previstas para celebrar a festa para Madiba.
Fora da África do Sul, uma das homenagens mais destacadas deverá ocorrer na sede nova-iorquina da ONU, que realizará uma sessão especial para homenagear Mandela e comemorar o 50º aniversário do julgamento no qual os tribunais do "apartheid" o condenaram a prisão perpétua. www.terra.com/ www.professoredgar.com

Astronautas prestam homenagem a Nelson Mandela

No vídeo, disponível no canal do YouTube Nelson Mandela Centre of Memory, aparecem os americanos Chris Cassidy e Karen Nyberg e o italiano Luca Parmitano

Vanessa Daraya, de AstronautasReprodução / Exame.com
Astronautas prestam homenagem a Nelson Mandela
Os três astronautas fazem parte da atual tripulação da ISS, conhecida como Expedição 36
São Paulo  a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) fizeram uma homenagem a Nelson Mandela. O vídeo publicado no YouTube foi feito em comemoração aos 95 anos do herói da luta contra o apartheid e ex-presidente sul-africano.
No vídeo, disponível no canal do YouTube Nelson Mandela Centre of Memory, aparecem os americanos da NASA (agência espacial americana) Chris Cassidy e Karen Nyberg, e o italiano Luca Parmitano.
Os três fazem parte da atual tripulação da ISS, conhecida como Expedição 36. Os russos Pavel Vinogradov, Aleksandr Misurkin e Fyodor Yurchikhin também compõem a equipe.
Cassidy afirmou que Nelson Mandela é um grande homem e uma grande força pela paz no mundo.
Karen falou que Mandela é um homem que deve ser usado como exemplo para todos, pelo objetivo comum de melhorar a vida no planeta. Segundo Karen, seu trabalho feito na ISS se espelha em tudo que Mandela passou a vida tentando realizar.
Já Parmitano falou que a homenagem é feita pela coragem de Mandela, por sua vida e pelas transformações que provou no povo de seu continente.
Luta contra o Apartheid – Mandela ficou preso durante 27 anos pelo regime segregacionista do apartheid. Quando saiu da prisão, não pronunciou uma só palavra de vingança. Libertado em 1990, negociou uma transição para a democracia com as pessoas que na época ocupavam o poder.
Quando se tornou presidente, em 1994, não tentou humilhar ou prejudicar a comunidade branca, defendendo permanentemente a reconciliação. Seu trabalho pelos direitos humanos e sua capacidade de perdoar fizeram com que Mandela ocupe um lugar permanente na história mundial.
Em 2009, foi celebrado o "Mandela Day" pela primeira vez na África do Sul. No ano seguinte, em 18 de julho de 2010, a ONU decretou a celebração do "Mandela Day".
Na quinta-feira (18), milhões celebraram o Mandela Day, que, por sua vez, segue internado em um hospital de Pretória. Apesar de estar há quase um mês e meio no hospital, sua filha Zindzi afirmou que seu pai "está fazendo progressos notáveis" e acompanha o que passa na televisão "com fones de ouvido".
Veja abaixo o vídeo gravado na ISS:

Biografia
Nelson Rolihlahla Mandela OM • OA • OC • RSerafO • BR • GColIH • GCL (Mvezo18 de julho de 1918) é um advogado, ex-líder rebeldee ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993,1 e Pai da Pátria da moderna nação sul-africana.2
Até 2009 havia dedicado 67 anos de sua vida a serviço da humanidade - como advogado dos direitos humanos e prisioneiro de consciência, até tornar-se o primeiro presidente da África do Sul livre, razão pela qual em sua homenagem a ONU instituiu o Dia Internacional Nelson Mandela no dia de seu nascimento, como forma de valorizar em todo o mundo a luta pela liberdade, pela justiça e pela democracia.3
Nascido numa família de nobreza tribal, numa pequena aldeia do interior onde possivelmente viria a ocupar cargo de chefia, abandonou este destino aos 23 anos ao seguir para a capital Joanesburgo e iniciar atuação política.4 Passando do interior rural para uma vida rebelde na faculdade, transformou-se em jovem advogado na capital e líder da resistência não-violenta da juventude em luta, acabando como réu em um infame julgamento por traição, foragido da polícia e o prisioneiro mais famoso do mundo,5após o qual veio a se tornar o político mais galardoado em vida, responsável pela refundação de seu país - em moldes de aceitar uma sociedade multiétnica.6
Criticado muitas vezes por ser um pouco egocêntrico e por seu governo ter sido amigo de ditadores que foram simpáticos aoCongresso Nacional Africano, a figura do ser humano que enfrentou dramas pessoais e permaneceu fiel ao dever de conduzir seu país, suprimiu todos os aspectos negativos.7
Foi o mais poderoso símbolo da luta contra o regime segregacionista do Apartheid, sistema racista oficializado em 1948, e modelo mundial de resistência.1 8 No dizer de Ali Abdessalam Treki, Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, "um dos maiores líderes morais e políticos de nosso tempo".9   De:wikipedia.

O Jardim de Nelson Mandela - Senador Paulo Paim
Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores Senadores.


Há momentos na vida que o coração e o peito ficam apertados. Procuramos um horizonte que possa dar respostas as nossas dúvidas e angústias.


Os porquês estão por todos os lados. Em cada gesto, em cada olhar.  Tentamos de todas as formas e meios descobrir uma explicação para algo que não depende das nossas mãos...

...Que não compete a nós o sim ou o não.  Isso acompanha a humanidade desde o seu nascimento, dos mais longínquos tempos. Sempre o homem procura respostas para tudo...

... Não quer perder o convívio com seus entes queridos: não aceita, se rebela... Mostra todo o seu egoísmo. Já que ele não entende que a vida aqui na terra é uma



passagem e que cada um de nós tem uma missão.

A missão de Nelson Mandela é a de cultivar um grande jardim: com flores, plantas e árvores com muitos frutos...

... Regar diariamente, sem desejar algo em troca. Podar o necessário para abrir novos caminhos. Cuidar, acarinhar, fazer o despertar das consciências...

Um jardim onde os homens sejam iguais entre os seus iguais. Onde a liberdade cante suas cantigas de ninar. Onde o beijo resgate a essência das relações humanas...


...  E o abraço conviva lado a lado com as pessoas, com suas diferenças, raças, levando fé, respeito e esperança para o planeta que nos acolhe.

Esse é Nelson Mandela – um africano de todas as cores e sabedoria. Um homem que está no mundo com a feliz missão de cultivar um grande jardim.

Ele nasceu 1918, na pequena aldeia de Mvezo, no Transkei, região litorânea da África do Sul. Foi batizado  Rolihlahla – aquele que puxa o galho da árvore, na língua xhosa.

Seus pais talvez nem imaginassem que ao dar esse nome, futuramente, nasceria ali


uma simbologia a se espalhar pelo mundo, uma referência para todos aqueles que acreditam nos direitos humanos.

Quando eu estive na África, nos anos 80, as pessoas me diziam:...

... Eu puxo o galho da arvore por que quero paz, eu puxo o galho da árvore por que quero liberdade, eu puxo o galho da árvore por que quero direitos iguais e uma vida digna.

Os seus pais não sabiam ler nem escrever. Mas fizeram de tudo para que o pequeno estudasse.


 Logo que entrou para a escola foi obrigado a trocar seu nome de nascimento para um nome inglês...

... Eis que surge Nelson, Nelson Mandela. Alguns anos depois, já na adolescência, muitos passaram a chamá-lo de Madiba, em referência ao nome do seu clã tribal.

Ele estuda, trabalha, termina os estudos primários, depois secundários, até chegar a universidade de Fort Hare para cursar Direito.

Nelson é o único estudante negro da sua turma. Faz amigos. Tem suas paixões. Não tem acesso à cantina e nem a quadras de esporte.


Participa de manifestações, é perseguido. E assim nesse ambiente começa a nascer o farol da verdade.

A África do Sul era um país que não olhava para o seu povo.

Tudo era separado:...

... ônibus para negros, ônibus para brancos, ônibus para indianos, ônibus para mestiços, bares para brancos, para negros, para indianos, para mestiços.





Postos de saúde não havia para negros e nem para indianos. Somente humilhação e muita pobreza. Nelson quer mudar as leis.

Em Alexandra (1943), cerca de dez mil pessoas marcham contra o aumento da passagem de ônibus. Nelson Mandela está à frente...

... E veio outra marcha, e mais outra, e outra mais... A vitória chega com o povo nas ruas. Nesse momento Mandela entende que somente a força das vozes nas ruas pode mudar o país.

Perseguido, procurado, preso, humilhado, libertado...


...Mandela vê o ‘apartheid’ o que significa ‘viver à parte’ chegar com toda a força para esmagar o sonho de milhões de sul-africanos.

Uma minoria branca governa a vida de milhões de negros, indianos, mestiços e brancos não racistas...

 É a não democracia. A maioria é proibida de circular livremente, precisam de passaporte em seu próprio país.

Muitos morrem.  Mandela é preso novamente.  Estamos em 1964. Ele fica 27 anos no cárcere...



... Lê muito, estuda, escreve cartas, conversa com seus colegas de prisão, há grandes debates, ergue as mãos aos céus e ora, ora com todas as suas forças...

... O meu povo e a minha África não merecem esse martírio.

Antes de ser transferido da Ilha Robben (inicio dos anos 80), um prisioneiro levou uma cópia das obras reunidas de Shakespeare para todos os prisioneiros políticos da ala C e pediu que marcassem suas mensagens favoritas...

... Mandela não hesitou. Foi até Júlio César, ato 2, cena 2, e marcou o trecho:...


... covardes morrem muitas vezes antes de suas mortes, o bravo sente o gosto  da morte uma única vez. De tudo que vi, o mais estranho é que os homens tenham medo, já que a morte, um fim necessário, vem quando vem. (Os caminhos de Mandela – Richard Stengel).

Esse é Nelson Mandela que na prisão aprendeu, segundo ele mesmo, a ter autocontrole, foco e disciplina.

Depois da sua libertação, em 11 de fevereiro de 1990, e o fim do ‘viver à parte’,  em 1991, Mandela e o presidente De Klerk, trabalham juntos pela reconciliação nacional.



Em 1993, os dois receberam o Prêmio ‘Nobel da Paz’. Mandela é eleito o primeiro negro presidente da África do Sul, e, em 1999 não concorre a reeleição.

Senhor Presidente,

Fiz essa homenagem a Nelson Mandela, como disse no inicio da minha fala, com o coração e o peito apertados.

Como todos aqui sabem ele está doente. Talvez pelo meu egoísmo eu não queira que ele nos deixe. Mas, de tudo isso, eu posso afirmar que agora eu entendo que a grande missão dele é a de cultivar um grande jardim.


Em homenagem a Nelson Mandela que daqui dez dias, 18 de julho, completará 95 anos, eu vou ler aqui os versos escritos, em 1875, pelo poeta britânico Willian Ernest Henley...

Mandela gosta muito desse poema – Invictus em latim, que significa Invencível:

“Emerjo das ondas negras da noite,
Escuras como o poço que liga os polos,
E agradeço aos deuses, sejam quais forem,
Por me haverem dotado de alma Indomável.

Prisioneiro dos fatos que me atormentam,
Não gemi nem chorei.


Sob o infortúnio dos golpes,
Estou acabado, mas de pé.

Além desse mundo de lágrimas e fúria,
Veja apenas o horror das trevas,
Mas a terrível ameaça dos anos
Não me atinge nem assusta.

Pouco me importa a estreiteza dos caminhos,
Os penosos castigos em minha senda,
Sou senhor do meu destino.
Sou capitão da minha alma.

Viva Nelson Mandela! Amandla, amandla, amandla (o poder é nosso).


Era o que tinha a dizer,


Senador Paulo Paim. 
Agência Senado / www.professoredgar.com

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