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quinta-feira, 14 de março de 2013

Brasil: 85º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)



Foto:professoredgar.com
Com Informações do G1



O Brasil registrou melhora no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2012, mostra relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta quinta-feira (14), mas manteve a posição no ranking mundial registrada no ano anterior, 85º lugar.
QUEM ESTÁ PRÓXIMO DO BRASIL NO RANKING DO IDH
Posição
País
2011
2012
81
Bosnia-Herzegovina
0,734
0,735
82
Azerbaijão
0,734
0,734
83
São Vicente e Granadinas
0,732
0,733
84
Omã
0,729
0,731
85
Brasil
0,728
0,730
86
Jamaica
0,729
0,730
87
Armênia
0,726
0,729
88
Santa Lúcia
0,724
0,725
89
Equador
0,722
0,724
90
Turquia
0,720
0,722
Fonte: Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU
 Isso aconteceu, segundo a ONU, porque a melhora no progresso humano ocorreu em diversos países. Das 187 nações das quais a ONU coleta dados, 108 países mantiveram suas posições. Outros 44 países perderam colocações e 35 subiram no ranking, como África do Sul e Panamá.
O Brasil registrou IDH de 0,73 num índice de 0 a 1, ante 0,728 em 2011. Nas últimas duas décadas, o país registrou crescimento de 24% no IDH, conforme a ONU - passou de 0,59 em 1990 para 0,73 em 2012.
Em relação a outros países do grupo de países emergentes conhecidos como Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil só perde no IDH
para a Rússia
A primeira colocação no ranking mundial permanece com a Noruega (0,84), seguida por Austrália (0,857) e Estados Unidos (0,843). Os três piores colocados são Moçambique (0,217), Congo (0,286) e Niger (0,179).
O Brasil está atrás de quatro países da América do Sul, como Chile (40º lugar), Argentina (45º), Uruguai (51º) e Peru (77º). A nação, porém, fica na frente de outros vizinhos como Equador (89º) e Colômbia (91º).
Segundo a analista de desenvolvimento Daniela Gomes Pinto, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolimento (Pnud) da ONU, o Brasil teve maior incremento no IDH, porém, do que os países da América do Sul melhor colocados. Segundo ela, o Brasil tem "obstáculos".
"Temos um passivo histórico na educação, antes da década de 90 tínhamos um sistema educacional incipiente, que não atendia. O IDH tende a melhorar mais quando a população jovem virar a população adulta", disse.
Em relação a outros países do grupo de países emergentes conhecidos como Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil só perde no IDH para a Rússia, que registra 0,788 e é a 55ª colocada.
Segundo Daniela Pinto, a evolução no IDH de Índia, China e África do Sul foi melhor do que a do Brasil porque esses países estavam em patamar inferior e, portanto, registram evolução melhor. "Países de baixo IDH tiveram maior crescimento no progresso humano porque veêm de patamares baixos. Quanto mais sobe, maior é preciso o esforço para o índice crescer."
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OS DEZ PRIMEIROS E OS DEZ ÚLTIMOS NO IDH
Posição
País
2011
2012
OS DEZ PRIMEIROS
1
Noruega
0,953
0,955
2
Austrália
0,936
0,938
3
Estados Unidos
0,936
0,937
4
Holanda
0,921
0,921
5
Alemanha
0,919
0,920
6
Nova Zelândia
0,918
0,919
7
Irlanda
0,915
0,916
7
Suécia
0,915
0,916
9
Suíça
0,912
0,913
10
Japão
0.910
0,912
OS DEZ ÚLTIMOS
178
Burundi
0,352
0,355
179
Guiné
0,352
0,355
180
República Centro-Africana
0,348
0,352
181
Eritreia
0,346
0,351
182
Mali
0,347
0,344
183
Burkina-Faso
0,340
0,343
184
Chade
0,336
0,340
185
Moçambique
0,322
0,327
186
República Democrática do Congo
0,299
0,304
186
Níger
0,297
0,304
Fonte: Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU
 O Brasil, aponta o relatório, apresentou progresso em renda, educação e saúde nos últimos 20 anos. Segundo Daniela do Pnud, está entre os 15 países que mais reduziram a diferença, desde 1990, entre o patamar do IDH e o máximo verificado pela ONU. "Isso é fruto de fortalecimento da economia acompanhado de desenvolvimento humano", disse.
O programa de transferência de renda do Brasil, o Bolsa Família, é citado pela ONU como exemplo para o mundo para melhoria do IDH.
Metodologia
O índice, de acordo com a ONU, leva em conta três fatores: dados de saúde com base na expectativa de vida ao nascer; de educação, com informações sobre média de anos de estudo da população adulta e anos esperados de escolaridade para crianças; e renda nacional bruta, que identifica os recursos que ficaram no país.
Atualmente, mostra o relatório, o Brasil está no grupo de países com "alto desempenho" de IDH. A expectativa de vida ao nascer é de 73,8 anos, a média de escolaridade é de 7,2 anos, são esperados  14,2 anos de estudo e a renda per capita anual de US$ 10.152. A base de dados de educação é de 2005 e a de saúde e renda, de 2010.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), da ONU, destaca que, se os quatro dados utilizados fossem atualizados com informações atuais do governo brasileiro, o IDH do Brasil subiria para 0,754 - a expectativa de vida subiria para 74,1 anos, a média de estudos para 7,4, os anos esperados na escola passariam para 15,7 e a renda para US$ 11.547.
A analista de desenvolvimento do Pnud, Daniela Gomes Pinto, lembrou, porém, que se trata de um "exercício" e que o dado não pode ser comparado com o de outros países porque não foi dada oportunidade para que outras nações atualizassem seus dados.  O Cazaquistão, 69º no ranking mundial de 2012, registrou IDH de 0,754.
Daniela negou que a atualização seja um contraponto às críticas do governo federal. "O objetivo do relatório é a comparação entre países. Os países têm base de dados diferentes, alguns mais atualizados que outros. Fazemos escolhas metodológicas difíceis para comparar países e dar um panorama do que acontece no mundo", explicou.
www.professoredgar.com

sábado, 2 de março de 2013

Seca no Agreste de Pernambuco. Assista vídeo


O oásis secou

Agreste do Estado ganha ares de Sertão. Nem Garanhuns escapa da seca

Na microrregião chamada de oásis, seca veio violenta e está matando o gado / Bobby Fabisak/JC Imagem

Na microrregião chamada de oásis, seca veio violenta e está matando o gado

Bobby Fabisak/JC Imagem

O Agreste é todo Sertão. O caminho para Garanhuns é todo lamento. A seca massacra até a microrregião propalada como oásis, a 850 metros de altitude, pródiga em floricultura e com uma bacia leiteira que representa metade da produção do Estado. Nem a Suíça pernambucana aguentou a estiagem. O cenário que, no início da semana, a reportagem encontrou no percurso para Pesqueira, no Vale do Ipojuca, foi o mesmo flagrado na última quinta-feira (28) em São Caetano, Cachoeirinha, Lajedo e Garanhuns. A chuva não cai há mais de ano, o gado está morrendo e os agricultores não sabem mais o que fazer. De acordo com a Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe), 64 das 71 cidades do Agreste já decretaram situação de emergência. Em todo o Estado, mais de 1,3 milhão de pessoas são afetadas pela seca, segundo o último balanço, divulgado na sexta-feira (1º).
Na altura de Cachoeirinha, distante 169 quilômetros do Recife, às margens da BR-423, a imagem espanta. Uma cabeça de boi, só a ossada, está dependurada em um cacto. Simboliza a morte, a penúria, a desesperança. É como se avisasse que, mata adentro, seria daí para pior. “Ave Maria, a seca é grande demais”, resume o agricultor João Simões de Morais, 57 anos. “Ela já chegou. Aqui é quase Sertão”, sentencia. Morador do Sítio Ouricuri, na zona rural do município, João Simões diz que é difícil encontrar água e que as vacas, esquálidas, quase não dão mais leite. “O verão está pesado. Água não tem, ração para o gado não tem. Ninguém faz mais queijo porque não tem leite”, relata.
Cachoeirinha tem 3.415 pessoas afetadas pela estiagem, quase um quinto da população da cidade. O trabalhador rural Daniel Paz de Souza, 67, é uma delas. Perto do local por onde ele passa, no Sítio Ouricuri, são mais de 20 carcaças de animais, entre bois, vacas, bezerros, bodes e ovelhas. Algumas recentes e outras, espalhadas há mais tempo. A estiagem é tanta que até a palma, que alimenta bicho e gente, via de regra resistente à escassez de chuvas, secou. “A situação está difícil. Não tem água nem nada para o gado comer. O açude está quase seco. A gente alimenta com palma e farelo, para o bicho não cair. Moro aqui há 28 anos e nunca vi uma seca assim”, desabafa.
A realidade no Sítio Ubaia não é diferente. Diante do mar de poeira, a carroça de Everaldo Ferreira da Silva, 28, desponta. Desvia dos restos de gado. Franzindo os olhos por causa do sol que não dá sossego, ele e a mulher carregam três tonéis d’água. “É muita seca. O pessoal não quer vender os animais, mas não tem condições de criar, e os bichos morrem de fome e sede. Isso é um crime”, dispara. Ao menos por enquanto, seu rebanho resiste. “Mas está começando a faltar água. Se o verão apertar, eles não aguentam”, confessa.
Garanhuns padece do mesmo problema. De clima mesotérmico, com temperatura média anual de 20 graus e conhecida como a Suíça pernambucana, a Cidade das Flores virou outra. Desbotou. São cerca de 14 mil pessoas afetadas, nas contas da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
A Floricultura Flores de Abril tem seu pior faturamento em 35 anos. As vendas caíram pela metade. Proprietária do estabelecimento e há 70 anos vivendo em Garanhuns, Edelzia Notaro, 80, nunca viu seca assim. Jamais achou que a estiagem fosse bater lá. “O rapaz sempre trazia de oito a 10 pacotes de flores por semana. Agora, só traz quatro. A gente está tendo que mandar buscar em Gravatá porque aqui não tem mais”, lamenta.

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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Eles fazem cada arte na escola

Aulas de Geografia e Arte na EREM Justulino.






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sábado, 19 de janeiro de 2013

Incêndios na Austrália



Mais de 125 incêndios florestais castigam o estado australiano de Nova Gales do Sul, 27 deles fora de controle, segundo a imprensa local.
Mas o tempo mais fresco neste sábado (19) trouxe alívio aos bombeiros que combatem as chamas na região sudeste do país.
As autoridades acreditam que raios de tempestades começaram muitos dos novos focos de incêndio, um deles no Parque Nacional Kuringai, na periferia norte de Sydney.
Helicópteros jogaram água nos incêndios, enquanto bombeiros em terra tentavam evitar que as chamas atingissem casas.
No estado de Victoria, um homem morreu queimado preso em seu carro.
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Bombeiro durante combate a incêndio em Pittwater, subúrbio de Sydney, neste sábado (19) (Foto: AP)Bombeiro durante combate a incêndio em Pittwater, subúrbio de Sydney, neste sábado (19) (Foto: AP)


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Representação no Congresso não corresponde à proporção de negros no País



Número passou para 10 de 1987 a 1991, para 16 entre 1991 e 1995 e caiu para 15 entre 1995 e 1998

19/01/2013 15:04 - AGÊNCIA BRASIL
RIO DE JANEIRO – Enquanto no Brasil a proporção de negros na população ultrapassa os 50%, entre pretos e pardos, na Câmara dos Deputados a proporção fica em 8,9%, com 46 dos 513 representantes do povo. Apesar de ruim, o quadro melhorou nas últimas décadas.
De acordo com o primeiro Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil, publicado em 2008, na legislatura de 1983 a 1987 havia apenas quatro deputados negros. O número passou para 10 de 1987 a 1991, para 16 entre 1991e 1995 e caiu para 15 entre 1995 e 1998. O levantamento feito com base nos empossados em janeiro de 2007 mostra 11 deputados pretos, dos quais uma mulher, e 35 pardos, com duas mulheres. A publicação ressalta que 8,9% dos deputados eram negros, quando a proporção na população em 2006 era 49,5%.
No Senado, de 1987 a 1994 o único representante negro foi Nelson Carneiro. De 1994 a 1998 assumiu o mandato Abdias Nascimento e, de 1995 a 2002, a casa contou com Benedita da Silva e Marina Silva, as primeiras senadoras afrodescendentes do Brasil. Em 2007, haviam quatro senadores pardos e um preto. Na legislatura atual, entre os 81 senadores, o único que se autodeclara negro é Paulo Paim.
Um dos organizadores do relatório, o coordenador do Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Sociais (Laeser) do Instituto de Economia (IE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marcelo Paixão, explica que a análise apresentada no relatório foi feita com base em registro fotográfico, mas que não houve qualquer contestação ao método ou ao resultado.
“Não há contestação ao fato de que 92% do Congresso Nacional são formados por pessoas de pele clara, isso é uma coisa óbvia, você olha do alto do plenário do Congresso e vê os que estão lá presentes”. De acordo com ele, esse levantamento não foi feito na publicação seguinte, lançada em 2011, mas a realidade não mudou muito nesse período.
“Talvez não me surpreenderia se a realidade mostrada em 2008 tenha ficado ainda pior. A gente está começando a ter uma carência no Brasil de personalidades negras com capacidade efetiva de se eleger, de terem mais espaço na cena pública, com maior visibilidade. Nomes como Paim, Vicentinho, Benedita, todos recuaram muito. Veio a figura do Joaquim Barbosa, mas em outro eixo, uma outra forma, não dá para comparar muito o contexto. Então, a realidade descrita ali [no relatório] continua válida”.
De acordo com a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), atualmente há 30 negros na Câmara. Para ela, o problema atual da baixa representação vem de um processo histórico que começou com a escravidão. “Mas isso não é uma coisa que a gente possa construir facilmente. Tem todo um processo que nós entendemos como sendo fatores que implicaram a pouca presença da comunidade negra, principalmente nesses espaços políticos, que são espaços de decisões e, sendo [assim], não são espaços caracterizados para negros ou afrodescendentes”.
Ela lembra das lutas desde Zumbi dos Palmares, a Revolta da Chibata, a dos Alfaiates e movimentos abolicionistas que levaram, pouco a pouco, à conquista de espaço.“Hoje, na República, por exemplo, nós vamos encontrar o negro não só lutando por sua cultura, por sua identidade, mas por um espaço mais de poder, mais de decisão. E é evidente que essa construção está sendo feita. Hoje você tem, são poucos, mas você tem alguns negros que conseguiram superar essas fases e já estão aí nesses espaços construindo possibilidades e pautando esse caminho”.
Para a secretária de políticas de ações afirmativas da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Ângela Nascimento, o problema da representatividade é ainda mais grave entre as mulheres. Ela acha que são necessárias ações afirmativas para corrigir as desigualdades.
“A gente compreende que, diante da participação da população negra, do significado da população negra na história deste país, é necessário que haja medidas que corrijam a sub-representação das mulheres negras nos cargos políticos. É fundamental que a gente atue para que elas tenham uma participação capaz de reverter esse quadro de desigualdade”.
Segundo levantamento do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), as mulheres pretas, pardas e indígenas são a maioria entre os 5,3 milhões de jovens de 18 a 25 anos que não trabalham nem estudam no país. Elas somam 2,2 milhões, correspondente a 41,5% desse grupo. Do total de jovens brasileiros nessa faixa etária (27,3 milhões), as negras e indígenas representam 8%, enquanto as brancas na mesma situação chegam a 5% (1,3 milhão).


Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE