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domingo, 2 de setembro de 2018

Sport precisa ganhar mais 9 jogos para continuar na Série A



Não foi uma grande atuação, mas na atual fase do Sport, o 1x0 aplicado no Paraná, neste domingo (02), na Ilha do Retiro, foi comemorado como goleada. Após 11 jogos sem vencer, num jejum que começou ainda antes da Copa do Mundo, o Leão voltou a vencer no Brasileirão 2018. Apesar do triunfo, os rubro-negros não conseguiram deixar a zona de rebaixamento, somando agora 23 pontos. Já o Paraná permanece na lanterna da competição, com apenas 15 pontos conquistados. Os leoninos voltam a campo nesta quarta-feira (05/09), diante do Bahia, na Fonte Nova.
Dentro de campo, a necessidade da vitória por parte das duas equipes fez com que o ritmo de jogo fosse acelerado desde os primeiros minutos de bola rolando. Com mudanças na zaga e meio de campo, o Sport não conseguia segurar o ataque do Paraná. Tanto que logo aos cinco minutos de jogo os visitantes quase abriram o placar. Após falta cobrada, Magrão espalmou e Cléber Reis cabeceou no travessão, com a zaga afastando a bola em seguida. Passado o susto, o Leão respondeu da melhor forma possível: com gol. Aos 14 minutos, em descida pela esquerda, Rogério cruzou rasteiro e Gabriel pegou de primeira, tocando no canto do goleiro e abrindo o placar.
Apesar de pular na frente do marcador, os rubro-negros voltaram a mostrar falhas defensivas, levando sorte pela má qualidade de finalização do Paraná. E quando o erro não aconteceu com os jogadores, o assistente tratou de limpar a barra dos pernambucanos. Aos 23, em posição legal, Grampola marcou de cabeça, mas Marcus Vinícius Gomes anulou o tento equivocadamente. O Sport respondeu novamente, com Andrigo perdendo duas boas chances. Com uma marcação frouxa dos rubro-negros no meio de campo, os paranaenses também conseguiam criar. Aos 40, Nonoca errou passe forçado, gerando contra-ataque para Magrão salvar ao sair nos pés de Carlos.
Na etapa final, Nonoca sentiu o cansaço e Neto Moura foi o escolhido para a vaga. A alteração melhorou a saída de jogo do Leão, mas continuou gerando espaços na marcação. Tanto que aos seis minutos Júnior teve liberdade para ajeitar e mandar uma bomba de fora da área, acertando o travessão de Magrão. Novamente, o Sport respondeu rápido, com Rogério também acertando lindo chute para o goleiro Richard fazer linda defesa. Um dos melhores em campo, Rogério se esgotou fisicamente e aos 25 minutos deu lugar a Marlone, que não conseguiu acrescentar muita coisa ao jogo.
Aos 32 minutos, Eduardo Baptista resolveu se fechar de vez tirando o meia Gabriel para acionar o zagueiro Ronaldo Alves, passando a atuar com três homens na zaga. Com o risco de “chamar” muito o Paraná, o comandante leonino quase foi castigado aos 41 minutos, quando Nádson limpou de Cláudio Winck e mandou um lindo chute para uma grande defesa de Magrão. No rebote, Carlos mandou para fora, cravando a vitória leonina após 11 jogos de jejum.
FICHA TÉCNICA
SPORT 1x0 PARANÁ 
Sport 
Magrão, Winck, Ernando, Durval e Sander; Nonoca (Neto Moura), Fellipe Bastos e Andrigo; Gabriel (Ronaldo Alves), Rogério (Marlone) e Hernane Brocador. Técnico: Eduardo Baptista.
Paraná 
Richard; Junior, René Santos, Cleber Reis e Igor; Jhonny Lucas (Wesley), Alex Santana (Rodolfo) e Caio Henrique; Nadson, Silvinho (Carlos) e Grampola. Técnico: Claudinei Oliveira.
Local: Ilha do Retiro (em Recife). Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira (MG).
Assistentes: Celso Luiz da Silva e Marcus Vinicius Gomes (ambos de MG). Gol: Gabriel (aos 14 do 1ºT). Cartões amarelos: Cláudio Winck, Magrão e Fellipe Bastos (Sport). Johnny Lucas e Júnior (Paraná). Público: 13.966. Renda: R$ 88.950,00.
Com informação de Folha de Pernambuco
Foto: Anderson Stevens/Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 26 de agosto de 2018

Torcedor do Sport é humilhado mais uma vez por um time que joga péssimo futebol


Antes mesmo de entrar em campo para enfrentar o Botafogo, neste sábado (25), pela 21ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, o Sport ingressou na Zona de Rebaixamento. Isso porque o Atlético/PR, que tem menos jogos realizados que o Rubro-negro, havia derrotado o Grêmio, de virada, por 2x1, e empurrado o time peranmbucano para a 17ª posição, precisando mais do que nunca de colocar um ponto final na má fase pós Copa do Mundo. 

Rubro-negro, no entanto, não conseguiu virar essa chave e sofreu mais uma derrota, por 2x0, chegando ao 11º jogo sem vitória no Nacional. A sequência é incômoda, mas o desempenho do time é ainda mais desconfortável. O goleiro do Botafogo, por exemplo, pouco trabalhou na partida. Com o resultado, o time carioca abriu cinco pontos de distância em relação aos rubro-negros, que somam a segunda derrota seguida contra adversários diretos na parte de baixo da tabela - perdeu para o América/MG no jogo passado. 

Sport, agora 17º, continua com 20 pontos, enquanto os cariocas foram a 25 e, por enquanto, ocupam a 11ª posição - a 21ª rodada será completada neste domingo (26). Na próxima rodada, o Botafogo visita o Grêmio, no sábado (21), enquanto o Sport recebe o Paraná, na Ilha do Retiro, no domingo (22). 


Jogo

Em um verdadeiro duelo de seis pontos, entre dois times que vivem momentos complicados na competição, o Botafogo fez o dever de mandante e buscou o domínio ofensivo. O time carioca teve ao menos quatro chances reais de gol no primeiro tempo. Primeiro com Igor Rabello, de cabeça, depois com Gilson, que parou em boa defesa de Magrão e, na sequência, Ernando afastou. Luiz Fernando, por sua vez, balançou as redes, mas a arbitragem assinalou posição irregular do atacante. Já Brenner, depois de receber e dominar lançamento na pequena área, arrematou e parou em Magrão, que operou novo milagre quando Joel Carli pegou o rebote. 
Diante do volume apresentado, o Botafogo deixou claro que sofre com as finalizações - tem um dos piores ataques do certame. Já o Sport, embora tenha conseguido desarmar mais do que o adversário, não se encontrou ofensivamente no primeiro tempo, apresentou dificuldades em manter a posse de bola e em criar oportunidades para chegar ao gol carioca. 
Na saída para o intervalo, Magrão alertou para a necessidade de controlar mais os lances para sofrer menos na partida. Mas o time pernambucano teve postura exatamente contrária. Seguiu dando cochilos na defesa e sem volume ofensivo. O Botafogo, por sua vez, cresceu ao ver os espaços oferecidos pelo Sport. Chegou seguidas vezes até que Joel Carli, de cabeça, livre de marcação, abriu o placar aos 16 minutos da etapa final.

Quase na sequência, Eduardo Baptista tirou Marlone, em mais uma atuação apagada, e colocou Michel Bastos. Pouco depois, foi a vez de Andrigo entrar na vaga de Morato. Pouco mudou. O time continuou desconexo, sem entrosamento na criação e dando espaços aos adversários. Depois, ainda lançou Rafael Marques no lugar de Deivid, abrindo mais o time. Foi questão de tempo para o Botafogo ampliar, já que chegava na área com tranquilidade trocando passes sem ser incomodado. Aos 38, Aguirre fez o segundo, após tabelar com Erik. E, não fossem as defesas de Magrão e as dificuldades do ataque botafoguense, o placar poderia ter sido mais largo. 

   Ficha do jogo

Botafogo 2
Diego Loureiro; Marcinho, Joel Carli, Igor Rabello e Gilson; Jean, Matheus Fernandes e Leonardo Valencia (João Pedro); Erik, Luiz Fernando (Rodrigo Pimpão) e Brenner (Aguirre). Técnico: Zé Ricardo.

Sport 0
Magrão; Gabriel, Ronaldo Alves, Durval e Ernando; Deivid (Rafael Marques), Fellipe Bastos e Marlone (Michel Bastos); Morato (Andrigo), Rogério e Hernane Brocador. Técnico: Eduardo Baptista

Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Savio Pereira Sampaio (DF)
Assistentes: Daniel Henrique da Silva Andrade (DF) e Ciro Chaban Junqueira (DF)
Cartões amarelos: Dudu Cearense, Igor Rabello (Botafogo); Deivid, Ronaldo Alves (Sport).
Gols: Joel Carli, aos 16' do 2º tempo, e Aguirre, aos 38' do 2º tempo.
Público/Renda: 6.031/R$ 43.980,00



Com informações da Folha de Pernambuco

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 7 de julho de 2018

Copa:Prefeito de Bruxelas cria polêmica ao postar imagem de estátua belga famosa urinando em Neymar



Tuíte de Philippe CloseDireito de imagemREPRODUÇÃO TWITTER
Image captionPiada após jogo rendeu críticas a prefeito da capital belga

"Sem mais."
Para comemorar a vitória por 2 a 1 da Bélgica contra o Brasil na Copa do Mundo, o prefeito de Bruxelas, Philippe Close, resolveu publicar esta frase junto a uma montagem que mostra uma estátua urinando sobre uma foto de Neymar caído no chão e chorando.
A imagem controversa foi publicada no Twitter pelo prefeito na noite da vitória e já havia sido compartilhada mais de mil vezes até o fechamento desta reportagem.
A estátua que aparece na montagem fica em Geraardbergen, cidade belga de pouco mais de mil habitantes.
Mas a principal escultura a retratar um menino urinando no país está na capital, comandada por Close.

Reações

A publicação rendeu piadas, mas também gerou uma onda de critícas vindas de brasileiros e dos próprios belgas.
"Não havia outras maneiras melhores de comemorar do que compartilhar insultos ao oponente?! É uma vergonha para o prefeito da capital", escreveu um belga.
"Que maneira triste de festejar", disse outro, em francês.
A provocação do prefeito da capital também difere da cordialidade vista entre vitoriosos e derrotados após a partida desta sexta-feira em Kazan, na Rússia.
Nas ruas do centro histórico da cidade, brasileiros e belgas dividiram os mesmos restaurantes e bares e posaram juntos para fotos.
"Pelo menos o belga está me pagando cerveja para eu me sentir melhor", brincou um brasileiro enrolado na bandeira adversária já no início da madrugada.
A publicitária brasileira Mariana Alencar, que vive há cinco anos em Bruxelas, disse à reportagem que lamenta a derrota como torcedora da seleção, mas também entende a sua importância para os belgas.
"Claro que eu queria ganhar e vou sofrer no trabalho e com outros amigos na segunda-feira", afirmou a brasileira. "Estou brava, óbvio, mas entendo a importância disso para eles."
"A Bélgica não é um país unido, é dividido, e até o governo é superfragmentado por conta das diferenças linguísticas. Há um movimento separatista forte e a Seleção faz o país esquecer um pouco disso", avalia.

Estátua do Manneken Pis em BruxelasDireito de imagemREUTERS
Image captionEstátua foi vestida com uniforme da seleção belga no início da semana passada, antes de o país enfrentar o Brasil nas quartas-de-final

Ela explica: "É uma seleção diversa, com jogadores de Flanders (região do norte onde se fala holandês) e Wallonia (região do sul onde se fala francês), de Bruxelas (oficialmente bilíngue) e também filhos de imigrantes".
"Fora o separatismo, existe bastante racismo com muçulmanos e filhos de congoleses, como Lukaku, que já deu entrevistas sobre isso."
Foi o artilheiro belga quem deu o passe para De Bruyne marcar o segundo gol do país contra o Brasil, que reagiu no segundo tempo, mas não conseguiu reverter o placar.
"Nós já temos cinco estrelas, eles não têm nenhuma", conclui a brasileira que vive em Bruxelas.

Garotinho urinando

A célebre "Manneken Pis" - algo como "menininho urina" - tem pouco mais de 60 centímetros e há gerações é, junto ao chocolate e à cerveja, um dos maiores símbolos de Bruxelas.
Principal ponto turístico da cidade, a estátua foi colocada no centro histórico há mais de quatro séculos, mas, de tanto ser vandalizada e alvo de roubos e reproduções, foi substituída por uma réplica nos anos 1960.
Há reproduções dela inclusive no Brasil. Uma das mais conhecidas está no Rio de Janeiro, em frente à sede do clube Botafogo, no bairro homônimo.
Quando o time vence um campeonato, um dos primeiros gestos dos torcedores é vestir o menino com uma camisa alvinegra.
As explicações sobre o significado da escultura, no entanto, são conflitantes.
Para alguns, trata-se da representação de uma criança nobre urinando sobre inimigos da família. Mas a principal lenda local sugere que o pequeno conseguira apagar os pavis de uma pilha de explosivos que detonariam a cidade ao fazer o gesto imortalizado em bronze.
Séculos depois, na arena de Kazan, na Rússia, o time belga, que nunca ganhou uma Copa do Mundo, conseguiu apagar a faísca que movia a seleção brasileira, tida como uma das principais favoritas, em sua busca pelo hexacampeonato.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 5 de julho de 2018

COPA:Exames médicos são cancelados em dias de jogos: 'Ouvi os funcionários do laboratório torcendo'


Cartaz em posto de Pinheiros, em SP, anuncia fechamento de unidade três horas antes do jogo Brasil e Bélgica pela Copa da Rússia
Image captionPosto de saúde em São Paulo vai seguir decreto de governador: fechará três horas antes do jogo Brasil e Bélgica
A bióloga Cristiane Pestana agendou a realização de três exames de ultrassom para a manhã do dia 22 de junho. Seguiu a orientação do laboratório e chegou com 30 minutos de antecedência a uma unidade no Meier, zona norte do Rio de Janeiro. Porém, deu de cara com a porta trancada. Nenhum sinal de que, àquela hora, alguém estava sendo atendido.
Do lado de fora, ela conseguia ouvir os funcionários do laboratório particular Sérgio Franco gritando com os lances da Seleção Brasileira, que enfrentava um jogo duríssimo contra a Costa Rica na Copa do Mundo da Rússia.
A partida terminou em 2 a 0 para o Brasil, e Pestana ficou sem seus exames. "Ninguém me avisou que ele seria cancelado por causa do jogo", conta Pestana à BBC News Brasil.
A bióloga não foi a única a enfrentar esse tipo de situação. Nas redes sociais e em sites de reclamações, como o Reclame Aqui, são inúmeras as pessoas que relataram remarcações e cancelamentos de exames e consultas por causa dos jogos da seleção de Neymar e Tite.
Pestana conta que não recebeu nenhuma informação do laboratório sobre novas datas para seus exames. "Liguei na central de atendimento e eles disseram que só haveria vaga para meados de julho", conta.
O laboratório não respondeu aos contatos da BBC News Brasil sobre o caso da bióloga.
"Sei que a Copa é um evento especial, de quatro em quatro anos, eu até gosto. Mas acho um absurdo você parar o sistema de saúde por causa dos jogos", diz Pestana, de 35 anos.
Cristiane Pestana foi até o laboratório, mas jogo do Brasil na Copa impediu o procedimentoDireito de imagemARQUIVO PESSOAL
Image captionA biológa Cristiane Pestana conseguiu ouvir funcionários de laboratório assistindo ao jogo do Brasil
Situação parecida ocorreu com a secretária acadêmica Meire Palma, de 52 anos. Ela havia marcado um exame de raios-x para sua tia, Cina Posi, de 82 anos, para as 15h do último dia 27. No mesmo horário, o Brasil entraria em campo contra a Sérvia pela última partida da primeira fase do Mundial.
"Por volta das 10h, o laboratório me mandou uma mensagem de celular, dizendo que o exame da minha tia seria remarcado. Não deram nenhuma justificativa", conta Palma.
O exame foi pedido por um médico que pretende operar Posi para tratar uma hérnia. A cirurgia, no entanto, vai atrasar em virtude da remarcação do exame.
O laboratório Centro de Diagnósticos Brasil (CDB) ligou para remarcar o procedimento, mas só havia vagas para o fim de julho. "Me senti perdida, é a saúde de uma pessoa idosa que está em jogo. A gente paga um convênio que não é barato e eles desmarcam um exame por causa de uma partida de futebol", diz Palma.
Em mensagem à família, o laboratório CDB afirmou que "lamenta" o ocorrido e estava trabalhando para solucionar o problema.

Rede pública

Tite e Neymar em jogo do Brasil contra o México, pelas quarta de final da Copa da RússiaDireito de imagemEMMANUEL DUNAND / AFP
Image captionJogo do Brasil contra o México fez laboratório adiar exame de raios-x da aposentada Cina Posi, de 82 anos
Mas não é só na rede particular que remarcações e cancelamentos estão ocorrendo. O autônomo Sérgio Santa Rosa, de 60 anos, passou pelo problema em um posto do Sistema Único de Saúde (SUS), em Saquarema (RJ).
Ele tinha uma ultrassonografia agendada para as 8h da última segunda-feira, duas horas antes do jogo entre Brasil e México. Na partida, Neymar e Firmino marcaram gols para o Brasil, mas, em Saquarema, Santa Rosa ficou sem exame.
"Um dia antes, um funcionário me ligou e disse que o posto de saúde estaria fechado por causa do jogo", conta ele. A secretaria de Comunicação da Prefeitura de Saquarema não atendeu às ligações da reportagem.
Resultado: o autônomo terá de esperar até o próximo dia 16 para fazer o exame. "É muito desagradável. Vou precisar esperar mais duas semanas para descobrir o que tenho", diz. O autônomo diz estar sofrendo de fortes dores abdominais. "Estou me automedicando enquanto não consigo fazer o exame."
Jogos do Brasil também alteraram o atendimento da saúde pública em São Paulo.
Na manhã desta quinta, um cartaz no portão avisava que um posto estadual em Pinheiros, zona oeste da capital paulista, só vai funcionar até o meio-dia nessa sexta-feira, data da partida entre Brasil e Bélgica, marcada para três horas depois, às 15h.
Um segurança da unidade ainda avisou à reportagem: "Se o Brasil passar para a semifinal, vai ser a mesma coisa na terça."
Neymar em jogo da Copa da Rússia, em 2018Direito de imagemFABRICE COFFRINI/AFP
Image captionBrasil enfrenta a Bélgica pelas quartas de final da Copa da Rússia
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, os hospitais vão funcionar normalmente, mas centros ambulatoriais podem ter alterações de horário. A pasta diz que pacientes com exames ou consultas marcados para a hora do jogo já foram avisados de novas datas.
O funcionamento do sistema de saúde segue o decreto assinado pelo governador do Estado, Márcio França (PSB). Em caso de jogos à tarde, repartições públicas só funcionam até as 12h. Quando os jogos ocorreram pela manhã, elas abriram às 15h.
O mesmo vai ocorrer na rede municipal: hospitais abrem normalmente, mas postos de saúde ficarão fechados durante a partida. A gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) afirma que também avisou pacientes e remarcou procedimentos agendados para o horário do jogo.

Cabe processo?

Para José Cláudio Ribeiro Oliveira, presidente da comissão de estudos de planos de saúde da OAB-SP, pacientes da rede privada de saúde podem processar laboratórios privados que se recusaram a fazer exames por causa de jogos da seleção.
"Se o paciente conseguir provar que isso ocorreu, ele tem boas chances de vencer na Justiça", explica o advogado à BBC News Brasil. "É normal que a iniciativa privada dispense funcionários por causa da Copa, mas não é recomendável que serviços de saúde façam isso."
Para a professora Ana Maria Malik, coordenadora da área de gestão de saúde da Fundação Getúlio Vargas, as paralisações durante os jogos da Copa não precisam ser considerados um problema, necessariamente. "É melhor que os atendimentos ocorram com a atenção completa do funcionário, não pela metade", explica.
"E o trabalhador tem direito aos seus momentos de diversão, tanto na rede pública quanto na particular. É claro que a saúde é um tema mais complexo, pois gera mais expectativa nas pessoas", diz Malik. Ela acrescenta, ainda, ter ouviro relatos de pacientes que também pediram para remarcar exames para poderem assistir aos jogos do Brasil.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Prisão da Copa:'prisão Fifa' em porão de estádio que recebe bêbados, brigões e torcedores com identidades falsas

A 'prisão da Fifa' onde Molly ficou detida por tentar entrar em estádio com identidade de amigaDireito de imagemMOLLY ZUCKERMAN
"Nunca, nunca mexa com a Fifa." É essa a lição que a americana Molly Zuckerman, de 24 anos, aprendeu na primeira semana da Copa do Mundo da Rússia, depois de ser levada a um dos espaços mais surreais que diz ter conhecido na vida.
No porão do estádio de São Petersburgo, sob os pés de uma horda de torcedores que lotavam a arquibancada e vibravam na partida entre Rússia e Egito, Molly e outras seis pessoas foram mantidas em cárcere por cinco horas, acompanhadas pelo olhar atento de dezenas de seguranças contratados pela Fifa.
O jogo começou às 21h do horário local, terminou com uma vitória por 3 a 1 para os donos da casa por volta das 23h, e Molly e seus companheiros desconhecidos continuaram presos no subsolo.
A passagem pela surpreendente "prisão da Fifa", como ela descreve, ocorreu após a americana ser flagrada tentando entrar no estádio com a identidade de uma amiga.
Grávida e sem disposição para ir à partida, a dona do ingresso ofereceu o bilhete a Zuckerman. Amigos sugeriram que ela usasse a Fan ID (identificação oficial emitida pela Fifa para o torneio) da amiga.
"Fui a vários jogos. Eles só olham a Fan ID e o ingresso. Você passa o ingresso pelo leitor digital e entra. Simples assim", disse um colega.
Zuckerman se lembrou do final da adolescência, quando entrava em festas que serviam bebidas alcoólicas com documentos falsos. "O pior que pode acontecer é me mandarem de volta para casa", supôs.
Mas a Fifa é bem diferente das matinês da cidade natal de Zuckerman na Califórnia.

Celas gradeadas

À BBC News Brasil, a Fifa confirmou a existência de áreas de detenção e celas nas arenas.
"Como parte dos arranjos gerais de segurança e padrões que se aplicam na Rússia para grandes áreas como arenas esportivas, a maioria dos estádios de futebol em nosso país é equipada com salas de detenção temporárias", disse, em nota, o Comitê Local de Organização dos Jogos.
"Estes (locais) são previstos para a possível detenção de pessoas ou torcedores indisciplinados. Pelo que sabemos, esta é também uma prática normal em muitos países ao redor do mundo", afirma o comitê, por meio de sua assessoria de imprensa.

Professor Edgar Bom Jardim - PE