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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Tô fora:Tiririca de saco cheio com ladrões e tamanha corrupção no Brasil



Em seu primeiro e último discurso na Câmara, o deputado federal Tiririca (PR-SP) anunciou nesta quarta-feira 6 sua despedida do Congresso. No plenário, o deputado chegou a anunciar o abandono da vida pública, indicando a renúncia, mas depois afirmou que cumprirá seu mandato até o fim e não vai se candidatar à reeleição. Alegando estar "com vergonha", se disse decepcionado com os colegas e com a política brasileira e pediu que os outros parlamentares "olhem pelo País".
Tiririca estava em seu segundo mandato. Em 2010, foi o mais votado em São Paulo, com 1,35 milhão de votos. Em 2014, teve 1,01 milhão de votos e ficou em segundo lugar, atrás de Celso Russomanno (PRB-SP).
A renúncia de Tiririca se dá dias depois de ele conceder uma entrevista ao Conexão Repórter, do SBT, na qual disse ter recebido propostas de propina em troca de voto. Nesta quarta, ele indicou que não vai denunciar os agora ex-colegas. 
"Eu jamais vou falar mal de vocês em qualquer canto que eu chegar e não vou falar tudo o que eu vi, tudo o que eu vivi aqui, mas eu seria hipócrita se saísse daqui e não falasse realmente que estou decepcionado com a politica brasileira, decepcionado com muitos de vocês", afirmou. "Eu ando de cabeça erguida porque não fiz nada de errado, mas acho que muitos dos senhores não têm essa coragem".
Confira a íntegra do discurso de Tiririca:
Com informações de Carta Capital
Professor Edgar Bom Jardim - PE

19º FestCine no São Luiz

Os tons da novidade, da experimentação audiovisual e da valorização dos realizadores pernambucanos enchem a tela do 19º FestCine – Festival de Curtas de Pernambuco. Realizado pelo Governo do Estado (Secult e Fundarpe), em parceria com a Prefeitura do Recife, o evento joga luz sobre as mais recentes produções audiovisuais finalizadas no em Pernambuco e que evidenciam nossa diversidade ou sugerem reflexões sobre temas urgentes.
Jan Ribeiro/CulturaPE
Jan Ribeiro/CulturaPE
O Cinema São Luiz acolhe mais uma edição do Festival
Para o Secretário Estadual de Cultura, Marcelino Granja, “o FestCine celebra a liberdade artística e a força criativa de realizadores iniciantes e experientes que demonstram, com suas obras, a beleza e a potência transformadora de realidades que emergem de processos coletivos como a realização de um filme”. Toda a programação do Festival, que ocupa o Cinema São Luiz de 04 a 09 de dezembro, é gratuita.
“O panorama das mostras competitivas deste ano é composto por 69 curtas de todas as macrorregiões do estado, revelando uma grande diversidade de temas, estéticas, narrativas e processos de realização”, destaca Milena Evangelista, coordenadora do Audiovisual da Secult-PE. Selecionados entre 172 obras inscritas – um recorde que revela ainda o sucesso da política para o audiovisual em curso, que fomenta a produção, a difusão e ainda ações formativas na área -, as obras concorrem a uma premiação total no valor de R$ 58,5 mil.
Josivan Rodrigues
Josivan Rodrigues
O produtor de cinema e televisão João Vieira Jr. é o homenageado desta edição
O FestCine deste ano presta ainda homenagem a uma importante referência no setor, o produtor de cinema e televisão João Vieira Jr. Com mais de 20 anos dedicados à profissionalização do mercado audiovisual no estado, João assinou a produção de longas emblemáticos como “Cinema, Aspirinas e Urubus” e “Tatuagem”, além das séries de TV “Fim do Mundo” e “Lama dos Dias”. É sócio fundador da Rec Produtores Associados e atualmente dirige, com Nara Aragão, a Carnaval Filmes.
No enredo do incentivo à profissionalização de toda a cadeia do audiovisual, “as atividades de formação deste ano agregam consultorias especializadas, masterclasses, rodadas de negócios com o 2º RioContentLab Pernambuco, resultado de uma articulação com a Brasil Audiovisual Independente (BRAVI)”, destaca a Gerente de Políticas Culturais da Secult-PE, Tarciana Portela. A programação de formação na área inclui ainda uma Oficina de Animação 2D Toon Boom Harmony. Ações estratégias viabilizadas ainda pela parceria fundamental com o Portomídia/Porto Digital e SEBRAE-PE.
Figurando entre as novidades desta edição, o FestCine promove também um encontro inédito entre o cinema, a moda e o design, o Integra Design. Durante os seis dias de programação, o hall do Cinema São Luiz receberá uma loja pop up, exibindo e comercializando produções de marcas pernambucanas que dialogam com o público e o contexto do festival. A ação é fruto de uma articulação entre a Assessoria de Design e Moda da Secult-PE e a UNA Design.
Divulgação
Divulgação
Ação especial integra o cinema à moda e ao design
Patrimônio de Pernambuco, o São Luiz acolhe ainda uma sessão especial de curtas com acessibilidade comunicacional que, de acordo com Márcia Souto, Presidente da Fundarpe, “consolida a parceria com o Festival VerOuvindo e convida pessoas surdas e cegas a também conhecerem a mais recente safra de obras audiovisuais pernambucanas”.
A identidade visual deste ano é assinada pelo designer e artista visual José Leite.  Confira a Programação Completa e participe!
José Leite
José Leite
Identidade visual deste ano é assinada por José Leite
19º FESTCINE – FESTIVAL DE CURTAS DE PERNAMBUCO
De 04 a 09 de dezembro
Local: Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 175 – Boa Vista, Recife/PE)
Acesso gratuito
SEGUNDA-FEIRA, 04/12
19h – Abertura do 19º FestCine
Mostra Competitiva Geral
Classificação: 16 anos

Simbiose
 (Documentário, 19 minutos, 2017), Dir. Júlia Morim
Lia de Camaragibe (Videoclipe, 4 minutos, 2017), Dir. Erlânia Nascimento e Úrsula Freira
Uma balada para Rocky Lane(Documentário, 20 minutos, 2017), Dir. Djalma Galindo
Poliamor (Videoclipe, 4 minutos, 2017), Dir. André Gonzales e Ednei Martins
Folia (Videoarte, 19 minutos, 2016), Dir. Anabelle Yolle
Estás vendo coisas (Documentário, 18 minutos, 2017), Dir. Bárbara Wagner e Benjamin Burca
Alumiar (Documentário, 20 minutos, 2017), Dir. Bersa Mendes e Rafael Martins
Fazenda Rosa (Animação, 9 minutos, 2017), Dir. Chia Beloto
Frequências (Videoarte, 19 minutos, 2017), Dir. Adalberto Oliveira
Volúpia (Videoclipe, 3 minutos, 217), Dir. Ayodê França
Nome de Batismo (Documentário, 25 minutos, 2017), Dir. Tila Chitunda
TERÇA-FEIRA, 05/12
19h – Mostra Competitiva Geral
Classificação: 18 anos
A Orelha encantada ou alma de gato (Animação, 9 minutos, 2017), Paulo Leonardo
Caleidoscópia (Videoarte, 3 minutos, 2017), Dir. Laura Dornelles e Bruno Cabús
Dança Macabra (Videoarte, 25 minutos, 2017), Dir. Filipe Marcena e Marcelo Sena
O Consertador de coisas miúdas (Animação, 11 minutos, 2017), Dir. Marcos Buccini
Orbitantes (Ficção, 22 minutos, 2017), Dir. Rodrigo Campos
Não há foz Não há Nascente (Videoarte, 18 minutos, 2017), Valentina Homem
Sob o Delírio de Agosto (Ficção, 20 minutos, 2017), Dir. Carlos Kamara e Karla Ferreira
O delírio é a redenção dos aflitos (Ficção, 22 minutos, 2016), Dir. Fellipe Fernandes
Terra Não dita Mar não visto (Videoarte, 9 minutos, 2017), Dir. Lia Letícia
Cosmo Grão – Ao vivo no Iraq (Videoclipe, 2 minutos, 2017), Dir. Pedro Vitor Ferraz
Imanência (Videoarte, 9 minutos, 2017), Dir. Breno César
Casa Cheia (Ficção, 14 minutos, 2017), Dir. Carlos Nigro
QUARTA-FEIRA, 06/12
18h30 – Mostra Competitiva de Formação
Classificação: 16 anos
Ogiva caseira (Animação, 2 minutos, 2017), Dir. Coletivo Ficcionalizar
Cidade linda (Documentário, 8 minutos, 2017), Dir. Paulo Souza
Dia Um (Animação, 2 Minutos, 2017), Dir. Natália Lima,  Júnior Ramos e Itamar Silva -
Fora Presídio (Documentário, 14 minutos, 2017), Dir. Coletivo Ficcionalizar
Resistência emocional (Animação, 2 minutos, 2015), Dir. Bruno Cabús e participantes da oficina
Geisiely com Y (Ficção, 15 minutos, 2017), Dir. Mery Lemos
P575 (Ficção, 4 minutos, 2016), Dir. Lais Rilda
Eles não estão lá – O Filme (Ficção, 7 minutos, 2016), Dir. Erickson Marinho

20h – Mostra Competitiva Geral
Classificação: 18 anos
Cores femininas (Documentário, 20 minutos, 2017), Dir. Barbara Hostin, Gil, Júlia Karam, Juliana Trevas, Maria Cardozo, Roberta Garcia, Sylara Silvério
Bala Perdida (Videoclipe, 4 minutos, 2017), Dir. Sylara Silvério
Banco Brecht (Ficção, 9 minutos, 2017), Dir. Márcio Souza e Tiago Aguiar
Nanã (Ficção, 25 minutos, 2017), Dir. Rafael Amorim
Domination Corporation (Animação, 1 minuto, 2017), Dir. Erickson Marinho
Salina (Videoclipe, 4 minutos, 2017), Dir. Álvaro Júnior
Mata Norte (Documentário, 20 minutos, 2015), Dir. Tuca Siqueira
Ficamos assim (Videoclipe, 4 minutos, 2017), Dir. Lorena Calábria e Mariana Zdravca
Fotograma (Videoarte, 9 minutos, 2016), Dir. Luís Henrique Leal e Caio Zatti
Repulsa (Ficção, 20 minutos, 2017), Dir. Eduardo Morotó
QUINTA-FEIRA, 07/12
18h30 – Mostra Competitiva de Formação
Classificação: 14 anos
A lembrança que eu gosto de ter (Documentário, 25 minutos, 2017), Dir. Filipe Carvalho
Pelos galhos da Jurema (Documentário, 11 minutos, 2016), Dir. David Henrique
Sustento (Documentário, 1 minuto, 2016), Dir. Sylara Silvério
Especulação S.A (Documentário, 20 minutos, 2017), Dir. Erlânia Nascimento
20h – Mostra Competitiva Geral
Classificação: 14 anos
Lampião e o fogo da Serra Grande (Ficção, 24 minutos, 2017), dir. Anildomá Willans de Souza
Cine S. José (Documentário, 11 minutos, 2017), Dir. William Tenório
L’Imperatrice (Videoarte, 6 minutos, 2017), Dir. Gil Vicente de Brito Maia
Entre Andares (Documentário, 15 minutos, 2016), Dir. Aline Van der Linden e Marina Moura Maciel
Equilíbrio da Matéria (Animação, 1 minuto, 2017), Dir. Lucas Alves e Kerolainy Kimberlin
Edney (Ficção, 15 minutos, 2016), Dir. João Cintra
Tudo que você quiser com Rozenbac (Videoclipe, 6 minutos, 2016), Dir. Marcelo Pinheiro
Objeto voador não identificado (Ficção, 22 minutos, 2016), Dir. Cesar Castanha 10
Daydream (Videoarte, 10 minutos, 2016), Dir. André Hora e Daniel Edmundson 14
Diz o Leão (Videoclipe, 4 minutos, 2016), Dir. Pedro Maria de Brito
Jéssika (Ficção, 19 minutos, 2017), Dir. Emerson Cursino de Moura Filho
SEXTA-FEIRA, 08/12
18h30 – Mostra Competitiva de Formação
Classificação: 12 anos
De: CASE Pacas Para: Meninas de Santa Luzia (Documentário, 3 minutos, 2017), Dir. Alunos do projeto Cartas ao Mundão
A cerca do nada (Ficção, 20 minutos, 2017), Dir. Wellington Bravo
Do mar pra cá (Documentário, 26 minutos, 2017 ), Dir. Carol Oliveira
Som de papel (Ficção, 15 minutos, 2017), Dir. Larissa Reis e Victor Mauricio Borba
20h – Mostra Competitiva Geral
Classificação:18 anos
Kibe Lanches (Documentário, 18 minutos, 2017), Dir. Alexandre Figueiroa
Teta Lírica (Videoarte, 5 minutos, 2016), Dir. Marie Carangi
Ultima Puella (Ficção, 8 minutos, 2017), Dir. João Bosco
Irma -Era uma vez no Sertão (Ficção, 20 minutos, 2016), Dir. Camilla Lapa e Lorena Arouche
Autofagia (Ficção, 11 minutos, 2016), Dir. Felipe Soares
Morrer em Pernambuco (Videoclipe, 4 minutos, 2017), Dir. Mery Lemos
Baunilha (Documentário, 13 minutos, 2017), Dir. Leo Tabosa
O porteiro do dia (Ficção, 25 minutos, 2016), Dir. Fábio Leal
Superpina (Ficção, 24 minutos, 2017), Dir. Jean Santos
SÁBADO, 09/12
17h – Sessão Especial Festival VerOuvindo, curtas com acessibilidade comunicacional
Classificação: 14 anos
FotogrÁFRICA (Documentário, 25  minutos, 2016), Dir. Tila Chitunda
Um brinde (Ficção, 16 minutos, 2016), Dir. João Vigo
Catimbau (Documentário, 23 minutos, 2015), Dir. Lucas Caminha
19h – Cerimônia de Encerramento
Homenagem a João Jr.
19h30 – Exibição Especial
Viajo porque preciso, volto porque te amo (Ficção, 2009, PE), Dir. Karim Ainouz e Marcelo Gomes | Produção: João Vieira Jr. e Daniela Capelato
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PREMIAÇÃO
Mostra Competitiva GeralJúri: Gabi Saegesser, Jeorge Pereira, Nina Velasco
R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais) para os cinco primeiros colocados nas categorias: Animação, Documentário, Experimental/Videoarte, Ficção, Videoclipe.
R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais) para os cinco segundos colocados nas categorias: Animação, Documentário, Experimental/Videoarte, Ficção, Videoclipe.
R$ 2.500,00 (mil e quinhentos reais) para os cinco terceiros colocados nas categorias: Animação, Documentário, Experimental/Videoarte, Ficção, Videoclipe.
Mostra Competitiva de FormaçãoJúri: Fernanda Capibaribe, Geneseli Dias, Juliana Lima

R$ 2.000,00 (dois mil reais) para os primeiros colocados nas categorias: Animação, Documentário e Ficção
TROFÉU FERNANDO SPENCER
Será concedido ainda o Troféu Fernando Spencer para os filmes concorrentes na Mostra Competitiva Geral, nas seguintes modalidades: Melhor Direção / Melhor Fotografia / Melhor Montagem / Melhor Roteiro / Melhor Produção / Melhor Direção de Arte / Melhor Trilha Sonora / Melhor Som / Melhor Ator / Melhor Atriz
TROFÉU ABD/APECIJúri: Bruna Leita, Inês Maia, Lula Terra 

A ABD/APECI (Associação Pernambucana de Cineastas) foi criada em 1979, como uma sociedade civil, sem fins lucrativos, que mobiliza realizadores no Estado e defende a produção audiovisual independente em todos os formatos e gêneros. O troféu ABD/APECI é um prêmio de reconhecimento à criatividade da produção cinematográfica.
HOMENAGEADO
Graduado em Direito, João Vieira Jr. é um dos principais produtores de conteúdos audiovisuais de Pernambuco. Assina a produção dos longas “Cinema, Aspirinas e Urubus”, “Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo”, “Tatuagem”, “Era uma vez eu, Verônica”, “O Homem das Multidões” e “Joaquim”, além das séries de TV “Fim do Mundo” e “Lama dos Dias”. É produtor executivo dos filmes “O Céu de Suely” e “Baixio das Bestas”. Tem trabalhado com importantes diretores e roteiristas do cinema nacional como Marcelo Gomes, Hilton Lacerda, Karim Aïnouz, Lírio Ferreira, Adelina Pontual, Letícia Simões, Armando Praça e Cao Guimarães. É sócio-fundador da Rec Produtores Associados e atualmente dirige, com Nara Aragão, a Carnaval Filmes. Desde 2013 dedica-se a troca de experiências com jovens profissionais no âmbito da Produção Executiva para cinema e TV, acumulando mais de 500 horas aulas de cursos e oficinas através de instituições como Fundação Joaquim Nabuco e Fundação Roquete Pinto.
cultura.pe.gov.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O que está por trás da polêmica decisão de Trump sobre Jerusalém

Presidente dos Estados Unidos, Donald TrumpDireito de imagemREUTERS
Image captionAo reconhecer Jerusalém como capital de Israel, Trump preocupou comunidade internacional
Donald Trump prometeu em campanha e cumpriu: Jerusalém foi reconhecida pelos Estados Unidos como a capital de Israel. A decisão, anunciada nesta quarta-feira, provocou reações críticas de líderes políticos e religiosos de todo o mundo - do Papa Francisco ao governo chinês.
O temor generalizado é que a medida dificulte - e até inviabilize - os históricos esforços de negociação de paz entre Israel e Palestina. Mas especialistas ouvidos pela BBC Brasil acreditam que Trump não levou em conta esse conturbado cenário regional ao tomar a decisão.
O que estaria em jogo seriam assuntos domésticos dos próprios EUA. Especialmente a tentativa do presidente americano de agradar suas bases eleitorais. A mais importante delas é a dos evangélicos conservadores, que advogava pelo reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel.
"Trump foi movido por uma pressão da direita evangélica republicana. Não tem nada a ver com aproximar Israel e Palestina de um acordo. Pelo contrário, essa decisão só os separa ainda mais", afirma J.J. Goldberg, editor da Forward, revista americana voltada para a comunidade judaica.

Evangélicos

O papel dos evangélicos na política internacional americana a respeito de Israel é cada vez maior, explica Kenneth Wald, professor de ciência política da Universidade da Flórida. O grupo teria começado a ter relevância política nos anos 1980, e hoje já representaria uma das maiores e mais leais bases do Partido Republicano.
"Qualquer presidente quer manter sua base contente. Mas precisa estar atento às consequências. Por isso, os antecessores de Trump, inclusive os que eram comprometidos com Israel, viram essa medida como imprudente", continua Wald.
A influência dos evangélicos na decisão de Trump teria sido maior até que a dos judeus americanos. Primeiro, porque Trump não tem uma boa interlocução com a comunidade judaica nos Estados Unidos. Segundo, porque os judeus representam um grupo muito menor na sociedade americana que os evangélicos.
E terceiro, porque apenas os judeus ortodoxos estariam interessados na solução adotada por Trump. Os judeus mais ao centro e à esquerda prefeririam uma solução negociada. "A decisão de Trump também não tem a ver com a comunidade judaica, que é majoritariamente liberal", diz Goldberg.
Bandeiras dos Estados Unidos e de Israel hasteadasDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEvangélicos conservadores advogavam pelo reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel

'Política por impulso?'

Já Michael Barnett, professor de assuntos internacionais da Universidade George Washington, discorda que os evangélicos tenham sido tão relevantes na decisão de Trump. Para ele, é difícil encontrar uma explicação razoável.
"Não faz sentido fazer isso. Parece ser uma política dirigida por impulso. Trump decide ignorar as recomendações e fazer o que tem na cabeça. Não há uma estratégia internacional."
Contribui para essa visão o fato de que o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, e a futura transferência da embaixada dos EUA, foram apresentados como medidas isoladas. Parecem não fazer parte de uma estratégia política mais ampla.
Se por um lado o anúncio do presidente foi uma surpresa para o mundo, por outro não destoa de outras das suas polêmicas posturas internacionais, como a saída dos EUA do Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas, o rompimento da Parceria Transpacífico e até as ameaças públicas a Kim Jong-un, da Coreia do Norte.
"Trump mostra nenhum interesse em considerar qualquer tipo de opinião mundial", avalia Goldberg.
JerusalémDireito de imagemGELIA
Image captionJerusalém é uma cidade sagrada para judeus, cristão e muçulmanos

Por que evangélicos querem Jerusalém como capital de Israel?

Nos Estados Unidos, as razões para o apoio dos evangélicos ao reconhecimento de Jerusalém como capital são principalmente religiosas. "
Há muita diversidade no mundo evangélico, mas há uma ideia comum de que o destino de Israel é importante para o futuro religioso dos evangélicos", afirma Wald.
Alguns acreditam que, por razões bíblicas, Israel é o lugar destinado a agregar os judeus. Outros creem que o messias pode retornar para Jerusalém, vista como a Terra Sagrada e, para isso, é importante que ela esteja nas mãos de Israel, e não dos muçulmanos.
Assim, há uma espécie de ponte entre a história de Israel bíblico e a do Estado moderno de Israel.
Mas nem todos os evangélicos americanos compartilham dessa visão.
"Muitos evangélicos, como eu, não gostam do romance recente entre a igreja e a política republicana, e se preocupam com a mudança da embaixada americana. Para nós, a construção da paz e a busca de Justiça são grandes virtudes", escreveu o professor de estudos bíblicos Gary M. Burge, em artigo para a revista The Atlantic.
Palestino encara soldados israelenses
Image captionPara analistas, Trump desconsiderou esforços em busca de paz na região

Quais as consequências para israelenses e palestinos?

O representante dos palestinos no Reino Unido, Manuel Hassassian, disse à BBC que a medida será o "beijo da morte" nas negociações de paz baseadas no reconhecimento de dois Estados.
"Ele está declarando guerra no Oriente Médio contra 1,5 bilhão de muçulmanos e centenas de milhões de cristãos que não irão aceitar que os santuários sagrados estejam totalmente sob a hegemonia de Israel", disse Hassassian.
Acadêmicos também estão em alerta. "Os riscos são inacreditáveis. Quem pensava que poderia haver uma solução negociada entre Israel e Palestina, que levasse à coexistência de dois Estados, não pensa mais nisso. O que sobra para os palestinos? Não sobra muito. Vão sentir que os EUA já determinaram o futuro de Jerusalém", diz Barnett, da Universidade George Washington.
"Por isso, pode ser um ponto de inflexão na política palestina. Pode espalhar-se uma Terceira Intifada (insurreição de palestinos contra Israel). Além disso, uma medida como essa deixa os oponentes dos Estados Unidos mais dispostos a enfrentar riscos. Essa é a ferramenta de recrutamento (de militantes) que al-Qaeda, o autodenominado Estado Islâmico e Hezbollah adorariam usar", completa Barnett.
Há ainda quem tenha uma visão mais moderada e acredite que a medida de Trump possa facilitar as negociações entre Israel e os líderes palestinos. É o caso de Jonathan Sarna, professor de história judaica americana na Universidade de Brandeis, Massachusetts.
"Muitas pessoas no mundo muçulmano acreditavam que o tempo estava ao lado deles. Por isso, não queriam sentar à mesa de negociação. Mas agora a situação se inverte. É a hora de negociarem com Israel", afirma.
Sarna não acredita no surgimento de um conflito, porque, na sua visão, Israel tem forças "capazes de conter a violência árabe".
Com informações 
Professor Edgar Bom Jardim - PE