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terça-feira, 9 de julho de 2013

Primeira ejaculação: o que os meninos querem saber?


  O juventude  e sexualidade  - Direto ao ponto
Maria H. Vilela.
A puberdade tem uma razão muito especial: preparar o corpo para as alterações que possibilitam a reprodução. Por isso, neste período, o acontecimento mais marcante para o garoto é a ejaculação! Ela significa que sua linha de produção de espermatozoides entrou em ação e, agora, ele é capaz de gerar um filho.
A primeira ejaculação é muito esperada pelos meninos. Na nossa cultura, ela simboliza a masculinidade. Enquanto ela não acontece, eles não sossegam. E mais: muitos meninos acreditam que quanto mais se masturbarem, mais cedo virá a ejaculação. Assim, não é incomum o garoto passar mais tempo no banheiro do que era o seu costume. Porém, para a tristeza da maioria, a masturbação não acelera o caminho natural de cada um. O menino só irá ejacular no seu momento, de acordo com a sua herança genética e seu desenvolvimento físico.

Jogando e aprendendo

A primeira ejaculação se chama semenarca ou espermarca. A idade em que ela ocorre é variável, assim como a forma. Enquanto alguns meninos já apresentam ejaculações desde os 12 -13 anos, outros só a terão em torno dos 15 anos. No entanto, é muito comum que ela ocorra na fase do estirão de crescimento, quando o garoto tem um ganho rápido de altura e o pênis aumenta de tamanho.
Para muitos meninos, a expectativa sobre a primeira ejaculação é de um jato muito forte de um líquido viscoso, numa quantidade infinitamente maior do que seria o natural. A verdade é que, no início, o sêmen é aguado e só depois, nos episódios seguintes, começa a ficar mais encorpado, com a cor amarelada e um cheiro parecido ao de água sanitária.
Para tratar deste assunto com os alunos, a melhor forma que encontrei foi a utilização de jogos. Numa competição, consegue-se estimular uma maior participação do grupo. E a competitividade característica da idade pode ajudá-los a aprender e ensinar a sua equipe.
Assim, quando tenho que abordar este tema, costumo usar o Jogo da Reprodução Humana, um dos jogos que ajudei a desenvolver e que faz parte do material educativo Jogo de Corpo (elaborado e disponível para venda no Instituto Kaplan). Quem não possui o jogo pode usar também as imagens da Corrida dos Espermatozóides, disponíveis aqui.

As dinâmicas propostas pelos jogos esclarecem e desmistificam, de forma lúdica, muito do que pode perturbar os meninos que desconhecem o funcionamento de seu corpo. No Jogo da Reprodução Humana, por exemplo, eles aprendem que a quantidade normal de sêmen ejaculado varia de 2,0 a 5,0 ml, e que ele é composto de espermatozoides, líquido seminal e bastante secreção prostática. Esta variação de volume depende do grau e do tempo de excitação. Quanto mais o homem ficar excitado, e demorar a ejacular, mais líquido prostático será produzido e maior será o volume de sêmen ejaculado. Para que isso aconteça, no entanto, não basta apenas querer, é necessário atingir uma maturidade física e certa experiência sexual.
Neste trabalho, é fundamental fazê-los entender que a verdadeira função da ejaculação é depositar os espermatozoides na vagina para que ocorra a fecundação. Nos jogos, fica muito claro para os alunos que quando o garoto começa a ejacular, se ele tiver uma relação sexual sem proteção, pode engravidar uma garota. Inclusive no primeiro ano, quando há uma produção baixa de espermatozoides.
O jovem precisa ser conscientizado de que o fato de ter ejaculado não significa que já esteja pronto para ter relação sexual, e muito menos para ser pai. Reuni-los em grupo para uma atividade lúdica torna muito mais fácil para eles aceitarem e respeitarem o tempo de cada um e seus sentimentos.

Polução noturna

A primeira ejaculação ocorre, em geral, durante a masturbação, mas também é muito comum ocorrer durante o sono. Neste caso é chamada de polução noturna.
Polução noturna é a ejaculação involuntária que ocorre durante o sono. Quando a primeira ejaculação ocorre dessa maneira, pode deixar os meninos confusos. Ao se verem molhados, muitos garotos acham que urinaram na cama. Portanto, é tranquilizador para o adolescente informar que a polução noturna é natural, tanto na adolescência como na fase adulta.
Durante o sono, passamos por vários estágios que vão do sono leve ao profundo. Neste processo, há um momento chamado de fase REM (Rapid Eyes Moviment, ou Movimento Rápido dos Olhos), em que podem ocorrer as ereções fisiológicas para oxigenar os tecidos do pênis. Se o homem tiver sonhos eróticos durante esse período, a polução noturna pode acontecer. É assim que o organismo “se livra” do excesso de sêmen acumulado.
Conversar sobre estes acontecimentos, contextualizando-os na função reprodutiva, ajuda o adolescente a lidar melhor com o seu corpo, as transformações pelas quais ele passa e a iniciar sua vida sexual com responsabilidade.

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segunda-feira, 8 de julho de 2013

Você já ficou? Como é ficar ? Família e Escola orientam sobre o ficar ?

Do ficar bem ao se dar mal

 Sexualidade - Direto ao Ponto

Muitos pais e educadores ficam perturbados com a ideia do “ficar”. Mas nada acontece à toa. Após muitas reflexões, eu compreendi que o ficar tem uma função essencial nas relações afetivo-sexuais e na preparação dos adolescentes para o relacionamento a dois. O jovem precisa de um tempo e treino para saber lidar com a convivência intensa e a intimidade que o namoro atual exige deles.
O “ficar” é uma forma de relacionamento afetivo-sexual que permite troca de carícias, em geral da cintura para cima. Mas isto não é uma regra para todos os adolescentes. As carícias e a forma como cada casal desfruta do “ficar” podem variar de acordo com os interesses e a maturidade sexual. O mais importante é que o “ficar” pressupõe uma relação sem compromisso e com direitos iguais.
Assim, o “ficar” derrubou barreiras! Para os meninos favoreceu o treino de práticas sexuais e a espontaneidade nas relações, já para as meninas a conquista foi muito maior – uma revolução sexual – a garota aprendeu a reconhecer o desejo sexual, sem que, necessariamente, esteja apaixonada!
O “ficar” pode ser uma etapa de um relacionamento ou uma vivência interessante, não só em relação ao sexo, mas também da capacidade de se relacionar com o outro.

Quando ficar pode ser perigoso

Ninguém está pronto para transar de uma hora para outra. Todos nós passamos por um processo de desenvolvimento que, gradativamente, nos faz ter interesses por situações sexuais das mais simples às mais complexas, como a relação sexual propriamente dita.
Uma garota de 13 anos, por exemplo, mesmo com o corpo de mulher praticamente formado, pode ter o interesse de ficar para testar sua capacidade de sedução, beijar, abraçar e até trocar algumas carícias, mas isso não significa, necessariamente, que ela quer ter uma relação sexual. Se o garoto com quem ela ficar tiver uma idade aproximada, o “ficar” tem menor probabilidade de oferecer o risco dela não saber se defender, se necessário. Os dois estão num momento praticamente similar do desenvolvimento sexual. Neste caso, o “ficar” limita-se às situações com as quais ambos podem lidar. No entanto, se o garoto for mais velho, as expectativas em relação ao “ficar” podem ser muito diferentes e a menina pode correr o risco de não ter sua vontade respeitada.

Sugestão para o professor

É importante que os educadores trabalhem com seus alunos a compreensão de que o “ficar” é uma experiência positiva, mas que, para isso, eles devem estar atentos ao tipo de envolvimento sexual que esperam que ocorra e quais são os seus limites – o que eles não querem que aconteça neste “ficar”. Faça-os entender que se perceberem que o outro quer o que ele(a) não deseja e nem se sente pronto, devem dar um jeito de “cair fora”, ou evitar se expor em locais onde não podem pedir ajuda.
Para ajudá-los nesta conversa com os alunos, um bom iniciador são os vídeos. Uma dica muito boa são os vídeos do projeto “Dar Voz Aos Jovens”, promovido pela Fundação Carlos Chagas e o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), que levou vinte jovens de 14 a 19 anos da rede pública a produzirem cinco vídeos sobre diferentes temas referentes à sexualidade, a partir de suas próprias experiências.
Um deles, “Violência e poder”, trata de abuso sexual e pode propiciar aos alunos do ensino médio o entendimento de que o desrespeito à vontade sexual do outro e qualquer tipo de coerção é crime! Se acontecer, deve ser denunciado. Lembrem que o abuso sexual e o estupro não acontecem só com desconhecidos. Eles podem ser praticados por quem a gente menos espera, inclusive, por uma pessoa atraente.



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sábado, 6 de julho de 2013

Aids: Brasil testará tratamento preventivo contra o HIV


Pesquisadores darão remédios para homens com alto risco de infecção

Vírus HIV
Vírus HIV: A partir de agosto, pesquisadores brasileiros vão recrutar 500 homens para testar tratamento preventivo(Thinkstock)
O uso de medicamentos antirretrovirais para prevenir a infecção por HIV — a chamada terapia pré-exposição — será testado no Brasil. Um estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz, com participação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e do Centro de Referência e Treinamento DST-Aids, da Secretaria de Saúde de São Paulo, acompanhará, durante um ano, 500 voluntários homens que fazem sexo com homens e travestis.
Os antirretrovirais são medicamentos usados para controlar a infecção pelo HIV em pessoas contaminadas. A combinação desses medicamentos é dada a pessoas logo após o contato com o vírus para tentar evitar que a infecção aconteça. A ideia de uma terapia preventiva contra o HIV é orientar os indivíduos com alto risco de contaminação a tomar antirretrovirais diariamente. Assim, caso haja o contato com o vírus da aids, as drogas conseguem suprimi-lo.
A eficácia da profilaxia antes da exposição ao HIV já foi comprovada por vários estudos. Um deles teve participação de pesquisadores da Fiocruz, Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade de São Paulo. Segundo os trabalhos, grupos que seguiram a terapia não se infectaram com o HIV.
“O nosso estudo avaliará como colocar em prática essa estratégia: a melhor forma de acompanhar a população que usa o medicamento, como preparar as equipes de saúde”, diz Beatriz Grinsztejn, coordenadora da pesquisa. Os resultados podem ajudar a dar mais elementos para o governo avaliar a adoção da terapia preventiva no país.
O recrutamento dos voluntários começará em agosto. Cartazes com “Um comprimido por dia pode prevenir HIV/Aids” serão espalhados por locais frequentados pela comunidade gay. O medicamento usado, uma combinação de antirretrovirais, não é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). veja.com
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terça-feira, 16 de abril de 2013

Cientistas desenvolveram rim em laboratório

Segundo especialistas, técnica baseada em reestruturação do órgão do próprio paciente mostrou 'grande potencial'.

Rim de rato desenvolvido em laboratório (Foto: BBC)Rim de rato desenvolvido em laboratório (Foto: BBC)
Um rim "criado" em laboratório foi transplantado para animais onde começou a produzir urina, afirmam cientistas norte-americanos.
A técnica, desenvolvida pelo Hospital Geral de Massachusetts e apresentada na publicação "Nature Medicine", resulta em rins menos eficazes do que os naturais. Mesmo assim, os pesquisadores de medicina regenerativa afirmam que ela representa uma enorme promessa.
Técnicas semelhantes para desenvolver partes do corpo mais simples já tinham sido utilizadas antes, mas o rim é um dos órgãos mais complicados de ser desenvolvido. Os rins filtram o sangue para remover resíduos e excesso de água. Eles também são o órgão com o maior número de pacientes na fila de espera de transplantes.
A técnica dos cientistas americanos consiste em usar um rim velho, retirar todas as suas células antigas e deixar apenas uma espécie de esqueleto, uma estrutura básica, que funcione como uma espécie de armação. A partir daí, o rim seria então reconstruído com células retiradas do paciente. Isso teria duas grandes vantagens sobre os habituais transplantes de rim.
Como o novo tecido será formado com células do paciente, não será necessário o uso de drogas antirrejeição, que evitam que o sistema imunológico bloqueie o funcionamento do órgão "estranho" ao corpo. Seria possível também aumentar consideravelmente o número de órgãos disponíveis para transplante. A maioria dos órgãos usados atualmente acaba rejeitada.
Teia de células
Nesse estudo, os pesquisadores usaram um rim de rato e aplicaram um detergente para retirar as células velhas. A teia de células restante, formada por proteínas, tem a forma do rim, e inclui uma intrincada rede de vasos sanguíneos e tubos de drenagem.
Esta rede de tubos foi utilizada para bombear as células adequadas para a parte direita do rim, onde se juntaram com a "armação" para reconstruir o órgão. O órgão reconstituído foi mantido em um forno especial por 12 dias para imitar as condições no corpo de um rato.
Quando os rins foram testadas em laboratório, a produção de urina chegou a 23% das estruturas naturais. A equipe, então, transplantou o órgão para um rato. Uma vez dentro do corpo, a eficácia do rim caiu para 5%.
No entanto, o pesquisador principal, Harald Ott, disse à BBC que a restauração de uma pequena fração da função normal já pode ser suficiente: "Se você estiver em hemodiálise, uma função renal de 10% a 15% já seria suficiente para livrar o paciente da hemodiálise. Ou seja, não temos que ir até o fim (garantir os 100% da função renal)."
Ele disse que o potencial é enorme: "Se você pensar sobre os Estados Unidos, há 100 mil pacientes aguardando por transplantes de rim e há apenas cerca de 18 mil transplantes realizados por ano." "O impacto clínico de um tratamento bem-sucedido seria enorme."
'Realmente impressionante'
Seriam necessárias ainda várias pesquisas antes de que o procedimento fosse aprovado para uso em pessoas. A técnica necessita ser mais eficiente, para a restauração de um maior nível de função renal. Os pesquisadores também precisam provar que o rim continuaria a funcionar por um longo tempo.
Haverá também os desafios impostos pelo tamanho de um rim humano. É mais difícil colocar as células novas no lugar certo em um órgão maior. O professor Martin Birchall, cirurgião do University College de Londres, envolveu-se em transplantes de traqueia produzidos a partir de armações desenvolvidas em laboratório. Sobre a pesquisa com o rim, ele disse: "É extremamente interessante, e realmente impressionante."
"Eles (os pesquisadores que desenvolveram o rim de rato) abordaram algumas das principais barreiras técnicas para tornar possível a utilização de medicina regenerativa para tratar de uma necessidade médica muito importante."
Ele disse que tornar o desenvolvimento de órgãos acessível a pessoas que necessitam de um transplante de órgão poderia revolucionar a medicina: "Do ponto de vista cirúrgico, é quase o nirvana da medicina regenerativa que você possa atender à maior necessidade de órgãos para transplante no mundo - o rim.
"

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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Ciência quer ressuscitar espécies extintas


De volta à vida

A ciência está cada vez mais próxima de "ressuscitar" espécies extintas, algumas delas desaparecidas há milhares de anos

Juliana Santos/ veja.com
Mamute-lanoso
Ilustração de um mamute-lanoso, um dos candidatos a ser "desextinto". Ele viveu nas regiões árticas da Terra e desapareceu há cerca de 10.000 anos. (Photoresearchers/Latinstock)
Parece roteiro de ficção científica, mas muitos cientistas já afirmam que em alguns anos os zoológicos receberão moradores inusitados, como o mamute-lanoso (Mammuthus primigenius) ou o tigre-de-dente-de-sabre (Smilodon). Previsões otimistas como esta são possíveis graças ao avanço da ciência, principalmente no campo da genética, que torna cada vez mais próxima da realidade a ideia de trazer de volta à vida animais de espécies que foram extintas.
De certa forma, o homem já conseguiu reverter a extinção pelo menos uma vez. Em 2003, uma equipe de cientistas espanhóis e franceses trouxe à vida uma espécie de cabra selvagem que estava extinta desde o ano 2000, o burcado, ou íbex-dos-pireneus (Capra pyrenaica pyrenaica). Porém o clone, batizado de Celia, nome da última íbex-dos-pireneus, de quem foram retiradas as células para a clonagem, morreu dez minutos após seu nascimento, devido a uma má-formação dos pulmões.
A clonagem é, dentre as técnicas que podem ser utilizadas para a "desextinção" (neologismo que vem do inglês "deextinction"), a única que possibilita que o animal gerado tenha exatamente o mesmo genoma de um membro da espécie extinta. Porém, para que a clonagem possa ser realizada, é preciso que uma célula viva, ou ao menos um núcleo celular intacto do animal tenha sido conservado, o que só é possível em extinções mais recentes.
Há, no entanto, duas outras abordagens promissoras. Uma delas se baseia no fato de que, mesmo depois de extintos, alguns animais têm partes de seu material genético preservadas em indivíduos de espécies semelhantes. O cruzamento dessas espécies pode gerar a recombinação do material genético até que o animal extinto seja "reconstruído", ou algo próximo a ele.
O consultor ambiental Ronald Goderie e arqueólogo Henri Kerkdijk utilizam esta técnica, conhecida como seleção retroativa (em inglês, back-breeding), em um projeto que visa trazer de volta os auroques (Bos primigenius), espécie de bovino de grande porte, extinto no século 17. Eles preferiram nomear o animal que estão desenvolvendo desde 2008 como Tauros,  um substituto moderno do auroque, uma vez que ainda não se sabe exatamente o quão parecido geneticamente esse animal poderá ser em relação ao parente extinto.
Passado distante – Outra técnica é a engenharia genética, que permite tentar trazer de volta animais que foram extintos há mais tempo. Ela requer apenas que o genoma do animal tenha sido sequenciado, e que ele possua um "parente próximo". Assim, os pesquisadores podem inserir trechos do material genético do animal extinto que correspondem às suas características específicas no genoma de um animal próximo a ele, a fim de obter novamente a espécie desaparecida.
É o que diversos pesquisadores estão tentando fazer com o pombo-viajante (Ectopistes migratorius), espécie nativa da América do Norte que tem peito avermelhado e cauda mais longa do que os pombos comuns. Essas aves viviam em bandos tão numerosos que, em época de migração, chegavam a encobrir a luz do sol durante seus voos. A caça indiscriminada fez com que esse animal tão abundante fosse extinto. Em 1900, o último animal em estado selvagem foi morto e, em 1914, o último exemplar que vivia em cativeiro, a fêmea Martha, morreu no zoológico de Cincinnati, nos Estados Unidos.
Mesmo com tantos métodos diferentes, alguns feitos ainda estão fora de cogitação. Os dinossauros, por exemplo, devem continuar restritos às telas de cinema: extintos há cerca de 65 milhões de anos, o processo de deterioração natural de seus restos fossilizados impossibilita a recuperação de material genético desses animais.
Já o mamute-lanoso, extinto há cerca de 10.000 anos, pode voltar a caminhar sobre a Terra. Os restos do animal, encontrados com frequência no solo congelado do Ártico, onde ele habitava, permitiram que os cientistas sequenciassem seu genoma. Essa informação, bem como a existência do elefante, considerado um parente próximo o bastante para que os mamutes possam ser gerados por fêmeas de elefantes, torna possível, ao menos teoricamente, trazer de volta esses animais. Resta saber, e vários estudiosos já se dedicam ao tema, se seria ético trazer animais de volta à vida.

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sexta-feira, 5 de abril de 2013

China abate aves contaminada por vírus H7N9


Nova cepa de vírus foi identificada como H7N9.
Autoridades acreditam que a transmissão é por contato direto com aves.

Com informações do  G1

China anunciou nesta sexta-feira (5) a 6ª morte provocada por uma nova cepa da gripe aviária, conhecida como H7N9, informou a agência Associated Press. As autoridades locais estão abatendo todas as aves que estavam no mercado de carnes Huhuai, em Xangai, onde o vírus foi detectado em pombos.
Funcionários do governo chinês sacrificam aves em medida sanitária para conter avanço do vírus da gripe aviária H7N9. (Foto: AFP)Funcionários do governo chinês sacrificam aves em medida sanitária para conter avanço do vírus da gripe aviária H7N9. (Foto: AFP)
Agentes de saúde da China recolhem aves mortas em Shangai nesta sexta-feira (5). (Foto: AFP)Agentes de saúde da China recolhem aves mortas
em Shangai nesta sexta-feira (5). (Foto: AFP)
Segundo a AP, o abate em massa de aves, que começou na noite de quinta-feira (4), é o primeiro desde que o governo chinês reconheceu a cepa H7N9, que já afetou 14 pessoas ao longo da costa leste do país, muitas delas de forma crítica.
As autoridades de saúde acreditam que o vírus está sendo transmitido através do contato direto com aves infectadas e dizem que não houve nenhuma evidência até agora de que o vírus está se espalhando facilmente entre as pessoas.
No entanto, os cientistas estão observando atentamente para ver se a gripe apresenta um risco considerável para a saúde pública ou se poderia desencadear uma pandemia global.
A China é um dos países mais vulneráveis a esta variação da gripe, de acordo com informações da agência France Presse, particularmente porque seu território tem a maior concentração de aves de criação do mundo e em muitas localidades os animais vivem em contato com a população.
No começo de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que a gripe das aves tinha causado a morte de 360 pessoas no mundo desde 2003. O vírus H5N1, o mais comum, é transmitido até agora do animal para o homem, mas os cientistas temem que uma mutação dê lugar a um contágio entre humanos, o que poderia gerar uma pandemia.
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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Cientistas brasileiros exumam restos mortais de D.Pedro I e suas mulheres


Foi a primeira vez que o corpo do imperador do Brasil passou por análise.
Arqueóloga disse que exames foram feitos em hospital paulistano em 2012.

Do G1, em São Paulo
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Tomografia de D. Pedro I, após processo de "decapagem". (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)Tomografia dos restos de
D. Pedro I (Foto: Divulgação/
Valter Diogo Muniz)
Cientistas brasileiros exumaram pela primeira vez para pesquisa os restos mortais de D. Pedro I, o primeiro imperador brasileiro, além de suas duas mulheres, as imperatrizes Dona Leopoldina e Dona Amélia.
A exumação fez parte do trabalho de mestrado da arqueóloga e historiadora Valdirene do Carmo Ambiel, que defendeu nesta segunda-feira (18) sua dissertação no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com Valdirene, os exames foram realizados em 2012 – entre fevereiro e setembro. Ela afirma que obteve em 2010 autorização de descendentes da família real brasileira para exumar os restos mortais. No entanto, negociações para que isto ocorresse iniciaram anos antes. “De forma oficial, esse trabalho começou a acontecer em 2010, mas ele se iniciou mesmo há oito anos”, explicou Valdirene ao G1.

Os exames foram realizados no Hospital das Clínicas de São Paulo e contaram com a ajuda de especialistas da Faculdade de Medicina da USP.

Transporte feito de madrugada
Segundo informações do site do jornal "O Estado de S. Paulo", um esquema de segurança foi montado para transportar as urnas funerárias de madrugada desde a cripta imperial, no Parque da Independência, no bairro do Ipiranga, até o local dos exames, em Cerqueira César, onde, sob sigilo, os esqueletos foram submetidos a ultrassonografias e tomografias.
O site do jornal informa ainda que as análises revelaram que D. Pedro I fraturou ao longo de sua vida quatro costelas do lado esquerdo, consequência de dois acidentes -- uma queda de cavalo e quebra de carruagem. Isso teria prejudicado um de seus pulmões e, consequentemente, agravado uma tuberculose que causou sua morte aos 36 anos, em 1834. Ele media entre 1,66 m e 1,73 m e foi enterrado com roupas de general.
Exumação de D. Pedro I (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)Exumação de D. Pedro I (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)
O "Estado" informa aponta que a exumação dos restos mortais de Dona Leopoldina contradiz a história de que a então imperatriz do Brasil teria fraturado o fêmur após Dom Pedro I tê-la empurrado de uma escada do palácio Quinta da Boa Vista, então residência da família real, localizada no Rio de Janeiro. No exame, não foram encontradas fraturas.
Restos de D. Leopoldina (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)Restos de D. Leopoldina (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)
Imperatriz mumificada
Dona Amelia surpreendeu por estar mumificada (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)Dona Amelia surpreendeu por estar mumificada (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)
No caso da segunda mulher do primeiro imperador do país, Dona Amélia, segundo noticia o "Estado", os cientistas se surpreenderam ao ver que a imperatriz foi mumificada e tinha partes do seu corpo preservados, como cabelos, unhas e cílios. Um crucifixo de madeira e metal foi enterrado com ela.
Relevância
De acordo com Astolfo Gomes de Mello de Araújo, professor de Arqueologia do MAE/USP e um dos orientadores do trabalho de Valdirene, a exumação dos corpos de parte da família real brasileira é importante para entender melhor o período imperial que o país viveu, que, segundo ele, é tratado com relativamente pouca relevância.
“O Brasil, de uma maneira geral, tem uma memória histórica curta (...) O trabalho mostrou que havia ali dados importantes, além de derrubar a dúvida de que ali pudessem não estar enterrados os restos mortais”, disse Araújo, referindo-se ao Monumento da Independência, cripta imperial localizada em São Paulo, onde estão as urnas funerárias.
Detalhe das mãos de D. Amélia segurando um crucifixo (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)Detalhe das mãos de D. Amélia segurando um crucifixo (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)
Ele disse que medalhas e comendas que foram enterradas com D. Pedro I foram recuperadas durante a análise das urnas funerárias. Segundo o professor, esses materiais passam por restauração e estão atualmente em posse do Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura de São Paulo. “Esse material foi recolhido e deve ser exposto”, explica.
O orientador ressaltou ainda a importância da obtenção das autorizações para a exumação, tanto de integrantes da família real brasileira, quanto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
“Que isto sirva de exemplo até para outros países, onde há cada vez mais tabu em relação ao estudo de restos humanos (...) As pessoas acham que os restos mortais não podem ser manipulados. Isso é um retrocesso total, porque ali há informações importantes. Os restos humanos são tratados com respeito”, disse.
D. Leopoldina passa por tomografia (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)D. Leopoldina passa por tomografia (Foto: Divulgação/Valter Diogo Muniz)
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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Comer frutas e legumes deixa jovens mais calmos e felizes


Psicologia

Nova pesquisa descobriu que as pessoas relatam um humor melhor do que o normal quando consomem maiores quantidades desse tipo de alimento

Frutas e verduras
Frutas e verduras: Alimentação saudável pode ser chave para o bom humor (Thinkstock)
veja.com
 Um novo estudo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, mostrou que uma boa alimentação pode melhorar o humor de uma pessoa e fazer com que ela tenha mais sentimentos bons do que ruins. Segundo a pesquisa, os dias em que os jovens consomem mais frutas e legumes são aqueles em que eles parecem estar mais calmos, felizes e dispostos do que normalmente são. Essas conclusões serão publicadas nesta quinta-feira no periódico British Journal of Health Psychology.
A pesquisa, coordenada por Tamlin Conner, do Departamento de Psicologia da universidade neozelandesa, foi feita a partir dos dados de 281 pessoas com uma idade média de 20 anos que responderam a um questionário com seus dados pessoais. Os participantes também mantiveram, durante 21 dias consecutivos, uma agenda na qual escreviam tudo o que comiam no dia. Além disso, relataram como estava o seu humor a cada dia — para isso, eles listavam nove adjetivos positivos e nove negativos que tivessem relação com o que eles estavam sentindo no momento.
Mais energia - Os autores do estudo encontraram uma forte relação entre um maior consumo de frutas e legumes e relatos mais positivos sobre o humor naquele dia. A mesma associação não foi identificada com outros tipos de alimento. “Os jovens afirmavam estar mais calmos, felizes e com mais energia do que o normal quando comiam mais frutas e legumes”, diz Conner. A pesquisadora também concluiu que o consumo desses alimentos em um dia aumenta a chance de uma pessoa estar bem humorada no dia seguinte.
De acordo com Conner, uma pessoa precisa ingerir de sete a oito porções de frutas e legumes ao dia para que um efeito positivo significativo no humor ocorra. “Uma porção é uma quantidade equivalente ao que cabe na palma de sua mão. Uma sugestão para alcançar essa quantidade de sete porções é fazendo com que os legumes ocupem metade do seu prato e também optar por frutas na hora dos lanches entre as refeições”, diz.

ProfessorEdgar.com

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Sonda da Nasa registra erupção solar

G1


Uma sonda da agência espacial americana (Nasa) captou uma erupção solar de "pequenas proporções" com 20 vezes o diâmetro da Terra. O evento ocorreu nesta segunda-feira (31) e durou quatro horas.
Abaixo, aparece uma imagem em escala do nosso planeta, para dar uma noção do tamanho da erupção solar, que se estendeu por mais de 257 mil quilômetros além do Sol.
Erupção solar (Foto: Nasa/SDO/Steele Hill)Erupção solar registrada na segunda é comparada acima ao tamanho da Terra (Foto: Nasa/SDO/Steele Hill)







Como identificou a sonda Solar Dynamics Observatory em luz ultravioleta extrema, forças magnéticas impulsionaram o fluxo de plasma do Sol, mas sem força suficiente para vencer a gravidade, razão pela qual a maioria do plasma caiu novamente sobre a estrela.


Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 15 de dezembro de 2012

Butantan faz exposição "Grandes Epidemias"




















___Museu de Microbiologia do Instituto Butantan

A exposição “Grandes Epidemias” será inaugurada hoje, 11 de dezembro, no Instituto Butantan, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, no Museu de Microbiologia. O objetivo do evento é levar informação e alertar o público para o perigo que as epidemias representam.

No local, os visitantes terão a oportunidade de conhecer a história de algumas destas doenças do passado e as atuais. Televisores e painéis contam com a ajuda de sensores de movimento para explicar sobre as cinco principais epidemias que atingiram a humanidade: peste, varíola, meningite, aids e gripe.

“Temos que compreender as epidemias. O desmatamento, por exemplo, trouxe vetores de doenças para as cidades e o uso indiscriminado de antibióticos levou ao surgimento de microrganismos resistentes”, explica a diretora do Museu de Microbiologia, Viviane Maimoni Gonçalves. “Hoje epidemias novas podem se alastrar pelo mundo com grande rapidez em razão das facilidades de deslocamento atuais”.

A exposição funciona de terça a domingo entre 10 e 16 horas e a entrada é gratuita. O Instituto Butantan fica na avenida Vital Brasil 1.500, Butantã, zona oeste da capital.

Redação da Agência de Notícias da Aids 

Blog Diário da História
Professor Edgar Bom Jardim - PE