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domingo, 14 de outubro de 2018

Exageros e compromissos/ disfarces e euforias

Resultado de imagem para fascismo


Não vamos achar que PT é sagrado, quebrou a política tradicional. O sagrado é perigoso, engana e cria ilusões. Houve escorregões visíveis nos governos petistas. Negar isso é querer ir para o paraíso. Portanto, estamos diante de fatos que provocam reações negativas. No entanto, usar a culpa com argumento é vazio. Negar-se a avaliar a situação limite atual é estranho. Vejo muitos ressentimentos e gente colocando suas vinganças em dia. Houve prejuízos, Dilma decepcionou, alguns perderem grana, outros desejam se manter limpos de qualquer corrupção. Não é possível imaginar profecias, prefiro agir e retomar certa reflexões de Hannah.
Política sem erros inexiste. Já se fabricaram muitas utopias e revoluções e a incompletude continua e a frustração gera crises imensas. Não só aqui. Observem as guerras mundiais, há pessoas que adoram Stálin e outras que vibram com o autoritarismo. Todos possuem uma concepção de mundo com valores que mudam. No entanto, há quem se esconda, justifique-se com racionalismos elaborados e sintam-se livres de cobrança. A heterogeneidade ganha corpo, inquieta a sociedade. Não poderia ser diferente. somos animais predadores e cheios de artimanhas.
Vivemos momentos singulares. Até afetividades antigas então sendo desmontadas. Encontrei-me com pessoas apavoradas e outras debochado do fracasso do PT. É uma ambiguidade cruel. Não há como conciliar certas coisas e muitos gritam mudanças, sabendo das proposta agressivas de Jair. Lavar as mãos é fácil. O PT surgiu pequeno, com poucos militantes. Lembro-me claramente. Estudava na UNICAMP. Seu crescimento foi inesperado. Lula fez um governo celebrado. Notícias se espalharam pelo mundo e tudo parecia nos trilhos.
Nunca assinei carteirinha de partidos, mas tenho ideias e participo da luta.Procuro manter coerência. Sou professor, faz tempo. Não fujo da raia e sei que tenho importância na hora de formar opiniões. Fica assustado com a omissão de alguns e como eles são apropriados pela mediocridade de outros. O cinismo corre acelerado. Estamos no capitalismo. O narcisismo  é forte numa sociedade de consumo. Há euforias que não entendo e vaidades que superam qualquer magia. A fraqueza de Jair é de doer. Porém, o país se divide e pega fogo. O que vem por aí é um enigma. Cada um assume sua responsabilidade e vamos tentar nos livrar do desastre.
Por Paulo Rezende. A astúcia de Ulisses.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Por que o Dia das Crianças é comemorado em 12 de outubro no Brasil?


Crianças brincando em pula-pula, em programação especial para o Dia das Crianças em 2016, em BrasíliaDireito de imagemVALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL
Image captionO Dia das Crianças custou a 'pegar'. Não havia feriado e o comércio não atentava para ela
No dia 12 de outubro de 1923, o Rio de Janeiro, então capital federal, sediou um evento que reuniu estudiosos de infância e políticos de vários países. Era o Congresso Sul-Americano da Criança, cuja pauta discutia questões educacionais, alimentares e de desenvolvimento.
Um político notou a comoção provocada pelo tema na época. No ano seguinte, o recém-eleito deputado federal Galdino do Valle Filho (1879-1961) propôs uma lei instituindo, no 12 de outubro, o Dia das Crianças no Brasil.
Em 5 de novembro de 1924, o então presidente da República Arthur Bernardes (1875-1955) sancionou o Decreto 4.867. "Artigo único. Fica instituído o dia 12 de outubro para ter lugar, em todo o território nacional, a festa da criança, revogadas as disposições em contrário", diz o texto.
E, assim, foi criado o Dia das Crianças.
Mas a data custou a pegar. Não havia feriado e o comércio não atentava para ela.
Brinquedas em primeiro plano, com crianças ao fundo, no Dia Mundial do Brincar, em Brasília em 2017Direito de imagemMARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Image captionNos anos 50, fabricantes acharam por bem focar seus esforços em uma única data
Em 1940, o presidente Getúlio Vargas (1882-1954), criou um novo decreto. Por pouco, o Dia das Crianças não "mudava" de data.
Na lei de Vargas, que "fixava as bases da organização da proteção à maternidade, à infância e à adolescência em todo o País", o artigo 17 do capítulo 6 dizia: "será comemorado em todo o País, a 25 de março de cada ano, o Dia da Criança".
"Constituirá objetivo principal dessa comemoração avivar na opinião pública a consciência da necessidade de ser dada a mais vigilante e extensa proteção à maternidade, à infância e à adolescência", dizia o texto.
Mas o 25 de março não saiu do papel.
Nos anos 1950, uma intensa campanha de marketing criou, de fato, o Dia das Crianças no Brasil.

Bebê robusto

Foi uma promoção conjunta entre duas gigantes da indústria: a fábrica de brinquedos Estrela e a Johnson & Johnson. Em 1955, elas lançaram a Semana do Bebê Robusto. Era uma ação para aumentar as vendas dos produtos, é claro. Mas envolvia a população, pois os clientes eram convidados a enviar fotos de seus filhos - de 6 meses a 2 anos. E os pais do "bebê Johnson do ano" embolsavam um prêmio, enquanto o rebento tinha o rosto e a fofurice estampados em revistas e jornais.
Com a adesão de outras empresas, em pouco tempo a Semana do Bebê Robusto se tornou Semana da Criança. Foi quando os fabricantes decidiram concentrar os esforços em uma única data. Recuperaram o decreto de 1924 e, desde então, todo brasileiro sabe: dia 12 de outubro é dia de presentear a criançada.
Menina com pincel na mão e boneca no chão com o corpo pintado com tintas coloridasDireito de imagemMAURICIO GRAIKI / GETTY IMAGES
Image captionData, segundo analista, desperta sentimentos de nostalgia e é importante para o calendário brasileiro
"Essas datas surgem pois o comércio precisa conseguir vender também em épocas de baixa sazonalidade", contextualiza a administradora de empresas Mariana Munis, especialista em marketing e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie de Campinas.
"Do meu ponto de vista, algumas datas comemorativas pegam mais do que outras porque surgiram primeiro. Dia das Crianças, Natal, Dia dos Namorados e Dia das Mães são exemplos bem-sucedidos."
"Também acho que o Dia das Crianças desperta sentimentos de nostalgia. Aproxima os pais dos filhos", acrescenta Munis. "É quando os pais, em meio a uma vida tão corrida, querem dar algo para os filhos. Por isso acabou se tornando uma data tão importante para o calendário brasileiro."

Comércio paulistano

De acordo com o economista Marcel Solimeo, da Associação Comercial de São Paulo, o Dia das Crianças "não tem peso significativo para o comércio" - ao contrário de datas como Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados.
Por outro lado, ele afirma que "como o Dia das Crianças se encontra em um período próximo ao Natal, ele representa para os lojistas um termômetro "de como vai ser o fim do ano".
"Se no Dia das Crianças as vendas de brinquedos forem boas, por exemplo, é sinal de o comércio está mais aquecido e isso deve se refletir positivamente no Natal", exemplifica.
Solimeo ressalta que, depois da forte crise econômica, o comércio vem se recuperando. E isto já pode ser notado pelas vendas em datas comemorativas. "Acreditamos este ano em um crescimento na casa dos 3% em relação a 2017 no movimento de vendas do varejo paulistano no Dia das Crianças", prevê.
"É um ritmo moderado e aproximado ao que o setor tem apresentado: no período acumulado de janeiro a agosto de 2018, as vendas cresceram em média de 2,8%. Importante lembrar que a realização do primeiro turno das eleições no fim de semana anterior ao Dia das Crianças pode diminuir o movimento nas lojas, já que a atenção do consumidor tende a estar voltada para o cenário político e à escolha dos candidatos", lembra ele.
Ainda de acordo com os dados da Associação Comercial, nos últimos anos, o Dia das Crianças sentiu quedas bruscas nas vendas - de 6,9% em 2016 e 13% em 2015. "Em 2017 o movimento voltou a crescer, 3%, mas sobre uma base muito fraca", salienta o economista.
Três meninos em brinquedo de parqueDireito de imagemEDISON VEIGA
Image captionInternacionalmente, a Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) reconhece o dia 20 de novembro como o Dia Mundial da Criança

Outros países

Ao redor do mundo, outros países também celebram o Dia das Crianças, mas em outras datas. Em 1925, houve uma Conferência Mundial para o Bem-Estar da Criança em Genebra, na Suíça. Ali ficou instituído o dia 1º de junho como o Dia Internacional da Criança - e esta data entrou para o calendário de diversas nações, como Portugal, China, Eslovênia, Polônia e Angola.
Já a Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) reconhece outra data. Dia 20 de novembro é considerado o Dia Mundial da Criança porque foi neste dia, em 1959, que foi aprovada a Declaração Universal dos Direitos da Criança. Finlândia, França, Trinidad e Tobago, Reino Unido e Canadá estão entre os países que levam em conta esta data.
Imagem mostra crianças dentro de uma bolha de sabão observadas por grupo de adultos, em uma praça na EuropaDireito de imagemMARIANA VEIGA
Image captionData é comemorada em diferentes períodos ao redor do mundo
Mas há muitos exemplos diferentes. A Austrália instituiu como Dia da Criança a última quarta-feira de outubro. Na Argentina, é o segundo domingo de agosto. Na África do Sul, o primeiro sábado de novembro. Países da África Central - Congo, Chade, Camarões e outros - comemoram a data junto ao Natal, 25 de dezembro. O Japão tem uma data para meninas (3 de março) e outra para meninos (5 de maio). Na Hungria, é o último domingo de maio.
Arquidiocese de Brasília realiza missa solene e procissão durante Festa da Padroeira - Nossa Senhora Aparecida, na Esplanada dos Ministérios, em 2017Direito de imagemMARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
Image captionO feriado brasileiro de 12 de outubro não tem nada a ver com o Dia das Crianças, mas com a padroeira, Nossa Senhora Aparecida

Nossa Senhora Aparecida

Mas não se engane. O feriado brasileiro de 12 de outubro não tem nada a ver com o Dia das Crianças. A data foi criada em 1980 por causa de outra comemoração de 12 de outubro: Nossa Senhora Aparecida.
A santa já era oficialmente padroeira do Brasil desde 1930, após decreto papal. Em 30 de junho de 1980, João Paulo II (1920-2005) se tornava o primeiro papa a pisar em solo brasileiro. O presidente João Figueiredo (1918-1999), último da ditadura militar do Brasil, aproveitou a data para declarar feriado nacional o dia da Padroeira, 12 de outubro.
A partir daquele ano, portanto, ficou "declarado feriado nacional o dia 12 de outubro, para culto público e oficial a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil", conforme o texto da lei.
"O Dia das Crianças, no meu entender, não ofusca a festa de Nossa Senhora Aparecida. As celebrações, entre crianças e a padroeira, são compartilhadas", acredita o pesquisador e estudioso da vida de santos José Luís Lira, fundador da Academia Brasileira de Hagiologia. "Vez por outra, vemos até a imagem de Nossa Senhora Aparecida estilizada para crianças."
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Violência Política:Instituições de ensino são pichadas com frases preconceituosas em todo Brasil


O mais recente ataque aconteceu na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo
Muitas mensagens machistas, racistas, homofóbicas e preconceituosas contra diferentes grupos têm se espalhado pelas faculdades, universidades e escolas de todo o país. Em um local onde o debate e a troca de ideias deveria imperar, o que parece dominar é a ignorância e falta de diálogo.
O mais recente ataque aconteceu na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo. Uma das portas do banheiro trazia a mensagem “Bolsonaro vai limpar essa faculdade de preto e viado”, seguido do número 17, que representa a candidatura do presidenciável. Abaixo do número ainda estava escrito “preto vai morrer”.
Menos de 12 horas depois do término do primeiro turno da eleição deste ano, pichações racistas foram flagradas em um banheiro unissex da Universidade São Judas Tadeu, no Butantã. Na ocasião, foram escritas nas paredes frases como: “vão se f**** seus negros e feministas de merda, gays do demo, burn jews (queime judeus)”, além de uma grande suástica (símbolo do nazismo). Em outra cabine “ideologia de gênero é o c******” era o que estava pichado.
Em nota, a Universidade São Judas afirmou que realizou prontamente uma vistoria no local para que elas fossem imediatamente removidas. Caso seja encontrada qualquer outra pichação com tal teor, será imediatamente retirada. “Nossa instituição é apartidária e respeita a pluralidade de ideias e o direito individual de livre expressão e manifestação, garantido constitucionalmente a todos, mas repudia todo e qualquer ato de intolerância, preconceito, apologia ao ódio ou desrespeito. Ressaltamos que já foi aberto processo de apuração interna para que sejam tomadas as medidas disciplinares e administrativas cabíveis”, diz o texto.
A Faculdade de Direito de São Bernando do Campo, por sua vez, enviou um comunicado à Jovem Pan afirmando que a instituição está entristecida após tomar ciência do ato de racismo e homofobia. “Externamos nosso veemente repúdio a esse tipo de comportamento. Reafirmamos nosso irrestrito compromisso com a dignidade da pessoa humana e pedimos desculpas sinceras a toda nossa comunidade acadêmica”, diz a nota.  Segundo a instituição, a Polícia já foi avisada e uma sindicância interna realizou perícia no local. “Convocaremos o Grupo de Trabalho para Combate à Intolerância – para a apresentação de propostas de ações pedagógicas – e audiência pública para novamente discutir o tema com toda a Comunidade Acadêmica”, finaliza o texto.
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QUE ABSURDO! assim eu não visto a camisa da faculdade São Judas Tadeu. Isso me dá nojo e vergonha. Providências devem ser tomadas IMEDIATAMENTE. @usjtoficial
Cursinhos e escolas também não escaparam. No curso do Anglo Tamandaré, no bairro da Liberdade, em São Paulo, as pichações diziam “Bolsomito 17. Morte aos negros, gays e lésbicas. Já está na hora desse povo morrer!”.
A coordenação do curso publicou uma nota oficial sobre o caso. “A atitude covarde e belicosa de quem opta por tal postura nos causou tristeza e indignação. Não basta uma nota formal de repúdio às pichações: Como educadores, não podemos parar por aqui e achar que esta nota esgotaria nossas responsabilidades em torno do tema. A democracia e a defesa dos Direitos Humanos exigem esforços constantes de todos nós. Sem medo e sem descanso”.
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Não estamos brincando quando alertamos que a situação é gravíssima.
Pichação de hoje no cursinho Anglo Tamandaré, o mais tradicional de São Paulo.
Não é possível que votem em Bolsonaro, NÃO MESMO!, , !
No Rio de Janeiro, em um colégio da Zona Sul, uma pichação homofóbica também foi encontrada. A frase “Sapatas vão morrer kkkk” estava em um prédio anexo do Colégio Franco-Brasileiro, em Laranjeiras.
“É uma escola de 103 anos e não vamos admitir nenhum tipo de preconceito nem pichação. Nosso papel é formar um cidadão crítico, trabalhar com valores, somos uma escola laica. Sei que pode ter sido só uma brincadeira, mas não vai ser permitido, o aluno precisa aprender a respeitar”, disse a diretora-pedagógica Celuta Reissmann.
Pixação no colégio onde estudei até os 15 anos: "sapatas vão morrer". O Colégio Franco Brasileiro sempre foi conservador - apesar da raiz francesa - mas nunca havíamos chegado a este ponto.
Apesar das denúncias virem à tona recentemente, desde o ano passado essas pichações já se propagavam. Em fevereiro de 2017, por exemplo, os banheiros dos prédios 4, 6, 24 e 25 da Universidade Presbiteriana Mackenzie também foram atacados. “Gay não é gente, fora do Mackenzie. Bolsonaro 2018”, dizia uma das escritas. Em outro o ataque, a frase era “Viado e feminista no Mack não!! Bolsomito 2018”.

Na ocasião, o Coletivo LGBT Mackenzista reclamou que “a Instituição permanece omissa, não tendo desempenhado nenhuma ação efetiva sequer” e lembrou que a Constituição Federal vigente em nosso país, em seu artigo 5°, assegura igualdade de direitos, sem distinção de nenhuma natureza, a todos os cidadãos.

Fonte:jovempan.uol.com.brProfessor
Edgar Bom Jardim - PE