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domingo, 7 de maio de 2017

São João do Brasil

Por Darse Júnior 
Se depender do esforço integrado do Ministério do Turismo, músicos do forró e parlamentares, o som da sanfona do São João vai embalar a economia Brasil afora. Nesta quarta-feira (17), o ministro Henrique Eduardo Alves esteve reunido com artistas como Genival Lacerda e Santana o Cantador, onde se comprometeu a buscar recursos para apoiar o evento e transformá-lo em uma celebração nacional. Está prevista também a realização de uma pesquisa para medir o impacto econômico e ajudar na divulgação desta tradição brasileira nos mercados nacional e internacional.
"Vou conversar com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, para usarmos a Olimpíada para mostrar ao mundo o nosso São João", propôs Henrique Eduardo Alves. A ideia é levar atrações típicas das festas juninas para a Casa Brasil, um espaço dedicado à promoção do país nos jogos olímpicos. "Estamos falando de uma manifestação cultural que tem muito potencial para atrair os estrangeiros", completou.
O ministro também irá articular, junto ao governo federal, a liberação da emenda da Comissão de Turismo, no valor de R$ 13 milhões, para apoio às festas de São João, além de sugerir que seja realizada uma sessão do Congresso Nacional sobre o tema. Para chamar a atenção da população brasileira, da mídia e de possíveis patrocinadores, Henrique Eduardo Alves promoverá em Brasília, no mês de maio, uma festa de São João com atrações de diversos estados. "Precisamos estar unidos, trabalhar juntos, governo, parlamentares e artistas para fortalecer esta importante manifestação cultural do país", destacou.
O ex-secretário de Turismo da Bahia, Domingos Leonelli, responsável pela articulação entre cantores, parlamentares e o MTur, ressaltou o aspecto econômico da festa. "O movimento do comércio registrado no São João na Bahia só perde para o Natal. É maior que o Dia das Mães, por exemplo", avaliou. Ele lembrou que, apesar da comemoração ser mais forte no Nordeste, todo o Brasil comemora o São João. "É uma festa capaz de unificar o país", afirmou. De acordo com Leonelli, eram vendidos 12 mil pacotes de viagem para a Bahia em 2008 por uma única agência de viagem. Depois de um trabalho estruturado para promover o São João, foram vendidos 40 mil pacotes em 2012.
Para a senadora Lídice da Mata (PSB/BA), o São João é uma forma de diversificar a oferta turística brasileira. "O turismo não pode ser uma atividade apenas do litoral. O Brasil tem um interior rico em cultura e precisamos valorizá-lo", ressaltou. A audiência contou, ainda, com a presença do secretário de Turismo da Bahia, Nelson Pellegrino, e de diversos deputados federais que firmaram o compromisso de reforçar o orçamento do Ministério do Turismo nos próximos anos, por meio de emendas parlamentares, para apoiar o São João. turismo.gov.br

Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Belchior

Fotografia 3x4.
Eu me lembro muito bem do dia em que eu cheguei
Jovem que desce do norte pra cidade grande
Os pés cansados e feridos de andar légua tirana...nana
E lágrima nos olhos de ler o Pessoa
e ver o verde da cana..nana iiiiiii
Em cada esquina que eu passava
um guarda me parava, pedia os meus documentos e depois
sorria, examinando o três-por-quatro da fotografia
e estranhando o nome do lugar de onde eu vinha.
Pois o que pesa no norte, pela lei da gravidade,
disso Newton já sabia! Cai no sul grande cidade
São Paulo violento, Corre o rio que me engana..nana iiiii
Copacabana, zona norte
e os cabarés da Lapa onde eu morei
Mesmo vivendo assim, não me esqueci de amar
que o homem é pra mulher e o coração pra gente dar,
mas a mulher, a mulher que eu amei
não pôde me seguir ohh não
esses casos de família e de dinheiro eu nunca entendi bem
Veloso o sol não é tão bonito pra quem vem
do norte e vai viver na rua
A noite fria me ensinou a amar mais o meu dia
e pela dor eu descobri o poder da alegria
e a certeza de que tenho coisas novas
coisas novas pra dizer
a minha história é ... talvez
é talvez igual a tua, jovem que desceu do norte
que no sul viveu na rua
e que andou desnorteado, como é comum no seu tempo
e que ficou desapontado, como é comum no seu tempo
e que ficou apaixonado e violento como, como você
Eu sou como você. Eu sou como você. Eu sou como você
que me ouve agora. Eu sou como você. Como Você.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 31 de março de 2017

A história e astúcia

Conte as pedras da história sem sentir o peso,
como se fossem metáforas transcendentais e agudas.
Não acredite no deus que não dança, nem na sereia que não seduz.
Mergulhe no mar da aventura numa embarcação velha,
e compare-se com Ulisses inventando astúcias e risos.
Não seja objetivo, dispense os gênios da academia
e procure a lâmpada de Aladim sem agonia e pressa.
Não esqueça Scherezade, nem do seu amor platônico pelas palavras,
fuja das histórias que não tem perfumes e dos amores que adormecem.
Salve-se marcando um encontro com Vênus na curva do labirinto,
há nela uma luz que abandonou seu último sonho cheia de preguiça e insensatez,
mas consegue desenhar todo seu rosto iluminado-o com uma pequena sombra.
Seja hermeneuta, não se encante com os conceitos sem lágrimas e sem coração.
Por Paulo Rezende.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 1 de março de 2017

Vídeo do IV Encontro de Burrinhas, Caboclinhos, Catirinas e Maracatus de Pernambuco.

Assista ao vídeo AQUI em LEIA MAIS.
" O Encontro de Burrinhas, Caboclinhos, Catirinas e Maracatus de Pernambuco, é uma Universidade de Cultura Popular, aberta para todos. Educação e Expressão Artística, Humanidades e Protagonismo Cultural de Bom Jardim. Existem pessoas, que infelizmente, não consegue enxergar essa riqueza, um verdadeiro espetáculo de conhecimento, saber, criatividade, cultura, tecnologia social, desenvolvimento da economia criativa e solidária, fomento ao turismo regional, sustentabilidade da nossa memória, história e identidades com base na miscigenação". Professor Edgar S. Santos - Produtor Cultural/ Idealizador do Projeto.
Foto e Vídeo de Glecy Carla e Chico Pezão.

Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=B42wnb_f8bo
Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

De crime a arte: a história do grafite nas ruas de São Paulo


Bárbara Goys faz grafite em muro da cidadeDireito de imagemLEO PINHEIRO
Image captionPara Bárbara Goys, criadora de um dos painéis apagados na ação da prefeitura, é preciso valorizar a importância do grafite no desenvolvimento turístico da cidade

No início da década de 1980, desenhos enormes de frangos assados, telefones e botas de salto fino começaram a aparecer em muros de São Paulo.
Eram alguns dos primeiros grafites em espaço público da capital paulista, feitos pelo artista etíope radicado no Brasil Alex Vallauri.
Naquela época, com a liberdade de expressão caçada pela ditadura militar, o grafite era considerado crime pela legislação brasileira. "A própria ocupação da rua já era vista como um ato político", diz o sociólogo e curador de arte urbana Sérgio Miguel Franco.
E nas obras de Alex Vallauri era possível entender o lado político do grafite paulistano: um dos seus primeiros desenhos foi o "Boca com Alfinete" (1973), uma referência à censura.
Nos anos seguintes, ele encheu os muros da capital de araras e frangos que pediam Diretas Já, o slogan do movimento por eleições diretas no final da ditadura.
Vallauri influenciou outros artistas a ocuparem as ruas da capital paulista e a data de sua morte - 27 de março de 1987 - é lembrada como o Dia do Grafite no Brasil.
O aniversário de 30 anos da data, em 2017, criou nos artistas a expectativa de que este seria um ano de valorização do trabalho que fazem na cidade.
No entanto, em 14 de janeiro, o novo prefeito da capital paulista, João Doria Jr. (PSDB), anunciou que seria apagados os painéis da avenida 23 de Maio, como parte do programa "São Paulo Cidade Linda".
A decisão provocou críticas dos artistas e dividiu opiniões entre especialistas em arte urbana.

Primeira versão do painel na passagem subterrânea que liga à avenida Dr. Arnaldo à avenida Paulista, em São PauloDireito de imagemREPRODUÇÃO
Image captionPrimeira versão do painel na passagem subterrânea que liga à avenida Dr. Arnaldo à avenida Paulista, em São Paulo

Grafitódromo

Com a polêmica gerada após a ação, a Secretaria da Cultura de São Paulo afirmou que pretende cria uma área para grafiteiros e muralistas no bairro da Mooca, na zona leste de São Paulo, chamada de grafitódromo. Segundo Doria, assim como a arte fica nos museus, o grafite também deve ficar em "lugares adequados".

Casa grafitada por Bárbara GoysDireito de imagemLEO PINHEIRO
Image caption"Por trás de um grafite existe uma história que não pode ser ignorada. Ignorar a história de uma obra de arte é um tiro no pé", diz a grafiteira Bárbara Goys

A ideia é inspirada em Wynwood, um bairro de Miami que abriga painéis e murais de arte urbana, assim como a venda de produtos licenciados para viabilizar o negócio.
"Doria não precisa olhar para Miami para intervir nas artes de rua. O mundo é que olha para nós. São Paulo sempre foi a capital do grafite mundial", afirma Rui Amaral, autor do primeiro grafite pintado à mão em São Paulo, em 1982.
Para o artista plástico Jaime Prades, que também fez parte da primeira geração de grafiteiros, o grafitódromo representa um limite para liberdade de expressão. "É uma visão paternalista que quer impor o que considera 'certo'. Logo, o grafite é algo errado, que tem que ser contido e controlado", diz.
"Mas nesse caso, não seria mais grafite, já que a alma do grafite é interagir com a cidade livremente."
A prefeitura também informou que criará um programa de grafite, que terá início com a criação, na rua Augusta, do Museu de Arte de Rua (MAR), no qual 150 artistas terão seus painéis expostos por até três meses.
"Criar um distrito para o grafite pode ser interessante, pois daria total liberdade para aqueles artistas exercitarem sua arte. Seria necessário verificar quais seriam estes critérios para estabelecer o local certo. Eles teriam que ser ouvidos e a população também", defende o arquiteto João Graziosi, professor de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie.

Jamie Prades trabalha em grafite feito nos túneis da Paulista em 1987Direito de imagemNETA NOVAES
Image captionJamie Prades trabalha em grafite feito nos túneis da Paulista em 1987

Graziosi diz, no entanto, que a criação do grafitódromo não deve excluir outros locais da cidade possíveis para os murais e grafites. "Os painéis da 23 de maio, assim como a parte de baixo de viadutos e uma série de paredes cegas existentes na cidade ficaram bem melhores com a intervenção artística, por exemplo. Acho que deveriam continuar a existir."
Já para a arquiteta e professora Ana Cláudia Scaglione Veiga Castro, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, "a ideia de grafites em 'lugares adequados' pareceria inadequada se não fosse trágica".
"Trata-se de uma espécie de ação de marketing que busca dar visibilidade a essa ideia de prefeito-gestor, aquele que administra a cidade como se esta fosse uma empresa. Nesse caso, o 'gerente' da empresa quer dar um exemplo para seus 'funcionários e clientes' de que não se deve sujar as paredes."

Grafite x pichação

A discussão sobre o grafite como arte ou como vandalismo, segundo Rui Amaral, reflete o modo como cada gestão pública entende essas intervenções urbanas.
A autorização para fazer intervenções na avenida 23 de Maio, por exemplo, era pedida pelos artistas desde a gestão de Jânio Quadros (1986 a 1989), mas foi autorizada somente no fim da gestão de Fernando Haddad (PT), em 2016.
"A avenida 23 de Maio foi o ápice do movimento artístico urbano paulistano", relembra Amaral, que é responsável pelas gravuras do buraco da av. Paulista, desenhados pela primeira vez, de forma ilegal, em 1989 e legalizados em 1991 pela gestão de Luiza Erundina (PT).
Até 2011, o grafite em edifícios públicos era considerado crime ambiental e vandalismo em São Paulo. A partir daquele ano, somente a pichação continuou sendo crime.
De um modo geral, a pichação - que costuma trazer frases de protesto ou insulto, assinaturas pessoais ou de gangues - é considerada uma intervenção agressiva e que degrada a paisagem da cidade. O grafite, por sua vez, é considerado arte urbana.
Para o sociólogo Alexandre Barbosa Pereira, pesquisador de Antropologia Urbana da Unifesp, a dissociação entre grafite e pichação contribuiu para que o grafite começasse a ser aceito, mas apenas como forma de combate ao picho.
O pesquisador lembra que uma das justificativas da gestão Doria para apagar os painéis da 23 de Maio era a presença de pichação sobre eles.
"O grafite, mais associado à arte, é mais facilmente entendido como forma de ação do Estado e mesmo do mercado, já a pichação, execrada pela maioria da população, é uma máquina de guerra, nômade e difícil de ser capturada. Assim, fica mais fácil criminalizar esta e mesmo criar certo pânico moral em torno dela como forma de marketing político e publicidade pessoal."

Primeiro grafite feito à mão em São Paulo, por Rui AmaralDireito de imagemREPRODUÇÃO
Image captionPrimeiro grafite pintado à mão em São Paulo foi feito por Rui Amaral em 1982

Outro efeito da decisão de legalizar somente o grafite, segundo Rui Amaral, é a confusão entre os conceitos de grafite, pichação e muralismo.
De acordo com o artista, foi o que aconteceu na decisão do atual prefeito de apagar os painéis da avenida 23 de Maio. "O que havia na 23 de Maio eram murais, e não grafite. Os murais são painéis autorizados e encomendados", afirma.
"(A artista plástica japonesa naturalizada brasileira) Tomie Ohtake também tem painéis em espaços públicos e duvido que a gestão pública mexeria na obra dela sem consultar os responsáveis."
A artista plástica Bárbara Goys, autora de um dos painéis apagados da 23 de Maio, diz que ação contra as obras é "um tiro no pé". "Por trás de um grafite existe uma história que não pode ser ignorada", diz.
"A própria capital criou um guia mapeando os grafites na cidade. Não sei como será agora, talvez tenham que refazer este guia. E, infelizmente, agora a avenida 23 de Maio perde o título de maior mural a céu aberto da América Latina."

Do erudito ao popular

Qual é exatamente a origem do grafite em São Paulo? Para acadêmicos, ele é fruto dos jovens do movimento hip hop que nasceu na periferia da capital. Mas para alguns dos pioneiros da arte de rua na cidade, o grafite paulistano nasceu de movimentos artísticos consagrados, que foram trazidos para um contexto público e urbano.
Segundo o sociólogo Sérgio Miguel Franco, os primeiros desenhos que apareceram na capital eram influenciados pelas culturas negra e latina e traziam consigo um traço marginal. "O grafite foi um espelho próspero para a cultura desenvolvida pelos jovens de origem periférica da cidade."

Grafite de Prades, de 1987, próximo à PaulistaDireito de imagemARQUIVO PESSOAL
Image captionPrades, membro de um dos primeiros grupos de grafiteiros do Brasil, diz que experiência era "catarse"

Para o artista Prades, os 20 anos de censura e isolamento cultural imposto pela ditadura militar fizeram com que os grafiteiros que passaram a ocupar as ruas na década de 1980 se inspirassem na obra dos artistas plásticos da geração dos anos 1960.
"O pensamento que alimentava as ações de arte nas ruas era fruto da nossa tradição modernista, da anarquia antropofágica, da poética neoconcretista, da irreverência inspiradora de Flavio de Carvalho, Waldemar Cordeiro, Lygia Pape, Lygia Clark, Hélio Oiticica, Artur Barrio, Nelson Leirner, Mira Schendel e muitos outros", conta.
Prades era membro do Tupinãodá, um dos primeiros grupos de artistas grafiteiros do Brasil. O coletivo, responsável pela ocupação do Beco do Batman, na Vila Madalena, escolhia lugares públicos considerando sua relevância para a cidade de São Paulo.
"Evitamos sair por aí pintando nas paredes das casas das pessoas, não fazia sentido. Quando decidíamos pintar, escolhemos espaços públicos de grande impacto urbano", afirma.
"Era uma catarse, um grito de jovens artistas de uma geração esmagada pela brutalidade insana e truculenta da ditadura. Artistas que não trilharam o caminho da formalidade e que, ao perceberem a dificuldade de encaixar-se no sistema da arte, procuraram encontrar o seu próprio espaço."  Fonte:BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 28 de janeiro de 2017

Amores e eternidades

Não diga que as portas estão fechadas.
pois o amor não precisa de chaves.
Não adianta escrever sobre a dor na parede.
elas estão desbotadas e sujas.
Cada instante resume o exílio do sentimento,
desencanta a fantasia secreta do último perdão.
Solte o grito  estranho dos corpos sofridos e tardios
 para expulsar os demônios invasores.
Os amores se perdem nas noite de insônias e
o tempo se vai arruinado pela eternidade dos deuses.
A luz do dia não consegui iluminar o paraíso dos encontros.
Por Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Os esconderijos da paixão


O calor do corpo é o início da paixão,
e não a aventura sem nome e sem destino.
Cada olhar solto significa um encontro,
o tempo se entrelaça radicalmente com o desejo.
A história do sentimento é uma crença,
não suporta, porém, dogmas e apatias.
A paixão não se faz com o silêncio,
nem concilia o medo com a ansiedade.
Lança-se apenas para o futuro,
sem saber a medida  de cada sonho,
navegando nas sombras da tempestades.
Não adianta mergulhar nem esquecer o canto das sereias,
a vida não se refaz quando a alma grita e o ruido assombra.
Há um fantasma que inventou o mundo e desmanchou o paraíso,
redesenhou o corpo se perdeu na caverna do abismo.
A paixão se escondeu na escuridão do ressentimento.
Por Paulo Rezende.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 27 de novembro de 2016

Socorro Canto faz lançamento do livro ENCANTO em Bom Jardim

Poesia, cultura, reencontros de pessoas amigas marcaram o lançamento do livro intitulado "Encanto". Uma homenagem a  nossa cidade, um sonho da poetisa bonjardinense, Maria do Socorro Canto Santana, no Centro Cultura Marineide Braz, na noite deste sábado 26 de novembro 2016.

O livro é um deleite, com linguagem fácil, bastante compreensível para todos os públicos. As poesias  retratam o universo de vida da autora, suas impressões, experiências de vida e o registro do cotidiano , memórias de familiares, o modo de vida das pessoas do interior e da cidade grande. Os temas são os mais diversos na forma de versos, poesias. Recomendamos a leitura.

Por
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 19 de novembro de 2016

O afeto Negado

Contar a história do afeto negado
traz a vastidão dos sentimentos.
Não há vida sem o outro,
e a solidão é sempre uma passagem.
Não se atormente com o silêncio,
nem negue o desejo de partir.
Nada está imóvel no mundo,
tudo pede perdão e descanso.
Quem  afasta a perda,
desconhece seu desencanto,
mas não se esconde da dor.
O tempo carrega a leveza e o peso,
a imaginação é uma fuga, criativa e mágica,
sem nunca esquecer que não há ponto final.

Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

O mundo atordoado e impossível

O mundo é invadido por desenganos contínuos e perversos.
Não há como acreditar que as salvações ressurjam.
que a generosidade crie espaços, no tumulto  do ódio.
A história não produz a mudança que significa o encontro,
os abismos despedaçam corpos, anunciam  fins e catástrofes.
É difícil contemplar a vida, quebrar os espelhos malditos.
inventar o sossego, desenhar o oceano das sereias.
Cada instante sepulta uma ilusão, desconecta um amor.
Conta-se o desespero nos riscos da mão,
fecham-se  os paraísos no pesadelo da carência traiçoeira.
Perdoaria as criaturas, esconderia os deuses,
mas as palavras se negam a abraçar as fugas.
Sufoco a dor, não  renego a sensibilidade, desconverso
com as incertezas que intimidam as ações e os sonhos vermelhos.
Há uma dúvida que, para sempre, me aproxima do impossível.
Por Paulo Rezende.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 31 de julho de 2016

O amor e o corpo: vida


Se o amor estranha o movimento do corpo,
o afeto se desfaz e os fragmentos se encolhem nervosos.
A rapidez da vida está na gravidez do sonho impossível.
O desejo esconde o infinito anônimo, a singularidade das estrelas solitárias.
Não deixe que o amor risque o impossível, compreenda-se e fuja,
nem que as travessias sejam labirintos sem espelhos, desengane-se e corra.
Vista-se do estranho, ironize o absoluto, disfarce-se com as astúcias dos anjos.
Entre no corpo esquecendo-se o poder do sonho azul,
não silencie mas conduza o ruído para o escuro dos quartos vazios.
As portas estão abetas, as palavras brigam por significados instáveis,
não seja o pássaro que se isolou na gaiola e destruiu seu mundo.
Desadormeça com olhos fixos nas janelas que recebem a luz,
há sempre uma história que não foi vivida e contada.
Por: Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Cultura transforma a vida das pessoas


Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 19 de maio de 2016

‘Aquarius vai fazer você querer morar no Brasil’: As reações ao filme e ao protesto em Cannes

Um filme brasileiro que concorre à Palma de Ouro no Festival de Cannes ganhou holofotes nesta semana por dois motivos. Foi parar na primeira página do jornal britânico The Guardian por conta do protesto, em pleno tapete vermelho, da equipe na cerimônia de estreia contra o processo de impeachment que afastou Dilma Rousseff da Presidência.
"O Brasil vive um golpe de Estado", dizia um dos pequenos cartazes empunhados. "54.501.118 votos estão sendo queimados", dizia outro.
Escrito e dirigido pelo pernambucano Kléber Mendonça Filho, Aquarius conseguiu também um segundo feito: foi aclamado por parte da crítica. Entre as referências positivas à qualidade artítistica e técnica do filme, aplaudido por vários minutos após a exibição, um destaque vem do também britânico Daily Telegraph, que estampou no título: "Aquarius vai fazer você querer morar no Brasil".
"As complexidades da sociedade brasileira, com seus estratos sociais e raciais, e também a importância dos laços familiares, se transformam em uma teia de aranha para Clara e o enredo. No final, você fica feliz de estar envolvido naquilo, e sem vontade de se libertar", escreve o crítico do jornal Robbie Collinm, que deu cinco estrelas, a nota máxima, para o filme, descrito como "magnífico".
Aquarius, descreve o Guardian, conta a história de uma crítica de música, interpretada por Sônia Braga, pressionada a deixar seu apartamento, em Recife, por empreendores que querem derrubar o prédio para construção de um novo empreendimento. O jornal sugere uma metáfora como a situação atual do Brasil, em que Dilma foi afastada do governo acusada de "pedaladas" que mascararam o déficit das contas públicas e agora aguarda decisão final do Senado.
O francês Le Monde disse que a exibição do filme "confirma a tendência de que ele impõe como o mais belo de todos que vimos até agora (nesta edição do festival)".
Para o jornal, o protesto do elenco foi "um gesto simples e forte, que ecoa a cólera fria e a determinação serena com que Clara, a personagem principal do filme, se opõe ao agente imobiliário que queria despejá-la do apartamento onde ela viveu toda a sua vida".

Atores protestam em CannesImage copyrightAFP
Image captionAtores protestam em Cannes

Ao New York Times, Kleber Mendonça Filho disse: "O que está ocorrendo no Brasil agora é um golpe de Estado, mas um golpe moderno e cínico", em reportagem publicada no dia 10 de maio.
O protesto de sua equipe acabou gerando polêmica no perfil do Festival de Cannes no Facebook. Em meio a várias mensagens de apoio, havia muitas críticas de brasileiros.
"É por isso que reclamam (da extinção) do Ministério da Cultura e não o da Fazenda. Fazem protesto da França, mas jamais vão na periferia ver os efeitos reais da crise. Não se importam de divulgar uma mentira, desde que em solo glamourizador", criticou um usuário.
"Estão assim porque a mamata do Ministério da cultura acabou", disse outro comentário crítico.
Aquarius é o único filme latino-americano disputando a Palma de Ouro, o prêmio máximo de Cannes. É a chance de o Brasil levar esta premiação pela segunda vez. A primeira e única veio com O Pagador de Promessas, de 1962, dirigido por Anselmo Duarte. Fonte:BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE