terça-feira, 1 de agosto de 2017

O descanso de Deus e a corrupção disparada

O assunto se repete com muitos escândalos. Todos jornais se armam de notícias de delação. Os procuradores buscam novidades, colocam intrigas, mexem com as leis. Nada novo com a corrupção e seu percurso na história. Não sei se existe uma natureza humana. Isso é discutível. Mas não há períodos sem desacertos. Hoje, vivemos um mundo de multidões. Pessoas se espalham por territórios imensos, querem qualidade de vida. A luta é grande e os ensinamentos de Maquiavel ressuscitam. A política traz pactos e sinistros. A perplexidade não tem sossego e nós esperamos o pior ou as mudanças ocorreram depois das inquietações?
Nem todos são corruptos, porém o crescimento da capitalismo facilitou manipulações e desigualdades. Há hierarquias bem articuladas e especialistas em promover emboscadas. No Brasil, as explosões de vingança metem medo. Fala-se num modo petista de governar que destravou tudo. O sistema se azeitou e disparou a fuga de milhões. Não vejo um único culpado. O sistema funciona com alianças. Está também nas grandes potências. Observe os Estados Unidos, nem todos são ingênuos. A concentração de riqueza derruba maiorias, cria tempestades e misérias. Intelectuais nublados não sabem que ônibus pegar.
Há uma guerra no campo das informações. Elas são rápidas, vestem-se de urgências. Mentiras bem elaboradas assnham debates. A sociedade dividida parte para intolerância. A agressividade ganha espaço, os enganos ferem, muitos se sentem excluídos. Quem são os culpados? Moro é mesmo o símbolo da justiça? Como Lula se organizou no meio de tantas tramas? O que quer Temer com sua turma? Muitas perguntas surgem e as alternativas não deixam de formular inquietudes. Os demônios e os cínicos se expandem como figuras comuns. Há os apavorados com o rompimento de direitos e deveres.
Quem cogita o fim do mundo talvez desconheça a memória. Esquece do fascismo , das guerras mundiais, da época de Vargas, dos governos militares, da máfias políticas. Os exemplos não se esgotam. A corrupção animava grupos, não era propriedade de um único senhor. Houve uma sofisticação. Golpes se renovam e estratégias tecnológicas ultrapassam hábitos tradicionais. Estamos num mundo confuso, com referências esfarrapadas. As acusações não cessam, pois a insegurança e o desamparo oprimem. Os pesadelos aumentam, porém os lugares do sonho lutam contra a escassez. Há fôlego, não custa combater a apatia. A complexidade exige olhar atento. Até Deus descansou no sétimo dia.
Por Antônio Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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