terça-feira, 8 de março de 2022

Sol negro: o que é o símbolo associado ao nazismo usado por militar ucraniano em foto viral da guerra




Militar ucraniano ajuda mulher a fugir de região sob ataque russo

CRÉDITO,ANASTASIA VLASOVA/GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Militar ucraniano ajuda mulher a fugir de região sob ataque russo; símbolo adicionado por ele ao uniforme chamou a atenção nas redes sociais por ser associado ao nazismo

A fotografia de um militar ucraniano que atuava na evacuação de civis nas proximidades da capital Kiev viralizou por causa de um símbolo associado ao nazismo presente em seu uniforme.

A imagem registrada pela fotojornalista ucraniana Anastasia Vlasova passou a circular nas redes sociais depois de ser divulgada em uma postagem do Twitter do banco de imagens americano Getty Images.

Ao anunciar a invasão do território ucraniano, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a operação militar visava, entre outros objetivos, a desnazificação da Ucrânia.

Para especialistas, ao acusar há anos o país vizinho de ser dominado por organizações nazistas, o líder russo mobiliza uma série de conceitos e eventos históricos na região que ajudariam a justificar para o mundo e especialmente para o povo russo as ações militares contra um povo igualmente eslavo

Mas pesquisadores apontam que, apesar do avanço da presença de neonazistas nos últimos anos na Ucrânia (como ocorre em outros países), esses grupos não têm poder de decisão no governo ucraniano nem no Parlamento do país

O símbolo acrescentado pelo militar ucraniano da foto ao seu uniforme é composto por dois círculos concêntricos e raios que partem do círculo menor para o maior. Segundo a Liga Anti-Difamação (entidade que combate o avanço do antissemitismo), este símbolo é usado em diferentes versões por diversas culturas ao redor do mundo, como os nórdicos antigos e os celtas, por isso "não se deve assumir que a maioria das imagens em torno desse símbolo denote racismo ou supremacismo branco".

Mas, segundo a Liga Anti-Difamação, ele é bastante popular entre neonazistas por ser um dos "diversos símbolos europeus apropriados pelos nazistas em sua tentativa de inventar a idealizada herança ariana". Em geral, a versão mais comum desse símbolo entre neonazistas tem uma suástica, mas esta não aparece no símbolo no uniforme do militar ucraniano presente na foto que viralizou.

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Segundo a entidade Freedom House, o sol negro remete a movimentos ligados ao esoterismo e ao ocultismo de meados do século 19, e nos anos seguinte foi usada por diversas vertentes, como cultos satanistas ou neopagãos e organizações com traços esotéricos dentro do nazismo.

Esse símbolo, por exemplo, estava presente em um dos salões principais do castelo de Wewelsburg, sede da SS (Schutzstaffel ou Esquadrão de Proteção), a polícia nazista chefiada por Heinrich Himmler. "Mas ele voltou a se popularizar em 1991, com o livro O Sol Negro de Tashi Lhunpo, de Russell McCloud (pseudônimo do jornalista alemão Stefan Mogle-Stadel). Desde então, neonazistas de vários países têm o usado ativamente como símbolo de lições do ocultismo nazista que alega conectar o nazismo a 'saberes antigos secretos'", explica a entidade

Ainda segundo a Freedom House, na Ucrânia, o sol negro é frequentemente usado como uma marca da idelogia de extrema direita, sem significados esotéricos no país.

Militar ucraniano ajuda mulher a fugir de região sob ataque russo

CRÉDITO,ANASTASIA VLASOVA/GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Detalhe da fotografia que viralizou com o símbolo do sol negro

Por outro lado, o sol negro é um dos símbolos associados ao nazismo que fazem parte da insígnia do Batalhão Azov, uma milícia de direita formada por diversos indivíduos com passado de atividade em organizações neonazistas.

O grupo ganhou notoriedade a partir de 2013, quando o quando o então presidente ucraniano Viktor Yanukovych, que comandava um governo pró-Rússia, cedeu à pressão de Putin e se recusou a assinar um pacto de aproximação do país com a União Europeia, algo que a maioria dos ucranianos desejava.

A decisão do presidente fez irromper protestos populares pelo país. Após meses de tensão, em 2014, Yanukovych fugiu para a Rússia e acabou deposto. A Rússia retaliou a derrubada do aliado tomando a Crimeia e desencadeando uma rebelião no leste ucraniano na região de Donbas liderada por separatistas apoiados pela Rússia. Nesse período, algumas milícias, como o Batalhão Azov, passaram a atuar para repelir os separatistas russos.

A partir dali, o Azov e outros grupos considerados de extrema direita por especialistas, como o Partido Svoboda e Pravyi Sektor (Setor de Direita), montaram suas próprias milícias armadas, muitas das quais passaram a integrar forças regulares ucranianas como a Polícia de Patrulha para Operações Especiais da Ucrânia e a Guarda Nacional da Ucrânia, empregadas contra os separatistas pró-Rússia na região de Donbas.

Integrantes do Batalhão Azov treinam contra a invasão russa

CRÉDITO,ANADOLU AGENCY

Legenda da foto,

Voluntários civis são treinados por veteranos do Batalhão Azov contra a invasão russa; à direita, a insígnia do regimento com variações de dois símbolos associados ao nazismo, o gancho de lobo e o sol negro

Em artigo sobre o tema no jornal Folha de S.Paulo, dois pesquisadores do Observatório da Extrema Direita, Odilon Caldeira Neto (UFJF) e David Magalhães (PUC-SP/Faap), afirmam que "o abrigo institucional de uma sabida organização neonazista reforça a ideia de que a extrema direita atua como linha auxiliar do governo ucraniano".

Mas mesmo que o governo que sucedeu o de Yanukovych tenha dado espaço a lideranças da extrema direita ucraniana, "sabe-se que os membros da extrema direita não exerceram poder de decisão a ponto de caracterizar o governo como neonazista".

Com exceção do Svoboda, partidos de extrema direita raramente conseguem eleger parlamentares em distritos com um único representante, e nenhum de seus candidatos presidenciais garantiu mais de 5% dos votos em eleições nacionais.

O outro símbolo associado ao nazismo presente na insígnia do Batalhão de Azov é uma espécie de variação espelhada do símbolo Wolfsangel (gancho de lobo, em tradução livre). Segundo a Liga Anti-Difamação, acreditava-se que esse símbolo (que se assemelha a armadilhas contra lobos) tinha capacidade de afastar lobos e historicamente podia ser encontrado em diversos lugares da Alemanha, até também ser apropriado pela SS nazista.

No caso ucraniano, o símbolo Wolfsangel invertido é usado pelo Azov e por diversas outras organizações de direita na Ucrânia, como o partido Svoboda, que significa Liberdade. Segundo a organização Freedom House, o símbolo é uma mistura das letras "I" e "N" (Ideia de Nação), mas algumas lideranças de organizações que usam esse símbolo, como o Patriota da Ucrânia, negam qualquer relação com o nazismo.

"Na Ucrânia, o símbolo da Ideia da Nação é usado apenas por organizações radicais de direita como um indicador de nacionalismo radical (neonazismo). Era o emblema do Partido Social-Nacional da Ucrânia (atual Partido Svoboda), da organização não governamental Patriota da Ucrânia e da Assembleia Social-Nacional. O Destacamento de Propósito Específico Azov (ou Batalhão de Azov) o usa como seu emblema, assim como estruturas relacionadas, como o ramo civil de Azov", afirma a Freedom House.

Stepan Bandera e as origens das acusações de nazismo na Ucrânia

É impossível entender as referências feitas por Putin sem voltar algumas décadas na História. Se, por um lado, o modo como o Exército Vermelho, da União Soviética, combateu e derrotou as tropas nazistas alemãs na Segunda Guerra Mundial ainda mobiliza o imaginário dos russos e seu orgulho nacional, de outro lado, a reação de ao menos parte dos seus vizinhos ucranianos em relação a Hitler segue sendo motivo de hostilidade entre russos e ucranianos.

Quando o exército nazista adentrou as áreas ucranianas, em 1941, uma parte da população optou por colaborar com os alemães, enquanto boa parte do país foi varrida por sofrimento e destruição. Mais de 5 milhões de ucranianos morreram combatendo os nazistas, que mataram a maior parte dos 1,5 milhão de judeus ucranianos.

A ocupação alemã durou até 1944, e os ucranianos que se engajaram na cooperação com os alemães nazistas atuaram na administração local, se tornaram parte da polícia nazista ou viraram guardas em campos de concentração. O governo civil alemão nazista foi batizado de Reichskommissariat Ukraine, ou RKU, e compreendia o que hoje se divide entre o território da Ucrânia, Belarus e Polônia.

Procissão para celebrar o aniversário de 112 anos de Stepan Bandera, no centro da Ucrânia, em janeiro de 2021

CRÉDITO,MYKOLA MIAKSHYKOV / UKRINFORM/BARCROFT MEDIA VIA

Legenda da foto,

Procissão para celebrar o aniversário de 112 anos de Stepan Bandera, no centro da Ucrânia, em janeiro de 2021

Uma das figuras mais proeminentes e controversas desse nacionalismo colaboracionista ucraniano foi Stepan Bandera, que primeiro atuou para facilitar o domínio dos nazistas na região e depois se voltou contra eles, quando percebeu que seu plano de independência da Ucrânia não se concluiria. Bandera passou anos em um campo de concentração nazista e acabaria assassinado por um agente da KGB em 1959.

Por trás da colaboração com os nazistas, estava também o objetivo de independência de parte dos ucranianos e a crença de que os alemães poderiam ser o caminho para se livrar do líder soviético Joseph Stálin.

Na região ucraniana da Galícia, depois de 2014, Bandera passou a ser cultuado como uma figura mítica, e o governo ucraniano incluiu-o entre os heróis da pátria. Para os ucranianos da maior parte do país, porém, é pouco mais que um símbolo.

"Bandera é considerado herói nacional porque se considera que sua aliança com os nazistas não se deu por afinidade ideológica, mas para lutar contra Stalin. Não se pode comprar a narrativa de que a Ucrânia é nazista, como afirma Putin, mas tampouco é possível dizer que o neonazismo no país seja insignificante", afirmou Andrew Traumann, professor de Relações Internacionais do Centro Universitário Curitiba (UniCuritiba) e pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisa em Oriente Médio (Gepom), à BBC News Brasil.

"Essa referência a nazistas e neonazistas se tornou muito proeminente na mídia russa por volta de dezembro de 2013, porque, na época dos protestos da Praça Maidan, alguns dos manifestantes faziam coisas como hastear uma bandeira de (Stepan) Bandera, um nacionalista ucraniano que, temporariamente, durante a Segunda Guerra Mundial, cooperou com os nazistas para tentar buscar a independência ucraniana. Há um segmento da população ucraniana que relembra aquelas tentativas de alcançar a independência ucraniana sob (Joseph) Stalin, aliando-se a Hitler, não como uma colaboração com o nazi-fascismo, mas como a atuação de patriotas ucranianos e heróis nacionais", explicou à BBC News Brasil Brian Taylor, professor de Ciência Política da Syracuse University e autor de The Code of Putinism (O Código do Putinismo, em tradução livre).

*Com informações de Luiz Antônio Araújo, colaborador da BBC News Brasil em Porto Alegre, e Mariana Sanches, correspondente da BBC News Brasil em Washington.

  • BBC News Brasil

Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 6 de março de 2022

O que se sabe sobre novo cessar-fogo de 11 horas na Ucrânia



Pessoas dormindo juntas para se aquecer na cidade de Mariupol
Legenda da foto,

Pessoas dormindo juntas para se aquecer na cidade de Mariupol

Um novo cessar-fogo temporário de 11 horas foi anunciado em Mariupol, uma cidade portuária no sul da Ucrânia, das 10h às 21h, horário local (05h às 16h, no horário de Brasília), de acordo com o conselho da cidade.

Os civis poderão deixar a cidade ao longo de uma rota acordada a partir das 12h, hora local (7h em Brasília).

Um plano semelhante anunciado no sábado (5/3) fracassou logo após ser anunciado, por conta de novos bombardeios.

Acompanhe a cobertura especial em tempo real da BBC News Brasil sobre a guerra na Ucrânia

Quais são os novos planos de cessar-fogo e evacuação para Mariupol?

Os civis poderão deixar Mariupol em ônibus que partem de três locais da cidade usando uma rota pré-acordada que termina em Zaporizhzhia, também na Ucrânia, segundo autoridades locais


Veículos particulares também podem sair da cidade, mas devem dirigir atrás dos ônibus, em um comboio liderado pela Cruz Vermelha. Os motoristas devem ocupar todos os assentos em seus carros, diz o conselho da cidade.

A notícia do cessar-fogo é positiva, mas deve ser tratada com certa cautela. Um plano semelhante foi anunciado no sábado para as cidades de Mariupol e Volnovakha, mas desmoronou rapidamente e a evacuação em massa foi adiada.

Novas tentativas de retirar civis de Mariupol ocorrem um dia após o anúncio de um cessar-fogo e um corredor de fuga humanitária, que desmoronou por conta de novos bombardeios russos. Estima-se que 200 mil pessoas ficaram presas durante dias sob bombardeio pesado.

Maxim, um desenvolvedor de TI de 27 anos que cuida dos avós em seu apartamento no sexto andar, disse à BBC que o sábado começou com esperança e terminou em desespero:

"O mais rápido que pude, arrumei quatro malas para mim e meus avós com roupas quentes e comida. Peguei toda a água restante e as coloquei no meu carro."

"Quando eu estava pronto para dirigir, o bombardeio começou novamente. Eu ouvi explosões perto de nós. Eu carreguei tudo de volta para o apartamento mais rápido que pude. De lá, eu podia ver fumaça subindo da cidade e também subindo da estrada para Zaporizhzhia, por onde as pessoas supostamente escapariam."

Soldado ucraniano na linha de frente na guerra contra a Rússia

CRÉDITO,EPA

Legenda da foto,

Soldado ucraniano na linha de frente na guerra contra a Rússia


"Muitas pessoas vieram para o centro da cidade porque ouviram que havia um cessar-fogo e que ônibus estavam a postos para tirá-las e fugir do bombardeio lá. Então, elas não puderam voltar para seus abrigos quando começou novamente."

"Então, levamos muitas pessoas para o apartamento. Elas são da zona oeste da cidade, e dizem que lá está destruído. Todas as casas estão queimando e ninguém pode apagar os incêndios. Há muitos cadáveres nas ruas e ninguém pode carregá-los."

"Ficamos sem água engarrafada e estamos com a água que enchi no banho antes de as torneiras fecharem. O gás é a única coisa que ainda funciona, podemos usá-lo para ferver a água do banho para beber."

"Hoje a polícia abriu as lojas e disse para as pessoas levarem tudo porque as pessoas aqui não têm comida nem bebida. Nossos vizinhos conseguiram levar alguns doces, peixes e alguns refrigerantes."

"O cessar-fogo foi uma mentira, um lado nunca planejou parar de atirar. Se eles disserem que há (outro cessar-fogo), teremos que tentar ir, mas não sabemos se será real. Talvez agora seja melhor nos esconder.

BBC

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 2 de março de 2022

Frases de mulheres notáveis

1- Não se pode encontrar a paz evitando a vida. – Virginia Woolf.

2- Para realizar grandes coisas, não devemos apenas agir, mas também sonhar; não apenas planejar, mas também acreditar. – Anatole France.

3- É por atos e não por idéias que as pessoas vivem. – Anatole France.

4- Quem está feliz vai fazer os outros felizes também. – Anne Frank.

5- Apesar de tudo, eu acredito que as pessoas são realmente boas de coração. – Anne Frank.

6- O perdão  é uma virtude dos bravos. – Indira Gandhi.

7- O poder de perguntar é a base de todo progresso humano. – Indira Gandhi.

8- A vida não merece que um se preocupe tanto. – Curie Maire.

9- Eu me pinto a mim mesma porque eu sou quem me conhece melhor. – Frida Kahlo.

10- Às vezes sentimos que aquilo que fazemos é apenas uma gota no oceano, mas o oceano seria menor se lhe faltara uma gota. – Madre Teresa de Calcuta.


Frases empoderadoras de mulheres negras brasileiras

A consciência em ser negra: frases potentes sobre o racismo 👊🏼👊🏾👊🏿

Se você faz parte dos 25% da população do Brasil que é representado por mulheres negras, ou dos 54% da população que é negra, então essas frases podem gerar identificação contigo. Caso não, não tem problema: é mesmo para refletir, absorver e compartilhar!

Precisamos ser criadas para a liberdade. O mundo é grande demais para não sermos quem a gente é. Elza Soares - Cantora

A gente é criada para ser assim, mas temos que mudar. Precisamos ser criadas para a liberdade. O mundo é grande demais para não sermos quem a gente é.

Elza Soares - Cantora

Ser mulher, ainda hoje, é saber e ter a consciência da luta pelo respeito e dignidade como uma pílula diária. Ser mulher negra, é um tanto mais intenso, porque a dose desse remédio diário se faz mais necessária pela possibilidade de se manter viva

Mônica Custódio - Secretária da Consciência Negra da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

As crianças negras de menos de cinco anos já veem a boneca branca como a linda e a boazinha e a boneca negra como a feia e má. Por quê? Eles nascem com ódio deles mesmos? Claro que não. A sociedade cria este ódio.

Alexandra Loras - Ex-consulesa da França no Brasil

Eu não sou a culpada pelo estupro, a pedrada, pelo meu sangue que vaza, pela minha pele que racha, por estar sexualizada, por ser comercializada.

Nina Oliveira - Poeta e musicista

Não existe feminismo se você não defender a vida das mulheres negras e não defender a vida das mulheres trans, que são as que mais morrem no Brasil.

Bia Ferreira - Cantora e poeta

O imaginário brasileiro, pelo racismo, não concebe reconhecer que as mulheres negras são intelectuais.

Conceição Evaristo - Escritora

Sou eu quem carrega essa bandeira há anos no Brasil, durante toda a minha trajetória. Não tem ninguém mais que fale de mulher, de negritude. E não falam porque é uma doença, uma doença chamada “medo”.

Elza Soares - Cantora

entre esquerda e direita, continuo sendo preta.

Somos seres humanos como os demais, com diversas visões políticas e ideológicas. Eu, por exemplo, entre esquerda e direita, continuo sendo preta.

Sueli Carneiro - Fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra

Quando tem um guarda me seguindo no supermercado do Pão de Açúcar, eu posso sentir o que é o racismo. Porque lá, não sou consulesa, sou uma mulher negra. Então eles me seguem pra ver se vou roubar alguma coisa

Alexandra Loras - Ex-consulesa da França no Brasil

Aqui no Brasil, como se criou esse mito da "democracia racial", de que todo mundo se ama e todo mundo é legal, muitas vezes o próprio sujeito negro tem dificuldade para entender que nossa sociedade é racista.

Djamila Ribeiro - Filósofa e ativista

Status: mulher negra. Frases inspiradoras para espalhar nas suas redes

Frases impactantes sobre a negritude brasileira que encontra nas mulheres negras uma força desde muito tempo! É para espalhar autoestima e força para todas as pessoas negras que você conhece 😉

Se a coisa tá preta, a coisa tá boa.

Se a coisa tá preta, a coisa tá boa.

Monique Evelle - Jornalista e empresária

A partir do momento que você, mulher, assumir o seu black, você está construindo sua identidade e a de outras mulheres.

Nátaly Neri - Influencer Digital

Nunca compare o seu início com o de ninguém

Monique Evelle - Jornalista e empresária

E nem venha me dizer que isso é vitimismo. Não bote a culpa em mim pra encobrir o seu racismo!

Bia Ferreira - Cantora e poeta

Não dá para falar em consciência humana enquanto pessoas negras não tiverem direitos iguais e sequer forem tratadas como humanas.  Djamila Ribeiro  - Filósofa e ativista

Não dá para falar em consciência humana enquanto pessoas negras não tiverem direitos iguais e sequer forem tratadas como humanas.

Djamila Ribeiro - Filósofa e ativista

O racismo escarra na minha boca enquanto me beija.

Nátaly Neri - Influencer Digital

O pessoal da orientação sexual não vai retroceder em suas lutas, as mulheres não vão recuar nas suas agendas; nós não vamos voltar para a senzala. E isso está colocado. Vai ter luta!

Sueli Carneiro - Fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra

Mulheres negras: empoderem-se! ✊🏽✊🏾✊🏿

Muito se fala hoje em dia de ser “empoderada”. Mas, o que é empoderamento? A arquiteta e ativista negra Joice Berth já respondeu em um livro lançado em 2018, mas basicamente, é tomar consciência de si para sair da condição de inferioridade. O que você tem feito para se amar mais? E espalhar autoestima aos seus iguais?

As frases abaixo falam um pouco sobre isso.

O meu texto é um lugar onde as mulheres se sentem em casa.   Conceição Evaristo  - escritora

O meu texto é um lugar onde as mulheres se sentem em casa.

Conceição Evaristo - Escritora

Precisamos ter consciência de que muitas mulheres morreram para que pudéssemos ficar vivas, termos liberdade de escolher e fazer o que quisermos.

Elza Soares - Cantora

Os padrões de beleza são totalmente nocivos para a construção da autoestima da criança negra e por isso é importante outros referenciais, entender que pessoas negras também pensam o mundo e que fazem parte da construção da sociedade.

Djamila Ribeiro - Filósofa e ativista

Eu desejo que meninas negras e indígenas possam sonhar com outros futuros e não só aqueles que estão socialmente dados para nós.

Eu desejo que meninas negras e indígenas possam sonhar com outros futuros e não só aqueles que estão socialmente dados para nós.

Silvana Bahia - Jornalista, cineasta e ativista

Nós, mulheres negras, somos a vanguarda do movimento feminista nesse país; nós, povo negro, somos a vanguarda das lutas sociais deste país porque somos os que sempre ficaram para trás, aquelas e aqueles para os quais nunca houve um projeto real e efetivo de integração social.

Sueli Carneiro - Fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra

A única saída que eu encontrei para superar alguns problemas foi ser a primeira aluna da sala. É aquela história, “ela é pretinha mas é inteligente”.

Lélia Gonzalez - Intelectual, professora e cofundadora do Movimento Negro Unificado

Eu acho muito interessante como o Brasil me deu um palco para falar deste assunto, como se eu fosse mais válida a falar sobre isso porque sou estrangeira e mulher negra da elite. É interessante ver isso porque vejo muito mais mulheres brasileiras militantes, ativistas, que são muito mais experts na causa negra do que eu, mas elas não estão presentes na mídia. Estão basicamente ausentes.

Alexandra Loras, ex-consulesa da França no Brasil


https://www.pensador.com/frases_empoderadoras_mulheres_negras/


Professor Edgar Bom Jardim - PE