domingo, 11 de outubro de 2020

Papa Francisco liga para padre Julio Lancellotti e diz: ‘Não desanime’





O padre Julio Lancellotti, líder da Pastoral do Povo da Rua e pároco da Arquidiocese de São Paulo, recebeu uma ligação do Papa Francisco no sábado 10.

A informação foi confirmada pela igreja e pelo próprio padre nas redes sociais, que destacou uma das frases ditas: para não “desanimar” frente os desafios postos.


A ligação foi feita por volta das 14h15, horário de Brasília.

“O Papa disse que viu as fotos que enviamos para ele e que sabe das dificuldades que passamos, mas que não desanimemos e façamos sempre como Jesus, estando junto dos mais pobres.”, diz a nota da Arquidiocese, escrita por Julio.

“Pediu para transmitir a todos os moradores de rua o seu amor e proximidade e que todos rezem por ele. Ele reza por todos nós também.”, encerra.

Lancellotti foi alvo de insultos do candidato à Prefeitura de São Paulo Arthur do Val, o “Mamãefalei”, e depois recebeu ameaças enquanto estava realizando seu trabalho com a população em situação de rua de São Paulo.

“O risco que estou correndo é cada vez maior, e a responsabilidade vocês sabem de quem é”, disse o padre em vídeo. Ele registrou um boletim de ocorrência.


Carta Capital

Professor Edgar Bom Jardim - PE

'Somos a espécie mais perigosa da história': cinco gráficos sobre o impacto da atividade humana na biodiversidade



Membros do WWF chegam a um local de garimpo ilegal de ouro na Guiana Francesa.
Legenda da foto,

Os humanos estão causando a extinção de outras espécies através da caça, mineração, pesca predatória e derrubada de florestas.

A atividade humana está destruindo a natureza, causando uma aceleração alarmante na extinção de espécies da flora e fauna.

Alguns líderes mundiais têm prometido diversas ações para tentar resolver o problema. Mas elas vão ser suficientes?

O que é biodiversidade e por que ela é importante?

Biodiversidade é a variedade de seres vivos na Terra e os ecossistemas aos quais eles pertencem, que fornecem oxigênio, água, alimentos e inúmeros outros benefícios.

Recentemente, um conjunto de relatórios e estudos alertou sobre o atual estado da natureza. Veja-os em gráficos:


Gráfico

"Não temos tempo para esperar. A perda da biodiversidade, a perda da natureza, está em um nível sem precedentes na história da humanidade", diz Elizabeth Mrema, secretária-executiva da Convenção sobre Diversidade Biológica, da ONU. "Somos a espécie mais perigosa da história mundial."

Os humanos estão causando a extinção de outras espécies por meio da caça, pesca predatória e derrubada de florestas.

Somos quase inteiramente responsáveis ​​pela extinção de várias espécies de mamíferos nas últimas décadas, de acordo com um estudo recente publicado na revista especializada Science Advances.

E as previsões sugerem que outras 550 espécies de mamíferos serão perdidas neste século, se continuarmos no caminho atual.

Gráfico

Como podemos sair do caminho da destruição?

Abandonar o modelo devastador que adotamos exigirá grandes mudanças.

Na Cúpula da ONU sobre biodiversidade, realizada no dia 30 de setembro em Nova York, o secretário-geral da entidade, Antonio Guterres, afirmou que "a humanidade está travando uma guerra contra a natureza e precisamos reconstruir essa relação".

grafico

Qual é o plano para o futuro?

Os países estão sendo instados a assinar um acordo, que representaria para a biodiversidade o que o acordo climático de Paris foi para as mudanças climáticas.

Isso se enquadra no que se conhece como Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), tratado internacional firmado na chamada "Cúpula da Terra" realizada no Brasil em 1992.

Gráfico

Este acordo tem três objetivos: a conservação da diversidade biológica; o uso sustentável de seus componentes; e a repartição justa e equitativa dos benefícios derivados do uso dos recursos genéticos.

Os países tinham até este ano para atingir as metas estabelecidas há uma década, que vão desde conter a extinção até reduzir a poluição e preservar as florestas.

Gráfico

Apesar de alguns avanços, nenhum dos objetivos foi alcançado.

Agora, os líderes mundiais estão sendo chamados a assinar um pacto para salvar a biodiversidade do planeta por meio de um plano que prioriza a vida selvagem e o clima.

Segundo a comunidade científica, não é tarde para reverter o declínio da natureza, mas é preciso muito empenho e o real cumprimento de promessas.

  • Helen Briggs
  • Repórter de Meio Ambiente da BBC

Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Como uma professora inspirou meu projeto de vida no Ensino Médio





Muitas dúvidas sobre o futuro pairavam sob minha cabeça quando estava no Ensino Médio. Estudei toda a vida em escola pública, era boa de Matemática e a minha primeira opção de carreira era Engenharia. Embora o que eu realmente gostasse de fazer fosse escrever e contar histórias, a Engenharia me trazia uma perspectiva de melhor qualidade de vida para mim e para minha família do que o Jornalismo. Mas foi uma conversa com a professora Viviane Sousa, conhecida e chamada carinhosamente de Vivi, da Escola Estadual Vital Fogaça de Almeida, na capital paulista, que me fez acreditar que eu poderia cursar o que eu realmente tinha desejo, mesmo em uma profissão cheia de desafios como a de jornalista.

“Não importa o que você fizer. Você precisa ser boa naquilo que faz e se esforçar muito mais do que os alunos de fora da escola pública”, ela me disse nessa conversa. A frase foi forte, mas ao mesmo tempo, abriu meus olhos para o que eu iria encontrar para fora das paredes da escola.

Depois de mais de 6 anos sem qualquer contato, há algumas semanas nos falamos por telefone. Ao saber minha trajetória e que optei pelo Jornalismo, ela ficou muito feliz. “Fico emocionada, porque às vezes a gente pensa que pode ser apenas uma conversa do dia a dia, mas não é”, disse. Assim como aquela conversa para mim foi uma abertura para pensar meu projeto de vida, muitas outras conversas com professores me ajudaram para além da sala de aula.

Vivi era minha professora de Geografia, uma disciplina que eu não tinha tantos amores durante meu Ensino Médio. Mas sua forma de levar o conteúdo e falar outros temas conectados com a vida prática chamaram minha atenção e faziam com que meu engajamento da aula fosse cada vez maior. Sempre com o cabelo amarrado, livros nas mãos, ela falava com a gente pelos corredores. Relembrando aquela época, vejo que o cuidado com as correções de atividades feitas por mim e meus colegas, sempre trazendo ponderações para aprimorar os nossos textos, se assemelham com o trabalho de edição feito no dia a dia das reportagens jornalísticas que produzimos em NOVA ESCOLA.

No meu reencontro por telefone com a Vivi, também conversamos sobre como foi importante eu ter ouvido que enfrentaria desafios para entrar na universidade, sendo uma aluna de escola pública, que na muitas vezes não possui os mesmos acessos ao ensino superior e mercado de trabalho. “Nem todos os alunos vão fazer faculdade, mas é importante a gente como professor mostrar que ele precisa estar preparado para abraçar as oportunidades que podem surgir”, me contou. Para Vivi, o professor tem um papel muito importante até no lado emocional do aluno. “Hoje, com o ensino a distância, eu tenho percebido ainda mais como é essencial a gente estar próximo do aluno e se tornar acessível mesmo”.

Na ligação descobri que ela virou professora pela “oportunidade de mudar de vida”. No fim do Ensino Médio, a dona de uma casa onde ela trabalhava se ofereceu para pagar sua faculdade na capital paulista. “Ela me disse que só conseguiria pagar o curso de Licenciatura, então, como gostava de Geografia, escolhi essa disciplina”, relembra.

Com a proposta, ela saiu de Santa Bárbara (SP), onde morava com seu pai e seus irmãos, e veio para São Paulo. Vivi me contou que, para ela, o destino escolheu a profissão de ser professora, já que era a única oportunidade de cursar o ensino superior. Ela abraçou a chance e construiu sua carreira como docente. E que sorte a minha e de tantos outros adolescentes tiveram de cruzar nossos caminhos com o dela!

Nos meus últimos dois anos na escola, eu ainda tive a oportunidade de trabalhar com a Vivi. Fui monitora do programa Acessa São Paulo, do governo estadual, e passava 4 horas, no contraturno, cuidando da sala de informática da escola. Foram anos muito importantes para minha formação e que ao final deles pude fechar de uma forma muito gratificante e sempre presente nas minhas memórias: uma festa na escola com meus professores e outros educadores da instituição.

A Vivi, como sempre muito presente nos meus dias escolares, me deu uma caneca com uma imagem de coruja e um bilhete escrito “muito sucesso na sua nova jornada”. Mal eu sabia que depois de alguns anos estaria escrevendo este texto para falar que ela foi muito mais do que uma professora para mim.

Todos os dias os professores acabam, nas palavras, gestos e atitudes abrindo muito mais portas do que imaginam. Feliz dia dos professores para quem, assim como a minha professora, inspira tantos alunos nos seus projetos de vida.

POR:
Ana Paula Bimbati 
Nova Escola
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Djamila Ribeiro, Raquel Virgínia, Manuela D’Ávila e mais 200 apoiam candidatura de educadora antirracista em SP




Encabeçado pela mestre em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo, escritora e coordenadora da Coleção Feminismos Plurais, Djamila Ribeiro, manifesto em apoio à candidatura da Professora Adriana Vasconcellos à vereança de São Paulo pelo PCdoB traz figuras de renome nacional em diversas áreas e militantes históricos do movimento negro. Professora da rede de ensino público em São Paulo, Vasconcellos tem um trabalho histórico pela educação e pelos direitos da população negra da capital paulista. Confira as assinaturas ao fim da matéria.

 

 

É sua terceira candidatura. A primeira, há quatro anos, contou com o orçamento de mil reais, como afirma em entrevistas. Ela e uma amiga enfrentaram todas as adversidades e de casa em casa nos bairros da Zona Norte conquistaram 5 mil votos, um feito. Dois anos depois, foram 20 mil votos para deputada federal. Agora, para vereança em São Paulo, chega com a expectativa de conseguir uma votação ainda mais expressiva.

A esperança e o acompanhamento da história de Adriana em São Paulo moveu personalidades a se juntarem no manifesto, que traz a necessidade de uma política pública de educação antirracista. O documento traz a representatividade aliada à luta pelos direitos da população negra, indígena, LGBTQIA+, com traz ideias e propostas para a moradia, saúde, segurança e educação, área de onde vem apoiada por figuras proeminentes na cidade, como a Dra. em Educação e professora de chão de escola Waldete Tristão, a educadora Chie Hirose, Frei David, diretor da Educafro e a Diretora da Secretaria Municipal de Educação aposentada Silvia Maria, colunista nesta editoria da CartaCapital na coluna Só Diretoria Preta, entre várias professoras e professores de escola.

Figuras proeminentes da religião advindas da tradição negra também assinaram o manifesto. O babalorixá, doutor em Ciências Políticas e colunista na CartaCapital Pai Rodney William se juntou à companhia do Presidente do Instituto Latino Americano de Tradições Afro-Bantu Pai Walmir Damasceno, dos pastores João Carlos Santos e Neusa Bueno e do padre caboverdiano Assis. Na esteira de escritores que assinam o documento, destacam-se também os juristas Silvio Luiz de Almeida e Adilson Moreira, os Professores Dr. Fábio Mariano e Tiago Vinicius.

No campo das artes, assinam pessoas de destaque como as atrizes Cris Vianna e Tainá Muller, as cantoras do grupo as Bahia Raquel Virgínia e Assucena Assucena, a cantora Xênia França o maquiador Alê de Souza, a premiada cineasta Sabrina Fidalgo, a cabelereira Virginia Grazia e a estilista Diva Green, como também ativistas históricos da cultura e do movimento negro, como o rapper Gog, o dançarino Nelson Triunfo e os poetas Akins Kinte e Babg. Também assinam os produtores culturais Fábio Magri e Eduardo Silvestre e o sexólogo Mahmoud Batydon. Benazira Djoco, imigrante de Guiné Bissau radicada no país na luta pelos direitos dos imigrantes engrossa o documento.

Diferentes quadros da comunicação na cidade assinaram o manifesto: a jornalista da TV Cultura Joyce Ribeiro, a professora doutora de Comunicação Rosane Borges, a comunicadora Nátaly Neri e Adriana Arcebispo, as jornalistas Camila Silva e Marília Neustein, a apresentadora Fabiana Saba e o criador da revista Raça Brasil Oswaldo Faustino marcam presença no documento, que trouxe nomes como Fábio Cypriano, jornalista de arte e diretor do Departamento de Comunicação da PUC-SP.

No campo corporativo, a proprietária da Lola Cosmetics Dione Vasconcelos, a diretora da Empregueafro Patrícia Santos, a consultora empresarial Ana Célia Minuto, a organizadora do Balanço Black Ana Lúcia Faustino e a empresária Egnalda Cortês são algumas das personalidades que apoiam a candidatura da professora para políticas políticas antirracistas de geração de empregos.

Quadros políticos proeminentes no partido de Adriana também endossam o coro: Manuela D’Ávila, candidata à prefeita em Porto Alegre em 1º lugar segundo recentes pesquisas e Orlando Silva, candidato à prefeitura de São Paulo integram a lista, que ainda prevê nomes como Jamil Murad, último vereador da legenda a ser eleito em São Paulo, a senadora Marta Suplicy e a deputada estadual Leci Brandão estão presentes. Sindicalistas professores e bancários e os líderes comunitários Daiana Maria da Silva e Carlos, do Jardim Elisa Maria assinam o documento.

Juristas de peso também marcaram presença, tais como o professor de direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Juarez Tavares, o professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e colunista da CartaCapital Pedro Estevam Serrano e o procurador de justiça aposentado e advogado Roberto Tardelli. A lista ainda contém nomes em ascensão no meio como Pedro Peruzzo, professor de Direito Constitucional da PUC-Campinas e Doutor pela Universidade de São Paulo e os colunistas do Editorial de Justiça da CartaCapital Gustavo Freire Barbosa, Renata Coutinho de Almeida e Ana Paula Lemes de Souza.

O documento, publicado em primeira mão na CartaCapital, encontra-se disponível para assinatura no site da Professora Adriana Vasconcellos. Você pode acessá-lo clicando nesse link.

Confira o manifesto na íntegra:

“Esse é um MANIFESTO pelo município de São Paulo, em apoio a candidata a vereadora Adriana Vasconcellos

Pela PERIFERIA, pelo povo no poder, com voto, voz, bem viver e liberdade.

Porque a periferia é POTÊNCIA e, enquanto políticos, é nosso dever investir em potência.

Todos sabemos que a desigualdade na cidade de São Paulo – assim como em todo o Brasil – tem endereço, tem cor, tem gênero. Combatê-la pode e deve ser a prioridade máxima de todos os políticos e políticas que ousarem entrar e trabalhar na casa do povo.

Esse manifesto é um compromisso com a EDUCAÇÃO.

Principalmente por uma educação antirracista.

A aplicação efetiva da Lei 10.639 é necessária e urgente, a fiscalização da aplicação dessa Lei é responsabilidade não só de professoras e professores, como de toda a comunidade escolar e tem que está no topo das prioridades.

Esse é um manifesto pela educação na PRIMEIRA INFÂNCIA, pelo cuidado com as mães e pais trabalhadoras e trabalhadores engajadas e engajados na criação de suas filhas e filhos.

Nós vivemos em uma cidade que tem uma fila de espera em creches que não zera nunca, atualmente com mais de 22 mil pedidos de vagas. Mas também na cidade que não para e que sobrevive do trabalho de quem deixa crianças em creches ou em casa para ganhar o pão de cada dia.

Esse é um manifesto por investimento de qualidade da educação.

A cidade de São Paulo tem mais de um milhão de alunas e alunos na rede municipal e tinha uma meta: melhorar o desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o IDEB, progrediu, mas não chegou lá. O município ficou em décimo lugar entre as capitais brasileiras na avaliação.

Precisamos melhorar esse cenário! Nós temos os recursos necessários. Falta fiscalizar, falta endereçar recurso com eficiência e acima de tudo incentivar todo o corpo docente e discente.

Esse é um manifesto para que ações antidiscriminatórias sejam tomadas como políticas públicas contra a desproporcional consequência da pandemia na vida de nossas alunas e nossos alunos de ensino púbico que estão à deriva sem aula e ferramentas como computador, internet e livros didáticos.

Esse é um manifesto pela ampliação da REPRESENTATIVIDADE NEGRA na estrutura discente, docente e diretiva. Porque 1 em cada 10 escolas privadas de São Paulo não têm nenhum professor negro. E a média de professores negros nas escolas que contam com docentes negros é de apenas 20%. Um retrato bem diferente da nossa sociedade aqui fora.

Esse é um manifesto em defesa das populações NEGRA, INDÍGENA, LGBTQIA+ e em SITUAÇÃO DE RUA.

Mulheres negras são as que aparecem no topo do ranking de desigualdade em São Paulo. São estatisticamente menos favorecidas.

Mais de 50% da população preta e parda da cidade vive nas regiões periféricas e sem acesso aos principais equipamentos públicos.

Na área da saúde, as adolescentes negras são as que registram os maiores índices de gravidez.

Dados oficiais indicam que cresceu em 60% número de pessoas que vivem em situação de rua nos últimos quatro anos. Mais de 24 mil pessoas sem um lar. E os movimentos sociais apontam que esse número é ainda mais crítico, cerca de 32 mil pessoas nas ruas. Isso, sem levar em consideração a pandemia de covid-19 que nos últimos meses minou a empregabilidade em várias áreas e piorou a situação de mais famílias que tiveram que abandonar suas casas.

Esse é um manifesto por uma nova consciência pública sobre habitação, por medidas de acolhida menos cerceadoras e mais humanizadas.

Um manifesto primordial pela SAÚDE da população, em especial a população periférica e em situação de rua.

Já são mais de 35 mil pessoas vítimas de Covid-19 no município. A curva pende para a periferia, pra quem esteve na linha de frente sem poder deixar de trabalhar em meio ao caos.

Precisamos prezar pela saúde do nosso povo, seguir pressionando por menos mortes e também pela saúde mental e física de quem vivenciou o pesadelo de perder um ente querido.

Um manifesto pela prevenção de mortes.

Seis em cada dez mortes de bebês com menos de um ano poderiam ser evitadas com políticas públicas mais eficazes.

Um manifesto porque a população sabe que a saúde que essa deveria ser a prioridade, mas apesar disso, na Câmara Municipal, o valor total das emendas destinadas por vereadoras e vereadores para a saúde através de emendas parlamentares foi de pouco mais 10% dos R$205 milhões disponíveis em 2019.

Um manifesto que cobra atenção à questão do abolicionismo penal, pelas mulheres encarceradas e suas famílias, com foco na ressocialização efetiva, pela saúde das detentas e detentos e pela fiscalização do cuidado com a população carcerária.

Esse é um manifesto por uma GCM desmilitarizada, menos violenta e menos racista.

Por todos esses indícios da necessidade de uma nova política, nós, aqui, abaixo assinamos este manifesto em apoio à candidata a vereadora pela cidade de São Paulo. Adriana Vasconcellos, uma mulher preta, educadora, mãe, militante e combatente na luta feminista negra e antirracista que dialoga com a periferia e se mostra uma mulher capaz de ajudar a construir um bem viver na nossa cidade.

Adriana é uma candidata que preza pela educação, pela promoção da igualdade racial, pela defesa das matrizes africanas, pelo respeito e a segurança da mulher, da população negra, indígena e LGBTQIA+, uma candidata que pensa na moradia, na cultura, na economia solidária e na saúde mental do nosso povo, principalmente, em bairros periféricos da cidade e a desmilitarização das GMC.

Esse é um manifesto que traduz a certeza de que votar 65100 é ser muito bem representada e representado, é votar no comprometimento e envolvimento com as questões essenciais da Câmara Municipal de São Paulo. Por leis que não se preocupem apenas em criar datas comemorativas, nomes de ruas e homenagens, mas que foquem no bem viver e na proteção da população”.

Assinam:

  1. Djamila Ribeiro – Mestra em Filosofia Política e escritora
  2. Rodnei William Eugênio – Babalorixá e Dr. em Ciências Sociais
  3. Orlando Silva- Deputado federal e candidato a prefeito em São Paulo
  4. Manuela D’Ávila – Mestra em Políticas Públicas e candidata à prefeita em Porto Alegre
  5. Carla Akotirene – Doutoranda em Estudos de Gênero e escritora
  6. Silvio Luiz de Almeida – Prof. Dr. em Direito e advogado
  7. Adilson Moreira – Prof. Dr. em Direito e advogado
  8. Tiago Vinicius – Prof. Dr. em Direito e advogado
  9. Alê de Souza – Maquiador
  10. Cris Vianna – Atriz
  11. Taina Muller – Atriz
  12. Waldete Tristão – Dra. em Educação e Escritora
  13. Xênia França – Cantora
  14. Nataly Neri – Comunicadora
  15. Raquel Virginia – Cantora na banda As Bahia
  16. Assucena Assucena – Cantora na banda As Bahia
  17. Fabio Eneas Magri – Administrador
  18. Fabio Mariano – Dr. em Ciências Sociais
  19. Fábio Cypriano – Professor Dr. do Departamento de Comunicação da PUC-SP.
  20. Juarez Tavares – Jurista professor da UERJ
  21. Camila Silva – Jornalista
  22. Dione Vasconcelos – Empresária
  23. Roberto Tardelli – Procurador de justiça aposentado e advogado.
  24. Pedro Estevam Serrano – Jurista professor da PUC-SP
  25. Gustavo Freire Barbosa – Advogado e professor
  26. Ana Paula Lemes de Souza – Advogada e professora
  27. Pedro Pulzatto Peruzzo – Professor Dr. de Direito e advogado
  28. Marta Suplicy – Senadora
  29. Chie Hirose – Professora Dra.
  30. Rosane Borges – Jornalista
  31. Mari Medeiros – Educadora/gestora
  32. Jamil Murad – Médico
  33. Jacqueline Jaceguai – Professora
  34. Juarez Soares – Professora
  35. Egnalda Côrtes – Empresária
  36. Daiana Maria da Silva – Líder comunitária
  37. Carlos Machado – Professor
  38. Diva Zito – Advogada
  39. Eduardo Silvestre – Produtor musical
  40. Andreia Moreira – Empresária
  41. Maria Cecilia Martinez – Professora de História do ensino básico e superior
  42. Carlos Siqueira – Professor da Rede Estadual de Ensino
  43. André Luiz Machado – Professor da Rede Estadual de ensino
  44. Valquiria Marquioli de Moraes Araujo – Professora
  45. Ricardo da Cunha Miranda – Coletivo Anjos da Guarda
  46. Yandra Menezes – Professora
  47. Juarez Xavier – Professor mestre, jornalista.
  48. Patrícia Santos – Empresária da Empregueafro
  49. Ana Claudia – Empreendedora UseAfro
  50. Adriana Arcebispo – Família Quilombo
  51. Ivan Lima – Ativista
  52. Nelson Triunfo – Dançarino de breaking e ativista social brasileiro
  53. Max – Apresentador
  54. Roberto Beltran – Gerente Imobiliário
  55. Gog – Rapper e escritor brasileiro
  56. Paulo Roberto Gracilano – Gestor SPTrans
  57. Reginaldo de Jesus
  58. Leci Brandão – Deputada estadual
  59. Estevão Silva – Advogado
  60. Ana Cláudia Silva – Psicóloga
  61. Eusalene Carmona – Projeto Ida
  62. Benedito Oliveira – Policial militar
  63. Ulisses Bergson – Acionista
  64. Robson Ubiratan – Escrivão polícia militar
  65. Larissa – Aluna ensino médio
  66. Adriana Regina – Cabeleira
  67. Akins Kinte – poeta
  68. Alex Minduim – ativista
  69. Osvaldo Faustino – Jornalista, ator e criador da Revista Raça
  70. Ana Lúcia Faustino – Organizadora do Balanço Black
  71. Ana Célia Minuto – Palestrante e Consultora Empresarial
  72. Babg – Poeta
  73. Angela Peres – Atriz
  74. Benazira Djoco – Modelo
  75. Brenno Villa Boas – Professor
  76. Joyce Ribeiro – Jornalista
  77. Beatriz Torres – Jornalista
  78. Marcelo Correia – Coletivo Una
  79. Vinícius Roberto – Estudante
  80. João Carlos Santos – Pastor
  81. Walmir Damasceno – Presidente Ilabantu
  82. Buiu Trompete – Musicista
  83. Sara Negrititi – Cineasta
  84. Fabiana Saba – Modelo e Apresentadora
  85. Pablo Freire – Professor
  86. Mahmoud Batydon – Sexólogo
  87. Neusa Bueno – Pastora
  88. Maria Iva de Vasconcellos Vieira – Mãe
  89. Diva Zitto – Comissão da Escravidão no Brasil
  90. Sheila Vieira – Empreendedora
  91. Maria do Carmo Santos da Silva – Artesã
  92. Elza Vieira – Aposentada do Estado
  93. Zulmira Vieira – Técnica em transporte
  94. Paulo Vieira – Aposentado dos Correios
  95. Meire Cunha – Intérprete de Libras
  96. Elizete Santana – Empreendedora
  97. Berenice Moreira – Enfermeira
  98. Anderson Donato – Intérprete de Libras
  99. Letícia Paola – coordenadora pedagógica SME
  100. Angelica Moreira – Nutricionista
  101. Angela Souza – Advogada
  102. Anderson Márcio – Professor
  103. José Fernando da Silva – Designer Gráfico
  104. Marta Costa – Bancada Preta
  105. Frei David – Educafro
  106. Maria Iva de Vasconcellos Vieira – Mãe
  107. Sheila Soares – Administradora
  108. Alexandra – A Journey through the African Diáspora
  109. Daysere – A Journey Through the African Diáspora
  110. Kendely – A Journey Through the African Diáspora
  111. Vanderlei Martinianos – Prof/Palestrante
  112. Fernanda Moreno de Andrade – Analista de créditos consignado
  113. Nira Miguez Cará – Administradora coordenadora de projeto
  114. Igor Fernando Brito da Silva – Representante bancário
  115. Thiago Silva de Sena – Representante bancário
  116. Marciel Pereira Bonfim – Representante bancário
  117. Wallace Santos de Souza – Representante bancário
  118. Jucelino Alves Avelino – Publicitário
  119. Sabrinny Nogueira Vieira – Estudante de direito
  120. Samara Nogueira Vieira – Estudante
  121. Carlos Alberto de Souza Sena – Bilheteiro
  122. Aline Gonçalves Brito dos santos – Autônoma
  123. Fernando Belarmino dos Santos – Autônomo
  124. Joyce Caroline Gomes da Silva – Auxiliar de Escritório
  125. Victor Augusto Gomes da Silva – Operador de monitoramento
  126. Victor Augusto Gomes – Operador de monitoramente
  127. Diunilo Gonçalves de Brito – Autônomo
  128. Noemi de Arruda Sabbag – Aposentada
  129. Erika Christina Gomes – Cozinheira
  130. Silvia Andrea Gomes – Assistente Executivo
  131. Thiago C. Sapede – Historiador
  132. Renata Coutinho de Almeida – Advogada doutoranda em Direito pela Universidade de Coimbra.
  133. Jean Pablo Castelhano Rosa – Auxiliar Administrativo
  134. Jean Lenon Alves Rosa – Pedreiro
  135. Thiago Hajnal Gaido – Empresário
  136. Alessandra Castelhano – Artista Plástica
  137. Alessandra Cristina de Araújo – Dona de Casa
  138. Diego Santana – Auxiliar de escritório
  139. Christiano Ribeiro Borges – Professor
  140. Eduardo de Arruda Sabbag – Funcionário Público
  141. Jefferson Pereira Lima – Atendente
  142. Bruno Ramos – Técnico de Enfermagem
  143. Rita de Cássia Oliveira Tavares – Dona de casa
  144. Cláudia Regina Bispo de Oliveira – Dona de casa
  145. Guilherme Bispo Gomes de Oliveira – Consultor ABB
  146. Mônica Patrícia Gonçalves Santos – Bancário
  147. Edmundo Leandro dos Santos – Autônomo
  148. William e Rodrigues – Representante comercial
  149. Assis – Padre caboverdiano
  150. Ana Carolina Martins – Vendedora
  151. Victória Desirée – Vendedora
  152. Célia Santos – Cabelereira
  153. Regina Célia – Psicóloga
  154. Flávia Diniz – Continuo sambando afropcd
  155. Carlos – Líder Comunitário Eliza Maria
  156. Alexandre Vieira -Empreendedor
  157. Wellington Rodrigues – Publicitário
  158. Felipe Araújo de Oliveira – Publicitário
  159. Cecilio Henrique Costa – Professor de idiomas e mestre em Ciência Politica
  160. Virginia Alves Grazia – Trancista cabelereira
  161. Camila Alves Ferreira – Trancista cabelereira
  162. Ludmila Alves Ferreira – Trancista cabelereira
  163. Vanessa Alves dos Santos – Trancista cabelereira
  164. Beatriz Alves dos Santos – Maquiadora
  165. Elisete Alves Ferreira – Técnica de enfermagem
  166. Vivian Alves da Costa – Técnica de enfermagem
  167. Brasil Alves da Costa – Pintor
  168. Silvia Maria – Diretora da Divisão de Normatização Técnica da Secretaria Municipal de Educação aposentada.
  169. Hasani Santos – Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos
  170. Damany Santos – Arquiteto
  171. Marilia Neustein – Jornalista
  172. Eduardo Levy Pichetto – Advogado
  173. Janaina Ruth da Silva Dourado – Dra. pela PUC-SP e docente CPS.
  174. Elaine Maia Administradora
  175. Fabiana Ferreira Administradora
  176. Patrícia Menezes – Bancária
  177. Amanda Amaral – Supervisora de Call Center
  178. Beatriz Gracilano – Advogada
  179. Diva Green – Estilista
  180. Idalise Galindo Peixoto – Dona de Casa
  181. Erik Henrique Gracilano Motorista
  182. Anderson Graciliano Maneca Advogado
  183. Miúcha Gracilano – ADV
  184. Karolina Gonçalves Gracilano – Estudante BiomedicinaNádia Castilho – Personal Treinne
  185. Adriana Rocha – Estudante de Pedagogia
  186. Daniela Maria da Silva – Assistente social
  187. Débora Lopes – Jornalista
  188. Enzo Pravata – Estudante de Jornalismo
  189. Luiz Alves – Procurador
  190. Tallhes Meireles – Cineasta
  191. Bruna Caroline – Corretora de Imóveis
  192. Jefferson Mariano – Corretor de Imóveis
  193. Jackson Pereira – Educador Social
  194. Leonardo Damião – Vendedor
  195. Reginaldo José Vicente- Segurança
  196. Angela Alves – ADV
  197. Tadeu Kaçula – Cientista Político
  198. Marcelo Arruda – Empresário
  199. Wladimir Souza – Motorista
  200. Wellington Calixto – Motorista
  201. Débora Evelyn C de Paula – Aux de limpeza
  202. Luana Patrícia Januário – Analista de RH
  203. Kamilla Januário – Estudante de Medicina
  204. Hugo Fabrício Januário – Paramédicos
  205. Betânia Ramos Schröder – Socióloga e escritora
  206. Aline Parreira – APP Luxury Cart
  207. Sabrina Fidalgo – Cineasta
  208. Marília Salles – Educadora em Guarulhos
  209. Carta Capital
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Professores da rede pública de Pernambuco decidem iniciar greve a partir desta terça (6)








Profissionais da rede estadual de Pernambuco deflagraram greve a partir da 0h desta terça-feira (6). A decisão pela deflagração foi tomada na tarde desta segunda-feira (5), em assembleia realizada de forma remota por meio de plataforma online.

Mais de 1.700 professores, membros de departamentos administrativos e analistas da Secretaria de Educação e Esportes, que são representados pelo Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco), participaram da tomada de decisão, ocasionada pela discordância em retornar as atividades presenciais nas unidades de ensino a partir desta terça-feira (6), data estipulada pelo Governo do Estado para a volta das turmas do último ano.

O Sintepe declarou estado de greve no último dia 24 de setembro. No dia 30, foi decretada a greve, com notificação ao Governo do Estado. Agora farão a deflagração.

A intitulada Greve em Defesa da Vida terá início à 0h desta terça e ocorrerá por tempo indeterminado. Nesta terça-feira ainda, o Sintepe também participa de audiência com o Ministério Público do Trabalho sobre a paralisação. Na quarta-feira (7), continuarão as negociações com o Governo do Estado em busca de uma resolução para o impasse. 

Com 82% dos votos, a categoria aprovou que a greve deve abranger quaisquer atividades presenciais, mas excetua as aulas e atividades remotas que porventura ocorram ou que já estão em andamento. Outros 15% votaram em uma "greve total" e 3% se abstiveram. 

"Tendo imposição de governos em retomar as atividades presenciais sem a plena garantia da segurança sanitária, é greve pela vida! Greve pela vida significa não retornar às atividades presenciais. Já as atividades remotas continuam", disse Heleno Araújo, presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e diretor do Sintepe.

No domingo (4), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) considerou a paralisação abusiva. Na decisão, o desembargador Fábio Eugênio Dantas de Oliveira Lima ordenou que o sindicato “encerre imediatamente a greve” ou, caso não a tenha iniciado ainda, “não a inicie”. Caso a determinação não seja cumprida, o órgão sindical terá de pagar uma multa diária de R$ 50 mil. Sobre o assunto, o Sintepe disse ainda não ter recebido uma notificação oficial e sinalizou que deve recorrer da decisão. 

A ordem judicial responde a uma ação movida pelo Governo, que argumentou ter tomado a medida de autorizar a volta das atividades presenciais com base em “estudos de realidade epidemiológica de todas as regiões do estado”.

No texto, o desembargador Oliveira Lima considera que “a educação é um direito básico fundamental” e que a greve deflagrada pelo Sintepe descumpre o artigo 13 da Lei 7.783/1989 (Lei de Greve) por não ter informado o Governo sobre a paralisação “com a antecedência mínima de 72 horas”.

O Sintepe ajuizou ação civil pública a fim de impedir o retorno às atividades presenciais na rede estadual. Fernando Melo afirmou que, desde o anúncio do Governo, o sindicato tem se posicionado contrário ao retorno em todas as negociações com a Secretaria de Educação e Esportes, sempre alegando que "no atual estágio da pandemia em Pernambuco, sem estudos técnicos específicos voltados à realidade do espaço escolar, o retorno às aulas é extremamente perigoso", alegou o presidente do Sintepe, Fernando Melo. 

Folha de Perenambuco

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