terça-feira, 22 de maio de 2018

Bonjardinense é selecionada para imersão acadêmica internacional

Duas  estudantes pernambucanas foram selecionadas e vivenciarão a experiência de imersão acadêmica e residencial durante quatro semanas, nos Estados Unidos, onde conhecerão o curso de engenharia mecânica. A seleção faz parte do programa Women’s Technology Program – WTP, realizado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), em parceria com o Programa Ganhe o Mundo (PGM). Uma delas é a nossa estudante Júlia Valentinne Souto Maior Gonçalves,  da turma 3º Nutrição B. 

A seleção aconteceu em três etapas: as vinte melhores médias brutas de física, do primeiro bimestre de 2018, foram selecionadas em ordem decrescente. A segunda fase é a aplicação de uma redação em língua inglesa para as 20 melhores médias classificadas com pontuação de 0 a 10. A terceira e última etapa consiste na soma e a média das notas das duas primeiras candidatas do ranking. E foi assim, que as duas escolhidas foram classificadas para o intercâmbio.
O Women’s Technology Program- WTP (Programa de Tecnologia para Mulheres) foi criado em 2002 por estudantes do curso de Electrical Engineering & Computer Sciences (Engenharia  Eletrônica e Ciências da Computação) do MIT com o propósito de aumentar o número de mulheres na área de exatas.
Em 2017, Júlia Valentinne fez intercâmbio de seis meses no Canadá através do Programa Ganhe o Mundo.
Fonte: www.escolatecnicalimoeiro
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Michael Jackson desafiou a gravidade em dança de 'Smooth Criminal'


Michael Jackson em show de 1988
Image captionMichael Jackson fez uma inclinação antigravidade considerada impossível no clipe de 'Smooth Criminal'.
Lembra do clipe da música "Smooth Criminal", de 1987, em que Michael Jackson se inclina para a frente mantendo o corpo retíssimo, deixando todo mundo de queixo caído? Você também ficou se perguntando "como esse cara fez isso"?
Pois um grupo de médicos decidiu investigar e responder a essa pergunta agora, 31 anos depois. A conclusão foi um misto de força física e um truque quase rudimentar - sapatos com presilhas especiais que firmavam o calcanhar do astro no chão.
"Os bailarinos mais treinados, com muita força concentrada no abdômen, conseguem uma inclinação de 25 a 30 graus no máximo. Michael Jackson faz um movimento de 45 graus que desafia a gravidade e parece sobrenatural para qualquer espectador", diz o médico Manjul Tripathi e seus colegas do Instituto de Pós-Graduação de Educação Médica e Pesquisa em Chandigarh, na Índia, ao Journal of Neurosurgery: Spine.
O grupo comandado por Tripathi, formado por neurocientistas especializados em coluna, estudou a fundo o movimento "impossível" do astro americano.
Ilustração sobre o equilíbrio de Michael Jackson
Image captionAlém de preparo físico do cantor, sapato que ele usava tinha um mecanismo que auxiliava a execução do movimento

Como ele conseguiu?

Uma pessoa comum que tente imitar o movimento feito pelo ídolo pop em "Smooth Criminal" notará que a maior parte da tensão feita para atingir a postura inclinada está no tendão de Aquiles, nos tornozelos, em vez dos músculos que sustentam a coluna.
Isso permite apenas um grau muito limitado de inclinação para frente, mesmo para alguém que tenha capacidade atlética semelhante à do próprio Michael, explica um assistente do professor Tripathi.
Veja o movimento de Michael Jacson a partir do minuto 7:
Para conseguir a inclinação de 45º, no entanto, o cantor não contou apenas com sua força e suas célebres habilidades de dança e controle corporal. Parte do truque estava em um artefato que poderia fazer parte de um kit de mágica comum: um sapato adaptado que permitia uma fixação do calcanhar ao piso.
Uma fenda em forma de "V" foi aberta em cada um dos saltos das solas. As aberturas se encaixavam numa espécie de engate no chão, permitindo ao dançarino girar e inclinar-se mais para frente, para o movimento que desafia a gravidade.

Truque mutante

Antes da invenção do calçado patenteado, Michael acabou utilizando cabos de suporte com um aro em volta de sua cintura para criar a ilusão.
Ele e dois colegas de Hollywood pegaram emprestada a ideia do calçado das botas dos astronautas norte-americanos, que podem ser acopladas a um trilho fixo quando eles caminham em gravidade zero.
Mas, mesmo com calçados especialmente projetados e com o apoio desse engate, o movimento é incrivelmente difícil de ser realizado, exigindo muita força no tronco, especialmente na região do abdômen, nos músculos das costas e dos membros inferiores, concluíram os médicos.
"Vários fãs de Michael Jackson, incluindo os autores (da pesquisa), tentaram copiar este movimento e falharam, muitas vezes se machucando em seus esforços", alertam, quase ironicamente, os pesquisadores.
"As chances de lesão no tornozelo são significativas. Você precisa de músculos fortes e um bom apoio ao redor do tornozelo. Não é um truque simples", diz Tripathi.
Fonte:BBC

Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Mundo:Venezuela sem opção, sem democracia, sem esperança


Maduro, no poder desde 2013, obteve no domingo 68% dos 8.603.936 votos contra 21,2% do ex-chavista Henri Falcón. Crédito: Maduro/Divulgação.
Maduro, no poder desde 2013, obteve no domingo 68% dos 8.603.936 votos contra 21,2% do ex-chavista Henri Falcón. Crédito: Maduro/Divulgação.
Argentina, Austrália, Canadá, Chile, Estados Unidos e México desconheceram o resultado das presidenciais de domingo na Venezuela e anunciaram que avaliam medidas sancionatórias, em uma declaração à margem da reunião do G20 realizada nesta segunda-feira (21) em Buenos Aires. 

"Levando em conta a falta de legitimidade do processo eleitoral venezuelano, nossos países desconhecem os resultados por terem sido convocados por uma autoridade ilegítima, a Assembleia Nacional Constituinte, excluindo a participação de atores políticos e que não contou com observação internacional para que pudesse ser aceita como livre, justa, independente e democrática", indicou a declaração lida à imprensa pelo chanceler argentino, Jorge Lafaurie.

"Entendemos que essa eleição ilegítima é uma clara demonstração da ruptura do fio democrático na Venezuela. Nossos países consideram neste momento possíveis medidas políticas, diplomáticas e financeiras sancionatórias do regime autoritário de (Nicolás) Maduro, procurando não afetar o povo venezuelano, que é a primeira vítima dessa ruptura da democracia na Venezuela", acrescenta o comunicado.

Maduro, no poder desde 2013, obteve no domingo 68% dos 8.603.936 votos contra 21,2% do ex-chavista Henri Falcón, que considerou que o processo carecia de "legitimidade" e pediu uma repetição da votação, ao acusar o governo de "compra de votos" e "chantagem" com os programas sociais.

O processo está marcado por uma abstenção de 52%, após o boicote convocado pela opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) por considerar a eleição uma "farsa" para perpetuar Maduro no poder.

Segundo a declaração de Buenos Aires, "a solução para a crise que a Venezuela vive deve ser alcançada de maneira pacífica e com o protagonismo dos próprios venezuelanos".

Os chanceleres também alertaram sobre o "alarmante agravamento da crise humanitária" na Venezuela e pediram ao governo de Maduro que "receba sem demora ajuda da comunidade internacional em alimentos e remédios, que são as necessidades essenciais do povo venezuelano neste momento".

"Mais de 900 mil venezuelanos emigraram para diferentes países da nossa região e esta situação de emergência constitui uma ameaça à estabilidade regional e à segurança em saúde, epidemiologia, educação, alimentação e questões sociais", continuaram.

Apesar de não constar da agenda formal da reunião de ministros das Relações Exteriores do G20, a questão da Venezuela foi discutida em reuniões bilaterais e multilaterais nesta segunda-feira em Buenos Aires.

A reeleição de Maduro para o período 2019-2025 também foi rejeitada nesta segunda pelo Grupo Lima, que reúne 14 países americanos.
Com informações de Diario de Pernambuco/ AFP - Agence France-Presse
Professor Edgar Bom Jardim - PE

A covardia da CELPE e via crúcis de quem precisa pagar a conta de luz em Pernambuco



Foto de arquivo/DP/com efeito
Foto de arquivo/DP/com efeito
Uma sensação de desamparo tomou conta das pessoas que precisam pagar as contas de energia, mas não têm conta bancária ou sequer usam internet. Homens e mulheres trabalhadoras de Pernambuco, bem como pessoas que cuidam de casa, precisam se deslocar de um lugar para o outro, às vezes de ônibus, gastando dinheiro de passagem, com o objetivo de manter o nome limpo e não ter a conta de energia cortada. A via crúcis começou no dia 1 de maio quando as lotéricas da Caixa Econômica Federal deixaram de receber os pagamentos. Há lotéricas em praticamente todos os bairros e municípios do estado, o que facilitava a vida de quem não possui conta-corrente. Agora, os únicos bancos que aceitam pagamentos nos guichês – de não correntistas - são Banco do Nordeste, Banco Sicredi e Bancoob.

As dificuldades se avolumam todos os dias. Para se ter uma ideia, o Recife tem cerca de 80 bairros, mas só em 18 deles é possível encontrar estabelecimentos para quitar os débitos e manter a luz acessa dentro de casa. Imagine que o bairro de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, não tem local para realizar o procedimento. O mesmo acontece em bairros como Boa Viagem, Casa Amarela, Encruzilhada, entre outros. 

Uma prestadora de serviço que trabalha no Bairro do Recife – pedindo para não ser identificada, caiu em prantos por não conseguir pagar a conta e temer o corte da energia, o que vai estragar tudo que tiver na geladeira. Ela já foi em dois bancos (Bradesco e Santander), numa farmácia e num supermercado e não conseguiu deixar suas contas em dia. “Só o que sabemos é de boca a boca. Eu fui agora na Pague Menos, um amigo disse que podia ser pago lá, mas não consegui. É uma humilhação, a gente fica feito bolinha, eu já chorei muito”, contou.

Nos dois bancos citados, a trabalhadora acrescentou ter recebido a seguinte informação: só podia utilizar aqueles serviços se ela tivesse uma conta. E nos demais locais, o pagamento não foi aceito porque o vencimento tinha passado. Ela também se dirigiu aos Correios, mas lá tinha um número de fichas para ser atendido por dia e o limite já tinha sido atingido. 

A Celpe informou que os clientes podem pagar as contas por aplicativos de celular, mas tem gente que não sabe utilizar esses recursos, ou não têm internet. Segundo a companhia, os estabelecimentos credenciados não podem recursar o pagamento de conta vencida. Há 650 pontos no estado credenciados para se quitar a conta e, até o final do ano, serão quase mil. A Celpe voltou a informar que o contrato com as lotéricas foi cancelado em decorrência de um aumento de 70% no valor da tarifa por fatura arrecada. 

“A decisão da Caixa Econômica tornou inviável a manutenção do convênio. Em respeito aos mais de 3,6 milhões de clientes, a Celpe reafirma o compromisso com a qualidade dos serviços oferecidos e disponibiliza para consulta a relação da rede credenciada em seu site: www.celpe.com.br.” 

Segundo informou uma liderança política ao Diario, em reserva, estados como Goiás, Rio e Janeiro e Ceará também vão cancelar os contratos com as lotéricas, porque as tarifas aumentaram quase 100%. Isso significa que o maior empurrão para a quebra de contratos foi dado pela Caixa Econômica, que tem sido sucateada nos últimos meses pelo governo federal. 

O site da Celpe está atualizado para melhor informar seus clientes. Veja, abaixo, os locais disponibilizados pela Celpe em cada bairro e em cada município do estado. 
Com informações de Diario de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 19 de maio de 2018

Anvisa deve apresentar relatório propondo que alimentos industrializados tenham na embalagem sinal de alerta sobre sódio e açúcar


Na hora de fazer compras no supermercado e escolher qual alimento levar, poderá fazer diferença a presença um símbolo que indica a presença de alto teor de açúcares adicionados, gordura saturada e sódio. A inclusão desse sinal é uma das recomendações de um relatório preliminar elaborado pela equipe técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que avalia mudanças nas regras de rotulagem dos alimentos.

O documento, ao qual a reportagem teve acesso, deve ser apresentado e discutido em reunião da diretoria nesta segunda-feira (21). Em seguida, segue para consulta pública.
Elaborado após revisão de estudos nacionais e internacionais e da análise de modelos sugeridos à agência e adotados em outros países, o texto dá força a propostas que incluem símbolos e mensagens de alerta para a alta quantidade de substâncias críticas se consumidas em excesso.

Segundo o relatório, a melhor opção é adotar, na frente da embalagem, o chamado semi-interpretativo, em que o consumidor pode ser informado sobre a composição do alimento, mas ao mesmo tempo pode manter a autonomia de decidir se quer comprá-lo ou não. Esse tipo de rotulagem, segundo a agência, tem tido melhor avaliação de custo-benefício em outros países. 

Hoje esse tipo de alerta no rótulo de alimentos industrializados já é adotado ou é alvo de análise em alguns países, como Canadá e Israel. No Brasil, propostas similares também foram sugeridas à Anvisa por algumas entidades, caso do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), Opas (Organização Panamericana de Saúde) e Caisan (Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional), entre outros.

O objetivo é ajudar o consumidor a ter informações mais claras sobre o que está presente em cada alimento e, assim, escolher produtos mais saudáveis. Apesar de recomendar a adoção de modelo de alertas para o 'alto teor' de gordura, açúcar e sódio, o documento frisa, porém, que as evidências disponíveis ainda "não permitem concluir sobre o formato mais apropriado para facilitar o uso da informação pelo consumidor brasileiro".

Alguns modelos de design do alerta, no entanto, são apresentados no documento como opções a serem analisadas. Entre elas, estão octógonos, triângulos, círculos e retângulos com lupa – todos com avisos da alta quantidade das substâncias. O relatório, porém, não descarta novas análises sobre outros modelos sugeridos à Anvisa, caso do "semáforo nutricional", modelo sugerido pela indústria e que usa as cores verde, amarela e vermelha junto com dados sobre a quantidade de açúcares, gordura e sódio.

O texto ressalta que, em revisão de estudos, modelos de alerta levaram a melhor. É a estratégia adotada pelo Chile, onde produtos como salgadinhos têm um triângulo preto para indicar que é uma opção pouco saudável. No país, mascotes e brindes em doces foram proibidos.
Fonte:Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

A coisa tá ficando preta:‘Com Obama meu filho se viu como presidente; agora minha cor está na família real’

Smith e BahamasDireito de imagemBBC BRASIL
Image captionAs americanas Smith e Bahamas (à dir.) foram à Inglaterra só para ver o casamento real
Karin Bahamas viajou de Nova York para a cidade de Windsor, a 40 km de Londres, para finalmente conseguir "se ver" ocupando espaços até então restritos à nobreza branca europeia.
A chegada da conterrânea Meghan Markle ao núcleo da família real britânica, ao se casar com o príncipe Harry, neste sábado (19), a fez lembrar da sensação que o seu filho experimentou quando Barack Obama se transformou no primeiro negro a ocupar a Casa Branca, nos EUA.
"Antes de Obama, viamos todos aqueles homens que não refletiam quem somos (na presidência dos EUA). Depois, meu filho encontrou um presidente igualzinho a ele."
Ela prossegue: "A importância desse casamento vai além do Reino Unido e mostra como as coisas mudaram no mundo. Para mim, que também tenho um casamento interracial, é incrível ver na família real alguém da minha cor".
Coro de cantores negros canta 'Stand by me' no casamento de Harry e MeghanDireito de imagemREPRODUÇÃO / PALÁCIO DE KENSINGTON
Image captionCoro de cantores canta 'Stand by me' no casamento de Harry e Meghan
Bahamas viajou junto da amiga Leslie Smith, que também é negra e se vestiu a caráter com um fascinator (enfeite de cabeça tradicionalmente usado em casamentos da elite britânica), porque faziam questão de presenciar este "momento histórico".
"Meghan não é só uma mulher independente. Ela também é fruto de uma mistura racial. Isso é magnífico", disse, enquanto posicionava sua cadeira e buscava uma garrafa de champanhe.
"Acho que o legado da (princesa) Diana para seus dois meninos foi o de se casarem com quem eles amem. E é impressionante como a familia real tem respeitado isso."

Revolução Meghan

Não o foi so a dupla de americanas que ressaltou a "importância histórica" do casamento.
A BBC Brasil acompanhou a cerimônia do lado de fora do castelo de Windsor, onde mais de 100 mil pessoas vindas de diversos lugares do mundo se reuniram desde as primeiras horas deste sábado.
Entre os muitos negros presentes, o principal interesse no evento era a diversidade que a figura de Meghan traz a uma instituição tão tradicional quanto a familia real britânica.
O angolano IsraelDireito de imagemBBC BRASIL
Image captionO angolando Israel Campos esteve no meio da multidão que acompanhou a saída dos noivos da capela
O angolano Israel Campos, de 18 anos, estuda no interior da Inglaterra e veio sozinho a Windsor "para ver uma realidade que só encontramos nos filmes".
"É um conto de fadas real", disse, mostrando satisfação ao encontrar interlocutores que também falavam português.
"Há um tempo atras era impensável uma pessoa como a Meghan, que é atriz, modelo fotográfica e tem raízes negras, entrar para a familia real. Ela vem quebrar padrões e mostrar que as pessoas dos castelos e dos contos não têm que ser necessariamente de um tipo. Não há um padrão para ser bonito ou da realeza, para ser importante. O padrão está dentro de nós, é aquilo que nós somos. Meghan traz uma revolução grande e sabe disso", afirmou o jovem à BBC Brasil.
Meghan, antes de se casar com Harry, trabalhou por anos como atriz e era uma das protagonistas da série Suits, da Netflix, que mostrava a vida num escritório de advocacia. Ela precisou abandonar a carreira para se tornar integrante da familia real.
A americana conciliava o trabalho como atriz com o ativismo: foi embaixadora da ONU Mulheres, onde se declarou várias vezes feminista.
Noiva entra na capela, com crianças carregando a calda do vestidoDireito de imagemDANNY LAWSON/PA WIRE
Image captionO momento em que a noiva Meghan Markle entra na capela
O fato dela ter entrado sozinha na capela de São Jorge, já que seu pai não pode comparecer à cerimônia por problemas de saúde, foi elogiado entre as mulheres presentes do lado de fora.
Só já perto do altar ela caminhou acompanhada do príncipe Charles.

Minorias

A repercussão em torno da origem de Meghan, que será chamada a partir de agora de duquesa de Sussex, se justifica pela composição étnica da sociedade britânica - majoritariamente branca.
Segundo dados do Censo de 2011, apenas 3,5% da população do país se declaravam negros. Já os mestiços, chamados no Reino Unido de "mixed race", representavam 2%. Ainda assim as minorias étnicas estão em crescimento - em 2001, o percentual total era de 9% e passou para 14% em 2011.
Reverendo Michael Curry, negro, discursa no casamento de Harry e MeghanDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionReverendo americano Michael Curry discursa no casamento de Harry e Meghan
Dentro desse contexto, também foi simbólica a presença de um reverendo negro e americano, Michael Curry, na celebração do casamento.
Curry discursou por 13 minutos e citou por duas vezes frases do ícone da luta pelos direitos civis dos negros americanos, Martin Luther King, assassinado há 50 anos. "Precisamos descobrir o poder redentor do amor. Quando o fizermos, faremos deste velho mundo, um mundo novo."
O casamento também teve um coral de cantores gospel e um violinista negro.

Simbologia x realidade

Apesar do poder simbólico da união ressaltado pelos presentes não se sabe se isso vai influenciar a dinâmica racial no Reino Unido.
Entre 2015 e 2016, o Ministério do Interior britânico registrou um aumento de 41% nos crimes de ódio, que incluem ataques a minorias raciais.
Quando o príncipe assumiu oficialmente o relacionamento com Meghan, pediu que a imprensa maneirasse nas tintas racistas e sexistas em relação à sua então namorada.
Violoncelista Sheku Kanneh-Mason, de 19 anos, toca enquanto Harry e Meghan assinam o registro matrimonialDireito de imagemREPRODUÇÃO / PALÁCIO DE KENSINGTON
Image captionVioloncelista Sheku Kanneh-Mason, de 19 anos, toca enquanto Harry e Meghan assinam o registro matrimonial
Ela também sofreu comentários racistas nas redes sociais. Além disso. em fevereiro deste ano, a polícia de Londres classificou como "crime de ódio racista" uma carta com ofensas endereçadas ao casal.
Apesar da incógnita sobre o poder de transformação do casamento de Meghan e Harry na sociedade britânica, a presença de uma afrodescendente na familia real gera esperanças nas próximas gerações.
A pequena Zara Pochan, de nove anos, junto com a mãe e e a tia, balançava uma bandeirinha inglesa com a foto dos noivos.
A pequena contou à BBC Brasil que aprendeu com Meghan a "nunca desistir e sempre dar seu máximo". "A autoestima dela me inspira", afirma ela, que sonha em ser ginasta.
A jovem ZaraDireito de imagemBBC BRASIL
Image captionA pequena Zara se sentiu inspirada pelo casamento real


Professor Edgar Bom Jardim - PE