sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Máscaras e Fantasias no Baile Municipal


 Público se divertiu no Baile Municipal do Bom Jardim, edição 2018. Veja mais fotos AQUI em LEIA MAIS.



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Foto do Facebook.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Carnaval lindo na Escola São Francisco de Assis

Dia do Frevo foi comemorado pela garotada da escola São Francisco de Assis. Também teve ciranda e outros ritmos do carnaval. Veja fotos AQUI em LEIA MAIS.
Fotos: Enio Andrade
Professor Edgar Bom Jardim - PE

PROGRAMAÇÃO:atrações do Carnaval de Bom Jardim 2018


A prefeitura de Bom Jardim divulgou atrações que farão parte da grade dos eventos carnavalescos:Baile Municipal e blocos carnavalescos direcionados para o pátio de eventos, tarde de sol. Dentre as atrações contratadas teremos: Valda Sedícias, Carol Capim, Sérgio Lima, Conexão 4, Banda Bonjardinense, Banda Overdose, dentre outras atrações.

O Governo Municipal, a Fundarpe, Secretaria de Cultura/Governo de Pernambuco, também apoiam a realização  do V Encontro de Burrinhas, Caboclinhos, Catirinas e Maracatus de Pernambuco, na manhã da terça-feira, 13 de fevereiro, ás 8 horas, no centro de Bom Jardim. 
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Bloco do Punaré anima ruas de Bom Jardim


Prévias do carnaval com o tradicional Bloco do Punaré, animando a noite desta quinta-feira(8) em Bom Jardim. Acontece na Vila Noelândia, neste mesmo momento, o Baile Municipal.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Bom Jardim:vai começar o Baile Municipal

Governo Municipal do Bom Jardim realiza  baile nesta quinta-feira (8), no ginásio de esportes Oswaldo Lima, mais uma edição do baile municipal. A festa começa às 21 horas. Entrada: 2 kilos de alimentos. Mesa: R$ 60,00
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Camisa do V Encontro de Burrinhas, Caboclinhos, Catinas e Maracatus de Pernambuco, faz sucesso

Lembrança do Carnaval de Bom Jardim, Pernambuco 2018. 

V Encontro de Burrinhas, Caboclinhos, Catirinas e Maracatus de Pernambuco - Terça-feira, 13 de Fevereiro, 2018. Início: 8:00 horas. A festa é de todos. Participe! Classificação LIVRE.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Bom Jardim:justa homenagem da "Troça Quero Uma Mulher" para Rogério Andrade e Laurivan Barros


Aconteceu na noite desta quarta-feira (7), a troça carnavalesca Quero uma Mulher agitando os foliões por onde passava.  De Nordeste Notícias

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Humanidade:DNA de esqueleto indica existência de britânicos negros e de olhos azuis há 10 mil anos

Homem de Cheddar
Image captionCom base nos dados, cientistas reconstruíram o que acreditam ter sido o rosto do Homem de Cheddar
O Homem de Cheddar nada tem a ver com o queijo de sabor forte e, por vezes, cor amarelada. É, na verdade, um dos mais antigos britânicos de que se tem registro. E agora, também objeto de uma nova descoberta.
Uma análise recente do fóssil encontrado em 1903 em uma gruta de Cheddar, desfiladeiro repleto de cavernas localizado em Somerset, no Reino Unido, indicou que ele tinha olhos azuis, cabelo crespo e pele escura.
A análise contraria a imagem anterior projetada a partir do fóssil. Inicialmente, acreditava-se que ele tinha olhos escuros, pele clara e cabelos lisos.
Uma equipe de cientistas não só identificou o novo fenótipo atribuído ao britânico de 10 mil anos atrás como também fez uma reconstrução detalhada de seu rosto.
Avaliações anteriores já indicavam que ele era mais baixo que a média e que provavelmente morreu por volta dos 20 anos.
Homen de Cheddar e integrantes da equipe do Channel 4
Image captionGêmeos holandeses Adrie e Alfons Kennis recriaram a face do Homem de Cheddar | Foto: Channel 4
Fraturas na superfície do crânio sugerem que ele pode ter morrido de maneira violenta. Não se sabe como o corpo chegou à caverna, mas é possível que tenha sido colocado lá por indivíduos da tribo.

Extração do DNA

Os pesquisadores do Museu de História Natural de Londres extraíram o DNA de uma parte do crânio, próxima ao ouvido, conhecida como osso petroso.
Inicialmente, Ian Barnes e Selina Brace, que fazem parte da instituição e integram o projeto, não tinham certeza se conseguiriam algum DNA do fóssil.
Mas eles tiveram sorte: não só o DNA foi preservado, como também produziu a maior cobertura (uma medida da precisão de sequenciamento) para um genoma na Europa desse período de Pré-história - conhecido como Mesolítico ou Idade da Pedra Média.
Crânio
Image captionAnálise do DNA foi feita a partir do crânio, mais precisamento do osso petroso | Foto: Channel 4
Os pesquisadores do museu se juntaram a cientistas da universidade londrina UCL (University College London) para analisar os resultados, incluindo variantes genéticas associadas com cabelo, olhos e cor da pele.
A descoberta indica ainda que os genes da pele mais clara se difundiu na Europa mais tarde do que se pensava, e que a cor da pele não é necessariamente referência de origem geográfica, como normalmente é vista hoje em dia.

Como a pele mudou

A pele clara provavelmente chegou à Grã-Bretanha há cerca de 6 mil anos, com uma migração de pessoas do Oriente Médio.
Essa população tinha pele clara e olhos castanhos. Acredita-se que tenha acabado absorvendo características de grupos como o do Homem de Cheddar.
Não se sabe ao certo, contudo, por que a pele clara acabou se sobressaindo entre os habitantes da região. Mas acredita-se que a dieta à base de cereais provavelmente era deficiente em vitamina D - isso exigiria que agricultores processassem esse nutriente por meio da exposição à luz solar, que é mais escassa onde fica o Reino Unido.
"Podem haver outros fatores causando menor pigmentação da pele ao longo do tempo nos últimos 10 mil anos. Mas essa é a grande explicação à qual a maioria dos cientistas se fia", disse Mark Thomas, geneticista da UCL.
Homem de Cheddar
Image captionFóssil foi encontrado em 1903 numa caverna em Cheddar, no condado de Somerset
Para Tom Booth, arqueólogo do Museu de História Natural em Londres e integrante do projeto que desvendou as características do Homem de Cheddar, a análise mostra como as categorias raciais são construções modernas ou muito recentes. "Elas realmente não se aplicam ao passado", disse ao jornal britânico The Guardian.
Yoan Diekmann, biólogo especializado em estudos da computação na universidade londrina UCL e também parte da equipe, concorda com o colega. Afirma que a conexão comumente estabelecida entre "britanidade" e brancura "não é uma verdade imutável". "Sempre mudou e sempre mudará", declarou à mesma publicação.
A análise genética também sugere que o Homem Cheddar não bebia leite na idade adulta - algo que só se espalharia entre os humanos muito mais tarde, na Idade do Bronze, iniciada em alguns lugares há cerca de 5 mil anos.

Chegadas e partidas

As análises também indicam que os europeus dos tempos atuais mantiveram, em média, apenas 10% das características de ancestrais como o britânico de Cheddar.
Acredita-se que os humanos chegaram no que hoje é o Reino Unido há 40 mil anos, mas um período de frio extremo conhecido como o Último Máximo Glacial teria os forçado a migrar dali 10 mil anos depois.
Também já foram coletadas evidências em cavernas de que humanos caçadores-coletores voltaram quando as condições climáticas melhoraram. Mas acabaram sendo surpreendidos pelo frio - marcas nos ossos sugerem que esse grupo canibalizou seus mortos.
O território hoje conhecido como Grã-Bretanha foi ocupado novamente há 11 mil anos e, desde então, permanece habitado, segundo os pesquisadores.
O Homem de Cheddar é parte dessa onda migratória que teria caminhado pela chamada Doggerland - que, naquele período, ligava a ilha ao continente, mas posteriormente acabou coberta pelo aumento do nível do mar.
Homem de Cheddar
Image captionNos anos 1990, outra análise do DNA já havia identificado possíveis 'parentes do Homem de Cheddar'
Essa não é a primeira tentativa de análise genética do Homem de Cheddar. No final dos anos 1990, o geneticista Brian Sykes já havia sequenciado o DNA mitocondrial de um dos molares do fóssil.
A sequência, transmitida exclusivamente da mãe para os filhos, foi comparada com 20 residentes vivos do povoado em Cheddar.
Duas dessas pessoas tinham mostras similares - uma delas era o professor de história Adrian Targett.
A atual descoberta feita por pesquisadores do Museu de História Natural e da UCL vai ser detalhada em um documentário para a televisão britânica com o título The First Brit: Secrets of the 10,000 Year Old Man ("O primeiro britânico: segredos do homem de 10 mil anos de idade"), feito pela Plimsoll Productions e a ser exibido pelo Channel 4. Também vai virar, é claro, artigo acadêmico.
Chris Stringer
Image captionProfessor Chris Stringer ficou impressionado ao ver a reconstrução do Homem de Cheddar
O professor Chris Stringer, que lidera os estudos sobre origens humanas no museu, se dedica a estudar o esqueleto do Homem de Cheddar há 40 anos.
Ele se impressionou ao ver a reconstrução que pode ter revelado o rosto de seu objeto de estudo.
"Ficar cara a cara com a imagem de como esse homem pode ter parecido - a combinação impressionante de cabelo, rosto, cor dos olhos e pele escura - é algo que não poderíamos imaginar alguns anos atrás. Mas é que os dados científicos mostram."
BBC.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Pernambuco:mais policiais civis


Os 1.214 novos policiais civis e científicos já começam suas atividades nesta semana em todo Estado. São delegados, agentes, escrivães, peritos, médicos legistas e auxiliares, que reforçarão a segurança pública em Pernambuco. "Estou muito confiante de que vamos garantir à população aquilo que ela tanto quer, que é sair de casa, poder levar seus filhos ao colégio, ir ao trabalho, tudo isso com segurança. E sabendo que vai poder voltar para casa, à noite, com tranquilidade. Os investimentos na área da segurança não vão parar. Temos um longo caminho pela frente, mas venceremos esse problema que incomoda a todos nós", diz Paulo Câmara.

Foto: Hélia Scheppa/ SE

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Brasil:o que pode detonar uma epidemia urbana de febre amarela


Aedes aegyptiDireito de imagemREUTERS
Image captionSe população de Aedes aegypti crescer, também aumentará o risco de transmissão urbana da febre amarela
Uma das maiores preocupações de cientistas que estudam a febre amarela e de autoridades que tentam controlar o atual surto da doença é evitar que o vírus comece a ser transmitido nas cidades pelo mosquito Aedes aegypti, também vetor da dengue, chikungunya e zika.
Por enquanto, o Brasil só vem registrando casos de contaminação por mosquitos dos gêneros Haemagoguse Sabethes, que são silvestres - ou seja, vivem em florestas. Ao longo de 2017, foram confirmados 779 casos de febre amarela, 262 deles resultando em mortes.
O surto poderia ser muito mais mortal se pessoas estivessem sendo infectadas dentro de centros urbanos, não apenas em áreas de parques e florestas. Mas nesta semana, um caso de infecção em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, acendeu um sinal de alerta.
A prefeitura informou que um homem de 35 anos teria sido contaminado na cidade, e não em área de mata. Mas o Ministério da Saúde esclareceu, depois, que o paciente trabalharia em uma área rural, embora morasse em bairro urbano. E que testes precisariam ser feitos para verificar se, de fato, ele foi infectado pelo Aedes aegypti. A pasta disse considerar "baixíssima" a possibilidade de haver infecção urbana.
Diante desse cenário, a BBC Brasil conversou com especialistas para saber o que poderia causar um surto de febre amarela nas cidades do país. A falta de controle do Aedes e uma série de fatores seriam necessários para que isso ocorresse. Confira:
Mosquito Sabethes
Image captionA diferença entre a febre amarela urbana e a silvestre está nos mosquitos que transmitem o vírus em cada ambiente | Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocruz

Como saber se a contaminação foi 'silvestre' ou 'urbana'?

Uma das diferenças centrais entre a febre amarela urbana e a silvestre está nos mosquitos que transmitem o vírus em cada ambiente.
Enquanto nas florestas insetos dos gêneros Haemagoguse Sabethesdisseminam a doença, nas cidades o Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya, é a espécie com potencial de transmissão do vírus.
Vale lembrar que os mosquitos silvestres têm predileção por sangue de macacos e o Aedes, pelo humano - essas preferências vem de milhões de anos de evolução e adaptação genética desses dois tipos de inseto.
De acordo com pesquisador Ricardo Lourenço, chefe do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do Instituto Oswaldo Cruz, será necessário fazer três tipos de investigação para determinar se o homem de São Bernardo do Campo foi infectado pelo mosquito Aedes aegypti:
- Mapear a rotina do paciente, para saber se ele passou por zonas onde existe a presença de mosquitos silvestres, de macacos ou de outras pessoas infectadas. É o que os infectologistas chamam de investigação epidemiológica.
- Detectar o momento exato de apresentação dos primeiros sintomas, para estimar o momento em que houve a contaminação pela picada do mosquito.
- Coletar e examinar mosquitos que habitam as áreas por onde o homem infectado passou, para verificar quais espécies apresentam o vírus - a chamada investigação "entomológica".
A partir dessas análises seria possível, segundo Lourenço, identificar se mosquitos silvestres ou urbanos infectaram o paciente.
Mosquito Sabethes
Image captionMosquitos silvestres têm capacidade muito maior de transmitir a febre amarela | Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocruz

O que seria necessário para um Aedes aegypti se infectar e transmitir febre amarela?

Segundo o pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz, alguns fatores combinados precisam estar presentes para que o Aedes aegypti passe a transmitir febre amarela nas cidades.
Primeiro, seria preciso que uma pessoa infectada com alta concentração do vírus no sangue entrasse em uma área com grande infestação de Aedes aegypti. É importante lembrar que um mosquito não necessariamente é infectado ao picar uma pessoa doente, ou contrai uma quantidade suficiente do vírus para passá-lo adiante.
E, para que o vírus se propague a ponto de causar um surto urbano, os Aedes infectados por essa primeira pessoa teriam que estar próximos a populações humanas vulneráveis a ele, ou seja, que não tenham tomado a vacina.
Após ser picado, o ser humano só mantém o vírus em concentração suficiente para infectar mosquitos por dois ou três dias, diz Lourenço.
Uma pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz mediu a capacidade do Aedes aegypti de transmitir o vírus da febre amarela. Para realizar os testes, os pesquisadores coletaram ovos dos mosquitos nas cidades e em áreas de mata do Rio de Janeiro, Manaus e Goiânia. O estudo mostrou que ele é capaz de passar a doença, mas sua eficiência como vetor varia de acordo com a população de insetos.
Os Aedes aegypti do Rio de Janeiro apresentaram o maior potencial de disseminar a febre amarela, com 10% dos mosquitos apresentando partículas do vírus na saliva 14 dias após a alimentação por sangue infectado. Ou seja, pelo estudo, a cada 100 mosquitos que picassem uma pessoa infectada, 10 se contaminariam.
Daí a necessidade de vários fatores combinados para a disseminação em meio urbano, como quantidade suficiente de vírus no sangue do ser humano infectado e presença de muitos Aedes para picar esse ser humano e retransmitir a doença no meio urbano.
Ainda assim, a capacidade de transmissão do vírus pelos mosquitos urbanos verificada na pesquisa é considerada preocupante pelos pesquisadores.
"Os dados apontaram que os insetos fluminenses das espécies Aedes aegypti são altamente suscetíveis a linhagens virais no Brasil. A competência vetorial dos mosquitos Aedes também foi verificada em Manaus e, em menor grau, em Goiânia. O achado reforça a importância de medidas preventivas, como a vacinação e o controle do Aedes aegypti", diz Lourenço.
Os mosquitos silvestres têm capacidade muito maior de transmitir a febre amarela. Segundo o estudo do Instituto Oswaldo Cruz, o percentual de Haemagogus do Rio de Janeiro infectados chegou a 20%. Entre os Sabethes locais, esse percentual alcançou 31%.

Controle da população de Aedes é essencial

O professor Aloisio Falqueto, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), diz que a população de mosquito Aedes aegypti existente hoje no Brasil ainda é, por enquanto, considerada pequena para ser capaz de provocar uma epidemia de febre amarela urbana.
Segundo ele, em períodos de chuvas e calor- ambiente mais propício para proliferação de mosquitos -, a existência de focos de Aedes alcança até 5% das casas brasileiras. Na África, onde há epidemia de febre amarela urbana, esse percentual varia de 20% a 40%.
Inspeção contra foco de mosquito no Brasil
Image captionEm período de chuvas e calor, a existência de focos de Aedes alcança 5% das casas brasileiras | Foto: Erasmo Salomão/MS
"Se tivesse uma densidade grande de Aedes no Brasil, existiria a condição de disseminar a doença na cidade. Por enquanto, a densidade baixa do mosquito não permitiu que a doença se disseminasse."
Falqueto destaca, porém, que é preciso manter ações de combate ao mosquito para evitar que o risco de epidemia urbana aumente.
"No Brasil, raramente chegamos a ter 5% das casas com foco de Aedes. Mas esse já seria um nível crítico. A partir daí a gente teria que se preocupar com o vírus em transmissão urbana."
O Ministério da Saúde diz que é "baixa" essa possibilidade de transmissão. De acordo com a pasta, as ações de vigilância com captura de mosquitos urbanos e silvestres não encontraram, até o momento, presença do vírus no Aedes.
"Já há um programa nacionalmente estabelecido de controle do Aedes aegypti em função de outras arboviroses (dengue, zika, chikungunya), que consegue manter níveis de infestação abaixo daquilo que os estudos consideram necessário para sustentar uma transmissão urbana de febre amarela", disse a pasta, em nota.
"Além disso, há boas coberturas vacinais nas áreas de recomendação de vacina e uma vigilância muito sensível para detectar precocemente a circulação do vírus em novas áreas para adotar a vacinação oportunamente."
Mosquito Sabethes
Image captionPor enquanto, o Brasil só vem registrando casos de contaminação por mosquitos silvestres | Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocuz

Medidas de prevenção

Como o tamanho da população de Aedes aegypti determina o risco de contaminação por febre amarela, os pesquisadores ressaltam que é essencial a participação da população para prevenir o aumento do número de mosquitos nas cidades e nos quintais de casas perto de matas.
Homem sendo vacinadoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionVacinar populações em áreas de risco é essencial para evitar risco de contaminação urbana do Aedes aegypti, segundo especialistas
"Com esse numero de casos de febre amarela pipocando, se por alguma razão as densidades de Aedes aumentarem, o risco de febre amarela urbana aumentará de maneira assustadora", diz o médico infectologista Eduardo Massad, professor da Universidade de São Paulo (USP).
É preciso estar atento ao acúmulo de água parada em garrafas, pratos de plantas e outros objetos deixados em jardins e varandas, assim como fazer a manutenção de calhas e manter caixas d'água e outros depósitos vedados.
Os especialistas do Instituto Oswaldo Cruz também recomendam que o Brasil considere exigir a imunização de pessoas vindas de países que são alvo de febre amarela, sobretudo da África, onde há a doença em centros urbanos. O país já exige Certificado Internacional de Vacinação a pessoas vindas de Angola e da República Democrática do Congo.
Além disso, vacinar populações de áreas de risco é essencial para evitar a proliferação da doença, segundo os pesquisadores.
"Eliminar os criadouros e controlar a proliferação do Aedes aegypti é uma medida importante para evitar a reemergência da febre amarela urbana no Brasil, além da questão básica e já amplamente conhecida de ele ser também responsável pela transmissão dos vírus da dengue, zika e chikungunya", diz Dinair Couto Lima, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz e uma das autoras da pesquisa sobre mosquitos transmissores.
Professor Edgar Bom Jardim - PE