sábado, 2 de setembro de 2017

Por que homem que ejaculou em mulher em ônibus foi solto - e o que isso diz sobre a lei brasileira?

Mulheres acolhem vítima na Avenida Paulista
Image captionCaso aconteceu na tarde da terça-feira na Avenida Paulista; vítima foi acolhida por outras mulheres enquanto polícia fazia o flagrante | Foto: Reprodução Facebook
Na terça-feira, um homem foi preso em flagrante após ter ejaculado em uma mulher dentro de um ônibus na avenida Paulista, uma das mais movimentadas vias de São Paulo. Menos de 24 horas depois, foi liberado após o juiz responsável concluir que o ato não seria estupro, mas sim uma contravenção penal - "importunar alguém em local público de modo ofensivo ao pudor" - passível de punição com multa.
A decisão provocou fortes reações nas redes sociais e gerou revolta entre movimentos de defesa dos direitos das mulheres, especialmente pela justificativa do juiz José Eugenio do Amaral para liberar o homem, que já tinha passagens na polícia por suspeita de estupro.
"O crime de estupro tem como núcleo típico constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. Na espécie, entendo que não houve o constrangimento, tampouco violência ou grave ameaça, pois a vítima estava sentada em um banco de ônibus quando foi surpreendida pela ejaculação do indiciado", dizia a decisão.
O episódio colocou sob os holofotes um problema cada vez mais recorrente no transporte público de São Paulo - segundo dados oficiais, a cidade registrou 288 casos de abuso sexual em ônibus de janeiro a julho de 2017, trens e metrô (pelo menos um por dia). De acordo com informações divulgadas pelo portal UOL, o número de casos registrados no metrô cresceu mais de 350% em 2016, se comparado com o ano anterior.
Mas para juristas e especialistas em Direito ouvidos pela BBC Brasil, esses casos expõem um problema na legislação: não há um tipo penal específico para classificá-los. Além disso, há uma dificuldade na interpretação da violência que não é física.
"O juiz considerou que era uma mera contravenção penal porque ele não consegue entender que existiu um constrangimento mediante violência. Isso porque ele só consegue entender como violência a violência física", afirmou à BBC Brasil a doutora em Filosofia do Direito e integrante do Comitê CEDAW/ONU (Comitê sobre a Eliminação da Discriminação contra a Mulher da ONU), Silvia Pimentel.
"Mas existe a violência simbólica, moral, psicológica de um ato como esse. É interessante que se abra na sociedade um debate jurídico a respeito de verificar que o artigo 213 (da lei do estupro) pode ser legitimamente interpretado e aplicado quando, independente de violência física, exista outra violência como essas."
Mulher andando em plataforma de metrôDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionSegundo dados oficiais, São Paulo registrou 288 casos de abuso sexual em ônibus, trens e metrô (pelo menos um por dia) no primeiro semestre de 2017

Entre dois extremos

Mas para além da questão de interpretação da "violência" nesses casos, outros especialistas apontam a dificuldade de penalizar esse tipo de ato de acordo com a legislação atual, que resume os crimes sexuais ou a "estupro" ou a "perturbação ao pudor".
Segundo Silvia Chakian, promotora de violência doméstica do Ministério Público de São Paulo, o problema é que "ficamos entre um crime de uma pena muito branda (contravenção penal) ou vai para a outra ponta, que é crime hediondo (estupro)".
"Não temos na legislação um tipo penal que se encaixe nesse tipo de conduta. Para qualificar como estupro, os elementos precisam estar muito bem configurados - senão vai causar absolvição. E se não tem resposta penal adequada nesses casos, fica muito ruim. A sensação para essa mulher é de que a integridade fisica, psicológica, sexual dela não vale nada para a Justiça. A sensação para ele é de que saiu barato praticar esse ato."
Na decisão em que determina a soltura do réu, o juiz menciona a gravidade do caso, mas pontua que "penalmente, o ato configura apenas contravenção penal".
"O ato praticado pelo indiciado é bastante grave, já que se masturbou e ejaculou em um ônibus cheio, em cima da passageira, que ficou, logicamente, bastante nervosa e traumatizada. Ademais, pelo exame da folha de antecedentes do indiciado, verifica-se que tem histórico nesse tipo de comportamento, necessitando de tratamento psiquiátrico e psicológico para evitar a reiteração de condutas como esta, que violam gravemente a dignidade sexual das mulheres, mas que, penalmente, configuram apenas como contravenção penal."
Diante dessa situação, Chakian defende a criação de uma nova tipificação criminal para esse tipo de ato, determinando uma punição intermediária. "A gente tem lei demais mesmo, mas existem formas de violência como essa que não têm tipificação adequada. E se você não nomeia, você não visibiliza o problema, você não colhe dados sobre ele nem pode criar políticas para combatê-lo", opina.
Segundo ela, outros países instituíram tipos penais intermediários para esse tipo de caso.
"Em Portugal, por exemplo, há uma classificação diferente para condutas onde não há penetração, coito. Outros países optam por colocar uma cláusula de diminuição de pena no estupro. Mas é um debate importante a se fazer aqui."

Lei mais severa

Até 2009, havia diversas classificações para os crimes sexuais, derrubadas quando todo o tipo de violência sexual passou a ser considerado crime de estupro - eliminando o "atentado violento ao pudor", por exemplo, que tinha a mesma punição, mas era considerado outro tipo de infração.
A mudança foi considerada um avanço em favor dos direitos das mulheres, mas para Ana Gabriela Braga, professora do curso de Direito na Unesp, trouxe um problema.
"A gente comemorou, mas aí veio essa resposta: o crime ficou muito grave, então não vai condenar. Nesse caso, enrijecer (a lei) é questionável, porque olha o que a gente teve de volta."
Mulheres consolam vítima
Image captionHomem que ejaculou em mulher no ônibus foi solto 24 horas depois de ter sido pego em flagrante | Foto: Reprodução/Facebook
Doutor em Direito Penal pela USP, o jurista Renato de Mello Jorge Silveira avalia que seria necessário diferenciar legalmente os crimes sexuais para não "equiparar" todos eles.
"(Essa equiparação) gera um vazio jurídico muito forte. Essa conduta do ônibus é reprovável. Eu só tenho um pouco de dificuldade de aceitar que ela venha a ser equiparável a um estupro 'tradicional'. Ela mereceria uma graduação um pouco menor do que alguem que é forçado à conjunção carnal", afirma.
"Uma apalpada não desejada pode ser equiparada proporcionalmente a uma situação de violência invasiva de estupro? Um beijo forçado, por mais reprovado que ele seja, não invasivo da mesma forma que um estupro no sentido tradicional."

Punição exemplar?

O clamor nas redes sociais por uma "punição exemplar" ao homem flagrado no ônibus também preocupa, afirma Jacqueline Sinhoretto, pesquisadora em Sociologia da Violência da UFScar (Universidade Federal de São Paulo).
"As pessoas estão pedindo uma punição acabada, bruta, mas a vitima mal foi ouvida", pontuou.
Ela ressalta que a soltura do réu, neste caso, não significa necessariamente "impunidade".
"Ele vai ser processado pelo Ministério Público e pode ser condenado. Não é que ele foi absolvido. Mas as pessoas estão cansadas de conviver com esse tipo de coisa e aí descontam tudo em um caso só. Não dá pra pegar esse caso e condenar todo o sistema penal", disse.
Mas mesmo sem uma tipificação específica, algumas especialistas defendem que esse caso deveria, sim, ser considerado estupro - e ter a punição que esse crime exige.
A promotora Gabriela Manssur, que atua há oito anos no combate à violência contra a mulher, considera que é preciso um olhar "mais humano" do Judiciário.
"É muito mais grave que uma contravenção penal. Temos que lutar com os crimes que temos e adequar os fatos aos tipos penais existentes. As mulheres não podem ficar à mercê do Estado. Ejaculou na mulher sem a permissão dela? Por que não podemos falar em estupro? É preciso um olhar mais atento e mais humano: não com os réus, os agressores, mas para as mulheres", afirmou.
Silvia Pimentel reforça. "Eu sou pelo Direito Penal mínimo (contra punições excessivas), mas não quando estamos falando de crimes contra a mulher. Sou contra colocar na cadeia gente que furtou comida. Mas não dá para abrandar o sistema penal nos casos em que a vítima é a mulher. E, nesse caso, houve um abrandamento lamentável."
A BBC Brasil procurou o juiz José Eugenio do Amaral, mas a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo afirmou que ele não poderia falar sobre o caso.
BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Os haitianos e brasileiros que tiveram as vidas transformadas pela missão de paz

Militar brasileiro com menino haitiano
Image captionMissão de paz brasileira no Haiti durou mais de uma década | Foto: Arquivo pessoal
O Brasil já esteve em mais de 50 operações da Organização das Nações Unidas, mas nenhuma foi tão duradoura como a Missão de Paz para Estabilização do Haiti (Minustah), na qual encerrou a participação nesta semana.
Durante 13 anos, mais de 37 mil militares brasileiros estiveram no país para dar assistência a cerca de 10 milhões de haitianos. Além da turbulência política, ajudaram o país a enfrentar desastres naturais, como o terremoto de 2010 e o furacão Matthew, no ano passado. Problemas, como acusações de envolvimento em crimes, também ocorreram.
Milhares de pessoas tiveram as vidas transformadas nesse período. A BBC Brasil conta a seguir algumas dessas histórias.

Brisson Fritznel, o haitiano que ganhou um futuro

Brisson Fritznel
Image captionFritznel aprendeu português sozinho e trabalhou como intérprete da ONU | Foto: Arquivo Pessoal
Brisson nasceu em Cité Soleil. A população da região que, em francês, significa "cidade do sol", sempre temia o entardecer. Durante a noite, sem eletricidade, a única luz que se via por trás dos casebres de lata eram dos tiros e dos charutos de drogas.
Poderia ser parecido com as favelas brasileiras, se não fosse o fato de que ali está a concentração das pessoas mais pobres do Hemisfério Ocidental. Ali, onde Brisson nasceu, a fome é rotina, estudar é privilégio e ter um emprego é luxo.
Esperto, ele se esquivou das dificuldades de morar na vila que já recebeu o indesejado título de mais perigosa do mundo. Também resistiu ao fato de viver em um país que foi governado por uma sequência de ditadores, onde os motins eram diários.
Em 2004, quando o país estava no ápice da crise humanitária, a ONU enviou uma missão de paz ao Haiti. Uma base militar foi instalada dentro de Cité Soleil.
Brisson acompanhou o desembarque dos militares brasileiros e sentiu que precisava aprender português. Autodidata, observava o ritmo da fala, a composição das frases e consultava o dicionário. Aprendeu. A ONU precisou de intérpretes e ele foi selecionado.
Brisson, não! Jimmy. Jimmy gaúcho. A cada seis meses, o efetivo militar brasileiro era substituído e o jovem intérprete aprendeu sobre a diversidade cultural do nosso país. Ele decidiu então que seria gaúcho.
Naquela época, a seleção brasileira vivia um grande momento. O Brasil enviou ao Haiti o time com estrelas como Ronaldo, Ronaldinho, Kaká e Cafu para fazer um jogo da paz no país. Jimmy pirou. Viu o seu ídolo, Ronaldinho Gaúcho, de perto. Foi inesquecível. A decisão de virar gaúcho já estava tomada.
Com a oportunidade que teve de ser intérprete da ONU, ele aproveitou para estudar Comunicação e Direito. Ao contrário de todas as expectativas do lugar onde nasceu, Jimmy ganhou um futuro.

Chenet Conserv, o haitiano que se manteve vivo

Chenet Conserv
Image captionHaitiano decidiu mudar-se para o Brasil, onde reconstruiu sua vida | Foto: Arquivo Pessoal
Conserv - Se o Haiti não tivesse mudado, eu estaria morto.
BBC Brasil - Por quê?
Conserv - Todo dia tinha revolta na rua. Teve uma vez que os bandidos me pegaram. Eles me colocaram no chão pra me matar.
BBC Brasil - E você fez eles desistirem?
Conserv - Sim, foi por pouco. Só que depois piorou. Quando parou de ter tumulto e ataque de gangue, teve o terremoto.
BBC Brasil - E aí você decidiu partir para o Brasil?
Conserv - Sim. No Haiti não tem emprego. Eu precisava fazer dinheiro para cuidar da minha filha.
BBC Brasil - Onde ela está?
Conserv - Ela continua em Saint Marc, junto com a mãe.
BBC Brasil - Quantos anos ela tem?
Conserv - Tem 10. Dia 31 de julho ela fez aniversário. Sempre mando presente.
BBC Brasil - Ela está bem?
Conserv - Sim, ela tá bem na escola, sem dificuldade. Só que ela diz que tá com muita saudade.
BBC Brasil - E você?
Conserv - Eu tô com saudade da minha filha. Todo dia peço força para eu seguir trabalhando e poder dar um futuro pra ela. É por isso que tô aqui.
A esperança de Chenet de conseguir um emprego se despedaçou entre as ruínas do terremoto. Sem dinheiro, sem teto e sem chão. Tudo havia sido destruído. O jeito era recomeçar.
Chenet juntou os destroços e traçou um plano: reconstruir a casa e tentar a vida em outro lugar. Antes, ele descartara deixar a família por causa da violência do país. Mas seis anos depois da implantação da missão de paz, os ânimos já não estavam mais tão acirrados e a insegurança já não era mais o problema principal.
Chedniana Conserve
Image captionA filha de Chenet Conserve ficou no Haiti com sua mãe | Foto: Arquivo Pessoal
Enquanto o Brasil desembarcava no Haiti com mais um efetivo da missão, Chenet seguia no sentido contrário. Desembarcava em Rio Branco. Chegou maltrapilho, só sabia falar "meu nome ê Chenê" "po favou" e "obirigadu".
No Norte, se familiarizou com as dificuldades do povo. Mas ele sabia que o Brasil é grande e por isso, embarcou em ônibus, trens e caronas em caminhões até parar em Porto Alegre.
Chenet não teve muita sorte no início. Trabalhou duro numa obra e foi enganado no pagamento. Engoliu seco. Não tinha documentos para provar. Já na segunda oportunidade, se encontrou. Virou gari.
A rotina de acordar às 5h, pegar dois ônibus, correr o dia inteiro atrás do caminhão de lixo e só chegar em casa às 22h tem sido uma bênção para ele.
"Às vezes penso que Deus me deu muita sorte. Eu tenho um emprego e a minha família tem o que comer. E, graças a Deus, estou vivo para garantir isso."

Militares, os brasileiros que ganharam lições de vida

No refeitório da sede do Batalhão de Infantaria de Força de Paz no Haiti, os horários das refeições eram sagrados. Alguns militares faziam uma oração, outros agradeciam em silêncio.
"Dar valor à comida no prato é uma das principais lições que a gente leva pra vida depois da missão no Haiti", diz o tenente do Exército Paulo de Tarso, médico cirurgião baiano, que integrou a missão em 2013.
Para o sargento carioca Adriano Vieira, a missão continuou viva depois que ele voltou ao Brasil, em 2015. O trabalho de assistência para as crianças haitianas despertou a vontade nele de fazer algo pelas crianças daqui.
"O Haiti não saiu de mim. Quando voltei para o Brasil decidi que a missão de paz deveria continuar em minha vida. Criei um projeto que visita orfanatos e asilos dando alegria e doações para quem precisa."
Quando os blindados passavam pelos vilarejos, as crianças colocavam a mão na barriga para indicar que estavam com fome. Os militares não são autorizados pela ONU a dar comida, mas muitos paravam para conversar e se comunicar com as crianças.
Álvaro Luis Carvalho Peres, tenente do Exército que esteve no Haiti duas vezes, diz que a barreira do idioma era ultrapassada por um aceno de mão ou um olhar.
"Eu pude perceber que para um povo que mora em Cité Soleil e praticamente não tem nada, o pouco que dávamos, até mesmo um gesto de carinho e atenção, já era muito para arrancar um sorriso daquelas pessoas."
Mas ele salienta que a missão continua: "aqui no Brasil nós temos muitos Haitis".
BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Professora é envenenada por alunos em Nazaré da Mata


A equipe da Delegacia de Nazaré da Mata investiga uma suspeita de envenenamento contra uma professora dentro de uma escola pública do município nesta quinta-feira. Segundo informações preliminares, duas crianças de 10 e 11 anos e um adolescente de 13 anos teriam colocado chumbinho dentro da garrafa d'água da docente em sala de aula. Os três são alunos da professora.

Até o momento, não foi registrada uma queixa formal sobre o caso, mas a Polícia Civil de Pernambuco informou que já abriu inquérito para investigar o caso. O Diario de Pernambuco confirmou que a professora foi internada e já recebeu alta do Hospital Ermírio Coutinho, mas a unidade de saúde não forneceu mais detalhes. 

Segundo a polícia, um agente que compareceu ao Hospital Ermírio Coutinho para verificar a situação da professora também recebeu a informação da alta e obteve uma cópia do prontuário. No documento, o médico registrou o caso como suspeita de envenenamento, mas, depois de administrar medicações não especificadas, deu alta à paciente.

Testemunhas disseram que a educadora passou mal após beber uma água durante a aula. Para a polícia, a educadora confirmou a informação. Segundo ela, os três alunos costumam causar problemas na sala devido ao comportamento. Agentes estiveram no local, colherem materiais e encaminharam ao Instituto de Criminalística. Ainda de acordo com a polícia, foi cumprido o procedimento padrão do Ceatox para casos de envenenamento. O delegado Rommel Ricardo, titular da Delegacia de Nazaré da Mata, é o responsável pelas investigações.

As identidades dos alunos estão sendo preservadas.
Diário de Pernambuco.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Fique por dentro de tudo. Assista Jornal da Cultura | 31/08/2017 Aqui em LEIA MAIS



Professor Edgar Bom Jardim - PE

Maria Sebastiana animada com obra da Unidade Básica de Saúde do Roque em João Alfredo


"Em breve, vamos entregar a Unidade Básica de Saúde do Roque. Um prédio amplo e estruturado para receber as famílias. Além do novo prédio, a UBS do Roque receberá novos equipamentos e mobília. Mais uma parceria que firmamos com o Ministério da Saúde. São parcerias que melhoraram a vida das pessoas. Com foco e determinação vamos conseguindo cada vez mais", diz Maria Sebastiana.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

População brasileira passa de 207,7 milhões em 2017

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que o Brasil tem 207,7 milhões de habitantes e uma taxa de crescimento populacional de 0,77% entre 2016 e 2017, um pouco menor do que a de 2015/2016 (0,80%). Os dados foram publicados, nesta quarta-feira (30), no Diário Oficial da União
No ranking dos estados, os três mais populosos estão na região Sudeste, enquanto os cinco menos populosos estão na região Norte. O líder é São Paulo, com 45,1 milhões de habitantes, concentrando 21,7% da população do País. Roraima é o estado menos populoso, com 522,6 mil habitantes (0,3% da população total).
Mais cinco estados têm população acima de 10 milhões de habitantes: Minas Gerais (21.119.536),  Rio de Janeiro (16.718.956), Bahia (15.344.447), Rio Grande do Sul (11.322.895) e Paraná (11.320.892).
O Distrito Federal que, no ano passado, tinha 2,98 milhões de habitantes, agora tem mais de 3,039 milhões de pessoas. Acre (829,6 mil), Amapá (797,7 mil) e Roraima (522,6 mil) são os estados que registram população inferior a 1 milhão de habitantes. 
A taxa de crescimento populacional (0,77%), entretanto, vem desacelerando nos últimos anos, em razão principalmente da queda na taxa de fecundidade. A projeção demográfica prevê que daqui a 26 anos (entre 2042 e 2043), a população vai atingir seu limite máximo (228,4 milhões), e passará a decrescer nos anos seguintes.
Cidades
As Estimativas de População dos municípios mostram que quase um quarto dos 5.570 municípios brasileiros (1.378 municípios) tiveram redução populacional. Além disso, em mais da metade deles (2.986), as taxas de crescimento populacional foram inferiores a 1%, e em apenas 258 municípios (4,6% do total) o aumento foi igual ou superior a 2%.
A redução populacional concentra-se, principalmente, no grupo de municípios com até 20 mil habitantes (32,5% ou 1.236 municípios). A diminuição acontece com mais frequência na região Sul, enquanto no Norte e no Centro-Oeste estão as maiores proporções de municípios com taxas de crescimento acima de 1%.
Segundo a gerente de Estimativas e Projeção de População do IBGE, Izabel Marri, os resultados do cálculo das estimativas mostram a reorganização da população no território. “Há uma tendência de deslocamento das pessoas que moram em pequenos municípios para cidades maiores em busca de melhores condições de vida e melhor acesso à educação e ao emprego”, explicou.
Fonte: Portal Brasil, com informações do IBGE e Agência Brasil


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Memórias da morte da princesa Diana

Reportagem cobra gesto da rainha da Inglaterra após a morte da princesaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionA imprensa britânica criticou o silêncio da rainha Elizabetn 2ª após a morte de Diana
Além de comover o mundo há exatos 20 anos, a morte da princesa Diana também foi um ponto de inflexão para a monarquia britânica.
A aparente reação fria da rainha Elizabeth 2ª após o acidente que custou a vida de sua ex-nora em Paris em 31 de agosto de 1997 fez com que ela fosse duramente criticada.
A monarca acreditava que a acontecimento deveria ser tratado de forma privada e familiar, ainda mais levando em conta que a princesa não era um membro oficial da família real.
Mas o mal-estar gerado na sociedade britânica a fez romper pela primeira vez com o protocolo real - e demonstrar mais tato e empatia com os cidadãos consternados com morte da "princesa do povo".
DianaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionDiana, a princesa de Gales, foi uma das mulheres mais fotografadas no mundo
Confira, a seguir, alguns dos gestos inéditos da monarquia britânica após o acidente.

1. O pronunciamento de Elisabeth 2ª na TV

Rainha Elizabeth 2ª faz discurso na televisão
Image captionEm seu primeiro pronunciamento ao vivo na TV, a rainha disse que Diana era um 'ser humano excepcional'
Demorou cinco dias, mas Elizabeth 2ª decidiu finalmente fazer um discurso televisionado ao vivo após ser criticada por não ter feito demonstrações píublicas de luto após a morte de Diana.
A não ser pelas mensagens de Natal, a rainha só havia falado uma vez na TV, em 1991, por causa da guerra do Golfo. Mas ela nunca tinha feito isso ao vivo nos então 45 anos de reinado.
Trajando preto e em frente a uma janela aberta onde se via ao fundo a multidão concentrada na frente do Palácio de Buckingham, a monarca disse que Diana era um "ser humano excepcional".
"Eu a respeitava e a admirava por sua energia e comprometimento com os outros, especialmente por sua devoção aos filhos. Ninguém que conhecia Diana a esquecerá jamais", declarou.

2. A bandeira britânica a meio mastro

Bandeira britânica a meio mastro em 1997Direito de imagemGETTY IMAGES
Image captionFuneral da princesa gerou uma mudança no protocolo real quanto à bandeira que fica no Palácio de Buckingham
No palácio, a única bandeira que fica hasteada é o estandarte real - a bandeira pessoal da rainha -, mas só quando ela está nesta que é sua residência oficial em Londres.
Após a morte de Diana, muitos cidadãos pouco familiarizados com o protocolo interpretaram como falta de respeito com a princesa que o fato a bandeira britânica não estivesse a meio mastro sobre o palácio.
Sendo assim, quando a rainha deixou o local para ir ao funeral, o estandarte real foi substituído pela bandeira oficial do Reino Unido, que ficou a meio mastro pelo resto do dia.

3. O estandarte real sobre o caixão de Diana

Caixão de Diana em seu funeralDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionO uso da bandeira real é exclusivo da família da monarquia britânica
O estandarte real é um símbolo usado só por membros oficiais da família da monarquia britânica. Diana não fazia parte dela quando morreu, pois havia se divorciado do príncipe Charles um ano antes.
Ainda assim, a bandeira foi colocada sobre seu caixão desde o início da repatriação de seu corpo de Paris.
O militar Charles Richie, que estava na embaixada britânica na França na época, disse ao canal Sky que ele assumiu a responsabilidade por essa decisão, mesmo sabendo que isso ia contra o protocolo.
"O embaixador recebeu depois um comunicado oficial pedindo que me agradecesse pela decisão pouco convencional que havia tomado", disse.

4. O cortejo fúnebre a pé de seus filhos e ex-marido

Duque de Edimburgo, príncipe William, conde Spencer, príncipe Harry e príncipe Charles no funeral de DianaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionO príncipe William disse que caminhar atrás do caixão de sua mãe foi 'uma das coisas mais difíceis' que já fez
Os filhos de Diana, William e Harry, seu ex-marido, o príncipe Charles, seu irmão, o conde de Spencer, e o duque de Edimburgo, seu ex-sogro, seguiram a pé atrás do caixão da princesa no cortejo fúnebre que percorreu as ruas de Londres até chegar à abadia de Westminster.
Foi especialmente debatido na época se os jovens príncipes, com 15 e 12 anos na época, deveriam participar do ato. "Foi uma das coisas mais difíceis que já fiz", disse William sobre a ocasião à BBC.
"Não foi uma decisão simples e foi fruto de uma conversa em família. Era preciso manter o equilíbrio entre o dever e a família, e foi o que fizemos."
Seu irmão mais novo, Harry, disse à revista Newsweek que caminhar atrás do caixão de sua mãe era algo que "não se deveria pedir" a nenhuma criança. Ele afirmou não ter uma opinião se participar foi a decisão correta, mas que hoje fica feliz de tê-lo feito.

5. A reverência da rainha diante do caixão de Diana

Elizabeth 2ª e a rainha-mãe esperam a chegada do caixão de Diana na entrada da abadia de Westminster
Image captionAnalistas avaliam que pequeno gesto da rainha Elizabeth 2ª foi essencial para sua reconciliação com o público
Poucas vezes um gesto tão pequeno teve tanto peso. Quando o caixão de Diana passou em frente ao Palácio de Buckingham, a rainha Elizabeth 2ª inclinou levemente a cabeça como um gesto de reconhecimento.
A monarca não é obrigada a fazer gestos de cortesia a outras pessoas, como se espera que elas façam para saudá-la.
Segundo vários analistas, isso foi essencial para a reconciliação do público com a realeza após a reação inicial da rainha.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O fim dos lixões é um problema que deve ser resolvido imediatamente


O município de João Alfredo, no Agreste, foi multado em R$ 50 mil reais na tarde dessa quarta-feira (30). A decisão foi tomada após à fiscalização da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), que ocorreu na manhã do mesmo dia, constatar a presença de lixão a céu aberto, sem nenhum tratamento, e queima de lixo, que provoca poluição tóxica. Com esta, o município de João Alfredo coleciona três autuações do órgão ambiental. A decisão será encaminhada ao Ministério Público de Pernambuco, para conhecimento das sanções administrativas. 

A CPRH determinou ao município que o impacto provocado pela fumaça fosse sanado de imediato. Quanto ao encerramento do lixão, existe em andamento um estudo para criação um aterro sanitário contemplando 17 municípios da região, o que o município se comprometeu a avançar. Na aplicação do valor da nova multa, além do agravante da irregularidade, levou-se em consideração o porte do município, que tem menos de 50 mil habitantes. 
Fonte: Folha de Pernambuco
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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Demarcação Já! Assista ao vídeo em LEIA MAIS




Confira a música "Demarcação Já!", uma homenagem de mais de 25 artistas aos povos indígenas do Brasil. Pelo direito à terra, pelo direito à vida! #DemarcaçãoJá

Mobilização Nacional Indígena
https://professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com.br/2017/08/demarcacao-ja-assista-ao-video-em-leia.html
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Prefeitura faz reposição de lâmpadas em Tamboatá(Bom Jardim)

Atendendo ao apelo da comunidade de Tamboatá, a Secretaria de Infraestrutura de Bom Jardim fez reposição de lâmpadas na vila sede do distrito de Tamboatá. Os serviços foram providenciados quatro dias após a reclamação da moradora Lívia Morais pelo Facebook.  A moradora postou seu agradecimento:"Boa noite pessoal . No último dia 23 vim aqui pedir que o atual prefeito do nosso município tomasse uma providência no distrito de Tamboatá, em relação a iluminação pública da nossa comunidade. Hoje dia 29 estou aqui para agradecer.Espero de não​ precisarmos vir sempre em redes sociais para que o mesmo possa tomar alguma providência ".
Os serviços de reposição, reparação, manutenção da iluminação é uma atribuição recente das prefeituras. Uma empresas prestadores de  serviço ou funcionários do quadro podem executar os trabalhos.
Outro importante serviço quem vem sedo realizado pela infraestrutura é o piçarramento de algumas estradas vicinais.
Fotos: Prefeitura Municipal.
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