segunda-feira, 24 de julho de 2017

Os sinais escondidos que podem revelar se uma foto é 'fake'


Dois homens aparentemente trocando documentos na ruaDireito de imagemJAMES O´BRIEN E HANY FARID
Image captionAs aparências enganam...

Observe a foto acima. À primeira vista, trata-se apenas de uma simples imagem de duas pessoas do lado de fora de um prédio, certo? Uma delas parece estar entregando algo para a outra. Agora, observe com mais cuidado: nem tudo nessa foto é o que parece.
As pistas não são tão claras para observadores comuns, mas Hany Farid enxerga muitas indicações de que a imagem foi alterada - em especial um dos reflexos nas vidraças.
Um dos homens que você vê foi artificialmente colocado na foto.
Pesquisas mostram que muitos de nós sofremos para diferenciar fotos reais de armações (ou fakes). Farid, no entanto, é perito em análise digital e de imagens. É capaz de examiná-la e encontrar sinais quase imperceptíveis que indiquem manipulação.

Luz nos olhos

Um dos truques que ele aprendeu com o passar dos anos foi checar os pontos de luz nos olhos de pessoas. "Se há duas pessoas perto uma da outra em uma foto, geralmente conseguimos ver o reflexo da fonte de luz (o sol ou o flash) nos olhos delas", explica.
"A posição, o tamanho e a cor desse reflexo nos dão informações sobre a fonte de luz. Se elas não são consistentes, a foto pode ter sido manipulada."
Outro detalhe que pode revelar uma farsa é a cor das orelhas das pessoas. "Se o sol estiver atrás de mim, minhas orelhas parecerão mais vermelhas vistas da frente, porque você consegue ver o sangue. Mas, se a luz vem da frente, você não verá vermelho nas orelhas."
Farid é diretor do departamento de Ciência da Computação do Dartmouth College, uma das mais prestigiadas universidades americanas. Ele estuda há décadas a arte da manipulação de imagens.

Imagem falsa da capa da revista Direito de imagemTWITTER
Image captionO presidente dos EUA, Donald Trump, usou uma imagem adulterada da capa da revista "Time" em seus clubes de golfe, para parecer que tinha sido realmente retratado naquela edição

Um dos pontos mais importantes para averiguar a veracidade de imagens é a sombra de objetos e pessoas. Se desenharmos uma linha entre a ponta da sombra e a parte do objeto que está fazendo a sombra, podemos estender a linha para revelar de onde a luz de uma imagem está vindo.
Ao mapearmos diversos pontos em uma sombra, as linhas que saem deles até o objeto devem cruzar-se. Em uma foto que sofreu alterações, as sombras de alguns objetos na imagem podem não combinar com as fontes de luz no resto da foto, como explica Farid.
Este método torna possível identificar imagens que tiveram pessoas ou objetos adicionados após terem sido tiradas.
Da mesma forma, o reflexo de objetos e de pessoas também "entrega" eventuais falsificações. Se traçarmos linhas entre os objetos e sua imagem projetada, elas precisam convergir em um único ponto atrás da superfície refletora. Caso contrário, algo foi alterado.

Imagem analisadaDireito de imagemJAMES O´BRIEN E HANY FARID
Image captionTraçar linhas com os reflexos de objetos e pessoas mostra se uma imagem foi manipulada

Política

No mundo de hoje, imagens falsas têm implicações em todos os aspectos de nossa vida. Da política à medicina.
"Não há uma eleição em que não nos vejamos imagens falsas de um jeito ou de outro", explica Farid. "Fotos são adulteradas para que um candidato pareça melhor. Ou recebem multidões artificiais, como um público mais diverso, para que o candidato não pareça racista. Também podem-se usar composições para que adversários apareçam de forma negativa."
Um exemplo foi quando, na campanha presidencial americana de 2004, surgiu uma imagem do candidato do Partido Democrata, John Kerry, ao lado da atriz Jane Fonda durante uma manifestação pacifista nos anos 1970 (isso reforçaria as credenciais antiguerra de Kerry, que criticava o rival republicano, George W. Bush, por seu papel na Segunda Guerra do Golfo).
Descobriu-se mais tarde que a imagem tinha sido composta por duas fotos diferentes.

Foto adulterada de John KerryDireito de imagemFOURANDSIX.COM
Image captionSe John Kerry encontrou-se com Jane Fonda nos anos 1970, não foi neste dia: especialistas descobriram composição na foto

Em 2012, por exemplo, a BBC Future publicou um guia para identificar imagens fake da destruição provocada pelo furacão Sandy nos Estados Unidos. Fotos como as que mostravam nuvens de tempestade ameaçadoras acima da Estátua da Liberdade, por exemplo.
O uso de imagens falsas precede até a internet. Um famoso retrato do presidente americano Abraham Lincoln, assassinado em 1865, é considerado uma composição por diversos especialistas, com a cabeça do presidente sendo adicionada ao corpo de outra pessoa.
Mas a difusão de câmeras digitais e programas de edição de imagens tornou a prática mais problemática do que nunca.
Mesmo governos têm culpa no cartório. O Irã, por exemplo, divulgou em 2008 imagens que mostravam um lançamento de mísseis totalmente bem-sucedido - mas um dos lançadores falhara.
"Quando fotos de lugares como Coreia do Norte, Iraque e Síria são usadas para ajudar autoridades a tomar decisões importantes, sua autenticidade precisa ser verificada sempre que possível", adverte Farid.

Comparação de fotos de teste militar iranianoDireito de imagemFOURANDSIX.COM
Image captionRetoque digital "corrigia" falha em lançamento de míssil pelo Irã em 2008

Tecnologia

A Darpa, agência do Departamento de Defesa dos EUA que desenvolve tecnologia militar, trabalha em uma ferramenta capaz de automaticamente detectar a manipulação de imagens e vídeos. Farid faz parte de uma das equipes do projeto, ao lado de Kevin Coner, seu sócio na empresa de consultoria Fourandsix.
Juntos, eles criaram o program Izitru, que analisa arquivos de computador para saber a procedência de uma imagem - se ela veio direto da câmera, por exemplo.
"O desafio é que a tecnologia ainda não está num ponto em que conseguimos usar uma imagem aleatória e obter uma resposta inequívoca", explica Coner, que passou 16 anos de sua vida profissional na Adobe, a empresa que criou Photoshop - o mais popular programa de edição de imagens do mundo.
Sozinhos, humanos são muito ruins para identificar imagens falsas. Um estudo recente da Universidade de Stanford, nos EUA, demonstrou que estudantes do ensino médio à universidade têm dificuldades para analisar se o material que leem online é confiável.
Em um experimento, estudantes viram uma foto flores deformadas que teriam brotado na região da usina nuclear de Fukushima, no Japão, palco de um grave acidente em 2011.
Dos 170 alunos do ensino médio que viram a imagem, menos de 20% questionaram a procedência da foto (ela mostrava, na verdade, uma ocorrência natural e nada ligada à radiação).

Flor com vários miolosDireito de imagemFLICKR
Image caption"Flores de Fukushima" na verdade sofreram um processo natural chamado de fasciação

Mas mesmo quando suspeitamos da origem de uma imagem, ainda é difícil enxergar inconsistências. Acadêmicos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) fizeram um experimento em que participantes examinaram uma série de fotos e tiveram que responder se elas tinham sido manipuladas.
Algumas não tinham sofrido qualquer alteração, mas um número superior à metade tinha passado por um processo de composição com outras imagens, ou continha áreas editadas. Em apenas 47% dos casos as fakes foram corretamente identificadas.
Victor Schetinger, que trabalhou no estudo, conta que colegas e amigos frequentemente fazem perguntas sobre a autenticidade de fotos. "Toda a minha pesquisa mostra que você não pode dizer apenas com um exame visual se uma foto é verdadeira ou não. Mesmo em fotos reais, processos como a saturação, um flash estranho e até poeira na lente podem criar um efeito que salte à vista", conta.

Suspeita

Farid explica que, na maioria dos casos, leigos confundem imagens reais com adulteradas - e vice-versa. "E estão sempre cheios de confiança. As pessoas são ao mesmo tempo ignorantes e superconfiantes, o que é a pior combinação."
A solução é pedir ajuda ao computador. A fotografia forense usa uma bateria de técnicas e algoritmos para identificar fakes, muitas delas checando se as imagens se enquadram nas leis da física. Se 100% de certeza é impossível, peritos podem ao menos fazer uma série de testes.
Tomemos como exemplo uma imagem que há décadas alimenta teorias da conspiração.

Imagem de Lee Harvey OswaldDireito de imagemWARREN COMMISSION
Image captionEssa imagem de Lee Harvey Oswald alimenta muitas teorias da conspiração sobre assassinato de Kennedy

A foto acima é de Lee Harvey Oswald, o ex-fuzileiro naval que em 1963 assassinou o então presidente dos EUA, John Kennedy. De acordo com as autoridades americanas, a foto foi tirada no quintal da casa em que Oswald vivia e enviada para um amigo em abril de 1963, sete meses antes do crime.
Ela foi usada como prova nas investigações depois de especialistas identificaram marcas no fuzil que ele segura na imagem que eram parecidas às marcas na arma encontrada no prédio próximo ao local do assassinato do presidente, na cidade de Dallas.
Mas, desde então, dúvidas sobre a autenticidade da imagem ajudam a alimentar as teorias de que Oswald foi incriminado para disfarçar planos mais sinistros contra o presidente, ainda mais porque o suspeito negou que a foto fosse verdadeira e foi morto a tiros dois dias após a morte de Kennedy.
As dúvidas estariam ligadas às sombras na foto e à posição de Oswald na imagem - há até quem diga que sua mandíbula parece diferente na foto tirada logo após sua prisão.
Farid e seus colegas examinaram a foto em uma série de estudos publicados em 2009, 2010 e 2015. Em suas análises, construíram modelos 3D da cena e de Oswald, levando em conta sua altura e peso, além do peso do fuzil. Descobriram que a iluminação da imagem era consistente com uma única fonte de luz e que uma sombra em seu queixo fazia com que parecesse diferente da imagem divulgada pela polícia.

Retrato do presidente Abraham LincolnDireito de imagemLIBRARY OF CONGRESS
Image captionRetrato famoso de Lincoln pode ter sido uma montagem - o corpo que se vê seria de outra pessoa

Também mostraram que a postura levemente inclinada do suspeito era condizente com a maneira como segurava a arma. Em suma: os pesquisadores não encontraram qualquer prova de manipulação.
"Trata-se de um bom exemplo de como nosso sistema visual falha em raciocinar corretamente. À primeira vista, alguns aspectos da foto realmente parecem estranhos", diz Farid.

Formatos

Outros métodos de autenticação de imagens não têm nada a ver com o conteúdo, mas, sim, com a maneira como o arquivo é codificado. Quando uma imagem vem de um celular ou de uma câmera digital, por exemplo, ela normalmente vêm no formato jpeg, que faz uma compressão dos dados da imagem para deixá-la mais leve e causa algumas perdas de detalhes.
Normalmente, o arquivo ainda contém dados sobre quando a imagem foi captada, que câmera foi usada e mesmo onde foi tirada.
"Não existe um único formato jpeg. Cada câmera comprime de maneira diferente. Um iPhone comprime mais que uma câmera fotográfica mais sofisticada. Mesmo uma máquina mais simples tem diferentes configurações de qualidade e de armazenamento de informações. Tudo isso acaba inscrito no arquivo", explica o especialista.
Policiais frequentemente acessam este tipo de informação para verificar se uma imagem foi alterada desde que foi baixada de uma câmera. "Podemos ver as informações de um arquivo para dizer se ele passou pelo Photoshop, porque haverá sinais", completa Farid.
Ele acrescenta que até é possível forjar essas informações, mas a missão é difícil: seria como, por exemplo, empacotar novamente um computador que você retirou de uma caixa.

Imagem alterada de nuvens sobre Nova YorkDireito de imagemFLICKR
Image captionEssas nuvens estranhas sobre Nova York não passam de obra de ficção, mas foram relacionadas ao furacão Sandy

"Por causa da maneira como produto vem empacotado, com isopor, etc., será muito difícil você conseguir com que tudo fique igual. Manipular arquivos é o equivalente digital disso. Quase sempre as pessoas cometem erros."
Ainda assim, Farid ressalta que peritos não podem garantir que os fakes sempre serão detectados. É um jogo de gato e rato entre falsificadores e peritos.
"A habilidade que eles têm de produzir um fake tem aumentado. Minha esperança é que, depois que aplico umas 20 técnicas forenses a uma imagem e todas trazem resultados consistentes, a foto seja mesmo real."
Mas o que os meros mortais podem fazer para detectar imagens falsas na internet? Ainda que não tenhamos à nossa disposição a expertise e o equipamento de Farid, há outras maneiras de analisar criticamente uma imagem.
Buscas em sites como o tineye.com ou o Google Images podem indicar se uma imagem já foi denunciada como fake. O snopes.com examina especificamente imagens que viralizam.
Farid sugere ainda verificar a fonte da imagem. Fotos publicadas em sites de notícias de boa reputação têm maior chance de serem reais do que material publicado em blogs menos conhecidos ou no Facebook. Mas mesmo veículos de imprensa tradicionais podem ser enganados por um bom fake.
O melhor caminho é sempre perguntar a si mesmo se uma foto é "boa demais para ser verdade".
"É necessário ter sempre uma boa dose de ceticismo com imagens digitais. Mas não deixe esse sentimento tomar conta, porque também é muito fácil pensar que uma foto real é falsa", diz o especialista.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 23 de julho de 2017

TJPE abre concurso com 109 vagas nesta segunda-feira


Sede do Tribunal de Justiça de Pernambuco, no Recife
Sede do Tribunal de Justiça de Pernambuco, no RecifeFoto: Gabi Albuquerque/Arquivo Folha
Serão abertas, nesta segunda-feira (24), as inscrições para o concurso do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). O procedimento poderá ser feito até o próximo dia 24 de agosto, com taxa de R$ 55 para técnicos de nível médio (60 vagas) e R$ 63 para analistas de nível superior (49). Ao todo, serão ofertadas 109 vagas distribuídas em 15 polos do Estado. Os vencimentos variam de R$ 4.222,45 (médio) a R$ 5.502,12 (superior). Outras informações podem ser achadas no edital.
Previstas para 15 de outubro, as provas objetiva de múltipla escolha e discursiva para os cargos de técnico judiciário e oficial de justiça serão realizadas em turno distinto às do cargo de analista judiciário. A duração será de quatro horas. Por se tratar de certame regionalizado, a prova deverá ser realizada no polo onde o candidato estiver concorrendo à vaga.
A prova objetiva de múltipla escolha terá 50 questões com caráter eliminatório e classificatório. Serão 25 questões de conhecimentos gerais – língua portuguesa, raciocínio lógico e legislação – e 25 de conhecimentos específicos de acordo com cada área. Será considerado aprovado na objetiva o candidato que alcançar no mínimo metade do total de pontos da prova, sem zerar nenhuma das disciplinas. Com relação às discursivas, serão corrigidos os textos até a classificação correspondente a cem vezes o número de vagas por cargo/função/polo. O candidato que não obtiver 60% do total de pontos será eliminado.
edital prevê funções para quem possui diplomas de ensino médio e médio técnico em Informática, Rede de Computadores, Manutenção e Suporte em Informática, Sistemas de Computação, Telecomunicações ou Sistema de Transmissão. Para ensino superior, em áreas diversas e nas especificas de Direito, Serviço Social, Pedagogia, Psicologia, Contabilidade, Informática e engenharias Física ou Mecânica com pós-graduação na área de Informática. 
Cinco por cento das vagas serão destinadas a pessoas com deficiência e 20% para negros. A isenção da taxa de inscrição poderá ser solicitada entre segunda e quarta-feira (26), no site www.ibfc.org.br.
Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Comprovação de cachê inviabilizou apresentação de Miro no FIG 2017. Veja programação.

Artista consagrado pelo público Miro dos Bonecos foi barrado pela burocracia da comprovação de cachê. Fundarpe e TCE dificultam a sobrevivência de artistas e grupos  de cultura popular.  

Música, cinema, teatro, dança, circo, literatura, gastronomia e artes visuais dão o tom do primeiro final de semana da 27ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), que teve início na última quinta-feira. Nestes sábado (22) e domingo (23), a programação traz ao Agreste de Pernambuco artistas de diferentes gerações e estilos. Um dos destaques é a apresentação da cantora Baby do Brasil, que pela primeira vez participa do evento. Ela sobe ao palco Mestre Dominguinhos com seu show solo, encerrando a noite deste sábado. 

Antes da musa dos Novos Baianos, a vez é de Alice Caymmi. A neta de Dorival vem com um show em que mistura músicas de seu último disco, “Rainha dos raios” (2014), com inéditas. Em fevereiro, a artista lançou o single “Louca”, regravação de uma música da banda de brega recifense Kitara. Na mesma noite, a partir das 20h, se apresentam Rogério e os Cabras, Maciel Salu e Cantos Rurais, projeto de poesia popular e viola com Adiel Luna e Mestre Bule-Bule.

No domingo, a programação do palco Mestre Dominguinhos começa com Cafuringa e Banda, Donas, Zé Brown e Ifá. Depois da meia-noite, Zeca Pagodinho coloca o público do FIG para sambar. O músico fluminense substitui o show do baiano Tom Zé, que acabou não fechando contratação por conta de problemas de documentação. 

O projeto Som na Rural estaciona no Parque Euclides Dourado. No sábado, a partir das 18h, se apresentam o Coletivo Bartira, Ganga Barreto e Ylana Queiroga, finalizando com show de Angela Ro Ro. Na noite seguinte, Diablo Angel, Bruno Souto e Graxa são as atrações. Neste final de semana, o Palco de Cultura Popular Ariano Suassuna também recebe apresentações, sempre a partir das 12h. 

O Conservatório Pernambucano de Música preparou uma série de concertos para a Catedral de Santo Antônio. No sábado, o programa abre espaço para o Quinteto Danilo Brito e a dupla Francis e Olivia Hime. Já no domingo, a orquestra e o coro de câmara do conservatório se unem a vários solistas, com regência de José Renato Accioly. Em seguida, é a vez da pianista Ellyana Caldas. 

Artes cênicas
A cantora e atriz paulista Cida Moreira encena o espetáculo “Cabaret Brecht, canções de Kurt Weill e Bertolt Brecht”, no Teatro Luiz Souto Dourado, no sábado, às 17h. Haverá participações da atriz Maeve Jinkings e do ator Arilson Lopes recitando poesias do dramaturgo. Já no domingo, o destaque é para o infantil “Estação dos contos”, do Grupo Estação de Teatro (RN). A obra é uma peça de contação de histórias intercaladas com músicas e brincadeiras populares.

Sesc
No campo das artes visuais, a Galeria de Artes Ronaldo White (Sesc Garanhuns) recebe a mostra “32ª Bienal de São Paulo - Itinerância”, um recorte da última edição de um dos maiores eventos artísticos do Brasil. Trazendo o tema “Incerteza Viva”, a exposição reúne trabalhos de nove artistas: Bárbara Wagner, Cristiano Lenhardt, Ebony G. Patterson, Gilvan Samico, Jonathas de Andrade, José Bento, Leon Hirszman, Rosa Barba e Wilma Martins. As visitas ocorrem das 9h às 21h. 

Chuvas
Mesmo com o Governo do Estado havendo decretado situação de emergência em Garanhuns e outros municípios pernambucanos, esta semana, a assessoria de imprensa do FIG informou que não houve nenhuma alteração na programação do festival até o fechamento desta edição.

Veja a agenda de shows deste fim de semana:

Sábado (22/7)


Palco Mestre Dominguinhos
20h – Rogério e os Cabras
21h – Maciel Salu
22h - Cantos Rurais: Adiel Luna (PE) e Mestre Bule-Bule (BA)
23h – Alice Caymmi (RJ)
0h30 – Baby do Brasil (RJ)

Palco de Cultura Popular Ariano Suassuna
12h – Reisado Garanhuns Cultural
13h – Aria Social
14h – Coco Miudinho da Xambá
15h – Maracatu Nação Raízes de Pai Adão
16h – Flabelos Cantantes: Encontro de Blocos Líricos
(Seresteiros de Salgadinho /Banhistas do Pina / Um Bloco em Poesia)
17h – Grupo Xaxado Cabras de Lampião
18h – Ciranda Bela Rosa

Som na Rural
Parque Euclides Dourado
18h – Aganjú | Circo Coletivo Bartira
19h – Ganga Barreto
20h20 – Ylana Queiroga
22h30 – Angela Ro Ro (RJ)
Intervalos e fim de noite: DJ Renato da Mata

Domingo (23/7)
Palco Mestre Dominguinhos
20h – Cafuringa e Banda
21h – Donas
22h – Zé Brown
23h – Ifá (BA)
0h30 – Zeca Pagodinho

Palco de Cultura Popular Ariano Suassuna
12h – Valdir Mariano
13h – Reisado Mestre João Tibúrcio
14h – Boi Tá Tá Tá
15h – Tribo Indígena Carijós do Recife
16h – Coco dos Pretos
17h – Bloco Compositores e Foliões
18h – Maracatu de Baque Solto Leão Vencedor de Carpina
19h – Afoxé Omolu Pa Kerú Awo

Som na Rural
Parque Euclides Dourado
19h – Diablo Angel
20h20 – Bruno Souto
22h30 - Graxa
Com Informações de Folha de Pernambuco /
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O procurador Deltan Dallagnol ironizou comentário do presidente sobre tolerância do brasileiro a aumento de tributos

O procurador Deltan Dallagnol ,da Lava Jato (Foto: Alan Marques/Folhapress)
Coordenador da Lava Jato no Paraná, o procurador Deltan Dallagnolironizou, em uma postagem no Facebook, o comentário do presidente Michel Temer sobre a tolerância do brasileiro em relação ao aumento de tributos sobre combustíveis. “É claro que os brasileiros vão compreender o aumento de impostos.” Ato contínuo, Dallagnol elencou razões pelas quais, segundo ele, o governo necessita aumentar impostos. “Desviam 200 bilhões por ano praticando corrupção; deixam de aprovar no Congresso medidas anticorrupção; gastam mais do que devem inclusive via emendas milionárias para parlamentares a fim de comprar o apoio parlamentar para livrar Temer da acusação legítima por corrupção; e agora querem colocar a conta disso tudo no nosso bolso, aumentando impostos”. 
Por fim, o procurador sugere aos brasileiros que se lembrem desse episódio nas eleições de 2018. “Toda vez que eu for abastecer o carro, que eu pensar na saúde e educação pobres, que eu topar com buracos em estradas e infraestrutura precária que prejudica investimentos, vou lembrar disso tudo. E em 2018 vou mostrar toda a minha compreensão do que está acontecendo e dar minha resposta contra os corruptos, como cidadão, nas urnas.”

Flávia Tavares/Época.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Poluição ameaça 'tornar a Terra um 'Planeta de plástico'


Plástico em praia do CaribeDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionNo ritmo atual, será preciso esperar até 2060 para que a reciclagem de plástico supere sua ida para aterros sanitários

Cientistas americanos calcularam a quantidade total de plástico já produzida pela humanidade, e afirmam que ela chega a 8,3 bilhões de toneladas.
E essa massa impressionante de material foi criada apenas nos últimos 65 anos.
A quantidade de plástico pesa tanto quanto 25 mil edifícios Empire State Building, em Nova York, ou um bilhão de elefantes.
A questão, no entanto, é que itens plásticos, como embalagens, costumam ser usados por curtos períodos de tempo antes de serem descartados.
Mais de 70% da produção total de plástico está em esgotos, que vão principalmente para aterros sanitários - apesar de que a maior parte dela é acumulada nos ambientes abertos, incluindo os oceanos.
"Estamos caminhando rapidamente para um 'Planeta de plástico', e se não quisermos viver neste mundo, teremos que repensar a maneira como usamos alguns materiais", disse à BBC o especialista em ecologia industrial Roland Geyer.

Homem coleta plástico das águas do mar nas FilipinasDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPelo menos 4 bilhões de toneladas de plástico foram fabricadas apenas nos últimos 13 anos

O estudo sobre o plástico feito por Geyer e seus colegas da Universidade de Califórnia, nos Estados Unidos foi divulgado pela publicação científica Science Advances.
Trata-se da primeira estimativa global de quanto plástico foi produzido, como o material é usado em todas as suas formas e aonde ele parar. Estes são alguns dos principais dados.
  • 8,3 milhões de toneladas de plástico virgem foram produzidas nos últimos 65 anos
  • Metade deste material foi produzido apenas nos últimos 13 anos
  • Cerca de 30% da produção histórica continua sendo usada até hoje;
  • Do plástico descartado, apenas 9% foi reciclado;
  • Cerca de 12% foi incinerado, mas 79% terminou em aterros sanitários;
  • Os itens de menos uso são embalagens, utilizadas por menos de um ano;
  • Os produtos plásticos com uso mais longo estão nas áreas de construção civil e maquinaria;
  • Tendências atuais apontam para a produção de 12 bilhões de toneladas de lixo plástico até 2050;
  • Em 2014, a Europa teve o maior índice de reciclagem de plástico: 30%. A China veio em seguida com 25% e os EUA reciclaram apenas 9%.

Gráfico

Resíduo

Não há dúvida de que o plástico é um material impressionante. Sua adaptabilidade e durabilidade fizeram com que a produção e uso ultrapassasse a maior parte dos materiais feitos pelo homem, com a exceção de aço, cimento e tijolos.
Desde o começo da produção em massa do plástico nos anos 1950, os polímeros estão em toda parte - incorporados a tudo, desde embalagens até roupas, de partes de aviões a retardadores de chamas. Mas são justamente essas qualidades maravilhosas do plástico que representam um problema crescente.
Nenhum dos plásticos normalmente usados são biodegradáveis. A única forma de se desfazer de seus resíduos é destrui-los através de um processo de decomposição conhecido como pirólise ou por simples incineração - apesar de que este último é mais complicado, por causa de preocupações com as emissões de gases poluentes.
Enquanto não se desenvolve uma maneira eficiente e sustentável, o resíduo se acumula. Atualmente, segundo Geyer e seus colegas, há restos de plástico suficientes no mundo para cobrir um país inteiro do tamanho da Argentina.
A expectativa da equipe é que o novo levantamento dê impulso ao diálogo sobre como lidar com a questão.
"Nosso mantra é: não dá para administrar o que não dá pra medir. Então queremos divulgar esses números sem dizer ao mundo o que ele deveria estar fazendo, mas para começar uma discussão real", afirma o pesquisador.
Os índices de reciclagem no mundo estão aumentando e a química moderna trouxe alternativas biodegradáveis ao plástico, mas fabricá-lo continua sendo tão barato que é difícil deixar de lado o produto.
A mesma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, Santa Barbara já havia produzido, em 2015, um levantamento do total de resíduos plásticos que vai para os oceanos a cada ano: 8 milhões de toneladas.

Resíduos de plástico preparados para a reutilizaçãoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionCerca de 90% do plástico que foi reciclado no mundo foi reutilizado apenas uma vez, segundo pesquisadores

'Tsunami'

A ida dos resíduos plásticos para o mar, em particular, é o principal alvo da preocupação dos cientistas nos últimos anos, por causa da comprovação de que parte deste material vai para a cadeia alimentar dos peixes e de que outras criaturas marinhas ingerem pequenos fragmentos de polímeros.
"Estamos enfrentando um tsunami de resíduos plásticos e precisamos lidar com isso", disse à BBC o oceanógrafo Erik van Sebille, da Universidade de Utrecht, na Holanda, que monitora a presença do plástico nos oceanos.
"Precisamos de uma mudança radical na maneira como lidamos com os restos do plástico. Mantendo os padrões atuais, teremos que esperar até 2060 para que mais plástico seja reciclado do que jogado em aterros e no meio ambiente. É devagar demais, não podemos esperar tanto", afirmou.
Outro motivo pelo qual a reciclagem de plástico ainda pode estar avançando lentamente é o design dos produtos, segundo Richard Thompson, professor de biologia marinha na Universidade de Plymouth, no Reino Unido.
"Se os produtos de plástico fossem criados com a reciclagem em mente, eles poderiam ser reutilizados muitas vezes. Uma garrafa, segundo alguns estudos, poderia ser reciclada até 20 vezes. Isso seria uma redução significativa dos resíduos", disse à BBC.
Para Rolando Geyer, o ideal da reciclagem "é manter o material circulando pelo maior tempo possível".
"No entanto, percebemos no nosso levantamento que 90% do material que de fato foi reciclado - cerca de 600 milhões de toneladas - só foi reciclado uma vez", explica.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Crime bárbaro. Violência descontrolada em Bom Jardim

Por volta de 02:00 horas da manhã deste domingo 23 de julho 2017, criminosos invadiram a casa e mataram com dez tiros de arma de fogo Ivan Barbosa, conhecido por Cego.
Segundo informações de familiares da vítima, a ação foi praticada por 6 pessoas que invadiram a casa de um morador vizinho pra chegar ao alvo. O corpo de cego foi levado para IML em Recife. O extinto tinha 36 anos de idade. O velório acontece na  Rua Nova Descoberta. O sepultamento será nesta segunda-feira às 16:00 horas.
A violência vem crescendo assustadoramente no município de Bom Jardim.
Foto: Bom Jardim Notícia
Professor Edgar Bom Jardim - PE