terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Brasil caminha para uma guerra interna. Veja 10 Fatos e Fotos.



Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

André é Sport.Veja a chegada de André


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Depois de uma curta passagem pelo futebol português, no Sporting, o atacante André está de volta para o Brasil. Em negociação com o clube de Portugal e o Corinthians, o Sport de Recife comprou 70% dos direitos do jogador, que assinou contrato de cinco anos.
Segundo o Sporting, a equipe pernambucana irá pagar 1,2 milhão de euros (cerca de R$ 4 milhões) para comprar 50% dos direitos que a equipe portuguesa tinha sobre o jogador. Ainda de acordo com os Leões lusitanos, o Corinthians teria dado o aval para a negociação do atleta.
Trocando o Leão verde e branco pelo Leão rubro-negro, André tem chegada prevista a ser confirmada para essa segunda-feira. O atacante volta à Ilha do Retiro após uma temporada. Em 2015, André jogou 34 partidas pelo clube e marcou 14 gols, sendo um dos importantes jogadores da equipe na boa campanha do Campeonato Brasileiro.
Revelado pelo Santos na época de Neymar e Paulo Henrique Ganso, André teve passagens pelo Dínamo de Kiev e Bordeaux, mas não conseguiu se fixar no futebol europeu. De volta ao Brasil pela primeira vez em 2011, fez parte do elenco do Atlético-MG campeão da Copa do Brasil de 2014.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Supremo politizado, enfraquecido perante a nação brasileira


Alexandre de Moraes com o presidente Michel TemerDireito de imagemAFP
Image captionAlexandre de Moraes é o indicado de Temer para vaga no STF

Em 15 anos, Alexandre de Moraes saiu do Ministério Público e deu início a uma trajetória que incluiu cargos de destaque na prefeitura e no governo de São Paulo e, mais recentemente, o de ministro da Justiça do governo Michel Temer. Uma carreira que chega ao auge agora, com sua indicação para assumir a vaga deixada por Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal.
Mas embora tenha se tornado conhecido por sua participação em governos, o provável novo ministro do STF - que ainda precisa ser avalizado pelo Senado, onde o governo tem larga maioria - é um jurista experiente, reconhecido no meio acadêmico. Algo que Temer fez questão de sublinhar na curto anúncio de seu porta-voz.
"O presidente da República decidiu submeter à aprovação do Senado Federal o nome do ministro da Justiça e Segurança Pública, Alexandre de Moraes, para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. As sólidas credenciais acadêmicas e profissionais do doutor Alexandre de Moraes o qualificam para as elevadas responsabilidades do cargo de ministro da Suprema Corte do Brasil."
Formado em 1990 pela Faculdade de Direito da USP, ele obteve título de livre-docente em direito constitucional na mesma universidade 11 anos depois. Além de dar aulas na mesma USP e no Mackenzie, escreveu diversos livros jurídicos que se tornaram referência em direito constitucional, direitos humanos, agências reguladoras e legislação penal especial.
Em 13 de maio de 2004, ganhou a honraria mais alta do Tribunal de Justiça de São Paulo, o Colar do Mérito. Foi o jurista mais jovem a receber a homenagem, aos 35 anos.
Em 2005, foi escolhido para uma vaga na primeira composição do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), ocupando a vaga reservada para um representante da Câmara dos Deputados.

Trânsito no mundo político

No início de sua carreira, Moraes exerceu os cargos de promotor de Justiça da Cidadania e assessor do procurador-geral do Estado entre 1991 e 2002, quando, aos 33 anos, se tornou o mais novo secretário de Justiça e Defesa da Cidadania do Estado, escolhido por Geraldo Alckmin (PSDB), com quem voltaria a trabalhar anos depois.
Após a passagem pelo CNJ, entre 2005 e 2007, trabalhou na gestão de Gilberto Kassab (PSD) na Prefeitura de São Paulo entre 2007 e 2010.
No período, acumulou os cargos de presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), da São Paulo Transporte (SPTrans) e de secretário de Serviços e de Transportes, o que o transformava numa espécie de supersecretário.
Em 2015, voltou a integrar uma gestão de Alckmin, desta vez como secretário da Segurança Pública. Mas embora tenha construído uma carreira acadêmica focada nos direitos humanos, passou a ser visto com grande rejeição por movimentos sociais, que viram uma atuação "truculenta" por parte da polícia durante sua gestão.
Moraes foi duramente criticado principalmente pela resposta a protestos liderados pelo Movimento Passe Livre (MPL) e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Na época, dezenas de manifestantes e jornalistas ficaram feridos por estilhados de bombas e tiros de bala de borracha usados pela PM nos atos. Houve, inclusive, casos de pessoas que ficaram cegas.

Alexandre de Moraes em BrasíliaDireito de imagemREUTERS
Image captionMoraes já foi professor da USP e se tornou referência em direitos humanos

O coordenador estadual do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Ariel de Castro Alves, classificou como "cruel" a forma como Moraes tratou os estudantes secundaristas que ocuparam mais de 200 escolas em 2015.
Na época, ele foi criticado por orientar a PM a usar bombas e truculência em protestos de alunos nas ruas, por ameaçar invadir as escolas e exigir que as unidades fossem desocupadas para que houvessem negociações.

Polêmicas e política

Em maio do ano passado, com o afastamento de Dilma Rousseff para o processo de impeachment, que depois se tornou definitivo, Moraes foi nomeado ministro da Justiça de Temer - o mesmo presidente que o alça agora ao STF.
O peemedebista não é o primeiro a indicar um auxiliar para o STF - Fernando Henrique Cardoso e Lula indicaram seus advogados-gerais da União, Gilmar Mendes em 2002 e Dias Toffoli em 2009, respectivamente.
Moraes é amigo de longa data de Temer. Em 2014, também defendeu o ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB), hoje preso da operação Lava Jato, de uma acusação de uso de documento falso - ele acabou absolvido.
Em 2015, uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo noticiou que o nome de Moraes aparecia no Tribunal de Justiça de SP como advogado em 123 processos da cooperativa Transcooper, investigada sob as suspeitas de envolvimento em lavagem de dinheiro e corrupção para beneficiar a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Moraes disse em nota na época que havia renunciado a todos os processos que envolviam a empresa.

Ministra Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes em BrasíliaDireito de imagemAFP
Image captionMoraes é amigo de Temer e já defendeu o deputado cassado Eduardo Cunha

Ele é sócio de um renomado escritório de advocacia em São Paulo, mas se afastou desde que se tornou ministro.
Entre as várias polêmicas em que se envolveu à frente do Ministério da Justiça, o ministro precisou se explicar após supostamente adiantar uma fase da operação Lava Jato.
"Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim", disse ele a um grupo de pessoas durante campanha eleitoral de prefeito no interior de São Paulo, em setembro passado.
No dia seguinte, ele negou que tivesse adiantando ações da PF - afirmou que a afirmação ocorreu porque houve operações desde que ele assumiu o cargo de ministro da Justiça.
"E nos vamos continuar e que poderão ficar absolutamente tranquilos em relação à autonomia da Polícia Federal", afirmou na época.

Crise penitenciária

Na avaliação do senador José Aníbal (PSDB), Moraes desempenhou um "excelente papel durante esse pequeno tempo como ministro da Justiça, inclusive durante essa grave crise nos presídios".
O país vem enfrentando, desde o início do ano, uma das piores crises penitenciárias da história recente - mais de cem pessoas morreram durante conflitos dentro de presídios.
Para Aníbal, o fato de Alexandre de Moraes ser filiado ao PSDB não vai influenciar a sua atuação em processos no Supremo.
"Isso é irrelevante, ele se desfilia amanhã. Eles (juízes do STF) se pautam por uma visão nacional do problema, não partidária. Quando alguém chega ao Supremo, passa a ter uma opinião de país muito mais ampla, sem viseira", afirmou.
"Ele nunca foi militante ativo. Ele é filiado porque tinha suas preferências políticas. Isso, ao meu ver, não vai influenciar nenhum julgamento", concluiu o senador tucano. Fonte BBC.
Opinião do Senador Cristovam Buarque

"O presidente Temer está querendo indicar como se fosse um ministro dele no Supremo e isso não fica bem. É uma indicação política. Acho que isso partidariza mais o Supremo diante da opinião pública".
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Como Clarear os Dentes Rápido em Casa


Como Clarear os Dentes Rápido em Casa de forma simples e eficaz. Alguma vez você já sonhou com um sorriso branco como os das estrelas de cinema? Você também pode ter um sorriso deslumbrante! A eficácia e os resultados positivos deste método são confirmados por dentistas, por isso apresse-se. Se os seus dentes têm um tom amarelados amarelos os resultados serão visíveis e duradouros.  Clarear os dentes é um dos maiores desejos de homens e mulheres, quando falamos de beleza.
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Porém, nem sempre é necessário pagar uma fortuna ao dentista para atingir este objetivo, e com algumas indicações e um pouco de esforço, você conseguirá ter um sorriso mais bonito e branco do que antes. Mas, quero deixar bem claro que, para clarear os dentes de forma rápida e eficaz é aconselhado fazer um tratamento a laser ou usar um gel com uma moldeira própria que podem ser indicados pelo dentista.
O método de Clarear os Dentes em Casa não deve causar quaisquer efeitos secundários, no entanto dentistas não recomendam o uso frequente desse método. Para começar, certifique-se que você está bem preparado e que você tem em casa tudo o que você precisa para fazer com que seu sorriso fique branco como a neve. Ao fazer isso, você pode começar o processo de clareamento dental. Você vai adorar esse remédio caseiro! Então, confira Como Clarear os Dentes Rápido em Casa.
INGREDIENTES
MODO DE PREPARO:
clarear-os-dentes-em-casa
  • O primeiro passo é pegar uma tigela  para colocar os ingredientes,
  • A minha sugestão é colocar a quantidade de Creme Dental Branco do tamanho de uma ervilha.
  • Em seguida, adicione meia colher de chá de bicarbonato de sódio e uma pitada de sal e mexa tudo muito bem até obter uma massa sólida.
  • Você não deve usar bicarbonato de sódio em excesso, pois pode danificar o esmalte dos seus dentes.
  • Agora, passe esta mistura sobre a superfície dos dentes.
  • Em seguida, corte pedaços de papel alumínio mais ou menos do tamanho de seus dentes e os cubra com cuidado.
  • Certifique-se de que você cobriu com precisão.
  • O próximo passo será esperar até uma hora para obter o melhor resultado.
  • Após este tempo, retire o papel alumínio e veja o resultado!
Este método é tão simples e eficaz que realmente vale a pena tentar. Sal e bicarbonato de ter propriedades que nos ajudam a iluminar os dentes naturalmente através da remoção de manchas nos dentes causadas por café, vinho, chá e cigarros.
O resultado você vai adorar, tudo que você tem a fazer é tentar este método incrível.

Fonte:saudedica.com.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Walter Borges recebe o Governador Paulo Câmara

Neste sábado dia 04 de fevereiro o Governador de Pernambuco Paulo Câmara, realizou visitas aos municípios de Bom Jardim, Surubim e Casinhas. Na agenda o Governador visitou o canteiro de obra próximo a Estação de Tratamento de Água - ETA - Buraco do Tatu, no município de Bom Jardim onde irá receber água da barragem de Sirigi para melhorar o abastecimento de água da região, também assinou a transferência das instalações do terminal rodoviário de Surubim para o poder do município, uma vez que no local será implantado um Posto Avançado do Corpo de Bombeiros, conforme anunciado pela gestão municipal de Surubim no mês passado. O ato aconteceu no Auditório Nelson Barbosa na Prefeitura as 10h00 da manhã. Ainda no mesmo ato, foi realizado a entrega de máquinas para a limpeza e escavação de barreiros, preparação de açudes, entre outras atividades que tem como objetivo melhorar o abastecimento d'água das famílias residentes nas localidades rurais, no final o Governador Paulo Câmara foi almoçar com toda sua comitiva na casa de Walter Borges.
Com Informações de Bom Jardim Notícia.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

A globalização e o comércio global estão sob ameaça?


TrumpDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPara Trump, a saída dos EUA do bloco TPP, que reúne 12 países, será boa para os trabalhadores americanos

O ano de 2016 foi ruim para o livre comércio e para a globalização. Ao que parece, 2017 poderá ser ainda pior.
Por décadas, houve um consenso de que a globalização trouxe mais postos de trabalho, salários maiores e preços mais baixos - não só para os países mais ricos, mas também para as nações pobres ou em desenvolvimento.
Mas há um movimento crescente de raiva ou descontentamento vinda de pessoas que tiveram seus cargos substituídos por máquinas, ou viram velhas indústrias desaparecer e novas ondas de migração transformar realidades locais.
Com isso, fluxos comerciais globais vêm perdendo força e acordos comerciais estão sendo desfeitos.
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump, que assumiu o cargo no dia 20 de janeiro, ameaçou impor tarifas acima de 45% para produtos chineses, acusando o país asiático de "estuprar economicamente" os EUA.
Um crítico ferrenho da China, o acadêmico Peter Navarro, tornou-se chefe do recém-criado Conselho Nacional de Comércio. Uma das primeiras resoluções de Trump ao chegar à Casa Branca foi a retirada dos Estados Unidos das negociações sobre a Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), que visa estreitar laços econômicos entre 12 nações.
O futuro do livre comércio parece bastante sombrio. Mas o que estaria por trás da raiva que ameaça décadas de relativo consenso sobre a globalização?

Declínio da produção nos EUA

O setor produtivo nos EUA perdeu 6 milhões de postos de trabalho entre 1999 e 2011, segundo estatísticas do governo americano.

substituição de trabalhadores por máquinasDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionA substituição de trabalhadores por máquinas inflencia o crescimento do desemprego nos EUA

Alguns estudos mostram que este declínio dos EUA teria se refletido em ganhos para a China.
Mas as importações chinesas só explicam 44% da queda no número de empregos no setor produtivo americano entre 1990 e 2007, de acordo com dados do Instituto de Estudos sobre Trabalho, que fica em Bonn, na Alemanha.
Nesta conta, também tiveram um papel importante a automação de postos de trabalho e a busca por processos mais eficientes nas empresas.
"Todos os países sofrem perdas com o desenvolvimento tecnológico - sejam operadores de telefonia ou caixas de banco", diz Gary Hufbauer, especialista em negócios do Peterson Institute for International Economics.
"O problema nos EUA é que não oferecemos apoio suficiente com seguridade social ou com reciclagem profissional àqueles que perderam seus postos", afirma.

Protecionismo

O desconforto e a raiva que surgem desta situação encontram eco na retórica protecionista de políticos como Trump.
"Não houve crescimento da renda familiar na Europa, nos EUA e no Japão na última década. As pessoas não estão felizes e, se for preciso culpar alguém, vão culpar os estrangeiros", aponta Hufbauer.

Contêineres no portoDireito de imagemREUTERS
Image captionComércio global cresceu menos de dois por cento em 2016

Desde a crise financeira de 2008, o avanço da oposição política à globalização coincide com - e contribui para - um período de quedas no comércio mundial.
Entre 1986 e 2008, o comércio mundial cresceu cerca de 6,5% ao ano em média, segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC).
No entanto, Entre 2012 e 2015, esta taxa desalecerou para uma média de 3,2% anuais, e a previsão é que o comércio global tenha crescido apenas 1,7% em 2016.
Tais baixas significam o mais longo período de relativa estagnação comercial desde a Segunda Guerra Mundial. Na tentativa de isolar indústrias e empresas "dentro de casa", políticos investem em tarifas e restrições a importações de outros países.
"Governos mundo afora quase duplicaram seus recursos em restrições comerciais nos últimos dois anos", diz o professor Simon Evenett, especialista em comércio da Universidade de St Gallen, na Suíça.
"O crescimento nas tentativas de remediar problemas econômicos a partir de sanções a países vizinhos, como no governo Trump ou no Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia), sugere que pressões populistas tendem a exacerbar medidas protecionistas", diz.

Máscaras de Donald TrumpDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionMáscaras de Donald Trump feitas uma fábrica japonesa têm grande procura; mas a saída dos EUA do acordo TPP afetará o comércio entre os dois países

A estagnação no crescimento dos países aumentou a pressão sobre políticos. "Governos mundo afora estão ativando políticas protecionistas muitas vezes disfarçadas de políticas industriais", diz Evenett.
Ele afirma que isso normalmente envolve ofertas de subsídios governamentais a companhias locais e novas barreiras para a importação.
Ao mesmo tempo, enquando o protecionismo pode parecer sedutor para políticos acuados por trabalhadores insatisfeitos, ele muitas vezes pode acabar aumentando preços finais para consumidores.
Por exemplo, houve gritaria em 2012 quando pneus baratos vindos da China invadiram o mercado americano, colocando a viabilidade da produção doméstica em questão.
O então presidente Barack Obama respondeu com medidas punitivas para fazer com que a China "jogasse de acordo com as regras".
As medidas foram bem recebidas nos EUA, mas um estudo do Peterson Institute identificou contradições. Segundo o levantamento, as novas regras impostas por Obama resultaram em gastos US$ 1,1 bilhão (aproximadamente R$ 3,3 bilhões) maiores em pneus para os consumidores americanos.

Linha de montagem em fábrica chinesaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionAcadêmicos dizem que impacto da China sobre mercado de trabalho nos EUA foi menor que o propagado por políticos

Ainda segundo o estudo, cada posto de trabalho salvo pelas medidas custou US$ 900 mil (ou R$ 2,8 milhões) - e bem pouco dessa quantia chegou aos bolsos dos consumidores.

Futuro do livre comércio em cheque

Com os benefícios econômicos e sociais do livre comércio em xeque, defensores da globalização tentam lançar um contra-ataque. O Banco Mundial, por exemplo, publicou recentemente um estudo sobre países em desenvolvimento, mostrando que os salários médios de pessoas que vivem na base da pirâmide econômica cresceram entre 2008 e 2013, apesar dos impactos da crise financeira.
"Há uma percepção nos países ricos e entre as elites de que há problemas com a globalização", diz o economista Branko Milanovic, cujo trabalho sobre a desigualdade de renda direcionou boa parte deste debate.
Mas as soluções não são óbvias, ou de realização simples.
"A maioria dos benefícios da globalização foi desfrutado por um grupo relativamente pequeno dentro de cada país. A questão não é se existem benefícios da globalização - eles claramente existem. A pergunta é sobre quem os está aproveitando", diz Andrew Lang, da London School of Economics.

Bola de natal decorada como globo terrestre
Image captionGlobalização se transformou em vilã desde a crise de 2008

Parte do descontentamento pode se dissipar se o crescimento econômico enfim superar a estagnação, aumentando salários pelo mundo.
"Para ajudar a solucionar estes problemas, é preciso que a economia mundial cresça. Governos precisam se comprometer com estímulos fiscais para que suas economias caminhem novamente", diz Gary Hufbauer.
Branko Milanovic ressalta o sucesso de governantes anteriores em reverter economias fragilizadas.
"Não é impossível encaminhar estas questões", diz. "Margareth Thatcher e Ronald Reagan conseguiram transformações efetivas em períodos relativamente curtos - um mandato presidencial de quatro anos deveria ser suficiente para começar a fazer a diferença."
O professor Evenett é mais pessimista: "Eu estimo que o platô global nas relações comerciais continue em 2017. E a estimativa foi feita antes de Donald Trump concretizar as medidas protecionistas que tem ameaçado fazer."  BBC Brasil.
Professor Edgar Bom Jardim - PE