domingo, 29 de maio de 2016

Mês Mariano em Bom Jardim



 Noite Mariana da Escola São Francisco de Assis.
Fotos Enio Andrade.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Feira Cultural apresenta Concurso Garota & Garoto Emancipação 2016

Famílias, jovens, escolas  são todos convidados para grande Festa da Beleza na Feira Cultural, nesta sexta-feira, 27 de maio 2016, no Pátio  de Eventos João Salvino Barbosa, centro Bom Jardim. Todo mundo convidado . Haverá apresentação cultural com Balé Municipal e show musical. O evento faz parte do calendário cultural e turístico do município. 

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Gravações inéditas mostram conversas entre Machado, Sarney e Jucá.

Áudios inéditos mostram que o ex-senador e ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que teve acordo de delação premiada homologado pela Justiça nesta quarta-feira (25), manteve conversas com políticos do PMDB na qual especulam sobre o até então possível afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Em dezembro do ano passado, Machado foi alvo de buscas na operação Lava Jato. Ele confessou aos investigadores que, depois disso, teve medo de se tornar alvo de delatores e revelou que tinha medo de ser preso. A essa altura, o Supremo Tribunal Federal já havia autorizado prisões de pessoas condenadas em segunda instância, e Machado decidiu gravar conversas com políticos importantes.

Machado começou, então, a marcar encontros – um deles com o ex-presidente da República e ex-senador José Sarney (PMDB-AP), que estava em recuperação depois de ter sofrido uma queda.
A Sarney, Machado afirmou que a única solução para a crise política era Dilma sair do poder. Os dois também falaram sobre a possível saída do atual presidente em exercício Michel Temer.

No diálogo, eles chegam a especular o nome que poderia vencer eleições presidenciais e criticam as nomeações feitas pelo governo de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). As críticas também são feitas ao juiz Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato na Justiça Federal do Paraná.
As gravações contêm, ainda, conversa de Machado com o senador Romero Jucá(PMDB-RR), na qual o parlamentar fala sobre o posicionamento do PSDB em relação ao processo de impeachment de Dilma.
Neste trecho gravado entre fevereiro e março, os dois especulam sobre política e dizem que Dilma Rousseff vai acabar caindo, especialmente depois de o seu marqueteiroJoão Santana ter sido preso. Eles dizem acreditar que Michel Temer também.
MACHADO –  Estamos num momento, numa quadra, presidente, complicadíssima.
SARNEY –  Eu não vejo solução nenhuma.
MACHADO – Só tem uma solução, presidente: é ela sair.
SARNEY – Ah! Sim.
MACHADO – A única solução que existe. E ela vai sair por bem ou por mal  porque economia nenhuma não vai aguentar.
SARNEY –- Não. Ela vai sair de qualquer jeito.
MACHADO – Qualquer jeito.
SARNEY – Agora não tem jeito. Depois desse negócio do Santana não tem jeito.
MACHADO –  Vai sair do Michel, o que é o pior.
SARNEY – Michel vai sair também.
A conversa continua com especulações sobre quem venceria uma eventual eleição. Eles dizem que no final  quem vai assumir a presidência será o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mostrando que os dois não tinham ideia do que estava prestes a ocorrer na política. A conversa foi em março. Cunha teve o afastamento determinado pelo Supremo Tribunal Federal antes mesmo de Dilma ser afastada com o processo de impeachment.
MACHADO – Saindo o Michel, e aí como é que fica? Quem assume?
SARNEY – [...] Eleição. E vai ter muito, umJoaquim Barbosa desses da vida.
MACHADO – Ou um Moro... O Aécio pensa que vai ser ele, não vai ser não.
SARNEY – Não, não vai ser ele, de jeito nenhum!
MACHADO – E quem que assume a presidência, se não tem ninguém?
SARNEY – O Eduardo Cunha.
MACHADO – E ele não vai abrir mão de assumir, não.
SARNEY –- Não... No Supremo não tem . Não tem ninguém que tenha competência pra tirá-lo. Só se cassarem o mandato dele. Fora daí, não tem. Como é que o Supremo vai tirar o presidente da Casa?

Possíveis eleições
Numa conversa entre Machado e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o agora ex-ministro do Planejamento relata como teria convencido o PSDB a aderir ao impeachment. Até então, o partido era favorável a esperar decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que julga as irregularidades nas contas de campanha de Dilma e Temer.
Se a chapa for condenada, haverá novas eleições. Na época, esta era vista pelos tucanos como a melhor saída para a crise. Jucá disse que alertou que ninguém conseguiria ganhar eleição defendendo reformas necessárias, mas impopulares, para sair da crise econômica.
JUCÁ – Falar com o Tasso, na casa do Tasso. Eunício, o Tasso, o Aécio, o Serra, o Aloysio, o Cássio, o Ricardo Ferraço, que agora virou psdbista histórico. Aí, conversando lá, que é que a gente combinou? Nós temos que estar junto para dar uma saída pro Brasil (inaudível). E, se não estiver, eu disse lá, todo mundo, todos os políticos (inaudível), tão f***, entendeu?  Porque (inaudível) disse: 'Não, TSE, se cassar...'. Eu disse: 'Aécio, deixa eu te falar uma coisa: se cassar e tiver outra eleição, nem Serra, nenhum político tradicional ganha essa eleição, não. (inaudível) Lula, Joaquim Barbosa... (inaudível) Porque na hora dos debates, vão perguntar: 'Você vai fazer reforma da previdência?' O que que que tu vai responder? Que vou! Tu acha que ganha eleição dizendo que vai reduzir aposentadoria das pessoas? Quem vai ganhar é quem fizer maior bravata. E depois, não governa, porque a bravata, vai ficar refém da bravata, nunca vai ter base partidária...' (inaudível) Esqueça!

Neste outro trecho, Sarney e Machado reclamam que Dilma insiste em permanecer no governo diante da crise política e econômica. Sarney diz que não só empresários e políticos devem pagar pelos malfeitos na Petrobras, mas o governo também.
SARNEY - Ela não sai.(...) Resiste... Diz que até a última bala.
MACHADO - Não tem rabo, não tem nada.
SARNEY - Acha que não tem rabo. Tudo isso foi ... é o governo, meu Deus! Esse negócio da Petrobras. São os empresários que vão pagar, os políticos! E o governo que fez isso tudo?
MACHADO - Acabou o ‘Lula presidente’.
SARNEY - O Lula acabou. O Lula, coitado, ele está numa depressão tão grande.
MACHADO - O Lula. E não houve nenhuma solidariedade da parte dela.
Eles também criticam as nomeações feitas pelo governo de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o juiz Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato.
SARNEY – E com esse Moro perseguindo por besteira.
MACHADO – Presidente, esse homem tomou conta do Brasil. Inclusive, o Supremo fez porque é pedido dele. Como é que o Toffolil e o Gilmar fazerm uma p*** dessa? Se os dois tivessem votado contra, não dava. Nomeou uns ministro de m*** com aquele modelo.
SARNEY – Todos.

A conversa continua e eles reclamam que ninguém se manifesta contra as decisões de Sérgio Moro, criticam as decisões da Justiça que estão combatendo a corrupção e classificam a situação como uma “ditadura da Justiça”.

MACHADO – Não teve um jurista que se manifestasse. E a mídia tá parcial assim.  Eu nunca vi uma coisa tão parcial. Gente, eu vivi a revolução [...]. Não tinha esse terror que tem hoje, não. A ditatura da toga tá f***.
SARNEY – A ditadura da Justiça tá implantada, é a pior de todas!
MACHADO – E eles vão querer tomar o poder. Pra poder acabar o trabalho.

Na conversa, Machado demonstra o grau de dissimulação a que estava disposto para conseguir que sua delação fosse aceita pelos procuradores. Ele, que estava grampeando a propria conversa com Sarney, pede que o ex-presidente marque um encontro com Renan em um lugar livre de grampos.
MACHADO –  Faz uma ponte que eu possa, que é melhor porque tá tudo grampeado. Tudo, essas coisas. Isso é ruim.
As gravações feitas por Sérgio Machado com o ex-presidente José Sarney, com o senador Romero Jucá e com o presidente do Senado Renan Calheiros conhecidas até agora são dominadas por um assunto: as tentativas de barrar a operação Lava Jato e obstruir a Justiça.
Segundo investigadores, no entanto, o tema principal da delação premiada é outro: os desvios de dinheiro da Transpetro para políticos ao longo de mais de dez anos. Isto será conhecido em detalhe à medida que forem divulgados os depoimentos de Sérgio Machado, quando ficará claro porque tanta preocupação com o que Machado tem a dizer.
Preocupação com depoimentos
As gravações feitas por Sérgio Machado com o ex-presidente José Sarney, com o senador Romero Jucá e com o presidente do Senado Renan Calheiros conhecidas até agora são dominadas por um assunto: as tentativas de barrar a operação Lava Jato e obstruir a Justiça.
Segundo investigadores, no entanto, o tema principal da delação premiada é outro: os desvios de dinheiro da Transpetro para políticos ao longo de mais de dez anos. Isto será conhecido em detalhe à medida que forem divulgados os depoimentos de Sérgio Machado, quando ficará claro porque tanta preocupação com o que Machado tem a dizer.
Outro lado
A assessoria do ex-presidente José Sarney disse que, enquanto ele não tiver acesso às gravações, não vai poder falar especificamente de cada assunto. Em nota à imprensa, o ex-presidente disse que é amigo de Sérgio Machado há muitos anos, que as conversas foram marcadas pela solidariedade, e que usou palavras que pudessem ajudar Machado a superar as acusações que enfrentava.
Sarney também disse lamentar que as conversas privadas tenham se tornado públicas, porque os diálogos podem ferir outras pessoas.

O senador Romero Jucá disse que considera que apenas uma reformulação da política e a valorização de quem não tem crime poderá construir uma saída para o Brasil. Segundo ele, o país esta vivendo uma crise de representatividade, e que era sobre isso que ele queria tratar na reunião referida nos diálogos.

Em relação ao ex-senador Delcídio, Renan disse que ele acelerou o processo de cassação, cujo desfecho é conhecido. O senador afirmou ainda que não pode ser responsabilizado por considerações de terceiros e que suas opiniões sobre aprimoramentos da legislação foram públicas.
A defesa de Sérgio Machado voltou a dizer que os autos são sigilosos e que, por isso, não pode se manifestar sobre o teor das gravações.
A defesa da presidente afastada Dilma Rousseff alegou que a petista jamais pediu qualquer tipo de favor que afrontasse o princípio da moralidade pública.
O Instituto Lula declarou que o diálogo citado é fruto de mais um vazamento ilegal, que confirma o clima de perseguição contra o ex-presidente. O Instituto afirmou ainda que a conversa não traz nada contra o ex-presidente, que Lula sempre agiu dentro da lei e que, por isso, não tem nada a temer. G1.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Corpus Christi

No feriado de Corpus Christi católicos fiéis do mundo todo celebram o “Corpo de Cristo”. Mas, o que exatamente significa isso e por que esse feriado não é comemorado sempre no mesmo dia, em todos os anos?
A festa de Corpus Christi celebra a presença do corpo e sangue de Cristo e é um dos sacramentos da Eucaristia. Segundo as religiões cristãs, na quinta-feira santa, dia que antecedeu a sua morte, Jesus Cristo reuniu os seus apóstolos para a Última Ceia, quando disse: “Isto é o meu corpo (apontando para o pão), e isto é o meu sangue (apontando para o vinho)”.  Os católicos do mundo todo agradecem então, o dom da Eucaristia, no qual crêem que Deus é o alimento espiritual da alma.

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A celebração da data teve início em 1193, por iniciativa da religiosa belga Juliana de Cornellon, que disse ter visto a Virgem Maria pedindo para que ela realizasse uma grande festa com o intuito de honrar o corpo de Jesus na Eucaristia.  Anos mais tarde, em 1264, o papa Urbano IV consagrou a festa (que já acontecia)  à Igreja Universal. Através da publicação da bulaTransituru do Mundo, Urbano IV decretou a celebração como sendo oficial, e com a tríplice finalidade: honrar Jesus Cristo, pedir perdão a Jesus pelo que foi feito a ele e protestar contra aqueles que negavam a presença de Deus na hóstia sagrada.
De acordo com a Igreja Católica, durante a missa,  no momento em que o sacerdote proclama as palavras “Isto é o meu corpo e isto é o meu sangue”, ocorre o ato da transubstanciação, por meio do qual a substância do pão e vinho (neste caso, a hóstia e o vinho) se transforma no corpo e sangue de Cristo. Este é o momento mais importante de toda a celebração de Corpus Christi – as hóstias até então não consagradas, tornam-se consagradas.

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Hóstias
As hóstias são feitas de farinha de trigo e água. Antigamente eram feitas apenas por religiosos, mas hoje em dia, a coisa mudou. Existem fábricas espalhadas pelo mundo todo  que produzem apenas hóstias. Elas são comercializadas em pacotes de mil unidades. Não existe “fórmula secreta”, já que os ingredientes não podem variar, porém,  de acordo com os fabricantes, o segredo está em bater e cortar a massa, para que ela fique consistente e não esfarele quando for partida pelo padre durante a santa missa.  As hóstias têm ainda um prazo de validade – 6 meses – e, atualmente, são comercializadas até pela Internet. Mas, lembre-se, hóstia consagrada só mesmo após a transubstanciação.
Além da missa, outro ponto forte da celebração de Corpus Christi é a procissão. Em muitas cidades é costume enfeitar as ruas por onde os fiéis passarão. Para tanto, são confeccionados tapetes coloridos e feitos com os mais variados materiais como papel, serragem colorida, isopor, tampinhas de garrafas, flores, folhas e vidro moído. Nesse tapete são confeccionados desenhos que lembram a figura de Jesus, o cálice e o pão. Fonte:pessoas.hsw
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Encruzilhadas: direita, esquerda, amarelo, vermelho, verde…

Há debates políticos que pareciam pertencer ao século passado. Quem apostava na divisão esquerda/ direita era, muitas vezes, ridicularizado. As medidas, agora, são outras. As conversas devem ser atualizadas ? O muro caiu, a Guerra Fria se despiu, a coca-cola está em toda parte, a China se veste com o capitalismo. De repente, os debates ganham espaços junto com as cores. Há uma badalada releitura do mundo? Ser vermelho chama atenção e ódio. E  os que gostam de amarelo e verde e decretam seu amor incondicional pela pátria? Freud redefiniria a infantilização de intelectuais que se localizam nas revistas de Pato Donald? A política virou palco de ressentimentos. As linguagens se aproximam e as denúncias negam a chegada do paraíso. A encruzilhada está no meio do caminho. As pedras se foram.
O cinismo não desiste, lembra fantasmas, serviço secretos, psicopatias aceleradas. É difícil analisar sentimentos, histerismos, apagar raivas. Tropeça-se em tecnologias de escutas. Ontem, hoje, amanhã. Quando surgirá um novo dia? As pessoas mudam no ritmo das manchetes de jornais. A produção da desconfiança quebra afetos, desilude justiças, não consegue perseguir o futuro. Há esconderijos que protegem as autoridades e saberes que desviam o olhar. A confusão não cessa, pois é raro conhecer alguma coisa que não esteja contaminada. A epidemia revela o apodrecimento da política e a perplexidade quase universalizada. A palavra golpe multiplica-se na forma e no conteúdo, abandonando os dicionários, as constituições, animando-se com desfavores ou ocultando disputas.
Não sei o que virá. Fico até com receio de escrever. Lamento tantas vacilações, dramas, inocências, culpas. A democracia se distancia e elegemos figuras nada saudáveis. Os partidos estão partidos e se especializam em assaltar cofres e garantir sucesso nas conspirações. Como tudo se resolverá é uma pergunta fatal? A pátria amada nunca dormiu em berço esplêndido. As minorias não apreciam reviravoltas. Sustentam seus privilégios, admiram monopólios, buscam apoios internacionais. Os sinais de violência assombram e alguns não observam que a fome e as desigualdades estão soltas. A balança não tem equilíbrio, desde a época da colônia. Socializar, dividir, firmar direitos são pecados capitais.Costumo dizer que a história é a construção da possibilidade.A história não possui um sentido único. Ela é envolvida também pelos projetos de políticos ou mentiras sacralizadas.
Não está fixa, é vizinha do purgatório, dos altos dízimos que acompanham o jogo do mercado Há lutas entre os grupos e as palavras se tornam definitivamente ambíguas. Num território de vulcões não dá para neutralizar o fogo , nem destruir os suspenses. Marcaram-se cronologias, esqueceram que o inesperado apronta surpresas, que os telefones são espiões. A quantidade de escutas é imensa. Já pensou quando divulgarem todas? Acho impossível. Simone de Beauvoir dizia que ” Cada um ama sua cada uma”. Quem se prepara para viver a instabilidade? Não sei. As superfícies estão cheias de lixos e os labirintos, de espelhos. Não há fórmula mágica. Sobram frustrações e desprezos. O serviço de meteorologia divulga que as nuvens estão pesadas.Os santos cumprem promessas. Articulam uma reunião para acalmar os deuses pessimistas. Por Paulo Rezende.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Novos áudios revelam conversas entre Sérgio Machado e Sarney

Na conversa, Sarney promete tentar interferir nas investigações da Lava Jato / Foto: ABr
Na conversa, Sarney promete tentar interferir nas investigações da Lava Jato
Foto: ABr
JC Online

Novas conversas gravadas pelo ex-presidente da TranspetroSérgio Machado trazem à tona promessa feita pelo ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) para tentar interferir no andamento das investigações da Operação Lava Jato, segundo revelou o Jornal Folha de São Paulo. Este já é o terceiro áudio vazado com conversas entre Machado e peemedebistas.
Nas gravações feitas pelo próprio ex-presidente da Transpetro,Sarney fala em evitar que o caso de Machado seja transferido à sede da Polícia Federal, em Curitiba, e consequentemente caia nas mãos do Juíz Sérgio Moro. Segundo os áudios, gravadas em março, Sarney já apresentava preocupação com uma possível delação de Sérgio. "Nós temos é que fazer o nosso negócio e ver como é que está o teu advogado, até onde eles falam com ele em delação premiada", afirma o ex-presidente da república.
Machado esclarece na conversa que há insinuações daProcuradoria-Geral da República (PGR) por uma delação. Sarney continua o diálogo e afirma "temos é que conseguir isso (o pleito de Machado). Sem meter advogado no meio". Machado concorda.
Ao fim da conversa, Machado pede que Sarney volte a entrar em contato com ele em outro horário e local para reunião entre eles e Renan Calheiros.
Em nota, Sarney afirmou desconhecer o teor das conversas e, por isso, não ter como "responder às perguntas pontuais".
Nesta terça-feira (24), Machado fechou delação premiada com o Supremo Tribunal Federal (STF) após serem divulgados também conversas entre ele, Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL).
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terça-feira, 24 de maio de 2016

Vídeo:AÇÕES SECRETARIA DE TURISMO, CULTURA E ESPORTES - BOM JARDIM-PE. Aqui em LEIA MAIS




Professor Edgar Bom Jardim - PE

Tarde Mariana da EREM Dr. Mota Silveira


Foto: Leandro Lima/Silvânia Andrade.
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Agricultores comemoram chuva na zona rural de Bom Jardim

Moradores de Lagoa de Cobra e demais comunidades do município de Bom Jardim, festejam a chegada abençoada  da chuva, nesta terça-feira, 24 de maio de 2016.
Foto: Josélia Mendes.
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O escândalo das tropas fantasmas na luta contra o Talebã no Afeganistão

Quantos soldados tem o país que vive um dos conflitos mais crueis do mundo?
A resposta é que ninguém sabe, nem sequer a potência internacional que investiu bilhões de dólares para treinar este Exército.
"É preocupante que nem os Estados Unidos nem seus aliados no Afeganistão saibam quantos soldados ou policiais afegãos realmente existem."
A afirmação está em um informe do órgão americano que monitora a reconstrução afegã, o escritório do Inspetor Geral para Reconstrução do Afeganistão (SIGAR na sigla em inglês).
O documento foi divulgado em 30 de abril.
Soldados em açãoImage copyrightEPA
Image captionCerca de 40% das tropas que figuram em listas oficiais simplesmente não existem, segundo informe elaborado por autoridades do Afeganistão
"A equipe autorizada de forças afegãs foi, durante anos, de 325 mil soldados e policiais", diz o informe.
Mas, além do número incerto de militares no front, há também incertezas sobre seu equipamento e capacidade de resposta, segundo o documento.
As listas de regimentos do país são repletas de nomes falsos e de soldados mortos.
E um informe recente do conselho municipal de uma das províncias mais afetadas pela guerra, Helmand, no sul do país, descobriu que cerca de 40% das tropas que figuram nas listas oficiais simplesmente não existem.
O problema dos soldados inexistentes afeta seriamente a luta contra o Talebã, o grupo islâmico radical que controla vastas regiões do país e segue ganhando território.
Soldados com armaImage copyrightEPA
Image captionRelatório diz que nem EUA conhecem realidade do Exército afegão
E estamos falando de um conflito com um extraordinário custo humano, da prolongação de anos de uma guerra devastadora que, desde 2001, custou a vida de mais de 90 mil afegãos, incluindo cerca de 26 mil civis, segundo estudo da universidade Brown, nos EUA.
A grande pergunta é: a que se deve esse fenômeno do Exército fantasma do Afeganistão?

Corrupção

A invasão liderada por Washington ao Afeganistão, em 2001, pôs fim ao regime islâmico do Talebã.
Gradução de soldadosImage copyrightEPA
Image captionGradução de soldados; baixa moral é um dos problemas apontados
Após o fim formal da missão da OTAN no território afegão, em 2014, a luta contra o grupo radical ficou sob responsabilidade das tropas afegãs.
Os Estados Unidos investiram mais de US$ 60 bilhões na formação e treinamento de forças de segurança afegãs nos últimos 14 anos, segundo registros da imprensa americana.
Mas o Exército afegão segue marcado por corrupção.
Toofan Waziri, analista político que visitou a província de Helmand, disse à imprensa britânica que encontrou uma base em que o comandante havia demitido a metade de seu regimento de cem homens sem notificar seus superiores para cobrar todos os salários.
"Os militares-fantasma são um problema geral em todo o país", disse a BBC Mundo Inayatulhaq Yasini, editor do site online do serviço em língua pashto da BBC para o Afeganistão.
"Quando alguns comandantes que lutavam por sua conta durante a guerra civil nos anos 1990 foram incorporados ao Exército, trouxeram suas tropas e, em alguns casos, reportaram mil homens para cobrar mais salários, quando na realidade tinham cerca de cem."

Favorecimento e moral baixa

A corrupção não é a única explicação para os soldados fantasma.
Alguns generais não comunicam o verdadeiro número de baixas para ocultar suas derrotas.
E outro grave problema é a deserção por moral baixa.

Afeganistão, 4 décadas de guerra

1979
Invasão do Exército soviético instaura um governo comunista
  • 1989 Tropas soviéticas se retiram após guerra com combatentes mujahidin - com apoio dos EUA - a um custo de mais de um milhão de vidas
  • 1996 Taleban toma o controle de Cabul e impõe seu regime islâmico
  • 2001 Invasão liderada pelos EUA após atentados de 11 de setembro
EPA
"Há soldados que abandonam as fileiras porque não são pagos. Mas há outras razões", disse Yasini à BBC Mundo.
"Falei com um soldado no leste do país que lutou no fronte, apesar de seus pedidos, não deram a ele nem um dia para visitar a família em seis meses."
"Mas esses soldados veem que alguns companheiros têm dias de folga, porque são favorecidos pelo comandante."
"Esse favoritismo influi também na hora de decidir quem é enviado à frente de batalhae quem cumpre outra funções. E, neste país multiétnico, alguns percebem que só certas etnias obtem benefícios."
Armas e soldadosImage copyrightEPA
Image captionAlguns comandantes dizem ter mais soldados do que têm para ganhar mais dinheiro
A escassez de alimentos no front também afeta seriamente a moral dos combatentes. O relatório elaborado em Helmand cita o caso de soldados que ofereceram um lançador de morteiro ao Talebã em troca de arroz.
O documento também aponta que alguns oficiais estão envolvidos em venda de drogas.

Números inflados

Combater o problema das tropas inexistentes não será fácil. O informe da SIGAR de abril afirma que "o problema existe há pelo menos uma década."
Já em 2006, antes da criação do órgão americano, inspetores do Departamento de Estado em Washington advertiram sobre os "números inflados" nas listas de soldados afegãos que recebiam salários, segundo o documento do SIGAR.
As mesmas advertências foram reiteradas em 2009 por uma agência do governo americano que monitora o uso de dinheiro público, Government Accountability Office (ou GAO).
A corrupção é um problema endêmico no Afeganistão, que ocupa um dos piores lugares no Índice de Percepção de Corrupção de 2015 elaborado pela Transparência Internacional.

Por quem estamos morrendo?

Para Inayatulhaq Yasini, a corrupção generalizada só diminuirá se for combatido o que a população percebe como amplo nível de corrupção em nível oficial.
"Quando os soldados veem que a corrupção é endêmica no nível mais alto, nas instituições, naturalmente se perguntam: 'Por quem estou lutando?'; 'Por que estamos morrendo?'.
Inayatulhaq Yasini, editor do serviço em língua paschto da BBC
EPA
"Em muitos casos não há dedicação ou desejo de lutar pelo país", afirmou Yasini.
"Quando os soldados veem que a corrupção é endêmica no nível mais alto, nas instituições, naturalmente se perguntam: 'Por quem estou lutando?'; 'Por que estamos morrendo?'.
O editor do serviço de língua pashto da BBC afirma que no passado "o Exército era considerado bom, um baluarte, mas, à medida que a guerra se prolonga, o impacto da corrupção e sua influência na guerra aumentam".
"Os exércitos não se formam em um dia", disse Yasini.
"Problemas graves como o dos soldados inexistentes terão um impacto de longa duração na segurança nacional. Talvez seja necessário um dia reconstruir as forças de segurança."
Em 15 anos de invasão liderada pelos EUA, o "exército fantasma" torna ainda mais difícil vislumbrar um pouco de paz nos 15 anos de guerra que assolam o Afeganistão.
Por: Alejandra Martins
Professor Edgar Bom Jardim - PE