quarta-feira, 23 de março de 2016

Teori manda investigação de Lula ao Supremo


O ministro Teori Zavascki determinou na noite desta terça-feira (22) que o juiz federal Sérgio Moroenvie, para o Supremo Tribunal Federal, as investigações da Operação Lava Jato  envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sob seu comando na Justiça Federal de Curitiba. A Advocacia Geral da União questionou a competência de Moro após a divulgação de grampo entre a presidente Dilma Rousseff e Lula.
Teori Zavaski é o ministro que analisa os processos de quem tem foro privilegiado na Lava Jato, mas essa decisão não significa que Lula ganhou foro especial —sua nomeação à Casa Civil continua suspensa. O ministro levou em conta a presença de autoridades como Dilma e o ministro Jaques Wagner nas conversas.
O QUE TEORI DECIDIU E SEUS ARGUMENTOS:
1) Moro não poderia analisar validade de escuta contendo autoridade com foro privilegiado
Para o ministro, Moro acabou fazendo uma análise das escutas que não competia a ele, e sim, ao Supremo. Isso porque o juiz autorizou a continuidade dos grampos por diversas vezes quando deveria ter repassado tudo ao STF assim que fosse detectada a primeira autoridade com foro privilegiado.
Teori Zavascki frase decisão Moro (Foto: Reprodução)
2) Supremo deve decidir com quem vai ficar a investigação
Teori cita a jurisprudência do Supremo, que é o conjunto de decisões sobre esse tema já tomadas na Corte, para dizer que cabe apenas ao STF definir sobre um possível desmembramento de investigações envolvendo autoridades com prerrogativa de foro. Assim, Moro deveria enviar todas as interceptações e provas colhidas ao Supremo antes de tirar qualquer conclusão jurídica sobre elas.
Teori Zavascki frase decisão Moro (Foto: Alexandre Durão/G1)
3) A lei e a Constituição proíbem a divulgação de interceptações telefônicas
Teori também considerou que o sigilo das interceptações não poderia ter sido derrubado por Moro alegando interesse público, pois a Constituição garante o direito fundamental ao sigilo. Ele também cita lei que determina a “inutilização das gravações que não interessem à investigação criminal”.
Teori Zavascki frase decisão Moro (Foto: Reprodução)
4) A legalidade das escutas não foi analisada, somente sua divulgação por Moro
Teori enfatizou que sua decisão não analisa a ilegalidade das escutas, mas, sim, sua divulgação pública. Essa análise sobre o mérito das escutas e das investigações deverá ser feita depois pelo próprio Supremo, que pode considerar as provas válidas ou inválidas.
Teori Zavascki frase decisão Moro (Foto: Reprodução)
5) Mesmo que os efeitos da divulgação sejam 'irreversíveis', o sigilo deve ser decretado de agora em diante
O ministro atendeu o pedido da defesa para decretar o sigilo do processo e das escutas enquanto a investigação estiver sob a análise do STF.
Teori Zavascki frase decisão Moro (Foto: Reprodução)
6) Todo o processo deve ser encaminhado ao Supremo, que decidirá sobre: desmembramento e legalidade dos atos até agora
O ministro determinou também o encaminhamento de todos os dados da investigação para que o Supremo decida o que ficará sob sua guarda e o que será devolvido a Curitiba. Os ministros vão analisar os atos, as provas e tudo que compõe as investigações.
Teori Zavascki frase decisão Moro (Foto: Reprodução)
Agora, o juiz Sergio Moro tem dez dias para cumprir a determinação de Teori. Em seguida, haverá um parecer do procurador-geral da República. E depois, o caso volta para Zavascki tomar uma decisão definitiva.
Indícios de crime
O advogado criminalista Rodrigo Felberg explica que “há uma jurisprudência no Supremo de que autoridades com foro especial devem ter seus processos analisados pela Corte”. “A partir do momento em que Teori diz que é preciso analisar isso, é porque ele está pelo menos vislumbrando a ocorrência de crime por quem tem foro. No momento em que alguém que tem foro especial, que é o caso da Dilma, e que há a possibilidade de um crime, por exemplo obstrução da justiça por parte da Presidência, a jurisprudência orienta que deva ser encaminhado para o foro específico, que, no caso, por ser presidente, é o STF", avalia.
Para o especialista, o Supremo deve levar em consideração, se entender que houve crime, casos anteriores como o do mensalão ou o da Eletronuclear, na própria Lava Jato, para decidir se unifica ou desmembra o processo. "O Supremo vai definir o que fica no STF e o que deve ser legado ao primeiro grau. É preciso analisar se há um eventual concurso de agentes com quem tem foro. Se o Supremo entender que o Lula ou terceiros, que por ora não têm foro, eventualmente cometeram crime com quem tem, isso pode ir para o Supremo, mesmo que o Lula não seja ministro", considera.
Na opinião do advogado criminalista Eugênio Pacelli, “não haveria justificativa alguma para que esse processo fosse avocado ao Supremo se não houvesse indício, fundamento de que pessoas com foro privativo ali teriam algum tipo de participação”. Para ele, a jurisprudência do Supremo diz que uma investigação só é levada à Corte quando há “indícios de participação” da autoridade.
“Eu não posso imaginar a avocação de um processo ao Supremo sem que se tenha no campo de visão a possibilidade de participação de alguém que tenha foro privativo. Eu não posso simplesmente trazer para o Supremo porque a Dilma foi colhida num depoimento. Isso não significa nada porque a Dilma não é investigada, e nem o conteúdo do que ela disse dizia respeito à matéria de crime, de investigação em relação a ela”, afirma.
Para o advogado criminalista Nélio Machado, a decisão de Teori Zavascki foi correta. “Não precisava de ter se chegado ao dia fatal em que se fez a divulgação. Bastava que ele tivesse falado, por exemplo, com um senador da República – por exemplo, Jorge Viana, como falou, e Jaques Wagner, ministro da Casa Civil – já a partir dali era adequado e correto que o juiz do Paraná remetesse de imediato ao Supremo Tribunal Federal todo o caso. Porque não cabe ao juiz de primeiro grau aquilatar até que ponto há ou não eventual comprometimento de autoridade submetida ao foro do Supremo Tribunal Federal”, afirmou.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Queda no PIB de Pernambuco.

Construção civil teve um dos piores resultados em 2015 no Maranhão (Foto: Biaman Prado / O Estado)Setor que teve mais perdas foi o da construção civil, com queda de 11,8% (Foto: Biaman Prado/O Estado)
O Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco, que representa a soma de todas as riquezas produzidas no estado, teve uma queda de 3,5% em 2015 em relação ao ano anterior. Em valores correntes, o PIB foi de R$ 155,5 bilhões. "Esse é o pior resultado desde 1988, quando a houve uma retração de 4,5%. A última vez que o estado não registrou um resultado negativo foi em 1992. Naquele ano, o encolhimento foi de 2,8%", afirmou o diretor executivo de Estudos e Pesquisas Estatísticas da Agência Condepe/Fidem, do governo do estado, Maurílio Lima.
Mesmo assim, os dados de Pernambuco, divulgados na manhã desta quarta-feira (23), são um pouco melhores do que o PIB nacional. No Brasil, a retração foi de 3,8% em 2015. O cenário é bem pior agora do que nas décadas de 80 e 90, na avaliação de Maurílio Lima.  "A economia de Pernambuco mudou e deixou de ser agrária. Mudamos o perfil e deixamos de ser dependentes apenas da produção agrária. Ganhamos indústrias. Crescemos por um período e a queda foi muito grande", declarou.
Os registros da agência revelam que a agropecuária é o único setor que ainda conseguiu escapar em Pernambuco. Teve crescimento de 5%, o que foi importante para amenizar os impactos da queda do PIB global do estado.

No ano passado, a indústria teve o pior desempenho, tendo apresentado uma queda de 6,6%. O setor que teve mais perdas foi o da construção civil, com uma queda de 11,8%, quase o dobro da taxa nacional. Em todo o país, a baixa nesse segmento foi de 7,6%. "Tivemos perdas enormes tanto na produção de imóveis quanto nas grandes obras. O resultado reflete a situação do Complexo de Suape. O problema da Petrobras, afetada pela Operação Lava Jato, foi fatal.  Houve perdas com a refinaria e com o estaleiro", observou Lima.

Além da construção civil, outro setor da indústria que sofreu uma grande queda foi o da produção e distribuição de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana, com uma retração 5%. O índice nacional foi de 1,4%.

Além disso, foi verificada uma queda na fabricação de equipamentos de transporte (26,7%), bebidas (12,7%), produtos de metal (18,1%), metalurgia (10,5%), outros produtos químicos (6,3%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,9%).

Também houve uma redução na arrecadação de impostos, com índice negativo de 4,3%, e nos serviços, com 2,7% no vermelho.

Se for levada em conta a avaliação do quarto trimestre de 2015, a situação é ainda pior. A queda foi de 6,3% em comparação com o mesmo período de 2014.

Estados
Em comparação com outros estados, Pernambuco teve o mesmo desempenho do Ceará e um resultado pior que o da Bahia, cuja economia caiu 3,2%. No entanto, a situação econômica do estado está melhor que a de São Paulo, cuja baixa foi de 4,1%.

A queda do PIB no país foi a maior desde o início da série histórica anual iniciada em 1996, sem ajuste sazonal. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, a soma de todas as riquezas do Brasil fechou o ano passado em R$ 5,904 trilhões.
Expectativa
De acordo com a avaliação da Condepe/Fidem, o cenário para este ano não deve melhorar muito. A previsão é de nova queda na economia pernambucana em 2016. O estado acompanhará, na visão de Maurílio Lima, o drama nacional. "A expectativa é de retração na casa dos 3%", afirmou. Fonte: G1.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

A lista dos 200 políticos que recebiam dinheiro da Odebrecht

Papéis foram apreendidos na “Acarajé” e liberados ontem (22.mar)
Planilhas listam nomes, valores e apelidos de cada político
Material é de Benedicto Barbosa, alto executivo do grupo
Informações de tabela são incompatíveis com doações declaradas
Acesse todo o material apreendido no fim deste post

Agentes da PF na sede de São Paulo da Odebrecht, na fase Acarajé
Documentos apreendidos pela Polícia Federal listam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos políticos. É o mais completo acervo do que pode ser a contabilidade paralela descoberta e revelada ontem (22.mar.2016) pela força-tarefa da Operação Lava Jato.
As planilhas estavam com Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, e conhecido no mundo empresarial como “BJ''. Foram apreendidas na 23ª fase da operação Lava Jato, batizada de “Acarajé”, realizada no dia 22.fev.2016.
Como eram de uma operação de 1 mês atrás e só foram divulgados ontem (22.mar) pela Polícia Federal, os documentos acabaram não sendo mencionados no noticiário sobre a Lava Jato.
No início da tarde desta 4ª feira (23.mar), o juiz Sérgio Moro determinou que esse material fosse colocado sob sigilo. O UOL teve acesso às informações quando os dados estavam públicos.
As planilhas são riquíssimas em detalhes –embora os nomes dos políticos e os valores relacionados não devam ser automaticamente considerados como prova de que houve dinheiro de caixa 2 da empreiteira para os citados. São indícios que serão esclarecidos no curso das investigações da Lava Jato.
Os documentos relacionam nomes da oposição e do governo: são mencionados, por exemplo, Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre vários outros.
A apuração é dos repórteres do UOL André Shalders e Mateus Netzel. Eis exemplos de planilhas apreendidas (clique nas imagens para ampliar):
tabela-benedicto
Uma das tabelas de Benedicto Barbosa Jr, o BJ, da Odebrecht
Planilha-BJ-Odebrecht
Na planilha, Renan é “atleta''; Eduardo Paes, “nervosinho''; Sérgio Cabral, “próximus''.

A maior parte do material é formada por tabelas com menções a políticos e a partidos.
Várias dessas planilhas trazem nomes, cargos, partidos, valores recebidos e até apelidos atribuídos aos políticos.
Algumas tabelas parecem fazer menção a doações de campanha registradas no TSE. Há CNPJs e números de contas usadas pelos partidos em 2010, por exemplo.
Parte significativa da contabilidade se refere à campanha eleitoral de 2012, quando foram eleitos prefeitos e vereadores. As informações declaradas no SPCE (Sistema de Prestação de Contas Eleitorais, do TSE) desse ano não correspondem às dispostas nas tabelas. Na planilha acima, por exemplo, as siglas OTP e FOZ aparecem assinaladas ao lado de diversos candidatos, mas nem Odebrecht TransPort nem Odebrecht Ambiental (Foz do Brasil) realizaram doações registradas naquela eleição.
Em 2012, a Construtora Norberto Odebrecht doou R$ 25.490.000 para partidos e comitês de campanha e apenas R$50 mil para uma candidatura em particular –a de Luiz Marinho, candidato do PT à prefeitura de São Bernardo do Campo (SP).
Em 2014, a soma de doações da construtora foi de R$ 48.478.100, divididos entre candidaturas individuais e comitês dos partidos. Em 2010, o total foi de R$ 5,9 milhões, apenas para partidos e comitês de campanha.
APELIDOS
Eis alguns apelidos atribuídos aos políticos nos documentos da Odebrecht, vários com conteúdo derrogatório:Jaques Wagner: PassivoEduardo Cunha: CarangueijoRenan (Calheiros): AtletaJosé Sarney: EscritorEduardo Paes: NervosinhoHumberto Costa: DráculaLindbergh Farias: LindinhoManuela D’Ávila: Avião
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O material da Odebrecht é farto em nomes da oposição
COPA E LEBLON
A papelada que serve de base para este post foi apreendida por 4 equipes da PF em 2 endereços ligados a Benedicto Barbosa Jr. no Rio de Janeiro nos bairros do Leblon e de Copacabana.
Além das tabelas, há dezenas de bilhetes manuscritos, comprovantes bancários e textos impressos. Alguns dos bilhetes fazem menção a obras públicas, como a Linha 3 do Metrô do Rio.
Um dos textos refere-se, de forma cifrada, às regras internas de funcionamento do cartel de empreiteiras da Lava Jato. O grupo é chamado de “Sport Club Unidos Venceremos”.
O juiz federal Sérgio Moro liberou ontem (22.mar.2016) o acesso ao material apreendido com outros alvos da Acarajé. São públicos os documentos apreendidos com Mônica Moura, mulher do publicitário João Santana, e com o doleiro Zwi Skornicki, entre outros.
ÍNTEGRA DOS DOCUMENTOSClique aqui para saber em qual documento e página cada político é mencionado. Depois, escolha o arquivo correspondente na lista abaixo:
OUTRO LADO
A Odebrecht foi procurada pelo Blog. Nesta 4ª (23.mar.2016), a assessoria da empreiteira enviou esta nota: “A empresa e seus integrantes têm prestado todo o auxílio às autoridades nas investigações em curso, colaborando com os esclarecimentos necessários''.
Todos os políticos citados, já procurados por causa de outras reportagens, negam ter recebido doações ilegais em suas campanhas. As respostas recebidas peloBlog estão listadas abaixo.
Aécio Neves (senador, PSDB-MG): o presidente nacional do PSDB declarou que o dinheiro recebido está todo declarado.
Eduardo Cunha (presidente da Câmara, PMDB-RJ): “Não me recordo com quem conversava. Efetivamente, houve [doação]. Tinha reunião de várias pessoas do PMDB com representantes deles [Odebrecht] para pedir a doação”.
Jorge Samek (diretor-geral da Itaipu Binacional): “Causou-me profunda perplexidade e indignação ver meu nome na lista de possíveis beneficiados de doações eleitorais ou de qualquer valor proveniente da Odebrecht. Refuto veementemente a veracidade da menção ao meu nome. Tomarei, imediatamente, todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis para restabelecer a verdade dos fatos e responsabilizar aqueles que contribuíram para esse calunioso, difamatório e injurioso ataque ao meu nome.
Não fui candidato ao cargo de Prefeito de Foz do Iguaçu, o que, por si só, demonstra a mentira representada pela menção ao meu nome. Nunca tive qualquer contato e sequer conheço o Sr. Benedicto Barbosa da Silva Neto.
A Itaipu Binacional, por sua vez, não tem, pelo menos desde 2003, quando assumi o cargo de Diretor-Geral Brasileiro, qualquer relação comercial ou civil com a Odebrecht. Desde já, coloco-me à disposição das autoridades competentes, abrindo mão do meu direito constitucional ao sigilo fiscal e bancário para provar a minha idoneidade.
Esclareço que o último cargo eletivo que disputei foi o de Deputado Federal, em 2002, para o qual fui eleito, mas renunciei, no dia 21 de janeiro de 2003, para assumir o cargo de Diretor-Geral da Itaipu Binacional. Nesta eleição, também não recebi qualquer doação financeira da Odebrecht.
Paulo Garcia (prefeito de Goiânia, PT-GO ): “Na campanha eleitoral de 2012, quando fui candidato à reeleição, declarei todos os gastos e todas as arrecadações ao TRE conforme manda a legislação. No site do TSE é possível ver a lista de todos os doadores da minha campanha. Essa prestação de contas já foi devidamente aprovada. Afirmo com convicção que, nem na campanha eleitoral de 2012, e em nenhuma outra campanha que participei, recebi qualquer doação da empresa Odebrecht ou de suas subsidiárias. Na eleição de 2012, minha campanha recebeu a doação de R$ 3.562.500,00 do Diretório Nacional do PT, R$ 290.000,00 do Diretório Regional do PT e o restante conforme listado na prestação de contas do TSE. O Município de Goiânia, sob a minha administração, nunca teve nenhum serviço contratado junto a essa empresa. Reafirmo mais uma vez que todas as despesas de minha campanha foram as declaradas ao TRE. Não pratiquei na campanha de 2012 e em nenhuma outra quaisquer atos ilícitos.''
Rui Palmeira (prefeito de Maceió, PSDB-AL): “Em relação à postagem do blog do jornalista Fernando Rodrigues, de título “Documentos da Odebrecht listam mais de 200 políticos e valores recebidos” publicada no site UOL em 23 de março de 2016, a assessoria de Rui Palmeira, prefeito de Maceió, afirma que:
1) Todas as doações financeiras realizadas nas eleições de 2012 em prol da campanha do então candidato a prefeito Rui Palmeira são legais, foram declaradas aos tribunais eleitorais e aprovadas sem ressalvas por estas Cortes. Ademais, Rui Palmeira não é investigado em nenhuma apuração acerca de doação ilegal em campanhas e está inteiramente à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos, se necessário;
2) A empresa Odebrecht não consta entre os doadores diretos da campanha de Rui Palmeira em 2012 e a lista completa de doadores da referida campanha pode ser consultada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na seção demonstrativa das Contas Eleitorais;
3) A mesma consulta ao site do TSE mostra que em Alagoas o Diretório Municipal de Maceió do PSDB recebeu doação de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais) oriundos da Braskem S/A, empresa controlada pela Odebrecht. No total, o Diretório Municipal de Maceió do PSDB recebeu 1.659.000,00 (um milhão, seiscentos e cinquenta e nove mil reais) em doações, provenientes de diversas fontes doadoras, todas declaradas à Justiça Eleitoral. Esta consulta mostra também que o Diretório Municipal de Maceió do PSDB doou a campanha do então candidato a prefeito Rui Palmeira um total de R$ 718.066,00 (setecentos e dezoito mil e sessenta e seis reais). Igualmente, o Diretório Nacional do PSDB doou a esta mesma campanha eleitoral um total de R$ 2.455.000,00 (dois milhões, quatrocentos e cinquenta e cinco mil reais). Os recursos provenientes do Diretório Nacional do PSDB também têm origem de diversas fontes doadoras;
4) Vale reforçar que no mesmo post, o próprio jornalista Fernando Rodrigues informa que as “planilhas são riquíssimas em detalhes – embora os nomes dos políticos e os valores relacionados não devam ser automaticamente considerados como prova de que houve dinheiro de Caixa 2 da empreiteira para os citados (grifo nosso)São indícios que serão esclarecidos no curso das investigações da Lava Jato”.''
Vanessa Grazziotin (senadora, PC do B-AM): “Todos os recursos que recebi nas campanhas eleitorais que participei foram legais, registrados e todas as prestações de contas foram analisadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. Estranhei o aparecimento de meu nome numa lista que não sei como surgiu”.
Gilmar Sossella (deputado estadual, PDT-RS): “O deputado estadual Gilmar Sossella (PDT) esclarece que todos os recursos recebidos em campanha constam em sua prestação de contas que foi aprovada pela Justiça Eleitoral''. Fonte:http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/

Da Rádio Jornal
Atualizado às 18h03

Numa lista divulgada nesta quarta-feira (23) supostamente de planilhas preparadas pela Odebrecht para pagamento de propinas para mais de 200 políticos de 18 partidos políticos em todo país. Na lista, aparece, entre outros nomes, o do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Ele aparece com o apelido de “caranguejo”. 
A relação mostra 16 políticos de Pernambuco. Anteriormente, a Rádio Jornal havia falado em 11 pessoas citadas na lista da Odebrecht. 
Questionado pela Rádio Jornal, Cunha gargalhou e disse que recebeu sim dinheiro da Odebrecht, mas tudo no caixa um. “Várias empresas fizeram doação. Não sei exatamente qual é. Certamente para minha campanha não foi e se eu pedi foi para o PMDB e alocada em outras campanhas”, disse. “A Odebrecht doou ao PMDB e doou até, em alguns momentos, a meu pedido”, contou. 
Os detalhes na reportagem de Romoaldo de Souza: 
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, que apareceu na lista da Odebrecht, disse que é importante separar o ‘joio do trigo’. “Não precisava nem dessa divulgação. Basta apenas olhar as declarações de campanha de todos os candidatos”, apontou.  
O vice-líder do governo, Silvio Costa, chamou a oposição de mais incoerente da história. “Antes de sair essa lista da Odebrecht, a oposição dizia que toda doação oficial feita ao PT, aos partidos da base eram fruto do Petrolão”, disse. “Agora que eles apareceram na lista da Odebrecht eles estão dizendo que é preciso separar”, destacou. 
“Por isso que essa oposição não tem qualidade ética para derrubar a presidente Dilma”, criticou. 
Confira os detalhes na reportagem de Romoaldo de Souza: 

Outro político que também está na suposta lista da Odebrecht é o deputado pernambucano Raul Jungmann (PPS). Ele aparece como o “broto”, mas falou com os jornalistas, nesta quarta-feira, sobre uma ação que o PPS e o PSDB estão entrando no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Ministério Público acusando o Ministério do Itamaraty de fazer apologia. 
Segundo Raul Jungmann, o Ministério das Relações Exteriores divulgou um comunicado interno convidando vários integrantes do corpo diplomático para aquele comício que houve nessa terça-feira (22), no Palácio do Planalto em defesa do mandato da presidenta Dilma Rousseff. 
O Palácio do Planalto falou sobre convidar integrantes do corpo diplomático é porque seria um ato em defesa da democracia no país, independentemente de quem fosse o presidente da República.
Confira a lista dos pernambucanos:
Armando Monteiro Neto (PTB)
Betinho Gomes (PSDB)
Bruno Araújo (PSDB)
Daniel Coelho (PSDB)
Eduardo Campos (PSB – falecido)
Elias Gomes (PSDB)
Ettore Labanca (PSB)
Fernando Bezerra Coelho (PSB)
Geraldo Júlio (PSB)
Humberto Costa (PT)
Jarbas Vasconcelos Filho (PMDB)
Mendonça Filho (DEM)
Pedro Eugênio (PT – falecido)
Raul Jungmann (PPS)
Severino Branquinho (PSB)
Vado da Farmárcia (PSB)

Políticos começam a se pronunciar sobre lista da Odebrecht

RESPOSTA
Por meio de nota, os políticos citados estão se justificando. O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), disse ficou muito tranquilo com o fato do seu nome constar como provável beneficiário de doação da Odebrecht, na campanha de 2012. Segundo ele, está claro na sua prestação de contas aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral, que o Diretório Estadual do PSDB doou R$ 200 mil à sua campanha. 
O deputado Daniel Coelho (PSDB) disse que tem a tranquilidade de não ter recebido absolutamente nada além do que foi declarado oficialmente no período eleitoral. Segundo ele, em maio de 2012 não havia sequer a confirmação de que ele seria candidato. 
O deputado Mendonça Filho (DEM) disse que a sua campanha para prefeito do Recife em 2012 recebeu doação empresarial da Odebrecht de forma legal, repassada por meio das contas do Democratas, conforme prestação de contas feita à Justiça Eleitoral e disponível ao público. O deputado destacou, ainda, que é importante separar a doação empresarial legal, permitida então pela Lei Eleitoral, e contribuições ilegais derivadas de corrupção, as quais são investigadas pela Operação Lava Jato. 
O senador Humberto Costa (PT) falou que a prestação de contas aprovada pela Justiça Eleitoral mostra que não houve qualquer doação da Odebrecht à campanha dele em 2012. A nota diz ainda que "o que pode ter ocorrido, se efetivamente houve a doação, é que ela tenha sido feita diretamente ao PT Nacional, que repassou cerca de R$ 1,7 milhão para contribuir com a campanha do senador em 2012, conforme registrado na mesma prestação de contas".
Jarbas Vasconcelos Filho (PMDB) disse que "todas as doações de campanha que recebeu em 2012, quando tentou uma vaga para Câmara de Vereadores do Recife, foram declaradas e aprovadas. Dentro dessa prestação existem doações de empresas privadas, pessoas físicas e dos diretórios estadual e nacional do PMDB, meu partido. Tudo formalizado, seguindo as orientações legais e disponibilizado no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)".
O deputado Raul Jungmann (PPS) confirmou que recebeu o valor de R$ 100 mil de empresas do Grupo Odebrecht para a sua campanha. Segundo ele, "este valor foi apresentado na prestação de contas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), devidamente aprovada sem restrições".
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Cultura e Fé: Viva essa Paixão nas Ruas de Bom Jardim.

A Paixão de Cristo de Bom Jardim-PE, chega neste ano a sua  24ª  edição nas ruas da cidade tendo como cenário o belo casario e uma geografia notadamente favorável a dramatização da maior história da humanidade, a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
A encenação acontece nos dias 24, 25 e 26 de março, às 20 horas,  no centro da cidade. Moradores do município e turistas de Pernambuco poderão assistir gratuitamente a segunda melhor apresentação do agreste. 
O diretor do GRUTEAB, José Márlio Salviano e equipe comemoram a seleção no Edital da FUNDARPE. O Estado vai repassar o valor de R$ 40 mil reais.
A Prefeitura do Bom Jardim (Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes), o Governo do Estado (FUNDARPE), patrocinam  o evento conforme suas possibilidades. A  Rádio Comunitária Cult FM, Bom Jardim Net e Blogs locais apoiam a divulgação do espetáculo. A Prefeitura do Bom Jardim vai investir R$ 10 mil, sendo R$ 5 mil em dinheiro e mais R$ 5 mil com ações das secretarias municipais e o apoio à logística do espetáculo.

Professor Edgar Bom Jardim - PE