sábado, 26 de maio de 2012

Após se formar em Harvard brasileira faz trabalho voluntário na Etiópia



Larissa Lima atua em ONG de soluções para combater pobreza na África. 
Nascida em Fortaleza, jovem de 26 anos, pretende voltar ao Brasil.

Vanessa FajardoDo G1, em São Paulo
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Larissa de Lima na Montanhas Simien, na Etiópia, onde vive desde fevereiro (Foto: Arquivo pessoal)Larissa de Lima nas Montanhas Simien, na Etiópia, onde vive desde fevereiro (Foto: Arquivo pessoal)
Craque em matemática e preocupada com as causas sociais, a cearense Larissa Lima, de 26 anos, quis estudar em uma instituição de ensino superior que lhe desse uma formação mais ampla, mesclasse disciplinas de exatas e humanas e a ensinasse a pensar criticamente. Encontrou. Deixou Fortaleza, foi para os Estados Unidos estudar na Universidade de Harvard, uma das mais importantes do mundo, entre os anos de 2005 e 2009. Conquistou um diploma de computação e ciências cognitivas, mas também fez aulas de artes, história e literatura, entre outras. Atualmente trabalha como voluntária para uma ONG na cidade de Adis Abeba, capital da Etiópia, na África.
Além de Harvard, Larissa também foi aceita em Yale e no Instituto de Tecnologia deMassachusetts (MIT), outras duas universidades americanas de ponta. Optou por Harvard por acreditar que a instituição, diferente do MIT que é focado em ciências e tecnologia, fosse lhe proporcionar uma formação completa, mais generalista. Deu certo.
"Foi uma experiência fantástica, pelas pessoas que conheci, pelas oportunidades que tive, pela educação. A vida no campus é super interessante, é possível conhecer gente de toda parte do mundo que estuda coisas diferentes. Foi uma grande experiência de vida", afirma Larissa, em entrevista ao G1 por telefone.
mapa transformadores etiópia (Foto: Arte/G1)
Durante o período em que esteve em Harvard participou de um programa onde conseguiu uma bolsa para trabalhar como estagiária de uma ONG, uma fundação que financia institutos pedagógicos, em Buenos Aires, na Argentina. Mas a experiência não foi suficiente para suprir o desejo do voluntariado. Depois que se formou, Larissa queria fazer algo mais voltado aos aspectos sociais e ao desenvolvimento internacional. Foi parar naEtiópia.
Pobreza
Larissa está na Etiópia desde fevereiro trabalhando como consultora de negócios voluntária na ONG TechnoServe, uma instituição que desenvolve soluções de negócios para combater a pobreza. A brasileira participa de um projeto de assessoria para a indústria de laticínios do país. Larissa não recebe salário, mas a ONG paga o alojamento onde vive. A jovem fica no país até o mês de agosto, quando voltará para os Estados Unidos.
Larissa com os macacos na Montanhas Simien, na Etiópia (Foto: Arquivo pessoal)Larissa com os macacos nas Montanhas Simien, na Etiópia (Foto: Arquivo pessoal)
A estudante escolheu a ONG TechnoServe pois conhecia e admirava seu trabalho e por estar na África, país onde gostaria de atuar. Segundo Larissa, o processo de admissão dos voluntários é competitivo, e inclui entrevista e outras análises.
A jovem afirma que na Etiópia o contato com a pobreza é frequente, que sempre encontra pessoas pedindo esmola, morando nas ruas, algumas com crianças no colo. "É bem difícil, hoje [última quinta-feira, 24], no meu caminho de casa, tinha uma mulher com o que parecia elefantíase nas pernas, mas mesmo assim, andando por todos os lados, à procura de ajuda."
O mais frustrante e triste é quando há pessoas com toda a força de vontade e ambição, mas sem chance de crescer por falta de oportunidade. Por isso que acho o trabalho de desenvolvimento tão importante"
Larissa de Lima, de 26 anos
Larissa diz que a falta de oportunidade à população é o que mais entristece. Durante uma pesquisa de campo, conversando com fazendeiros, a história de um deles a marcou. "Ele era bem humilde, seu negócio consistia em três vacas leiteiras, mas estava claro que tinha muita vontade de melhorar seu negócio, ser mais produtivo e vender mais. O que ele mais queria era treinamento e informação."
Para Larissa, assim como a pobreza choca, a vontade de superação impressiona ainda mais. "O mais frustrante e triste é quando há pessoas com toda a força de vontade e ambição, mas sem chance de crescer por falta de oportunidade. Por isso que acho o trabalho de desenvolvimento tão importante. Especialmente a filosofia da TechnoServe, que procura soluções de negócios, para que as pessoas saiam da pobreza por seus próprios negócios, de maneira sustentável e com dignidade."
Larissa se formou em computação na Universidade de Harvard (Foto: Arquivo pessoal)Formatura de Larissa em Harvard, nos EUA
(Foto: Arquivo pessoal)
Negócios e educação
Em agosto, quando voltará aos Estados Unidos, a jovem vai encontrar o irmão mais velho que vai fazer MBA no MIT. O irmão mais novo e a mãe ainda moram em Fortaleza. O retorno ao Brasil está previsto para daqui quatro ou cinco anos. Antes, Larissa quer ter mais experiências internacionais para entender culturas e perspectivas diferentes. Porém, ainda não sabe qual vai ser seu próximo destino.
No Brasil, Larissa pretende se envolver em algo relacionado a educação e negócios. Há alguns meses, ela ajuda a tocar um projeto criado por amigos em Fortaleza chamado de "Primeira Chance", que oferece bolsas de estudos em escolas particulares para alunos da rede pública.
"Meu sonho é que mais pessoas de Fortaleza tenham a oportunidade de estudar em uma universidade como Harvard. Mas como também tenho muita paixão pela área de negócios, quero pensar em formas de as pessoas poderem ser empoderadas e assim superar a pobreza. Vou procurar algo na interseção de negócios e educação."


Após se formar em Harvard brasileira faz trabalho voluntário na Etiópia
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Preço justo do litro da gasolina é R$ 1,60.



Motoristas começaram a formar filas desde a madrugada em várias cidades.
Postos de combustível oferecem gasolina com descontos de até 60%.

Do G1, em São Paulo
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Motoristas formam filas para comprar gasolina mais barata em postos do país nesta sexta-feira (25), "Dia sem imposto". Postos em diversas cidades do país vendem o combustível com desconto em protesto contra a carga tributária brasileira.
Desconto de 54% no litro da gasolina vale até fim de estoque de 5 mil litros (Foto: Juliana Cardilli/G1)Em São Paulo, desconto de 54% no litro da gasolina vale até fim de estoque de 5 mil litros (Foto: Juliana Cardilli/G1)
De acordo com a Receita Federal, hoje é Dia Nacional do Contribuinte, instituído em 2010 com o objetivo de mobilizar a sociedade e os poderes públicos para a conscientização e a reflexão sobre a importância do respeito ao contribuinte.
Em nota publicada em seu site, a Receita afirma: “Neste dia, é importante entender que, se de um lado, para manter a integridade do sistema tributário, devem as Administrações Tributárias fornecer aos contribuintes a oportunidade de compreender e cumprir com suas obrigações tributárias de maneira transparente e eficiente, de outro lado é importante ressaltar que os tributos constituem importante instrumento para reduzir as desigualdades sociais e construir uma sociedade mais justa e solidária”.
Protestos
Nas principais capitais do país, postos de gasolina decidiram diminuir o preço desde a madrugada para chamar a atenção sobre a alta carga tributária. Em São Paulo, dezenas de motoristas esperaram pelo menos uma hora na fila para abastecer seus carros com gasolina livre de impostos.
Em um posto da Avenida Sumaré, Zona Oeste da capital paulista, a fila, que começava mais de um quarteirão antes do posto, era recompensada pelo combustível a R$ 1,2677 o litro – um desconto de 53% no valor real, de R$ 2,699.

Motoristas do Distrito Federal aproveitam a promoção de um posto de combustível na 206 Norte. O estabelecimento está comercializando o litro da gasolina a R$ 1,77. Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem – Seção DF, a ação tem o objetivo de chamar a atenção para a alta carga tributária praticada no Brasil. O preço usual é R$ 2,82.
 
Motoristas formam fila em posto de gasolina com 45% de desconto no RS (Foto: Luiz Carlos Garcia/RBS TV)Motoristas formam fila em posto de gasolina com
45% de desconto em Porto Alegre
(Foto: Luiz Carlos Garcia/RBS TV)
No Rio Grande do Sul, a sexta-feira começou movimentada em um posto de combustíveis na Avenida Cristiano Fischer, no Bairro Petrópolis, em Porto Alegre. Os motoristas formam fila no local onde a gasolina comum está sendo vendida com 45% de desconto, caindo de R$ 2,70 para R$ 1,59. A promoção faz parte do Dia da Liberdade de Impostos.
“Até agora, cerca de 40% do ano, tudo que foi arrrecadado pelo trabalhador é para pagar impostos ao governo. A partir de amanhã, as pessoas começam a trabalhar para si mesmas”, afirma o presidente do Instituto Liberdade, Henri Chazan, uma das entidades organizadoras do evento.
No Espírito Santo, para alertar os consumidores sobre o alto valor da carga tributária, um posto de combustível de Vitória comercializou gasolina a R$ 1,70 o litro. Carros formaram filas que davam várias voltas no quarteirão.
Em Manaus, motoristas também formaram fila na Avenida Djalma Batista, Zona Centro-Sul, onde o preço da gasolina era de R$ 1,90. Atualmente, o litro do combustível custa R$ 2,89 na capital do Amazonas.
De acordo com a coordenadora de sustentabilidade da Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem de Manaus (CDL), órgão responsável pela organização do protesto, Natasha Gama, o credenciamento dos carros começou a ser feito às 4h desta sexta. Segundo ela, o primeiro cliente chegou ao posto às 23h de quinta. "Uma mulher de 55 anos dormiu no carro e foi a primeira a ser atendida", disse.
Em Belo Horizonte, um posto de combustíveis que fica no bairro Lourdes, na Região Centro-Sul da capital, vendeu 5 mil litros de gasolina sem a cobrança de tributos, no valor de R$ 1,753. Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH), a ação é limitada a 100 automóveis e 130 motoclicletas, sendo permitido 34,2 litros por veículo, que corresponde a R$ 60. O litro da gasolina neste posto normalmente é vendida a R$ 2,699.
Um posto de combustível de Salvador, situado na BR-324, ofereceu gasolina com 53% de desconto. Uma longa fila de carros e motos se forma nesta manhã no posto de combustível, que reservou uma de suas bombas para comercializar o litro da gasolina pelo valor de R$ 1,31. Os motociclistas podem abastecer até R$ 10, enquanto os motoristas de carro podem colocar até R$ 20.
Em protesto, posto de Salvador vende gasolina com 53% de desconto (Foto: Egi Santana/ G1)Em protesto, posto de Salvador vende gasolina com 53% de desconto (Foto: Egi Santana/ G1)

Preço justo do litro da gasolina é R$ 1,60.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Encontro emocionante pelo facebook



Vizinha da região onde mendigo ficava criou página na rede social.
Raimundo, 73, não tinha contato com a família há mais de 20 anos.

Laura BrentanoDo G1, em São Paulo
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Primeiro encontro entre Raimundo e o irmão Francisco, em outubro de 2011 (Foto: Arquivo pessoal)Primeiro encontro de Raimundo com o irmão
Francisco, em outubro (Foto: Arquivo pessoal)
Morador de rua de São Paulo há mais de 30 anos, Raimundo Arruda Sobrinho, 73, reencontrou a família depois de um perfil criado para ele no Facebook. Em setembro de 2011, um de seus quatro irmãos, Francisco Tomaz Arruda, que vive em Goiânia (GO), encontrou por acaso na internet sua página na rede social.

O perfil de Raimundo no Facebook (acesse aqui) foi criado por Shalla Monteiro, moradora da região onde ele vivia há quase 19 anos, no Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo.

Raimundo não entrava em contato com a família desde a metade da década de 1980. Ele saiu de casa para estudar em São Paulo no início dos anos 1960.

Sem informações precisas sobre sua localização, a família de Raimundo sempre buscou notícias sobre ele na internet. Durante todos esses anos, Raimundo já apareceu em revistas, jornais, programas de TV e inclusive documentários. “Mas a maioria do material era antigo e não informava sua localização exata”, conta Josangela Roberta, mulher de Francisco.

Em setembro de 2011, Roberta buscou na internet o nome de Raimundo para mostrar uma foto dele para a filha de Francisco. Ao fazer a pesquisa na web, elas localizaram o perfil de Raimundo no Facebook, que havia sido criado por Shalla há menos de dois meses.
Shalla conheceu Raimundo em maio de 2011 (Foto: Arquivo pessoal)Shalla conheceu Raimundo em maio de 2011
(Foto: Arquivo pessoal)
“Conheci Raimundo em maio de 2011. Acho que foi amor à primeira vista. O que mais me chamou a atenção foi a paz e a tranquilidade que ele transmite”, conta Shalla, que criou a página no Facebook dez dias depois do aniversário de 73 anos de Raimundo, comemorado em 10 de agosto com bolo e presentes.

“Criei o perfil como uma forma de dar reconhecimento e afeto para uma pessoa com a qual eu estava muito envolvida”, diz. Antes de criar a página no Facebook, Shalla explicou para Raimundo o que é internet e mídias sociais, e pediu sua autorização. “Ele apenas me disse: ‘se você quer perder tempo com um mendigo’”.

Ao encontrar Raimundo na rede social, Roberta levou um susto. “Mandamos imediatamente uma mensagem questionando quem havia feito a página, já que Raimundo era morador de rua”. Shalla logo entrou em contato com a família para dar todas as informações.

“Eu nunca imaginei que encontraria a família pelo Facebook, mas eu sabia que haveria alguma repercussão. Durante o tempo que convivi com ele, notei a grande popularidade de Raimundo, que sempre era cumprimentado por moradores, policiais e inclusive crianças”, diz Shalla.
Shalla montou uma placa para promover a página de Raimundo no Facebook (Foto: Arquivo pessoal)Shalla montou uma placa para promover a página de Raimundo no Facebook (Foto: Arquivo pessoal)
Primeiro encontro
Duas semanas depois do primeiro contato, Francisco desembarcou em São Paulo para reencontrar Raimundo pela primeira vez depois de mais de 20 anos. “O Facebook foi muito útil, pois quem criou o perfil tentou ajudá-lo”, opina Roberta. Francisco passou dois dias inteiros com Raimundo, que se disponibilizou a voltar para Goiás.
Andar pelo sem fim interior
Catar da geometria todas as tintas que ela consumiu e esmaeceram
Depois, a matéria de tudo que a natureza modela
Restam as formas vazias"
poema 'Missão', de Raimundo Arruda Sobrinho
No fim de novembro, Roberta saiu de Goiânia em direção a São Paulo de carro para buscá-lo. “No momento que cheguei lá, ele disse que não queria voltar para não dar trabalho, pois já está velho”, relata Roberta. A família já tinha preparado um quarto para receber Raimundo com toda a estrutura necessária, inclusive com computador. Segundo Roberta, Raimundo diz escutar vozes que falam que ele ainda não está preparado para voltar. “Ele me disse que é um ser estragado socialmente e que não consegue mais conviver em um ambiente familiar”, relata Shalla.
Dias depois, Roberta buscou ajuda para tirar Raimundo das ruas no Ministério Público de São Paulo, que pediu um dossiê com informações sobre a história de Raimundo. A resposta chegou dois meses depois. Em uma reunião no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) em 30 de março, a remoção foi agendada para 23 de abril. Nesse dia, Raimundo foi transferido ao Caps do Itaim, onde ele está até hoje. Na última quarta-feira (23), ele completou um mês fora das ruas.

No início, Raimundo precisou tomar vitaminas, pois estava muito magro. Agora, ele vai cortar o cabelo e trocar a capa de plástico que veste até hoje. “Raimundo nunca quis usar roupa porque ele não tinha onde tomar banho. Ele fala que roupa traz fungos e bactérias, e o plástico não, principalmente o preto, que ainda o mantém aquecido”, conta Roberta.
Foto da família mostra Raimundo na cidade rural em que nasceu na década de 1960 (Foto: Arquivo pessoal)Foto da família mostra Raimundo na década de 1960 na cidade em que ele nasceu (Foto: Arquivo pessoal)
História
Antes de ir para São Paulo, na década de 1960, Raimundo morou na casa de amigos de seus pais em Carolina (MA). Ele sempre quis estudar, e a cidade onde nasceu, Piacá (TO), era muito rural e sem estrutura. Depois de alguns anos, Raimundo resolveu ir para a capital paulista dar continuidade aos estudos no Ensino Médio.

Segundo Francisco, Raimundo foi morar na casa de amigos da família. Depois de alguns anos, esse casal mudou de cidade e Raimundo ficou sozinho. Conforme o irmão, foi a partir daí que ele deixou de mandar notícias. “Ele escrevia muitas cartas amorosas para os meus pais, uma vez por mês. Ele chegou a mandar presentes para a minha mãe. O último foi uma máquina de costura. Depois, ele sumiu”.

Em São Paulo, Raimundo foi vendedor de livros e jardineiro. “Na página do Facebook tem pessoas que lembram quando ele foi jardineiro da família”, conta Shalla. Os irmãos ainda não descobriram como Raimundo foi parar nas ruas. Conforme Shalla, Raimundo pagava 1,6 mil cruzeiros de aluguel para morar em um quartinho. “Mas chegou um momento em que a renda era menor que o aluguel. Quando Raimundo se deu conta disso, foi morar na rua”.
Na década de 1980, Raimundo participou de um programa de TV e foi reconhecido por um amigo da família, que pagou uma passagem de avião para que Raimundo fosse até Goiânia, onde Francisco viu o irmão pela primeira vez. “Ele ficou na cidade quase 20 dias, mas não gostou e pediu para voltar para São Paulo”, conta Francisco. Um dos irmãos de Raimundo, então, comprou uma passagem de ônibus para que ele retornasse à capital paulista. Desde então, a família perdeu contato com Raimundo novamente.

“Antes do reencontro em 2011, quando você questionava Raimundo se ele tinha família, ele respondia que era uma pessoa só. Depois, quando Shalla mostrou uma foto dos irmãos e colocou na mão dele, Raimundo reconheceu na hora, mesmo após anos sem vê-los, principalmente Francisco e sua irmã gêmea, que eram bebês quando ele saiu de casa”, conta Roberta.
Os poemas que Raimundo escreve em minipáginas (Foto: Arquivo pessoal)Os poemas que Raimundo escreve em
minipáginas (Foto: Arquivo pessoal)
Poemas
Raimundo sempre escreveu poemas, mas nunca se autodenominou um poeta, segundo Shalla. “Eu o considero um poeta da vida. Ele inclusive tem um estilo literário nas minipáginas em que escreve. Raimundo sempre assina do mesmo jeito e todos os poemas são datados”, conta.

Conforme Shalla, o sonho de Raimundo sempre foi publicar um livro. “Ele escreve o mesmo poema em diversas minipáginas e coloca um número de série atrás”. Shalla diz que essa pode ser a forma que ele encontrou para “publicar” um livro, já que entrega o mesmo poema para diversas pessoas.

Outra curiosidade é que Raimundo sempre coloca em seus poemas a data 1999 mais o número que, somado, chega ao ano atual (1999+13=2012). Shalla explica que esse é o jeito que Raimundo gosta de registrar o ano de seus poemas.

Um dos objetivos de Shalla ao criar o Facebook era mostrar o trabalho de Raimundo. “Eu queria usar a tecnologia das redes sociais para aproximar esses mundos diversos, para que as pessoas observem os moradores de rua com outros olhos, para que elas prestem atenção que é possível encontrar outros talentos como Raimundo”, diz.

Raimundo nunca escondeu que seu grande sonho sempre foi publicar um livro. “Ele conta que chegou a ir a várias editoras, que não lhe deram atenção”, diz Shalla. Depois de voltar a conviver com a família, o próximo passo será concretizar o sonho de Raimundo, segundo Roberta. “Já estamos preparando tudo para que ele volte e vamos lutar para publicar um livro dele”.


 Encontro emocionante pelo facebook
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Estilo dark em festival gótico na Alemanha



'Wave-Gotik' está sendo realizado em Leipzig até segunda-feira (28).
Adeptos do estilo 'dark' de todo o mundo participam do evento.

Do G1, com AFP
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Um festival gótico que teve início esta semana espera receber cerca de 20 mil visitantes de todo o mundo adeptos do estilo sombrio em Leipzig, na Alemanha. O "Wave-Gotik" conta com atrações artísticas e de música "dark", e segue até a segunda-feira (28).
Casal participa do festival gótico em Leipzig (Foto: Hendrik Schmidt/AFP)Casal participa do festival gótico em Leipzig (Foto: Hendrik Schmidt/AFP)
'Wave-Gothic' espera atrais cerca de 20 mil pessoas em Leipzig (Foto: Hendrik Schmidt/AFP)'Wave-Gotik' espera atrais cerca de 20 mil pessoas em Leipzig (Foto: Hendrik Schmidt/AFP)
Participantes maquiados curtem o festival, que conta com música e artes (Foto: Hendrik Schmidt/AFP)Participantes maquiados curtem o festival, que conta com música e artes (Foto: Hendrik Schmidt/AFP)
Festival gótico espera atrair 20 mil pessoas à cidade alemã (Foto: Hendrik Schmidt/AFP)Festival gótico espera atrair 20 mil pessoas à cidade alemã (Foto: Hendrik Schmidt/


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Estilo dark em festival gótico na Aleanha

Dilma vetou 12 artigos do novo Código Florestal



Cortes ao texto foram apresentados por ministros do governo Dilma.
Governo enviará MP para suprir vácuos deixados com mudanças ao texto.

Do G1, em Brasília
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A presidente Dilma Rousseff vetou 12 artigos do novo Código Florestal, que trata da preservação ambiental em propriedades rurais, informou nesta sexta-feira (25) o ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams.
O prazo para Dilma sancionar o texto vencia nesta sexta (25). Para suprir os vácuos jurídicos deixados com os vetos, a presidente Dilma Rousseff vai editar uma medida provisória, que será publicada na segunda-feira, informou Adams.
O código, que está em discussão no Congresso desde 1999, já havia sido aprovado pelos deputados em maio de 2011, em uma derrota do governo imposta pela bancada ruralista.
Em dezembro, o texto chegou ao Senado, onde passou por ajustes, com alterações que atendiam à pretensão governista. Por ter sido modificado pelos senadores, voltou à Câmara, onde, em abril, foi novamente alterado,  contrariando novamente o governo.
Ao lado de ministros e técnicos da área, Dilma vinha analisando o texto desde que chegou à Casa Civil, em 7 de maio. Somente neste mês, a presidente reuniu-se pelo menos dez vezes com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. No último final de semana, passou a tarde com os ministros Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), Mendes Ribeiro (Agricultura), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Luiz Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) para discutir os vetos ao texto.
Polêmica
Desde que foi aprovado no Congresso, o novo código vem gerando polêmica entre ambientalistas e ruralistas. Movimentos organizados por entidades de proteção ambiental, como o “Veta, Dilma” e o “Veta tudo, Dilma” se espalharam pelas redes sociais. Neste final de semana, em São Paulo, um ato organizado pela Fundação Mata Atlântica no Parque Ibirapuera reuniu mais de 2 mil pessoas.
Personalidades como Fernanda Torres e Wagner Moura também se mobilizaram. No início do mês, a atriz Camila Pitanga chegou a quebrar o protocolo em um evento em que era a mestre de cerimônias - e do qual Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participavam -, para pedir: “Veta, Dilma”. O cartunista Maurício de Souza divulgou esta semana em seuTwitter um quadrinho em que aparece o personagem Chico Bento dizendo: “Veta tudim, dona Dirma”.
Ator vestido de Dilma Rousseff simula a presidente assinando o veto no Código Florestal, em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. (Foto: Ueslei Marcelio/Reuters)Ator vestido de Dilma Rousseff simula a presidente assinando o veto no Código Florestal, em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. (Foto: Ueslei Marcelio/Reuters)






















Dilma vetou 12 artigos do novo Código Florestal
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Terço dos Homens


Nesta quinta- feira( 24 de maio), em continuação da jornada de louvor do mês dedicado a Maria, o grupo do Terço do Homens realizou a caminhada de evangelização na  comunidade da cohab, celebrando o Santo Terço e Liturgia da Palavra.


Altar de Nossa Senhora.




























Terço dos Homens
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