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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

João Alfredo: Experiências na área da saúde ficam entre as melhores do Estado.


O município de João Alfredo conquistou o segundo e o terceiro lugar na II Mostra Pernambucana de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção à Saúde (DANT-PS). O resultado foi apresentado à I Macrorregião, nesta sexta-feira (24), no auditório do Centro de Formação dos Servidores e Empregados Públicos do Estado de Pernambuco (CEFOSPE), em Recife, com a participação de 95 profissionais de 27 municípios. Na ocasião, foram apresentadas experiências de 13 municípios (Gloria do Goitá, Igarassu, Jaboatão dos Guararapes, Pombos, Casinhas, Cortês, Feira Nova, João Alfredo, Lagoa de Itaenga, Nazaré da Mata, Passira, São Benedito do Sul e Timbaúba).

Foram premiados os municípios de Igarassu (1º colocado, com a experiência “Etilismo, agravos causados ao organismo e ao ambiente familiar”), João Alfredo (em 2º colocado, com “Incentivo à economia solidária” e também 3º colocado, com “Descobrindo os sabores das minhas primeiras frutinhas”). Os dois trabalhos são desenvolvidos na Unidade Básica de Saúde da Comunidade do Jenipapo. A Mostra é uma promoção da Secretaria-Executiva de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) e executada pela da Diretoria-Geral de Promoção, Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde, em parceria com a Superintendência de Atenção Primária à Saúde. Em João Alfredo, a secretaria é gerida por Márcia Almeida, enquanto a coordenação da Atenção Básica está sob a responsabilidade de Dionese Ataíde. A UBS Jenipapo tem como enfermeira Anajara.

O objetivo é motivar os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) dos municípios a compartilharem as experiências por eles desenvolvidas. Os trabalhos serão votados por todos os participantes, de acordo com os seguintes critérios: Reconhecimento do território; Sustentabilidade; e Reprodutibilidade e se contemplou outros Princípios da Promoção da Saúde, além dos mencionados nos quesitos anteriores. A título de premiação, as três experiências mais votadas receberam uma declaração indicativa da colocação alcançada e três livros doados por instituições de ensino: Introdução às técnicas qualitativas de pesquisa aplicadas em saúde, Gestão em saúde pública: contribuições para a política e Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. (Com informações da Secretaria Estadual de Saúde).
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Bom Jardim: cuidado com os riscos do 'Aedes'

Pelo menos 1.496 cidades estão em alerta ou risco para doenças do 'Aedes'.


Doenças transmitidas por um mosquito marcaram, para sempre, a vida da família da professora Gisela Duarte, de 34 anos. Moradora do Recife, no fim de 2015 ela viu a mãe, Dulcimar, de 72, morrer vítima de dengue hemorrágica. Sete meses depois, o sobrinho recém-nascido, Gustavo, foi diagnosticado com microcefalia por zika. Casada há pouco mais de um ano, Gisela decidiu adiar qualquer plano de gravidez. "Vivemos um verdadeiro pesadelo provocado pelas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti."

Levantamento do Ministério da Saúde indica que 1.496 cidades brasileiras ainda estão em situação de alerta ou de risco para surto de dengue, zika e chikungunya - doenças causadas pelo mosquito - neste verão. Isso representa 38% do total de cidades que fizeram a avaliação, batizada de Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa). 

Esse grupo apresentou altos índices de criadouros do mosquito, vetor das três doenças. E os números podem ainda aumentar, porque há cidades que não repassaram dados. É considerada área de alerta para as doenças aquela em que o índice de infestação do mosquito varia entre 1% e 3,9% dos domicílios visitados. São classificados como de risco os municípios que apresentam ao menos 4% de índice de infestação. 

Neste ano estão em alerta, entre as capitais, Maceió, Manaus, Salvador, Vitória, Recife, Natal, Porto Velho, Aracaju e São Luís. Já Belém, Boa Vista, Porto Alegre, Florianópolis, Campo Grande, Cuiabá, Brasília e Rio Branco não informaram os dados. Também não há registros de São Paulo, embora o Estado tenha informado já ter remetido as informações.

Técnicos do ministério dizem não ser possível fazer comparação com 2016. No ano passado, fizeram o LIRAa 2.282 cidades. Desta vez, foram 3.946 (aumento de 73%). Anteriormente, o levantamento era feito por adesão. Agora, todos os municípios são obrigados a apresentar os dados.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que locais em situação de risco deverão receber uma atenção prioritária, mas a redução de casos não depende apenas de ações governamentais. O armazenamento de água em barris, por exemplo, foi o principal tipo de criadouro achado no Nordeste e no Centro-Oeste. No Norte e no Sul, o maior número de criadouros foi no lixo. No Sudeste, predominam depósitos móveis, como vasos e frascos com água.

Balanço

Até o dia 11 de novembro, foram notificados 239.076 casos prováveis de dengue em todo o País, uma redução de 83,7% em relação ao mesmo período de 2016. Na mesma data, haviam sido registrados 184.458 casos prováveis de febre chikungunya, também uma redução de 32,1%. Por fim, de zika são 16.870 casos prováveis, redução de 92,1% em relação a 2016 (com 214.126).

Para especialistas na área de Infectologia, com a queda do número de casos, população e autoridades sanitárias relaxaram nas ações de contenção. "As pessoas e até alguns gestores são, infelizmente, reativos", avalia Celso Granato, professor de Infectologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Para Artur Timerman, presidente da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses, o governo não deu atenção, nos últimos anos a outras políticas necessárias para enfrentar as doenças. "Enquanto não enfrentarmos as questões de urbanização e saneamento básico, o mosquito vai continuar se proliferando." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo/ Diário de Pernambuco.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 25 de novembro de 2017

Doenças:De infecções a pneumonia, estudo mostra que moscas podem transmitir mais doenças do que se imaginava

Mosca varejeira
Image captionMosca doméstica e varejeira carregam, cada uma, cerca de 300 tipos de bactérias | Fotos: Raul Santana/Fiocruz
Cientistas descobriram que dois tipos de moscas muito comuns em ambientes urbanos podem transmitir mais doenças do que se imaginava.
A mosca doméstica (Musca domestica) e a mosca varejeira (Chrysomya megacephala) carregam, cada uma, mais de 300 tipos de bactérias, mostra um estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia (PennState University), nos Estados Unidos.
Muitas dessas bactérias são causadoras de doenças que afetam os seres humanos, incluindo infecções no estômago, intoxicações e até pneumonia.
Os micróbios se concentram nas pernas e nas asas dos insetos e se espalham pelo ambiente, por exemplo, cada vez que a mosca pousa sobre a comida. Cada movimento dos insetos pode espalhar as bactérias, afirmam os especialistas.
"As pessoas tinham alguma noção de que as moscas transportavam agentes patogênicos, mas não tinham ideia da dimensão desse fato e da escala em que essas bactérias podem ser transportadas", ressalta Donald Bryant, professor de bioquímica e biologia molecular da PennState University e um dos autores do estudo.

Surtos de doenças

Os pesquisadores analisaram 116 moscas de diversos habitats de três continentes e utilizaram técnicas de sequenciamento de DNA para identificar as bactérias que estavam sobre o corpo dos insetos.
A mosca doméstica, encontrada em todo o planeta, carrega 351 tipos de bactérias. A varejeira, mais comum em climas quentes, 316 tipos. Muitos dos microorganismos foram encontrados em ambas as espécies.
Os cientistas, que publicaram o trabalho no periódico Scientific Reports, destacam que as moscas podem estar sendo subestimadas pelas autoridades de saúde pública como fontes de surtos de uma série de doenças.
"Acreditamos que isso possa demonstrar um mecanismo de transmissão patogênica que tem sido negligenciado pelas autoridades de saúde pública, que as moscas podem contribuir para a transmissão de agentes patogênicos em situações de surtos", destacou Bryant.
"Vai fazer você pensar duas vezes antes de comer aquela salada de batata que está há horas sem tampa no seu próximo piquenique", ele acrescenta.
Mosca varejeira sob um microscópio eletrônico
Image captionMosca varejeira vista com microscópio eletrônico | Foto: Ana Junqueira e Stephan Schuster
Alguns pesquisadores acreditam, contudo, que as moscas podem ser úteis e funcionar como sistemas de alerta para determinadas doenças ou como "drones vivos" capazes de entrar em espaços reduzidos para procurar por micróbios.
"As moscas poderiam ser intencionalmente lançadas como drones biônicos autônomos aos menores espaços e fendas e, depois de recapturadas, prover informações sobre todo o material biológico que encontraram", ilustra Stephan Schuster, diretor de pesquisa na Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura.
Moscas domésticas são conhecidas por seus péssimos hábitos de higiene - entre frequentar aterros sanitários e se alimentar de todo tipo de comida em decomposição, animais mortos e matéria fecal. Elas são potenciais vetores de doenças para humanos, animais e plantas.
As varejeiras são as moscas mais comuns vistas sobre animais mortos. Elas são típicas de áreas urbanas e são frequentemente encontradas próximo a fábricas de processamento de carne, abatedouros e lixeiras.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 22 de outubro de 2017

A vida dos 4 irmãos com mais de 100 anos podem ajudar a desvendar o segredo genético da longevidade

KahnDireito de imagemARQUIVO
Image captionTodos os irmãos Kahn passaram dos 100 anos com vida saudável
Quatro irmãos que viveram até depois dos 100 anos são peças centrais de um estudo que há duas décadas investiga os genes por trás da longevidade.
Nenhum dos irmãos Kahn, que nasceram em Nova York na década de 1910, se importava em ter hábitos muito saudáveis. Mesmo assim, eles viveram até os 102, 107, 109 e 110 anos.
A irmã mais velha, Helen, fumou por mais de 90 anos. "Ela dizia que o segredo de sua vida longa era exatamente ela ter fumado tanto", contou à BBC Brasil Nir Barzilai, diretor do Instituto para Pesquisa do Envelhecimento na Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova York.
Barzilai coordena desde 1998 o Projeto dos Genes da Longevidade, que investiga o material genético e o histórico médico de 670 idosos e seus filhos. Fazem parte do estudo judeus asquenazes - provenientes da Europa Central e do Leste e que têm um material genético historicamente mais homogêneo, ideal para a pesquisa.
Na época da coleta de amostras, eles tinham idades entre 95 e 112 anos, e eram todos saudáveis. Boa parte, como os irmãos Kahn, já faleceu, mas seus genes continuam trazendo novas respostas sobre como é possível viver tanto.
"Fico fascinado por pessoas como os Kahn; me intriga como a idade cronológica de alguns parece não combinar com a biológica", comenta Barzilai. "E em centenários, hoje já temos evidências de que a genética tem um papel muito maior que o ambiente".
BarzilaiDireito de imagemJ. TORRES PHOTOGRAPHY
Image captionNir Barzilai há quase duas décadas estudas os genes da longevidade
Entre os irmãos Khan, Irving começou sua carreira antes da Grande Depressão, de 1929, e há três décadas coordenava o fundo de hedge Kahn Brothers Group, que ele próprio fundou. Até os 106 anos, ele ainda trabalhava todos os dias na movimentada Wall Street e gerenciava US$ 700 milhões (R$ 2,7 bilhões) em ativos.
"Eu pagaria se você tirasse (o trabalho) de mim, eu o compraria de volta", disse Irving numa entrevista concedida para a pesquisa aos 104 anos, cinco anos antes de sua morte, em 2015.
Irving também fumou por anos. Aliás, entre os centenários do estudo, 30% das mulheres e 60% dos homens fumaram durante a maior parte da vida. Além disso, 50% eram obesos e 50%, sedentários. Mesmo assim, eram mais saudáveis que os demais indivíduos do estudo (o grupo controle).
Barzilai faz questão de ressaltar que os hábitos saudáveis e o avanço da medicina continuam sendo essenciais para a longevidade dos humanos.
A população mundial de centenários vem, inclusive, crescendo com o passar dos anos: de 2,9 centenários em cada dez mil adultos em 1990 para 7,4 em dez mil, em 2015, segundo a ONU.
Mas a principal conclusão de Barzilai é que há genes que protegem os humanos de doenças relacionadas ao envelhecimento, como câncer, doenças cardiovasculares e neurológicas.

O bom colesterol

No caso dos irmãos Kahn (e de outros indivíduos pesquisados), as análises encontraram mutações em dois genes - CETP e APOC3 - que elevam os níveis de HDL, o "bom colesterol".
Enquanto os níveis normais de HDL da população ficam entre 40-50 mg/dL para homens, e 50-59 mg/dL, para mulheres, os indivíduos da pesquisa tinham em média 147 mg/dL.
O alto HDL, por sua vez, mostrou proteger contra o declínio cognitivo e o mal de Alzheimer.
"A maioria da população não tem estas mutações, mas muitos centenários as têm", comenta Barzilai. "Com base nessas informações, já há estudos sendo feitos por farmacêuticas para imitar a ação dessas mutações genéticas em medicamentos".
KahnDireito de imagemARQUIVO
Image captionIrmãos Kahn nasceram nos anos 1910 em Nova York

O hormônio do crescimento

Uma nova pesquisa do grupo americano tem inspiração na natureza: cães pequenos vivem mais que os maiores, e pôneis vivem mais que cavalos normais.
Além disso, testes em camundongos já mostraram que baixos níveis do hormônio de crescimento (GH) estão associados com a longevidade.
"Eu duvidava que este padrão pudesse ocorrer também em humanos", disse Barzilai. "Mas encontramos alterações no funcionamento do hormônio de crescimento em mais de 50% dos centenários".
Os resultados das últimas análises trazem mais detalhes sobre o processo que já vem sendo estudado há alguns anos e serão em breve publicados na revista científica Science Advances. Em linhas gerais, eles mostram mutações (Ala-37-Thr e Arg-407-His) no receptor IGF1 do GH e outros fatores que inibem o hormônio de crescimento.
Nas mulheres, este efeito é ainda maior. As idosas com níveis mais baixos de hormônio do crescimento sobreviviam mais tempo e tinham melhores funções cognitivas do que aquelas com níveis acima da média.
A produção do GH aumenta durante a infância, tem seu pico na puberdade e começa a cair mais rapidamente a partir da meia idade. Por isso, tratamentos à base dessa proteína são promovidos para desacelerar os sinais de envelhecimento, especialmente nos Estados Unidos.
Alguns estudos já vinham sinalizando que seu uso não deveria ser recomendado. E agora Barzilai reforça que a prática é prejudicial.
"Há médicos que estão dando GH para idosos. Mas se você quer ajudar pessoas a envelhecer bem, você deveria pensar em ter menos GH, e não injetar mais. Temos mais evidências de que esta prática está errada e deveria ser interrompida", afirma o pesquisador.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) libera o uso de medicamentos à base de GH sob prescrição médica apenas para tratar alterações do hormônio. Mas há casos de outros usos, sem aprovação, para fins estéticos ou melhora da performance esportiva.

As mitocôndrias

Barzilai junto a outros pesquisadores também descobriu proteínas originadas das mitocôndrias - organelas de energia das células - que aparecem em altos níveis no organismo de centenários e ajudam contra as doenças do envelhecimento.
O objetivo de Barzilai é aplicar as descobertas sobre os genes da longevidade em tratamentos futuros para fazer com que aqueles que não têm essas mutações envelheçam com mais saúde.
Enquanto isto, outros estudos mostraram que a genética tem uma influência de 25% na longevidade humana (não especificamente entre centenários), como resume uma pesquisa da revista Immunity & Ageing. Por isso, boa parte das pesquisas ainda foca em fatores ambientais que têm impacto na extensão da vida humana e apontam tanto para o consumo da dieta mediterrânea como para o nível de felicidade dos indivíduos.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Ficar sentado por longos períodos pode aumentar risco de morte, mesmo para pessoas ativas

Mulher sentada me mesa de escritórioDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionNão apenas as costas são afetadas pelo hábito de permanecer muito tempo sentado
Cientistas americanos alertam que passar muito tempo sentado pode aumentar o risco de morte mesmo para pessoas que não são sedentárias.
De acordo com um estudo publicado no início da semana pela revista especializada Annals of Internal Medicine, e que estudou quase 8 mil adultos, pessoas que passam muito tempo sentadas precisam se movimentar a cada 30 minutos para ajudar a evitar uma morte prematura.
"As autoridades médicas falam para as pessoas se exercitarem e não passarem muito tempo sentadas, mas não dizem como. Sugerimos recomendações específicas como cinco minutos de caminhada rápida para cada 30 minutos consecutivos que se passa sentado", explica Keith Diaz, da Faculdade de Medicina da Universidade Columbia, em Nova York, principal autor do estudo.
Diaz comandou uma equipe de profissionais de várias instituições acadêmicas americanas. Eles analisaram dados sobre diferenças geográficas e raciais na ocorrência de derrames nos Estados Unidos, em especial uma amostragem criada para tentar explicar porque negros tendem a sofrer mais episódios que brancos - um programa conhecido como Regards, levado a cabo pelo Instituto Nacional de Saúde do país.
Durante quatro anos, os cientistas acompanharam 7.985 indivíduos brancos e negros, com idade a partir de 45 anos, que se voluntariaram para o Regards.
Homem obeso sentado no sofáDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEstudo acompanhou quase 8 mil americanos
Para medir o tempo de sedentarismo desses adultos, foram usados aparelhos para medir a aceleração dos indivíduos. Analisando os dados, os cientistas descobriram que, em média, o comportamento sedentário correspondia a 12,3 horas de 16 "acordadas".
Estudos anteriores tinham registrado uma média de 9 a 10 horas, mas Diaz vê na diferença uma consequência do envelhecimento.
"À medida que envelhecemos, nossas funções físicas e mentais diminuem de ritmo, o que nos faz ficar mais sedentários. Estudamos uma população começando na meia-idade. E também pode ser que, ao contrário de outros estudos, monitoramos ativamente o tempo de sedentarismo em vez de confiar em autoavaliações", especula Diaz.
Os pesquisadores constataram que o risco de morte cresceu proporcionalmente ao tempo os participantes passavam sentados. E significativamente: segundo o pesquisador, aqueles que se sentavam mais de 13 horas por dia, por exemplo, tinham duas vezes mais chance de morrer que os que passavam menos de 11 horas na posição.
Homem guiando vanDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEstudo constatou que não apenas o tempo total que passamos sentados aumenta as chances de morte prematura
Também foi constatado que a duração de cada período sentado faz diferença: pessoas que passaram períodos de menos de meia hora sentadas apresentaram risco 55% menor de morte do que pessoas que superavam essa marca.
Os pesquisadores ressaltam que o estudo não teve como objetivo explicar como o comportamento sedentário afeta a saúde, mas sim analisar diferenças entre tempo total de sedentarismo e períodos ininterruptos de sedentarismo.
"Médicos e pesquisadores estão cada vez mais convencidos de que ficar sentado por muito tempo é o novo tabagismo", diz Monika Safford, da Universidade de Cornell, e coautora do estudo.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

A 'caneta' que consegue identificar um câncer em 10 segundos

Caneta que identifica câncer em 10 segundos
Image captionDispositivo portátil permitiria que cirurgia para retirada de tumor seja feita de forma mais rápida, segura e precisa. (Foto: Universidade do Texas)
Cientistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, desenvolveram uma caneta que pode identificar células cancerígenas em dez segundos.
Segundo eles, o dispositivo portátil permitiria que a cirurgia para a retirada seja feita de forma mais rápida, segura e precisa.
Os cientistas esperam que a tecnologia seja mais uma ferramenta à disposição dos médicos para evitar a reincidência do câncer.
O estudo foi publicado na revista científica Science Translational Medicine.
Testes indicam que a caneta oferece um resultado preciso em 96% das vezes.
O MasSpec Pen se aproveita do metabolismo singular das células cancerígenas.
A química interna dessas células, que crescem e se espalham muito rápido, é muito diferente da de um tecido saudável.

Como funciona

A caneta toca em um tecido cancerígeno e libera uma minúscula gotícula de água.
As substâncias químicas presentes nas células vivas se movem, então, para a gotícula, que é sugada de novo pelo objeto para análise.
Em seguida, a caneta é conectada a um espectrômetro de massa - um equipamento que pode medir a massa de milhares de substâncias químicas a cada segundo.
O resultado é uma espécie de "impressão digital química", a partir da qual os médicos podem concluir se se trata de um tecido saudável ou de um tumor.
Esse é maior desafio dos cirurgiões: descobrir a fronteira entre um câncer e um tecido normal.
Isso porque, apesar de em muitos casos ser fácil detectar um tumor, em outros, o limiar entre o tecido doente e o saudável não é tão visível.
Retirar apenas uma parte do tecido pode fazer com que as células cancerosas remanescentes deem origem a um novo tumor. Mas remover muito tecido pode causar graves danos, especialmente em órgãos como o cérebro.
Em entrevista à BBC, Livia Eberlin, professora-assistente de química na Universidade do Texas, em Austin, disse: "O que é emocionante sobre essa tecnologia é o quão claro ela atende a uma necessidade clínica".
"A ferramenta é, ao mesmo tempo, sofisticada e simples. E vai poder ser usada pelos cirurgiões em breve", acrescentou.

Testes

A tecnologia foi testada em 253 amostras como parte do estudo. O plano é continuar os testes para aprimorar o dispositivo antes de usá-lo durante cirurgias no ano que vem.
Atualmente, o objeto é capaz de analisar um pedaço de tecido de 1,5 mm de diâmetro.
Mas os pesquisadores já desenvolveram canetas muito mais aprimoradas e que podem examinar um pedaço de tecido tão pequeno quanto 0,6 mm de diâmetro.
Enquanto a caneta por si só é barata, o espectrômetro de massa é caro e volumoso.
"O obstáculo é o espectrômetro de massa, com certeza", disse Eberlin.
"Estamos desenvolvendo um espectrômetro de massa um pouco menor, mais barato e adaptado para este fim, que possa ser transportado dentro e fora dos quartos com relativa facilidade", completou.
Segundo James Suliburk, um dos pesquisadores e chefe de cirurgia endócrina no Baylor College of Medicine, nos Estados Unidos, "sempre estamos em busca de formas de oferecer ao paciente uma cirurgia mais precisa, mais rápida ou mais segura".
"Essa tecnologia combina todos esses fatores", afirmou.
O MasSpec Pen faz parte de uma série de dispositivos com o objetivo de melhorar a precisão cirúrgica.
Uma equipe do Imperial College de Londres desenvolveu uma faca que "cheira" o tecido que corta para determinar se está removendo o câncer.
Já uma equipe da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, está usando lasers para analisar quanto de um câncer cerebral pode ser removido.
Para Aine McCarthy, da Cancer Research UK (órgão britânico de pesquisa contra o câncer), "pesquisas emocionantes podem fazer com que os médicos descubram se um tumor é cancerígeno ou não mais rapidamente, além de conhecer suas características".
"Com base nessa análise, eles podem decidir sobre o melhor tipo de tratamento".
Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Academias terão que disponibilizar kits de primeiros socorros


Publicada na edição desta terça-feira do Diário Oficial da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) a lei estadual 16.124, que obriga as academias de ginástica e musculação e estabelecimentos semelhantes, a disponibilizar aos frequentadores kits de primeiros socorros, em local visível e adequado. A medida vai entrar em vigor em 90 dias. O projeto original é do ex-deputado Professor Lupércio, atual prefeito de Olinda.

Entre os equipamentos devem constar aparelho digital para medir a pressão arterial, curativos, hastes de algodão flexíveis, algodão, fita microporosa e atadura elástica. A nova lei exige ainda uma caixa de comprimidos de ácido acetilsalicílico 500 miligramas, uma caixa de comprimidos de paracetamol 500 miligramas, compressa de gaze e bolsa térmica de gel ‘Quente-Fria’ reutilizável. O kit também deve conter uma caixa de anti-histamínico, um frasco de água oxigenada, um antidiarreico, um termômetro, além de um par de luvas de látex descartáveis.

O kit deve ser colocados em local adequado, sinalizado e desobstruído  ser utilizado em caso de emergência. O administrador da academia, com apoio de professores, deve acompanhar os prazos de validade, as condições de conservação e armazenagem dos produtos.
Com Informação do DP.
Professor Edgar Bom Jardim - PE