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sábado, 25 de novembro de 2017

Bom Jardim:Conferência Municipal de Educação

CONVITE
III Conferência Municipal de Educação
LOCAL: Escola Terezinha Barbosa
DATA: 27 de novembro 2017
INÍCIO: 7:30
Fonte:facebook.com/PrefeituraBomJardim/
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Paulo Henrique da Silva, da EREM Justulino Ferreira Gomes é destaque no Programa Jovens Senadores



Na manhã desta quinta-feira (23) o secretário de Educação do Estado, Fred Amancio, recebeu em audiência os vencedores dos programas Jovens Senadores e Jovens Embaixadores. Participaram da solenidade parentes, amigos, professores e gestores de escolas. Na ocasião, Amancio entregou brindes e certificados aos classificados do 10º Concurso de Redação do Senado Federal e dos representantes do estado no intercâmbio nos Estados Unidos.
O 10º Concurso de Redação do Senado Federal/Jovem Senador, que teve o tema “Brasil Plural: para falar de intolerância”, mobilizou 11.528 estudantes em todo estado. Destas, 101 foram inscritas e três foram escolhidas. O projeto leva o vencedor para Brasília para que possa vivenciar o trabalho dos senadores. A representante de Pernambuco será a estudante Willyane Fernanda Barbosa, da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Professor Antônio José Barboza dos Santos, que ganhou o programa com a redação “O Mal da Ignorância”.
“Eu resolvi me inscrever no programa porque me destaco nas redações e queria tentar uma coisa diferente. Sempre gostei de política e até já participei da Conferência da Juventude em Brasília. Saber como se faz as leis, conhecer a rotina dos senadores e ver as votações será muito interessante”, disse Willyane. O segundo lugar ficou com Paulo Henrique da Silva, da EREM Justulino Ferreira Gomes, com a redação “Conhecer Eu Para Acabar com a Intolerância”. Já o terceiro lugar foi para Estevão Teixeira Gomes, da EREM Beberibe, com a redação “Bendita Geni”.
No Jovens Embaixadores, da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, houve um registro de 1966 inscrições. Um recorde para o programa. Dois estudantes da Rede Pública Estadual foram selecionados para participar do projeto que irá proporcionar a interação com jovens da sua idade, atividades culturais, de responsabilidade social e de empreendedorismo e liderança e fazer apresentações sobre o Brasil.Abraão José da Silva, da EREM Santos Dumont, e Alice Aurora de Melo, da Escola de Aplicação Ivonita Alves Guerra, foram os selecionados para participar do intercâmbio. “Já tinha tentado duas vezes e essa era minha última chance para entrar no programa. Isso empodera as pessoas, incentiva os estudantes a entender que por meio do seu esforço é possível conseguir o que queremos” afirmou Alice.
“Estou muito ansioso para ter essa experiência. Participar desse projeto vai mudar minha visão de mundo e vai proporcionar várias oportunidades profissionais. Isso também me deixa muito motivado para continuar fazendo o trabalho voluntário” expressou Abraão José.


Fred Amancio parabenizou os estudantes e falou do sentimento de poder proporcionar essas oportunidades para os estudantes. “Nós ficamos muito contentes porque conseguimos perceber que não estamos formando apenas jovens que têm conhecimentos em algumas matérias, mas que estamos formando cidadãos preparados para a vida. Isso mostra o quanto estamos preocupados para que entrem nas universidades e sigam no mercado de trabalho. Esses programas mostram que todos estão preparados para enfrentar qualquer desafio” relatou.
Com informações da Secretaria de Educação PE.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 18 de novembro de 2017

A 'neurocientista' de 7 anos que faz sucesso ensinando ciência na internet


Amoy Antunet Shepherd
Image captionAmoy é norte-americana e, graças ao Facebook, se transformou em "professora de ciência" com apenas sete anos

Amoy Antunet Shepherd tem 7 anos e, ainda que esteja na escola primária, suas ambições são grandes: quer ser neurocirurgiã.
E até já começou a dar aulas pela internet. "Hoje vamos ver como funciona um neurotransmissor chamado GABA", anuncia em um dos seus vídeos mais populares no Facebook.
"Não, não me refiro a Yo Gabba Gabba (série de televisão infantil norte-americana) , mas sim ao ácido gamma-aminobutírico", complementa, exibindo um sorriso.
Com uma explicação teórica digna de um professor universitário, mas com as palavras que usaria uma menina, Amoy também mostra seu laboratório.
"Estes são meus tubos de ensaio", diz, apontando para pequenos cilindros. "E estes são meus béquers (recipientes de vidro usados em laboratório)", acrescenta, mostrando os instrumentos para a câmera.
"Aqui estão minhas provetas. E estes são alguns dos meus microscópios", detalha ainda, enquanto seu pai registra tudo no vídeo.

Uma paixão de anos

"Eu gosto de ciência porque sempre há algo a aprender. Sempre está mudando", conta a pequena à BBC.

Amoy com seu microscópio (Foto: Amoy Antunet/Facebook)
Image captionO interesse da menina pela ciência surgiu quando descobriu o microscópio que o pai usava para estudar biologia (Foto: Amoy Antunet/Facebook)

Amoy vive em Atlanta, Geórgia, no sudeste dos Estados Unidos, e sua paixão pela ciência começou, aos três anos, quando descobriu o microscópio com o qual seu pai estudava biologia.
Em 2015, ele começou a publicar os vídeos da filha no Facebook. Alguns deles viralizaram, superando 2 milhões de visualizações e 5 mil comentários.
"Uau! essa pequena professora está me ensinando muito sobre neurotransmissores", comenta um de seus seguidores na rede social.
"Excelente, senhorita! Siga em frente com esse bom trabalho!", diz outra seguidora.
"Eu deveria ter ouvido isso antes do meu exame final de neuroteorias", observa um terceiro internauta.
"Adorável", "brilhante", "um gênio", dizem outros.

Futuro brilhante

A menina não só fala sobre neurotransmissores. Também explica em seus vídeos como funcionam o cérebro, o coração, os nervos e que é arco reflexo - a resposta imediata que temos à excitação de um nervo.

A menina conquista a internet com suas explicações científicas e seu sorriso (Foto: Amoy Antunet/Facebook)
Image captionA menina conquista a internet com suas explicações científicas e seu sorriso (Foto: Amoy Antunet/Facebook)

"Gostaria de um dia virar neurocirurgiã, para ajudar a pessoas com transtornos neurológicos, e também de ter meu próprio programa para que as crianças aprendam sobre ciência", diz, em frente à câmera.
É incontestável que o talento da menina desperta surpresa e fascinação por parte de muitos.
Apesar disso, alguns comentários na rede social sugerem que seu pai, Davin Antonio Shepherd, talvez tenha feito pressão demais para transformá-la em uma estrela da internet.
Ele se defende das críticas.
"Não se pode pressionar alguém a aprender algo que não quer aprender", disse ele à BBC.
"Ela é muito apaixonada por ciência. Se quisesse ser cozinheira, eu cozinharia com ela. Mas quer fazer experimentos científicos. E sempre foi muito fácil para mim ajudar a alimentar sua paixão."
Fonte: BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Professor doutor levanta seríssimas suspeitas sobre a Redação do Enem 2017


"Teriam sido os alunos das escolas privadas amigas da atual gestão do MEC pegos de surpresa"? Noutras palavras, o direcionamento (proibido em concursos públicos) do tema favoreceu quem? 
DA REDAÇÃO | O professor doutor pela USP Jeosafá Fernandez levanta em seu blog seríssimas suspeitas sobre a prova de Redação do Enem 2017, cujo tema foi: "Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil". Membro da equipe do 1º Enem em 1998, e integrante da banca de redação desse Exame em anos posteriores, Fernandez explica que o tema do Exame não foi — como reza as normas de concursos públicos — direcionado ao seu público-alvo — estudantes de Ensino Médio — mas sim a agentes públicos e pedagogos. Na prática, segundo se depreende do que diz o professor doutor, o MEC infringiu as normas de proposição dessa prova, o que pode ser passível de contestação por parte dos candidatos e até de anulação da mesma.


O erro beneficia quem?

Jeosafá Fernandez vai mais além nas críticas e seu texto questiona a quem a prova de Redação do Enem 2017 teria beneficiado quando ignorou o público-alvo da mesma:
Aliás, quantos estudantes de pedagogia de nossas melhores universidades estariam em condições de tratar desse tema tão específico? Aliás, desafio o ministro da educação a redigir esta redação, sem consulta, neste exato momento. Veremos como ele se sai — qual seria sua nota? Aliás, pergunta meu amigo Plínio de Mesquita: "Teriam sido os alunos das escolas privadas amigas da atual gestão do MEC pegos de surpresa"? Noutras palavras, o direcionamento (proibido em concursos públicos) do tema favoreceu quem? (Grifos nossos)
O ministro Mendonça Filho (MEC) deve no mínimo uma explicação ao povo brasileiro, em particular aos mais de 6 milhões de candidatos que fizeram o Enem 2017. Mendonça, um dos líderes do golpe que afastou a presidenta Dilma (PT) e alçou ao Planalto o ilegítimo Michel Temer (PMDB) não pode intranquilizar os alunos e seus familiares.
Com informações de: amplexosdojeosafa.blogspot.com.br /deverdeclasse.org
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Finlândia faz 'maior reunião de pais e professores do mundo' para planejar educação do futuro

Escola finlandesa
Image captionSistema de ensino, já celebrado internacionalmente, agora planeja reformas de olho nas necessidades das próximas décadas
Novos tempos exigirão uma nova escola. O diagnóstico vem da Finlândia, país cujo sistema, já celebrado internacionalmente, agora planeja reformas de olho em como será sua educação daqui a duas décadas.
A meta é envolver os pais em um amplo debate sobre a agenda que os finlandeses acreditam ser necessária para preservar o nível de excelência do ensino público nos próximos anos.
E para isso, nesta quarta-feira a Finlândia vai realizar simultaneamente, nas escolas públicas de todo o país, o que está sendo anunciado como a maior reunião de pais e professores do mundo.
"O mundo está mudando, as escolas precisam mudar, e o diálogo com os pais é crucial nesse processo, uma vez que eles podem desempenhar um papel significativo na evolução da escola", diz à BBC Brasil Saku Tuominen, um dos organizadores do evento e diretor do projeto HundrEd, criado no país para identificar e compartilhar inovações educacionais em todo o mundo.
Os finlandeses já se perguntam: que tipo de conhecimentos, habilidades e aptidões serão importantes para um aluno em 2030?

'Diálogo permanente'

"Inovação é a chave", afirma Tuominen. "Em um mundo em transformação, pensamos que em 2030, por exemplo, os alunos precisarão estar capacitados tanto em termos de novas tecnologias e da ênfase na criatividade como também no desenvolvimento de habilidades emocionais, autoconhecimento e pensamento crítico."
Escola finlandesa
Image captionProjeto-piloto tem colocado os alunos no papel de professores
A megarreunião de pais é resultado de uma colaboração entre o Ministério da Educação e Cultura, o Sindicato dos Professores, a Associação de Pais de Alunos da Finlândia e o projeto HundrEd.
Mais de 30 mil pais já se inscreveram para participar do evento - e a ideia é transformar a iniciativa em um evento anual.
"Queremos um diálogo de alto nível e permanente sobre os fundamentos da educação do futuro. E mais do que nunca precisaremos de soluções criativas em consonância com a base do pensamento finlandês, que é uma educação em que o aluno tenha prazer em aprender", destaca Saku Tuominen.

Alunos viram professores

Para alavancar o debate, a reunião de pais e mestres será aberta em todas as escolas, que exibirão vídeos curtos com a fala de especialistas e educadores sobre o rumo das reformas em nível nacional, além de filmes sobre inovações que vêm sendo experimentadas em escala local.
Uma dessas inovações é um projeto-piloto que inverte os papéis entre mestres e aprendizes: alunos estão dando aulas a professores sobre o uso mais eficiente de tablets, mídias sociais e câmeras digitais.
Escola finlandesa
Image captionMobiliários foram mudados, e bolas de pilates são usadas em salas de aula
"Os resultados têm sido excelentes", diz Saku Tuominen. "É uma forma eficaz e econômica de capacitar melhor os professores de cadeiras não ligadas à tecnologia, e que também cria laços mais estreitos entre professor e aluno."
Na visão finlandesa, professores não deverão ser apenas provedores de informação, e os alunos não serão mais somente ouvintes passivos.
"Queremos que as escolas se tornem comunidades onde todos possam aprender uns com os outros, incluindo os adultos aprendendo com as crianças", diz Anneli Rautiainen, chefe da Unidade de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação finlandês.
"Habilidades tecnológicas e codificação serão ensinadas juntamente com outros assuntos. Para apoiar os professores, também haverá tutores digitais."

Solução de problemas

Outra inovação a ser apresentada na reunião de pais é um projeto que vem sendo conduzido nas escolas da cidade de Lappeeenranta, no sudeste da Finlândia, para treinar os alunos em técnicas de solução de problemas. O projeto reúne uma equipe de psicólogos, especialistas e educadores.
"A ideia é capacitar os estudantes a desmistificar os problemas, e aprender a focar nas soluções", explica Tuominen.
No raciocínio dos finlandeses, é preciso mudar a percepção sobre o que deve ser ensinado às crianças e o que elas necessitam para sobreviver numa sociedade e em um mercado de trabalho em rápida transformação.
Mochila com bandeira finlandesaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionOs dias são mais curtos nas escolas finlandesas: são menos horas de aula do que em todas as demais nações industrializadas
"As escolas precisam se adaptar aos novos tempos e reconhecer que, com a revolução tecnológica e o impacto da globalização, as necessidades das crianças mudaram. É preciso incluir no currículo escolar temas como a empatia e o bem-estar do indivíduo, além de renovar os ambientes de ensino para motivar os alunos", observa Kristiina Kumpulainen, professora de Pedagogia na Universidade da Finlândia.
O novo currículo escolar adotado em 2016 já inclui um alentado programa de tecnologia de informação, assim como aulas sobre vida no trabalho. Parte dos livros escolares, assim como a maioria do material de ensino, é completamente digital.

Diálogo

A Finlândia, país de 5,4 milhões de habitantes, é conhecida internacionalmente por pensar fora da caixa no que diz respeito à educação, o que atrai a curiosidade de especialistas do mundo inteiro.
Os dias são mais curtos nas escolas finlandesas: são menos horas de aula do que em todas as demais nações industrializadas, segundo estatísticas da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, que reúne países desenvolvidos). Em uma típica escola finlandesa, os alunos têm em média cerca de cinco aulas por dia.
Os estudantes finlandeses gastam ainda menos tempo fazendo trabalho de casa do que os colegas de todos os outros países: cerca de meia hora por dia. O sistema também não acredita na eficácia de uma alta frequência de provas e testes, que por isso são aplicados com pouca regularidade.
E para os desafios dos novos tempos, os pais querem voz ativa.
Para a presidente da Associação de Pais da Finlândia, Ulla Siimes, não há mais espaço para as tradicionais reuniões entre educadores autoritários e pais queixosos.
Saku Tuominen
Image captionSaku Tuominen é um dos organizadores da megarreunião e diretor do projeto HundrEd, criado na Finlândia para identificar e compartilhar inovações educacionais em todo o mundo (Foto: arquivo pessoal)
"Quando perguntamos aos pais o que eles esperam das reuniões com professores, a resposta é que eles querem se sentir incluídos nas questões escolares, e não apenas receber relatórios sobre o que está sendo feito", disse Siimes em entrevista à TV pública finlandesa YLE, ao destacar a importância da reunião de pais e mestres da próxima quarta-feira.
"As experiências pessoais vivenciadas pelos pais décadas atrás podem influenciar as suas concepções sobre como as crianças devem ser educadas nas escolas, e precisamos atualizar nosso modo de pensar para adaptar as técnicas de ensino à realidade da nova era", acrescentou ela.
A reunião também pretende informar os pais sobre os efeitos de mudanças que já vêm sendo implementadas nas escolas do país, como a criação de salas de aula mais versáteis e flexíveis.
Paredes vêm sendo derrubadas para a criação de espaços de ensino em plano aberto, com divisórias transparentes. Em vez das carteiras escolares, o mobiliário inclui sofás, pufes e bolas de pilates.
"No futuro, não haverá necessidade de salas de aula fechadas, e a aprendizagem acontecerá em todos os lugares", diz Anneli Rautiainen.
Outra aposta consolidada no novo currículo escolar é o ensino baseado em fenômenos e projetos, que atualiza a tradicional divisão de matérias e dá mais espaço para que determinados temas - por exemplo a Segunda Guerra Mundial - sejam trabalhados conjuntamente por professores de diferentes disciplinas.
Ainda que não lidere o ranking internacional de desempenho de alunos medido pelo exame Pisa, da OCDE, a Finlândia costuma estar entre os mais bem colocados do mundo. Mas isso não é o que guia as reformas educacionais, dizem educadores.
"A importância de rankings como o Pisa no pensamento finlandês é bastante insignificante. Eles são vistos como uma espécie de medição de pressão sanguínea, que nos permitem considerar, ocasionalmente, a direção para onde estamos indo, mas os resultados dos testes não são nosso foco principal", diz o educador finlandês Pasi Sahlberg. "O fator essencial é a informação que as crianças e os jovens vão precisar no futuro."
"Na Finlândia, o objetivo da educação não é obter sucesso no Pisa", reforça Saku Tuominen, um dor organizadores da reunião de pais. "Nossa meta é ajudar as crianças e adolescentes a florescer e ter uma vida mais satisfatória."
Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Prefeito libera dinheiro do precatório do Fundeb para professores de catende


O Prefeito Josibias Cavalcanti (PSD)se reuniu com a secretária de educação de Catende, Maria do Carmo, para comunicar sua decisão de contemplar os professores, que exerciam suas funções no período de 2001 a 2006, inerente à liberação do FUNDEB (antigo FUNDEF). O comunicado feito na página da SEDUC, no entanto, não fez relação ao valor, se é de fato os 60% que era requerido pelos mesmos. Na última quarta-feira a Câmara Municipal havia feito uma reunião com os professores e membros do sindicato defendendo o rateio do dinheiro.
Segundo a página, os procedimentos administrativos  serão definidos em reunião a ser realizada nesta segunda-feira, juntamente com o Prefeito Josibias e o Secretário de Finanças do Município.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 4 de novembro de 2017

Sistema do Enem deste ano vai inibir o "chutômetro"

A técnica segue a lógica do jogo pega-varetas, já que é preciso seguir uma estratégia para responder às questões.
Foto: Thalyta Tavares/Esp/DP (A técnica segue a lógica do jogo pega-varetas, já que é preciso seguir uma estratégia para responder às questões.
Foto: Thalyta Tavares/Esp/DP)
A técnica segue a lógica do jogo pega-varetas, já que é preciso seguir uma estratégia para responder às questões. Foto: Thalyta Tavares/Esp/DP


Entender o método de correção utilizado no Enem deve fazer parte da estratégia de cada candidato. A maneira como o fera responde aos quatro cadernos pode fazer a diferença no resultado final, já que o sistema de avaliação divide a prova em diferentes graus de dificuldade e identifica os chutes. Utilizada pelo Ministério da Educação desde 1995, a Teoria da Resposta ao Item (TRI) também é aplicada em todos os países que participam do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).

Baseada em um modelo matemático, a teoria classifica as questões em fáceis, medianas e difíceis. Para avaliar se as respostas estão coerentes com o desempenho no restante da prova, a TRI usa três critérios. Entre esses parâmetros estão a discriminação, que verifica se o participante domina ou não o assunto da questão; o grau de dificuldade, que permite avaliar os estudantes em diferentes níveis de conhecimento; e a possibilidade de acerto ao acaso. É esperado que o estudante acerte uma maior quantidade de itens fáceis, seguidos de medianos e difíceis. Caso contrário, a TRI considera que houve “chute”, e a nota final será menor. 

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o propósito é garantir coerência pedagógica. “Entende-se que a aquisição do conhecimento ocorre de forma cumulativa, de modo que habilidades complexas requerem domínio de habilidades simples”, justificou.
Quando a prova é composta por muitos itens fáceis, a nota máxima será mais baixa, como acontece ano a ano com o caderno de linguagens, por exemplo, nos quais as médias ficam em torno de 500. Quando a prova é composta por muitos itens difíceis, o mínimo tenderá a ser mais alto. Então, a nota mínima pode não ser zero, mesmo se um aluno errar todas. O mesmo ocorre com a nota máxima, que pode passar de mil se as questões estiverem com nível alto, como aconteceu com as médias de matemática no ano passado.

Seguindo a matriz de referência do exame, que toma como base documentos oficiais que subsidiam o Ensino Médio, os 45 itens apresentados nas quatro áreas de conhecimento do Enem (matemática, linguagens, ciências da natureza e ciências humanas) têm peso em conjunto e não individual. Na correção, as questões são avaliadas levando em consideração se houve coerência. Esse sistema de avaliação permite que seja elaborada apenas uma prova de múltipla escolha para os mais de seis milhões de inscritos no exame, já que mesmo se dois candidatos tiverem a mesma quantidade de acertos, aquele que responder de forma mais coerente terá nota maior.

O professor de matemática do Colégio Damas, Rui Lima, faz uma analogia com a técnica do jogo pega-varetas, já que é preciso seguir uma estratégia para responder às questões. “Como no jogo, os alunos devem eliminar primeiro as ‘varetas’ mais fáceis e só depois partir para as complexas”, explica.
“Em matemática, o aluno pode perceber esses diferentes graus por aqueles assuntos básicos, como proporção, regra de três e juros. Já os itens que envolverem logaritmos e geometria analítica, por exemplo, ou que trazem situações novas, serão as mais difíceis”, comenta.

Uma dica é ler a prova toda antes de responder, para identificar os níveis de dificuldade. Para adquirir experiência, fazer provas anteriores é importante. O fera de engenharia da computação Marcelo Veloso, 17, responde aos simulados desta forma e percebeu melhora no desempenho. “A TRI permite que as notas não sejam iguais e ainda diminui a nota de quem está chutando, tornando a seleção mais justa”, considera o estudante.

Critério de desempate

Uma das principais características da Teoria da Resposta ao Item é a escala criada pelo Inep, especialmente para o Enem, que tem como objetivo medir o conhecimento do participante nas quatro áreas. Todas as notas são calculadas dependendo do valor de referência, que representa o desempenho apresentado no ano anterior pelos concluintes do Ensino Médio da rede pública e o valor de dispersão, que diz respeito a uma medida de variabilidade média das notas desses concluintes em relação ao desempenho médio geral.

O cálculo das notas segue seis etapas que exigem tripla conferência envolvendo grupos de especialistas em estatística, matemática e psicometria, além de recursos computacionais que garantam a confiança nos resultados. “Essa teoria serve para calibrar a nota do aluno de acordo com o conhecimento. Para cada questão existe um gráfico que mostra a relação da proficiência e a dificuldade de cada item resultando na pontuação. O aluno que acerta aleatoriamente vai ganhar o ponto, mas não se tiver a proficiência terá uma nota baixa”, lembra Rui Lima.

A única prova que não segue a TRI é a de redação, já que é dissertativa e avalia o candidato em cinco competências que valem até 200 pontos cada, totalizando o máximo de mil pontos. A redação é lida por dois professores que avaliam se o estudante domina a língua portuguesa, compreendeu a proposta do texto base, defendeu um ponto de vista, construiu uma argumentação e elaborou uma proposta de intervenção para o problema abordado.

Para o fera em engenharia biomédica Guilherme Teixeira, 17, o desempenho nas provas de redação e linguagens faz a diferença na média geral. “Por ter um conhecimento mais básico, a prova de português vai gerar uma nota mais baixa, já que não varia muito no nível de dificuldade. Então acertar o máximo possível garante a base da nossa nota. Já a redação tem um peso bastante relevante para todos os vestibulandos, independentemente do curso ao qual irá concorrer. Acredito que as duas formas de avaliação sejam justas para o aluno que se prepara”, analisa o estudante
Diário de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Enem: o que esperar dos temas da redação?


O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é sempre aguardado com ansiedade pelos candidatos. Neste ano, o texto terá de ser elaborado no primeiro dia de prova, 05/11, juntamente com as questões das áreas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias.

Embora seja impossível precisar a proposta, professores indicam alguns assuntos para os estudantes ficarem de olho e dão dicas de como produzir uma boa redação, que representa 20% da nota final do candidato.
# Daniel Perez, professor de Literatura e Redação no cursinho Maximize
O professor aposta em temas que não deem margem a críticas para o atual governo, dada a sua baixa popularidade. Nesse sentido, vê possibilidades de abordagem do tema do trabalho, mas a partir de um contexto em que se discuta a sua importância e o seu poder de transformação na sociedade brasileira; em sua opinião, o trabalho voluntário também pode aparecer como um bem positivo da sociedade; e a juventude, diante da perspectiva do empreendedorismo juvenil e do poder das escolhas dos jovens.
#Naná DeLuca, professora de redação no cursinho popular da Acepusp
A professora vê possibilidades para o tema da crise prisional, que permitiria aos candidatos discutirem tanto as questões sociais do problema, como as históricas e as raciais. O racismo e seus desdobramentos na sociedade e o preconceito linguístico ligado às classes sociais, em sua análise, também devem ser considerados.
# Maria Aparecida Custodio, Laboratório de redação do Colégio e Curso Objetivo
“Acredito que se mantenha a tendência dos temas que responsabilizam não só o governo, mas também a sociedade, em uma ação conjunta”, avalia. Nesse sentido, aposta no tema da violação dos direitos de crianças e adolescentes, “o governo tem uma campanha sobre o tema e tem convocado a sociedade a denunciar os diversos tipo de abuso”, avalia.
A Reforma da Previdência, a seu ver, também deve ser considerada, “mas em um contexto em que se discuta o direito dos idosos e como se assegura um envelhecimento digno à população brasileira, dada a alta expectativa de vida dos idosos”, explica.
O mesmo pode acontecer com a Reforma do Ensino Médio. A estratégia, avalia, pode ser o de debater os caminhos para melhorar a qualidade do Ensino médio, dado os altos índices de evasão dos jovens na etapa. “Embora a reforma tenha sido apresentada de maneira equivocada, há muito se discute a necessidade de tornar a etapa mais atraente aos estudantes, considerando a flexibilização curricular”.
A professora ainda cita outros temas como homofobia, o crescimento das doenças sexualmente transmissíveis e o consumo de álcool entre os adolescentes; o consumo sustentável, o bullying e o cyberbullying, a violência nas escolas e a inclusão de pessoas com deficiência.
#Andrea Ramal, autora do livro “Redação Excelente – Para Enem e Vestibulares”
A aposta de Andrea é por temáticas mais amplas, para além do contexto brasileiro, como a questão do terrorismo e da crise dos refugiados, dado o endurecimento das leis migratórias. A liberdade de expressão também é um tema que chama a atenção da especialista, “até porque o jovem se expressa muito nas redes sociais”. Em sua análise, um possível enfoque seria discutir os limites da liberdade de expressão, considerada a preservação dos direitos humanos.
Aposta nos temas sociais
De maneira geral, há uma crença para que os temas sociais se mantenham. Ainda que o Manual de Redação considere a abordagem de temáticas científicas, culturais e políticas, elas não pautaram as últimas três edições do exame.
Em 2014, os candidatos tiveram que discorrer sobre  a “Publicidade infantil em questão no Brasil”; 2015 trouxe o tema “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”; e, no último ano, a proposta foi “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”.
Como fazer uma boa redação?
Para os professores, tão importante quanto conhecer sobre o tema da redação é saber se posicionar diante dele. Naná chama a atenção para a importância do estudante saber fazer um recorte temático. “Se o tema for crise prisional, não se espera que o candidato traga informações de maneira genérica, mas escolha um tema, por exemplo, a superlotação dos presídios, e então apresente o seu posicionamento”, coloca, reforçando a necessidade de se apresentar tese, argumentação e conclusão.
Andrea Ramal, por sua vez, dá dicas de como escrever um bom texto e chama a atenção para o necessário encadeamento das ideias na redação. “No Enem, o candidato é especificamente avaliado quanto ao uso dos conectivos, escrever com coesão vale 200 pontos na nota da prova”. Na contramão disso e entre os erros mais comuns estão as repetições, frases fragmentadas e mau uso dos conectivos.
Por isso, mais do que ler e estar atento às informações, os candidatos devem treinar a escrita. “Nesse momento a lógica do ‘bom leitor é um bom escritor’ não adianta”, assegura Daniel.


Professor Edgar Bom Jardim - PE