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domingo, 15 de julho de 2018

Bj Arte vai mostrar cultura popular da região


Fonte: Projeto culturapopularpe.com.br/1a-bj-arte-mostra-popular/  Museu de Bom Jardim
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Funcionários dos Correios protestam na terça-feira



Os participantes do Fundo de Pensão dos Funcionários dos Correios (Postalis) protestam, na terça-feira, em todo o Brasil, para recuperar recursos que foram desviados do instituto. No Recife, o ato acontece às 9h30, em frente ao edifício dos Correios, na esquina da Avenida Guararapes com a Rua do Sol, no Centro do Recife.

Segundo os manifestantes, nem mesmo uma CPI foi suficiente para solucionar a questão. Eles dizem estar com as aposentadorias em risco devido aos bilionários desvios. Segundo Maria Inês Capeli Fulginiti, presidente da Associação dos Profissionais dos Correios, o movimento dos trabalhadores será realizado pelos diversos núcleos regionais da associação em parceria com outras entidades representativas.
De Diario de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 14 de julho de 2018

Quais são as medidas da intolerância e da máscara?


Resultado de imagem para intolerância

A sociabilidade sofre ameaças quando as raivas se expandem e multiplicam inimigos. As tensões são irritantes. Ataca-se como uma diversão. As redes sociais garantem anonimatos. Um esconderijo perfeito para quem gosta da agressividade ou se encontra tonto com suas escolhas. Fez greves no passado, acusou o liberalismo, prometeu manter-se socialista e , depois, desiste das utopias e torna-se uma pessoa agitada para detonar quem cogitar  em solidariedade. As emoções são traiçoeiras. Traçando memórias, vemos que novos sujeitos na Historia, envolvidos com políticos nada saudáveis, tentam banalizar as relações poder. Neonazismos frutificam ódios.
Não há sociedade sem ambiguidades. As dissonâncias são muitas. Os perigos são covardias teóricas ou especialistas se aliando aos grande senhores, para lucrar e se congelar com a grana oferecida mostram espertezas? Cada um caminha, sacode poeira, estica suas reflexões. A diversidade é concreta. No entanto, o vaivém é danoso. Nada mais execrável do que o oportunismo. Os arrependimentos momentâneos trazem abalos na confiança. Há figuras que estão no governo vendendo ações para o obscuro. Fixem-se nas manchetes, leiam as análises, acompanhem as astúcias das elites. Segurança zero, esperteza poluída, dez. Quem governa é o crime organizado? Há fingimentos?
Surgem justificativas. Os títulos são colocados como conquista indiscutível. Juristas, ministros, promotores, juízes, doutores, todos e todas incorporando soluções e vaidades. As intolerâncias ganham espaços nas conversas, incomodam dignidades, riscam éticas, invadem parentescos. Há muitos preconceitos sociais. Para isso, existem as máscaras e a aparente falta de lucidez. A sociabilidade treme. Há suspeitas, fotos fabricadas, trincheiras ressuscitadas. Os partidos pensam nas repercussões e mudam suas alianças. Quem aposta em quem? As casas lotéricas podiam imaginar jogos para os azares e sortes dos debates.
Parece brincadeira, mas as amizades somem, os palavrões ofendem, o desfile de ressentimentos é exuberante. A ponte cai, ninguém segura ninguém. Se a mesquinhez prospera, a sociedade se cobre de urgências. O que vale é o individual? Contemplamos os abismos, olhamos os outros, esperamos o acidente ou o milagre. As ameaças são constantes. O simbolismo das reflexões mostram que a intolerância é agressiva. Ela nega sabedorias, quer minimizar egoísmos, busca narcisismos. Algo delirante, repleto de perplexidade. É preciso não se descuidar. As leituras do mundo nos salvam de fatalidades. Ser ingênuo é uma tortura que não se deve assanhar. A astúcia de Ulisses
Por Paulo Rezende

Professor Edgar Bom Jardim - PE

MIRO DOS BONECOS na Fenearte 2018 - Cultura Popular de Pernambuco



Assista ao vídeo de Miro dos Bonecos, artesão de Mamulengos e brinquedos de Carpina - PE na 19ª FENEARTE. Curta, marque seus amigos e compartilhe!
https://www.youtube.com/watch?v=A76efg9E0wk&feature=share
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 13 de julho de 2018

FENEARTE 2018:Entrevista com Alexandre Lourenço, o artista do Quadro de Reboco

O Cultura Popular PE foi conhecer o stand do artesão de Salgadinho que já é um sucesso consolidado com seus quadros feitos em areia do Rio Capibaribe, cimento e verniz acrílico, com uma técnica inventada por ele. Abaixo vocês podem conferir uma breve entrevista que fizemos com o artesão.

A ENTREVISTA
Alexandre, fala um pouco da sua arte, desde quando você faz esta arte que eleva o nome da sua cidade?!
-Bom eu comecei em 2011 e a partir daí eu comecei a desenvolver esta técnica chamada quadro de reboco e utilizo a areia do Rio Capibaribe, para agregar valor ao meu artesanato e ter um diferencial. Então, esse aqui é o Rio Capibaribe transformado em arte.
Alexandre, como você poderia definir a sua arte, o seu trabalho?
-Definir meu trabalho? (risos) É um pouco de Pernambuco, assim, bem original, tentei fazer uma coisa que tivesse uma história e que não fosse só uma pintura.
Eu complemento suas palavras: A diversidade, a beleza da riqueza Pernambucana…
– É, afirma com firmeza, tudo voltado para a cultura pernambucana. Desde o frevo, maracatu, ao regional, homem no rio, o agricultor, de tudo aqui eu coloco um pouquinho.
Alexandre, e você se sente feliz?
– Soltando um sorriso de canto, ele diz: Ah, com certeza.. Realizado, realizado.
E onde é que tem a arte de Alexandre pelo mundo afora aí?
– Tentando se lembrar com um pouco de esforço, solta: em mais de 10 países já encontra Quadro de Reboco… Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, Holanda, Peru, Chile e agora foi para a Nova Zelândia.
Conheça mais do trabalho dele aqui:
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Entrevista e Registros (Foto e Vídeo): Edgar Santos
Redação/Edição: Edgar Filho
Fonte:http://culturapopularpe.com.br/entrevista-com-alexandre-lourenco-o-artista-do-quadro-de-reboco/
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Saúde:Câncer atribuído a talco obriga Johnson & Johnson a pagar R$ 18 bilhões em indenização a mulheres


produtos Johnson & JohnsonDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionJohnson & Johnson se defende dizendo que décadas de pesquisas acadêmcias atestam a segurança do talco
A Johnson & Johnson foi condenada a pagar uma indenização equivalente a cerca de 18,3 bilhões de reais a 22 mulheres que alegam ter desenvolvido câncer de ovário ao usar talcos produzidos pela multinacional.
Uma corte no Missouri (EUA) concedeu, inicialmente, compensação no valor de 550 milhões de dólares e acrescentou 4,1 bilhões de dólares referentes à indenização punitiva.
A gigante farmacêutica, que nega as acusações e assegura que seus produtos não causam câncer ou contêm substâncias cancerígenas, enfrenta cerca de 9 mil processos judiciais envolvendo o talco que fabrica para bebês.
A empresa informou que está "profundamente desapontada" com o resultado do julgamento e pretende recorrer da decisão.
Foram seis semanas de julgamento, no qual as 22 mulheres e as famílias delas afirmaram que desenvolveram câncer de ovário depois de usar o talco para bebês e outros produtos em pó da empresa.
Das 22 mulheres que foram à Justiça em busca de indenização, seis morreram de câncer no ovário.
Os advogados das mulheres alegam que a Johnson & Johnson sabia que o talco estava contaminado com amianto desde os anos 1970, mas falhou em alertar os consumidores.
talco na mãoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionAgência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer classifica o uso de talco nos genitais como 'possivelmente cancerígeno' por causa de resultados contraditórios de pequisas
O talco é um mineral que, às vezes, pode ser encontrado no solo próximo ao amianto. A J&J nega que seus produtos contivessem amianto e insiste que o talco não causa câncer. A empresa acrescentou que vários estudos mostraram que seu talco é seguro e disse que o veredicto foi produto de um "processo fundamentalmente injusto".
A agência dos EUA que controla a produção de alimentos e medicamentos, a FDA na sigla em inglês, pediu um estudo com diferentes amostras de talco, incluindo os da J&J, entre 2009 e 2010. Não foi encontrado amianto nessas amostras.
Mas o advogado de acusação disse na corte que tanto a FDA quanto a empresa usaram métodos de teste falhos.
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Análise

Philippa Roxby, repórter de saúde da BBC

Talco é seguro?

Há anos existe o receio de que o uso talco, particularmente em áreas próximas aos genitais, aumente o risco de câncer de ovário - mas as evidências não são conclusivas. A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer classifica o uso de talco nos genitais como "possivelmente cancerígeno " por causa dos indícios contraditórios.

Por que há debate sobre o tema?

O talco mineral em sua forma natural contém amianto e causa câncer. No entanto, o talco sem amianto tem sido usado em produtos para bebês e em outros cosméticos desde a década de 1970. Mas estudos sobre o talco livre de amianto dão resultados contraditórios.
Outros estudos argumentam que não há qualquer ligação entre uso de talco e o câncer. Apontam ainda que não há associação entre o talco em métodos contraceptivos, como diafragmas e camisinhas (que chegam perto dos ovários), e câncer.
Também não parece haver uma relação entre a doença e o tempo de exposição ou de uso, ao contrário do que acontece com o tabaco, por exemplo.
talco Johnson & JohnsonDireito de imagemRICHARD LEVINE/ALAMY
Image captionO talco mineral em sua forma natural normalmente contém amianto e causa câncer, mas empresa assegura que seus produtos não contém substâncias cancerígenas

O que as mulheres devem fazer?

A instituição de caridade Ovacome diz que os indícios de um vínculo entre o uso de talco e risco de câncer são fraca. E, mesmo que o talco aumente o risco de câncer de ovário, estudos sugerem que esse incremento é de cerca de um terço.
A entidade salienta que esse aumento é pequeno e diz que câncer de ovário é uma doença relativamente rara.
Além disso, o risco de câncer de ovário é afetado por muitos fatores diferentes - hereditários e ambientais - e não apenas pelo uso de talco.
A entidade acrescenta: "Assim, mesmo que o talco aumente ligeiramente o risco, pouquíssimas mulheres que usam talco terão câncer de ovário. Além disso, se alguém tiver câncer de ovário e usou talco, parece improvável que foi essa a causa pela qual eles desenvolveram câncer."
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Sentença recorde

O valor da indenização é o maior que a J&J já foi condenada a pagar. Os danos punitivos normalmente são frequentemente reduzidos pelo juiz de primeira instância ou depois do recurso. A J&J já conseguiu reverter várias decisões dos tribunais, alguns delas por motivos técnicos, por meio de recursos.
Uma decisão anterior de um júri da Califórnia, em 2017, havia concedido US$ 417 milhões para uma mulher que afirmou ter desenvolvido câncer de ovário após usar os produtos da empresa, incluindo o talco. No entanto, essa decisão foi anulada e várias outras ações contra a J&J ainda estão por ser decididos.
A maioria das 22 mulheres que moveram a ação contra a J&J não é do Missouri. Os casos, contudo, foram reunidos numa só ação e a empresa deve usar isso no recurso no qual tenta reverter a sentença.
"Todo veredicto contra a Johnson & Johnson neste tribunal foi revertido após recurso e os múltiplos erros presentes neste julgamento foram piores do que aqueles nos anteriores que foram revertidos", afirmou a empresa.
Fonte:BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 12 de julho de 2018

A Copa do Mundo: a arena das armadilhas


Resultado de imagem para intolerância

Os eventos internacionais sacodem interesses. Muita grana circula, as multinacionais se agitam e há delírios inesperados. Na Rússia, tudo vem sendo vivido de forma tensa. os ataques machistas são terríveis. Os preconceitos raciais ganham espaço, apesar dos europeus se apresentarem com jogadores descendentes de suas antigas colônias. Não se pode admitir que as surpresas tomaram conta do espetáculo. As festas do capitalismo atiçam consumos, gosta de trazer coloridos e tecnologias. Os deslumbramentos ocupam vídeos e manchetes. O copo de cerveja esquenta o coração e disfarça as decepções. Tudo desfila como um ritual marcado em laboratório
A Copa movimenta e questiona tradições. Não nego que procuro acompanhá-la. Sempre, fui um apaixonado pelo futebol, sei que a barra é pesada. Mas o Santa Cruz está no meu coração e aprecio a arte dos bons estetas da bola. A sociedade divide-se com intolerâncias. Há uma agressividade que polui todos os ares. Ninguém quer diálogo. As notícias avisando que as relações se quebram. O divertimento se transforma em antagonismo. Ele revela, também, as agonias afetivas se revelam .A globalização misturou culturas e fortaleceu impasses, implantou velocidades destruidoras. Identidades foram desmontadas e paradigmas sacrificadas. Será o pós-moderno?
Nem tudo é manobra dos demônios.Há quem não se deixe enganar. O Brasil não concretizou o hexa e as polêmicas se acendem. Muitos se negaram a torcer pela seleção. Ficaram na espera do fracasso, para fragilizar o governo de Temer. Uma forma de mostrar insatisfação política que contamina as relações. Mais uma vez as dissidências se fortaleceram e os políticos continuam nas suas manipulações. Se adianta  sepultar as esperanças futebolísticas, para intimidar o governo há quem tenha razão. Tonturas da vida.Porém,  surgem as intrigas e as suas vítimas, As redes sociais fervem e desacomodam desejos esquizofrênicos. Bolsonaro está confuso com o vermelho da Bélgica.
Numa sociedade movida pela competição, não há como evitar os desconfortos. É difícil afirmar fraternidades. As desconfianças não desistem de provocar, reproduzir insatisfações, nublar. É uma grande fantasia ressuscitar utopias e redefinir comportamentos. Os desenganos perturbam, pedem teorias, paciências, estratégias. A lógica do conflito permanece. Não custa denunciá-la, sentir que a depressão não existe sem razão. O equilíbrio nunca será absoluto. Muitos não observam as inquietações subjetivas, as carências, os desamores.Isso facilita a expansão das intolerâncias. Torna o paraíso uma lenda frágil. Será que ele se encontra na Europa coloniizadora? 
A astúcia de Ulisses.Por Paulo Rezende.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Bom Jardim:a situação dos clientes um ano após assaltantes detonarem Banco do Brasil e Bradesco


Faz um ano que na madrugada de 11 julho de 2017, assaltantes detonaram o posto do Bradesco da cidade de Bom Jardim-PE. Foram muitas explosões, tiros, pânico e terror nas ruas do centro naquela madrugada. De acordo com a gerência o cofre estava vazio, nada foi levado. Não havia dinheiro.

O problema é que a população de modo geral, comerciantes, funcionários públicos e aposentados ficaram sem os serviços no posto bancário. Só existia um caixa eletrônico que foi dinamitado. A reposição do caixa eletrônica para saques nunca mais foi feita pelo banco Bradesco. A população perdeu muito. A cidade perde, o governo municipal perde credibilidade, a polícia, o governo e os bancos ficam com a imagem desgastada. Todas as cidades da região já tiveram suas agências violadas, assaltadas, danificadas pelas explosões. Será que há outros interesses por trás destes assaltos? Por que os bancos não tomam uma atitude para resolver o problema? 

Em fevereiro de 2017, o Banco do Brasil também foi alvo dos assaltantes. Mais uma vez os prejuízos ficaram para os clientes. Neste ano de 2018, também já houve outra situação  semelhante no Banco do Brasil. Clientes ficaram sem receber, sem pagar, sem dinheiro nos caixas. A população foi em busca de resolver suas necessidade em Surubim, Orobó, João Alfredo. As vendas do comércio  local caíram. Pequenos  estabelecimentos comerciais fecharam.

O comércio de Bom Jardim que é muito modesto, vem sofrendo com estas investidas das quadrilhas. A população está sendo muito prejudicada. Os bancos geralmente pioram seus serviços. Muita gente foi tentar fazer sua operações bancárias em outras cidades. É um prejuízo grande para toda sociedade. 

A culpa recai sobre o governador que não tem tanta culpa, pouco pode fazer. A falta de atendimento bancário prejudica muito. Os pequenos comerciantes sofrem mais. Os mais pores, idosos sofrem mais que ostros clientes.

Bom Jardim sente que a pobreza aumentou. Pessoas ficaram serviços. É muito sofrimento para todos que necessitam de melhorias nos serviços bancários. O policiamento não melhorou, as Câmeras de vigilâncias que seriam implantadas não foram compradas, instaladas, o serviço bancário ficou cada vez mais precário, o Banco do Brasil não recebe mais o abastecimento por carro forte. Falta dinheiro sempre. Os saques foram limitados, reduzidos. 

Bancos sem dinheiro. Essa é a real situação enfrentada pelos bonjardinenses quase todos os dias. O governo federal quer vender os bancos públicos. Não contrata nos funcionários. É um jogo sujo para confundir e jogar a população contra os bancos públicos. Há quem diga que é algo premeditado.
A polícia não consegue impedir este tipo de violência contra toda sociedade. Os banqueiros só querem lucrar e não investem na segurança dos bancos.

Uma saída seria criar uma moeda local para cada cidade. Banco Comunitário. A imposição dos bancos virtuais, tecnológicos céleres e  excludentes, dependentes de sistemas que podem falhar ou ser raqueado, manipulada.
Foto: Arquivo do Blog.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

O mergulhador médico australiano que ficou com meninos na caverna até o final


Foto de Richard HarrisDireito de imagemOZTEK/RICHARD HARRIS
Image captionO médico e mergulhador Richard Harris ficou três dias na caverna com os meninos tailandeses
Foi uma combinação rara de talentos que levou o médico australiano Richard Harris às cavernas Tham Luang na Tailândia.
Quando os 12 meninos do time de futebol Wild Boars e o técnico foram localizados em uma caverna nove dias após seu desaparecimento, o anestesista interrompeu suas férias na Tailândia e se voluntariou para ajudar.
O médico, especialista em prestar socorro em cavernas, conseguiu chegar ao local onde os meninos estavam para avaliar suas condições de saúde e ficou com eles por três dias.
Foi sob sua supervisão que as crianças que estavam mais debilitadas foram escolhidas para sair primeiro da caverna.
Harris, conhecido como Harry, foi uma das últimas pessoas da equipe de resgate a deixar a caverna.
Só que o alívio e a comemoração, ao menos para ele, foram interrompidos pela chegada de uma notícia triste: a de que seu pai morrera logo após o resgate ter acabado.
A imprensa australiana diz que as causas da morte ainda não foram divulgadas. A família pediu que sua "privacidade fosse respeitada".
Richard HarrisDireito de imagemRICHARD HARRIS/FACEBOOK
Image captionHarris é reconhecido internacionalmente por seu trabalho como socorrista em cavernas; ele recebeu a triste notícia da morte do pai após o resgate dos meninos na Tailândia
Harris trabalha para o Serviço de Ambulâncias da Austrália do Sul (MedSTAR), equipe de médicos e socorristas especializados em resgates de emergência. Andrew Pearce, do MedSTAR, diz que o luto de Harris e sua família ganharam proporções ainda maiores por causa da demanda física e emocional da operação de resgate dos meninos na caverna.
"Tem sido uma semana cheia de altos e baixos", disse Pearce, pedindo privacidade neste momento. "Harry é um homem gentil e tranquilo que não pensou duas vezes para se voluntariar nessa missão."

Parte essencial

Segundo o governo australiano, Harris foi requisitado pelo governo tailandês para se juntar à missão de resgate, após sugestões de mergulhadores britânicos.
"Ele foi uma parte essencial do resgate", disse a ministra de Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop.
"[Os australianos] têm ajudado muito, especialmente o médico", disse o líder da missão de resgate, o governador da província de Chiang Rai, Narongsak Osotanakorn, a um jornal australiano há alguns dias. Ele se referiu a Harris como "o melhor".
Imagem dos meninos tailandeses quando foram encontrados por mergulhadoresDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionOs 12 meninos tailandeses mais o técnico do time de futebol foram resgatados após 18 dias presos na caverna
Sue Crowe, amiga de Harris, disse à BBC que o médico é um homem de família modesto e altruísta e que sua presença calma deve ter confortado os meninos na caverna.
"Ele é brilhante com crianças e se certificaria de que elas estivessem preparadas da melhor maneira possível para a perspectiva de mergulho pelas cavernas", disse ela. "Ele era a pessoa perfeita para apoiá-las."
Nas redes sociais, muitos conterrâneos de Harris destacaram seu trabalho na missão e até pediram que ele fosse nomeado o Australiano do Ano, a maior honraria civil do país.

Mergulhos profissionais

O experiente mergulhador, que também é fotógrafo subaquático, completou várias expedições em cavernas na Austrália, Nova Zelândia e China.
Uma delas terminou em tragédia: em 2011, uma colega e amiga, Agnes Milowka, ficou sem ar durante um mergulho em uma caverna no sul da Austrália e morreu.
Bishop disse que Harris, que mora na cidade de Adelaide, também é conhecido pelas autoridades por seu trabalho com equipes de emergência em desastres naturais na região do Pacífico.
"Ele é um australiano extraordinário e certamente fez uma grande diferença no esforço de resgate na Tailândia", disse ela.
A ministra também elogiou seu parceiro de mergulho, Craig Challen, um veterinário de Perth.
A dupla fez parte de uma equipe de 20 australianos, incluindo policiais e mergulhadores da Marinha, que auxiliaram na operação.
Fonte:BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Tailândia: os heróis que salvaram os 12 meninos e seu técnico de caverna


Um grupo de mergulhadores estrangeiros e solados americanos reunidos na área da caverna Tham Luang, na TailândiaDireito de imagemAFP/GETTY
Image captionMergulhadores estrangeiros e tailandeses colaboraram nos esforços para resgatar o grupo
O grupo no centro dos esforços para salvar os 12 meninos e seu técnico de futebol presos em uma caverna na Tailândia foi formado por mergulhadores de vários países e integrantes de forças especiais da Marinha tailandesa em uma verdadeira operação internacional.
Poucas informações foram divulgadas sobre quem estava envolvido - em grande parte, porque os participantes estavam relutantes em falar sobre isso.
Acredita-se que dezenas de mergulhadores - tailandeses e estrangeiros - contribuíram. Conheça, a seguir, alguns deles.

Forças Especiais da Marinha tailandesa

Três mergulhadores e um médico que são membros das forças especiais da Marinha tailandesaDireito de imagemFACEBOOK/THAI NAVY SEALS
Image captionOs últimos a deixar a caverna foram três mergulhadores e um médico, todos membros das forças especiais da Marinha tailandesa
Vários membros das forças especiais da Marinha tailandesa fizeram parte do resgate. Os mais conhecidos são um médico, identificado como Pak Loharnshoon, e três mergulhadores, que não tiveram seus nomes revelados - os quatro se voluntariaram para ficar junto com os meninos na caverna após eles serem encontrados, há uma semana.
Pak é visto cuidando de ferimentos leves dos meninos em um vídeo divulgado pela Marinha.
A unidade de forças especiais da Marinha era liderada pelo contra-almirante Arpakorn Yuukongkaew. Quando os mergulhadores ainda buscavam o grupo, foi Yuukongkaew que informou a imprensa sobre o progresso que vinha sendo realizado.
Quatro membros da unidade do contra-almirante foram os últimos a deixar a caverna na noite de terça-feira.
Contra-almirante Arphakorn Yuukongkaew
Image captionO contra-almirante Arphakorn liderou a unidade de forças especiais da Marinha tailandesa

John Volanthen e Richard Stanton

A voz do britânico John Volanthen foi a primeira a ser ouvida pelos garotos e seu técnico após nove dias presos na caverna.
Ele e o também britânico Richard Stanton foram chamados por autoridades tailandesas, junto com o especialista em cavernas britânico Robert Harper. O trio chegou ao país três dias após o grupo desaparecer.
Volanthen, um consultor de TI, e Stanton, um ex-bombeiro, integram a Equipe de Resgate em Cavernas South e Mid Wales, e já participaram de uma série de operações em países como Noruega, França e México.

Richard Harris

médico de Adelaide, na Austrália, tem décadas de experiência com mergulho. Ele foi um dos que examinaram os meninos na caverna antes do sinal verde para a operação de resgate.
Se os meninos estivessem fracos demais, a tentativa de resgatá-los teria sido considerada muito perigosa.
De acordo com relatos na imprensa local, Harris participou de mergulhos em cavernas na Austrália, na China e na Nova Zelândia. O anestesista também se especializou em medicina de expedições e operações de resgate.
Em 2011, ele recuperou o corpo de seu amigo, o experiente mergulhador de cavernas Agnes Milowka, que ficou sem ar durante uma expedição extremamente difícil no sul da Austrália.
Acredita-se que seu auxílio no resgate na Tailândia tenha sido um pedido específico dos mergulhadores britânicos.

Saman Gunan

O tailandês de 38 anos era um mergulhador da Marinha aposentado que se voluntariou para ajudar na operação.
Ele ficou inconsciente ao sair do complexo de cavernas durante uma entrega de tanques de ar em 6 de julho. Seu parceiro de mergulho tentou reanimá-lo sem sucesso.
Sua viúva disse à BBC: "Ele foi considerado um herói. Ele amava ajudar os outros e fazer ações de caridade".
O contra-almirante Arphakorn disse que ele não deixaria que a morte de Gunan fosse em vão. "Não permitiremos que o sacrifício de nosso amigo seja jogado no lixo."

Ben Reymenants

O belga tem um loja de mergulho em Phuket. Ele teria feito parte do grupo que encontrou os meninos e seu técnico na segunda-feira.
Ben Reymenants com o governador Narongsak Osotthanakorn e o mergulhador Maksym PolejakaDireito de imagemFACEBOOK.COM/BEN.REYMENANTS
Image captionO belga Ben Reymenants (esq.) estaria entre os que acharam o grupo desaparecido em caverna tailandesa

Claus Rasmussen

O dinamarquês vive há anos na Tailândia, trabalhando para diversas escolas de mergulho. Ele é atualmente um instrutor na escola de Reymenants.
Ele já mergulhou por toda a Ásia e trabalhou em diveros outros países no sudeste asiático.
Claus Rasmussen na caverna na TailândiaDireito de imagemFACEBOOK.COM/MIKKO.PAASI.3
Image captionO dinamarquês Claus Rasmussen é um experiente mergulhador

Mikko Paasi

O filandês é fundador de um pequeno centro de mergulho na ilha tailandesa de Koh Tao e um especialista em mergulhos em destroços e cavernas.
Em 2 de julho, o dia em que os meninos e seu técnico foram achados, a mulher de Paasi contou que, em vez de reservar uma mesa em um restaurante romântico para celebrar seu oitavo aniversário de casamento, ela reservou a passagem do marido para a Tailândia para que ele ajudasse no salvamento do grupo.
Mikko Paasi deixou de celebrar aniversário de casamento e embarcou para a Tailândia para auxiliar nos trabalhosDireito de imagemFACEBOOK.COM/MIKKO.PAASI.3
Image captionMikko Paasi deixou de celebrar aniversário de casamento e embarcou para a Tailândia para auxiliar nos trabalhos
"Mesmo que signifique viajar para outro continente, você está sempre disposto a ajudar quem precisa", escreveu ela. "Ainda que esteja com medo, admiro sua coragem de se unir a uma operação tão difícil e sempre seguir seu coração."

Ivan Karadzic

O dinamarquês se mudou para Koh Tao alguns anos depois de Paasi. Hoje, os dois cuidam juntos de um centro de mergulho.
Ele contou à BBC seu temor ao avistar o primeiro menino e, quando um mergulhador se aproximou do garoto, não saber se a criança estava viva ou morta. Também falou do alívio ao ver que o garoto estava bem.
Após a morte de Gunan nos estágios finais da operação, Karadzic escreveu no Facebook: "Descanse em paz. Você é um herói, e nunca nos esqueceremos do seu sacrifício".

Erik Brown

O canadense é um instrutor de mergulhos técnicos de Vancouver. Ele começou a mergulhar há uma década e foi um dos fundadores da escola Team Blue Immersion, no Egito.
Na noite de terça-feira, ele escreveu no Facebook que ele havia feito sete mergulhos em nove dias, acumulando assim 63 horas dentro das cavernas Tham Luang.
Fonte:BBC

Professor Edgar Bom Jardim - PE