sábado, 8 de abril de 2017

32 respostas sobre a Base Nacional Comum Curricular



Até o fim do ano, o Brasil estabelecerá os conhecimentos e habilidades essenciais que deverão fazer parte dos currículos de todas as escolas, da Educação Infantil ao Ensino Médio. A chamada Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem gerado muitas dúvidas desde que começou a ser discutida em 2013. Como ela será implantada? O que muda no dia a dia das escolas? Qual a relação dela com a reforma do Ensino Médio? Selecionamos as principais questões que surgiram no Facebook de NOVA ESCOLA e respondemos abaixo. Se você ainda ficar com alguma dúvida, mande para nós nos comentários, no final da página.  
1 - O que é a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)?A Base Nacional Comum Curricular é um documento que determina os conhecimentos essenciais que todos os alunos da Educação Básica devem aprender, ano a ano, independentemente do lugar onde moram ou estudam. Todos os currículos de todas as redes públicas e particulares do país deverão conter esses conteúdos.2 - Qual é o objetivo deste documento?Como a BNCC define os conhecimentos essenciais para toda a Educação Básica e é obrigatória, ela ajuda a diminuir as desigualdades de aprendizado: todos os alunos terão a mesma oportunidade de aprender o que é fundamental.
Confira mais sobre os objetivos da BNCC no site do Movimento pela Base3 - Para quais etapas a BNCC será aplicada?Para todas as etapas da Educação Básica, da Educação Infantil ao Ensino Médio.4 - Onde consigo uma cópia do documento?O documento ainda não foi finalizado, mas você consegue acessar a terceira versão aqui. As duas primeiras versões estão acessíveis online, no portal da BNCC do MEC.5 - Como ela foi construída?A BNCC está sendo construída em um processo colaborativo e democrático, liderado pelo Ministério da Educação (MEC), que foi iniciado em 2015. A primeira versão do documento passou por uma consulta pública (entre setembro de 2015 e março 2016), quando recebeu mais de 12 milhões de contribuições. A segunda versão foi analisada por gestores, professores e alunos de todos os estados, em seminários organizados pela União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Mais de 9 mil recomendações foram sistematizadas. A partir delas, o MEC finalizou a terceira e última versão, que seguirá para um parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), para, então, ser homologada.Confira no portal da BNCC do MEC informações sobre o processo de construção, as consultas públicas e as versões 1 e 2 na íntegra.Confira as etapas de construção e as leituras críticas de cada versão feitas por especialistas do Movimento pela Base.6 - Quando ela começa a funcionar?A fase de implementação começa após a homologação do documento pelo MEC, o que deve ocorrer no segundo semestre deste ano para as etapas da Educação Infantil e Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, em 2018. A implementação envolve várias frentes de ação (que serão planejadas pelos estados e municípios, com apoio do MEC):
  • Adequação dos currículos das redes e dos projetos políticos pedagógicos das escolas à BNCC.
  • Formação continuada dos professores e adequação dos materiais didáticos.
O MEC calcula que a fase de implementação dure cerca de dois anos a partir da homologação.Conheça as principais etapas da implementação realizadas por outros países.7 - Preciso fazer meu planejamento de 2017 respeitando a Base?Não. A BNCC ainda não foi aprovada.8 - Quais são os próximos passos para a conclusão da BNCC?A parte da Educação Infantil e do Ensino Fundamental da BNCC está sendo finalizada. Segundo o MEC, a versão final deve sair nos próximos meses. As etapas seguintes são:- Envio para o Conselho Nacional de Educação (CNE). Essa etapa já foi concluída.- Realização de audiências públicas pelo CNE.- Emissão de um parecer do CNE.- Homologação do documento pelo MEC.Já a parte do Ensino Médio da BNCC, que passou pelas mesmas etapas de consultas públicas (nas duas primeiras versões), foi suspensa durante as votações do novo Ensino Médio no Congresso e será retomada pelo MEC a partir das diretrizes da reforma recém-aprovada, e das contribuições dos seminários estaduais. Depois de finalizado pelo MEC, o documento deve passar pelas mesmas etapas que a parte da Educação Infantil e Fundamental.Confira 13 respostas sobre o Novo Ensino Médio9 - Diferenças regionais, como linguagem e cultura, vão dificultar a implantação da Base?Não. Cada rede e cada escola poderá incluir em seus currículos e PPP as especificidades regionais. Vale lembrar que a Base orienta os currículos com o que ensinar, ou seja, os conhecimentos e habilidades essenciais para todos os brasileiros O como ensinar fica a cargo de cada rede e cada unidade escolar. Assim, o direito a um aprendizado de qualidade para todos fica garantido, e as diversidades regionais e a autonomia do professor também.10 - Os municípios poderão definir a sua base curricular?Cada município deve definir seu currículo. A BNCC trará o essencial que todos os currículos, de todas as redes, deverão ensinar. Cada rede poderá incluir, além do que determina a BNCC, os conhecimentos regionais que julgarem pertinentes.11 - Como trabalhar a Base nas escolas, levando em consideração a realidade de cada comunidade?A BNCC não determina como ensinar, mas o que ensinar. Cada escola e cada rede deverá, dentro de seu currículo e PPP, definir como irá trabalhar as diversidades locais.12 - Os estados e municípios vão acompanhar a construção dos currículos e do PPP das escolas?Os estados e municípios serão, com apoio técnico do MEC, os responsáveis pela elaboração e adequação dos currículos das redes de acordo com a BNCC. Segundo o MEC, as estratégias para a implementação da Base – que envolvem, além dos currículos, a capacitação dos professores em serviço e a adequação dos materiais didáticos – deverão ser definidas em conjunto com as redes de ensino.13 - O que, afinal, será componente obrigatório ou não?No documento que diz respeito ao Ensino Fundamental, todas as atuais disciplinas (Língua Portuguesa, Educação Física, Arte, Língua Estrangeira Moderna, Matemática, Ciências, História e Geografia) serão mantidas. Com a reforma do Ensino Médio, que prevê a flexibilização do currículo, por ora, apenas Matemática, Língua Portuguesa e Inglesa são obrigatórias. Além disso, o Novo Ensino Médio também contempla “estudos e práticas” de Artes, Educação Física, Filosofia e Sociologia. Os outros componentes obrigatórios da etapa de ensino ainda deverão ser debatidos pela BNCC.14 - Qual a diferença entre a Base e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e as diretrizes curriculares (DCN) que existiam antes?A BNCC foi elaborada à luz do que diz os PCNs e as DCN. No entanto, a Base é mais específica, determinando com mais clareza os objetivos de aprendizagem de cada ano escolar. Ela será obrigatória em todos os currículos de todas as redes do país, públicas e particulares, ao contrário dos documentos anteriores, que devem continuar existindo, mas apenas como documentos orientadores não obrigatórios.15 - Os livros didáticos vão mudar?Sim. Todos os materiais didáticos deverão passar por revisões, para garantir que seus conteúdos contemplem o que pede a BNCC. Essa é uma importante etapa para que a Base, de fato, chegue às salas de aula. 16 - Ainda dá tempo de participar da construção da Base?Sim. O documento da Educação Infantil e Ensino Fundamental da BNCC passará ainda pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), que deve realizar consultas públicas em todas as regiões do país. Os professores podem acompanhar e participar dessas audiências, como também participar do processo de adequação de currículo de sua rede ou escola, após a homologação da Base.17 - Quais mudanças e avanços poderemos esperar para a Educação Infantil e Ensino Fundamental?A BNCC ainda não está pronta e precisamos esperar a publicação da versão final para avaliar mudanças e avanços. Mas, em janeiro, o MEC mostrou algumas alterações que estão sendo feitas na última versão, a partir das recomendações feitas nos seminários estaduais. No geral, pode-se esperar orientações muito mais claras sobre o que ensinar em sala de aula e uma visão mais transparente da progressão dos aprendizados ao longo das etapas escolares. Na Educação Infantil, a introdução dos campos de experiência e expectativas de desenvolvimento de acordo com faixas etárias específicas são os principais avanços.Veja o relatório que especialistas fizeram sobre a educação infantil da segunda versão da BNCC.Confira a etapa de Educação Infantil da segunda versão da BNCCConfira a segunda versão da BNCC completaVeja as recomendações dos seminários estaduais para a segunda versão da BNCC.18 - Qual é o impacto para escolas em tempo integral?O impacto será igual para todas as escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental, independentemente da carga horária: os currículos e PPPs deverão incluir obrigatoriamente os aprendizados determinados pela BNCC. O documento foi elaborado levando-se em consideração a carga horária regular.19 - Como a Base se relaciona com o Novo Ensino Médio?A parte do Ensino Médio da BNCC irá orientar o currículo desta etapa. O documento, que ainda será finalizado pelo MEC, trará os conhecimentos essenciais que todos os alunos devem aprender nessa etapa. Como um das propostas da reforma do Ensino Médio é a flexibilização do currículo, as disciplinas obrigatórias ocuparão 60% do total da carga horária, com aprendizados que serão comuns a todos os alunos. Os 40% restantes serão optativos: os alunos escolherão o itinerário que mais interessar.20 - O que vai acontecer com as crianças que não acompanharem o ritmo do restante da sala?A BNCC a não traz práticas didáticas ou indica procedimentos específicos a serem adotados pelas escolas nas salas de aula. Isso ficará a cargo da equipe pedagógica de cada rede e unidade escolar.21 - Há alguma indicação para a inclusão de alunos com deficiência?Não há determinações de procedimentos ou práticas didáticas para trabalhar com alunos com deficiência. Isso ficará sob responsabilidade das redes e de cada unidade escolar.22 - A Base fala algo sobre a relação da escola com a família?Não. A BNCC trata dos conhecimentos essenciais que todos os alunos têm o direito de aprender e que deverão constar, obrigatoriamente, em todos os currículos, de todas as escolas públicas e privadas do país.23 - Como coordenadores pedagógicos e diretores podem ajudar os professores no dia a dia para a implementação da Base?A equipe gestora será a responsável por apresentar a BNCC para o corpo docente, ajudando-o a interpretar o documento e pensar conjuntamente como transformar os conteúdos da Base e as propostas curriculares das redes em um currículo que esteja de acordo com a realidade da unidade, além de reformular o PPP e auxiliar na estruturação do planejamento diário dos professores de acordo com as novas diretrizes. Dentro desse contexto, outro campo de atuação do coordenador pedagógico serão as formações continuadas dos professores para colocar em prática a BNCC e os ajustes necessários no planejamento docente. Os gestores também precisarão desenhar ações e estratégias para apoiar os alunos com defasagem em relação ao que será exigido como conhecimento mínimo para aquela série de acordo com a Base.24 - Haverá aumento de carga horária por causa da Base?Não. A BNCC foi elaborada respeitando a carga horária regular atual, que é de, no mínimo, quatro horas diárias. No Ensino Médio, a BNCC deverá ocupar 60% da atual carga horária.25 - Todas as escolas vão ensinar as mesmas disciplinas?No Ensino Fundamental, todas as disciplinas atuais estão mantidas e elas são comuns a todas as escolas. No Médio, a BNCC define os conhecimentos essenciais que todos os alunos, de todas as escolas, precisam aprender, ao longo dessa etapa. Esses conhecimentos são comuns e obrigatórios em todas as escolas e ocuparão 60% do total da carga horária. Os outros 40% serão optativos, dentro de itinerários estabelecidos pelas escolas.26 - Haverá disciplinas optativas, que poderão ser escolhidas pelos alunos?Sim, mas só no Ensino Médio. A parte do Ensino Fundamental da BNCC determina objetivos de aprendizagem para todos os componentes curriculares obrigatórios atuais. Nenhum foi excluído ou incluído. Já a reforma do Ensino Médio prevê a flexibilização do conteúdo, com 60% do currículo obrigatório definido pela BNCC e 40% do currículo optativo.27 - Alguma disciplina será excluída?No Ensino Fundamental nenhum disciplina será excluída. Já com a reforma do Ensino Médio ficaram definidas apenas Matemática, Língua Portuguesa e Inglesa como obrigatórias. Além disso, o Novo Ensino Médio também contempla “estudos e práticas” de Artes, Educação Física, Filosofia e Sociologia. Os outros componentes obrigatórios da etapa de ensino ainda deverão ser debatidos pela BNCC. 28 - Quais as indicações e os objetivos para a disciplina de Arte?O MEC ainda está finalizando a terceira versão da BNCC, fazendo alterações indicadas nos seminários estaduais e por pareceres de especialistas e entidades. Sabemos, por enquanto, que os objetivos de aprendizagem estão sendo revistos, alguns cortados e outros reescritos.Confira os objetivos de Artes da segunda versão da BNCC29 - Em que momento a Base indica que a alfabetização comece?A terceira versão da BNCC indica o início da alfabetização no 1º ano do Ensino Fundamental, mas diz também que, na Educação Infantil, as crianças precisam entrar em contato com elementos da linguagem oral e escrita, o que pode acontecer, por exemplo, com a leitura de histórias. Segundo a BNCC, as crianças devem estar plenamente alfabetizadas no final do 2º ano.Confira aqui a educação infantil da segunda versão da BNCCConfira aqui a leitura crítica que especialistas fizeram da educação infantil da segunda versão da BNCC30 - Há alguma indicação sobre a interdisciplinaridade?Na segunda versão do documento, fala-se na promoção da interdisciplinaridade e na elaboração dos currículos sob uma perspectiva interdisciplinar. É muito importante que, em sua versão final, a Base tenha uma estrutura que permita uma integração entre as disciplinas. Mas como a interdisciplinaridade será colocada em prática será determinado pelos currículos e pelos projetos pedagógicos das escolas.31 - E como os temas transversais serão abordados?Na segunda versão da BNCC, esses temas foram classificados como áreas especiais, como culturas indígenas e africanas, Educação financeira, Educação ambiental.
Confira outros e como esses temas são tratados na BNCC
32 - Como fica o Ensino Religioso na BNCC?Na segunda versão da BNCC, o Ensino Religioso constituía uma área. No entanto, na terceira versão essa área foi excluída. A justificativa dada pelo texto é que, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o Ensino Religioso deve ser oferecido em caráter optativo e a decisão de incluí-lo ou não na grade é das redes de ensino. Portanto, não cabe a União estabelecer uma base comum para a área.

Fonte:Nova Escola
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Menina encontrada vivendo com macacos


Menina indiana
Image captionGarota emite grunhidos, anda de quatro, usando braços e pernas, e foi comparada a personagem Mogli

A polícia indiana está vasculhando listas de crianças desaparecidas para tentar identificar uma menina que aparentemente estava vivendo com um bando de macacos.
A garota tem entre 8 e 10 anos. Ela foi encontrada há algumas semanas na floresta em Uttar Pradesh, no norte do país. Não se sabe há quanto tempo ela estava nesta situação.
Um policial, Suresh Yadav, contou à BBC que, quando foi encontrada, ela brincava com macacos e imitava seu comportamento. Ela tinha sido avistada por moradores de um vilarejo na reserva natural de Katarniaghat, próximo da fronteira com o Nepal.
Os animais teriam atacado a equipe de resgate quando eles chegaram para levá-la de volta à civilização. A menina estava desnutrida, tinha cabelos e unhas longos e apresentava ferimentos a arranhões pelo corpo.

Mogli

A garota não fala e apresenta um comportamento semelhante ao de símios, ao guinchar e andar "de quatro".
Ela ainda está no hospital, onde recebeu a visita de autoridades, mas seu estado já é bem melhor. Uma vez que receber alta, será entregue a assistentes sociais e especialistas para que seja reintroduzida aos poucos na sociedade.
Ela vem sendo chamada de "Durga da Floresta", uma referência a uma deusa guerreira hindu, e comparada a Mogli, personagem de O Livro da Selva (1894), de Rudyard Kipling.
Na história, adaptada pela Disney para o cinema, um menino indiano é criado na natureza por um bando de lobos. Fonte:BBC.


Professor Edgar Bom Jardim - PE

EUA lançam mísseis contra Síria; para Rússia, é 'ataque a país soberano'




Vídeo mostra o momento em que EUA dispara mísseis contra base síria

Os Estados Unidos lançaram 59 mísseis sobre a Síria na madrugada desta sexta-feira (horário sírio) em retaliação ao suposto ataque químico, atribuído ao governo sírio, que matou pelo menos 80 pessoas, entre elas 27 crianças, na última terça-feira.
O bombardeio foi ordenado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que até o ataque químico citava Bashar al-Assad como um aliado na guerra contra o terror.
De acordo com o Exército sírio, seis pessoas morreram no ataque.
Nove aeronaves militares sírias teriam sido destruídas, segundo o canal de notícias russa Rossiya 24, que teve acesso ao local. Os hangares onde estavam os aviões teriam sido atingidos. A pista não foi danificada, mas estava coberta por estilhaços.
A Síria classificou o ataque norte-americano como uma ação "tola e irresponsável".
"O que a América fez não é nada menos que uma atitude tola e irresponsável, que só revela sua visão míope e cegueira política e militar em relação à realidade", informou o gabinete de Bashar al-Assad.

Criança com respiradorDireito de imagemEPA
Image captionTrump mencionou imagens de crianças sofrendo ao falar de ataque à Síria

Os Estados Unidos lideram uma coalizão que realiza ataques aéreos contra jihadistas na Síria desde 2014. Mas esta é a primeira vez que as operações têm como alvo forças do governo do país.
Os 59 mísseis Tomahawk foram lançados a partir do Mar Mediterrâneo contra a base militar de Shayrat, na província de Homs, de onde teria partido o ataque químico. De acordo com o Pentágono, a Rússia, aliada do regime de Bashar al-Assad, teria sido avisada do bombardeio.
"Não há dúvida de que a Síria usou armas químicas proibidas", disse Trump, na Flórida, onde se reuniu na quinta-feira com o presidente chinês, Xi Jinping.

Mísseis Tomahawk teriam como alvo base militar em Shayrat, na província de HomsDireito de imagemREUTERS
Image captionMísseis Tomahawk teriam como alvo base militar em Shayrat, na província de Homs

Trump chamou Assad de "ditador" por ter lançado um "ataque com armas químicas terríveis contra civis inocentes".
"É vital para os interesses de segurança nacional dos Estados Unidos prevenir e dissuadir a propagação e o uso de armas químicas", completou.
Segundo o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, a Rússia foi cúmplice da Síria ou incompetente para impedir uso de armas químicas.
O governo sírio nega, por sua vez, ter usado armas químicas no conflito. Já a Rússia diz que um ataque aéreo atingiu um depósito no qual rebeldes armazenavam tais substâncias.

Mapa do local do ataque

Reação russa

A Rússia condenou o ataque norte-americano, classificando o bombardeio com uma "agressão contra uma nação soberana".
Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, disse que a ofensiva norte-americana "causa um dano significativo às relações entre Washington e Moscou". Segundo ele, o presidente Vladimir Putin vê o ataque como "uma intenção de distrair o mundo pela morte de civis provocadas pela intervenção militar no Iraque".
"É óbvio que o lançamento de mísseis foi premeditado. É claro para qualquer especialista que Washington tomou a decisão de atacar antes do ocorrido em Idlib (suposto ataque químico), que foi usado apenas como pretexto para a ofensiva", declarou o Ministério de Relações Exteriores russo.
O Ministério da Defesa russo anunciou que vai reforçar a defesa do sistema aéreo sírio após o ataque.

Mísseis foram lançados do MediterrâneoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionDe acordo com Rex Tillerson, secretário de Estado dos EUA, Rússia foi cúmplice da Síria ou incompetente para impedir uso de armas químicas

"Para proteger as instalações mais sensíveis da Síria, uma série de medidas serão tomadas em um futuro próximo para fortalecer e aumentar a eficiência da defesa aérea das forças armadas sírias", disse Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa.
A Rússia já havia advertido os Estados Unidos, após uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, que o país poderia sofrer "consequências negativas" se lançasse uma ação militar contra a Síria.
Em sessão plenária, o vice-presidente da Duma do Estado, Piotr Tolstoi, pediu, por sua vez, "calma e uma ação racional em defesa do direito internacional e da justiça".
"Como podemos responder? Claro que não vai ser com uma escalada de ações militares, não com Iskanders (tipo de míssil de curto alcance). Embora seja uma parte importante de nossas forças, não é onde está nossa força - nossa força está em nossa própria compreensão lógica dos eventos", afirmou.

TrumpDireito de imagemAFP
Image captionTrump confirmou ordem de atacar Síria: 'Não há dúvida que a Síria usou armas químicas'

O Irã também criticou os Estados Unidos.
"O Irã condena veementemente tais ataques unilaterais... tais medidas fortalecerão os terroristas na Síria... e complicarão a situação na Síria e na região", declarou o Ministério de Relações Exteriores iraniano.

Apoio aos EUA

Os americanos receberam, por sua vez, o apoio de rebeldes sírios e da Arábia Saudita.
O Reino Unido declarou apoio "irrestrito" ao ataque aéreo norte-americano. Michael Fallon, secretário de Defesa britânico, disse ter se tratado de uma resposta apropriada ao uso "bárbaro" de armas químicas.
Fallon disse não ver o ataque como uma "declaração de guerra" dos EUA à Síria. "Os americanos deixaram claro que o ataque na noite passada foi focado e restrito", declarou Fallon, acrescentando que o Reino Unido não foi convidado a se envolver.
A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês François Hollande emitiram uma declaração conjunta, em que acusam Bashar al Assad de carregar "sozinho a responsabilidade" pelo ataque químico e pela subsequente reação norte-americana.
"O presidente Assad carrega sozinho essa responsabilidade. O uso reincidente de armas químicas e os crimes contra o seu próprio povo exigem sanções que a França e a Alemanha já solicitaram no Verão de 2013 após o massacre de Ghouta", diz trecho da nota.
Já a China condenou o uso de armas químicas e pediu calma para evitar uma escalada da situação.

Tomahawk

Usado pelos EUA no ataque, o Tomahawk é um míssil de seis metros de comprimento, e se desloca a mais de 1.100 km/h com alcance de até 2.500 km. Ele pode voar próximo do solo, o suficiente para surpreender artilharias antiaéreas em terra.

Ilustração gráfica sobre Tomahawk
Image captionTomahawk foi projetado inicialmente para lançar cargas nucleares, mas se mostrou útil no lançamento de bombas convencionais

  • Arma de longo alcance projetada para atingir alvos estratégicos com mínimo dano colateral
  • Capaz de lançar ogiva de 450 kg em raio de até 2.500 km
  • Voa em baixas ou altas altitudes
Foi projetado inicialmente para lançar cargas nucleares, mas se mostrou útil no lançamento de bombas convencionais nas duas guerras do Iraque e contra alvos sérvios na guerra dos Bálcãs nos anos 1990.
Cada míssil leva uma bomba de 450 kg, projetada para penetrar em edifícios reforçados de concreto. Os EUA lançaram dezenas desses mísseis durante a primeira onda de ataques contra o EI na Síria em setembro de 2014. Fonte:BBC

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Freira diz que foi estuprada


Irmã FranciscaDireito de imagemTVN
Image captionIrmã Francisca foi violentada dentro do convento por um homem que fazia uma reforma no local

Quando pediram para que a irmã Francisca cuidasse da alimentação do grupo de homens que reformavam o convento onde vivia enclausurada no coração de Santiago, no Chile, não tinha ideia do quanto aquilo mudaria sua vida.
Ela resume o que ocorreu em três palavras: "Começou meu calvário", segundo a emissora local TVN.
Tudo ocorreu em 2012, quando a madre superiora autorizou um grupo de homens a dormir no convento onde trabalhavam. Francisca cuidava deles.
Mas certo dia, aproveitando que ela não se sentia bem - segundo conta a religiosa -, um dos homens, Hernán Rios Valdivia, a levou para um quarto e a estuprou.
Foi "um golpe assustador que mudou a minha vida", relembra ela hoje.
Traumatizada e com medo de que ninguém acreditasse na história, irmã Francisca não contou para ninguém o que havia acontecido.

Mão segura terçoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionIrmã Francisca disse que não denunciou seu agressor por medo de não acreditarem nela

"Como mulher, me senti incapaz de falar, com medo de não acreditarem em mim e fazer ameaças. E eu preferia ficar quieta", diz.
Mas, três meses depois do ataque, ela descobriu que estava grávida. No convento, a notícia não foi bem recebida.
"Fui caluniada, disseram que era culpada e que fiz aquilo de propósito", conta a freira.
"Eu implorei dizendo que era inocente. Minhas irmãs foram muito cruéis comigo."
Desde então, a encarregada do convento passou a pressioná-la para que deixasse o hábito e assinasse sua demissão "voluntária" da ordem. No entanto, Francisca se negou.
Como ninguém acreditou em sua versão - e até chegaram a acusá-la de roubo, de acordo com o seu testemunho -, Francisca decidiu deixar o convento.

Denúncias à Justiça

Com a ajuda de ONGs, ela deu seu bebê para adoção e denunciou o que aconteceu para a Justiça.
Em novembro de 2015, Rios Valdivia foi condenado por estupro.
No entanto, a irmã Francisca diz que isso não foi suficiente para que pudesse viver em paz, como disse à TVN.
"Eu tive que me calar, tive que fingir que estava tudo bem, tive que engolir minhas lágrimas e tive que esconder coisas que me aterrorizavam", diz ela.
E culpa uma instituição que considerava "minha única família" e a abandonou: "A igreja, que sempre defendi como um leoa".
Francisca processou a arquidiocese de Santiago e Ordem das Clarissas Capuchinhas.

A resposta da igreja

Os assessores do arcebispo de Santiago, Ricardo Ezzati, dizem que ele não esteve a par do caso.
"O bispo não entra em detalhes da vida interna, comum e cotidiana das freiras", disse Jorge Concha, bispo auxiliar de Santiago, entrevistado pelo programa de televisão 24 horas.

Arcebispo de Santiago, no ChileDireito de imagemARQUIDIOCESE DE SANTIAGO
Image captionArquidiocese diz que arcebispo de Santiago não estava a par de caso da freira, o que ela contesta

A principal diocese da Igreja Católica no Chile diz que soube do caso apenas quando recebeu a notificação do processo civil e que, anteriormente, nunca tinha sido informada pela vítima ou pela madre superior. Francisca duvida dessa versão.
Ela garante que advogados da arquidiocese a visitaram anteriormente com "suas irmãs" para discutir a sua renúncia.
"Senti-me extremamente intimidada", diz a Francisca.
O Vaticano não comentou o caso.

Freira diz que foi estuprada, ficou grávida e agora processa Igreja Católica no Chile

Fonte:BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Governo de PE declara situação de emergência em 45 municípios do Sertão afetados pela seca



Foi declarada situação de emergência por um período de 180 dias em 45 municípios do Sertão de Pernambuco. O decreto foi assinado pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e publicado na terça-feira (4) em Diário Oficial do estado.
Foi considerada para a decisão, a redução das chuvas que assolam os municípios sertanejos e os impactos decorrentes das perdas na agropecuária da região. A publicação estabelece que sejam adotadas de forma imediata medidas necessárias, em regime de cooperação, para enfrentar as situações emergenciais na região.
Entre os municípios relacionados estão: Afrânio, Araripina, Moreilândia, Orocó, Belém do São Francisco, Ouricuri Parnamirim, Bodocó, Petrolina, Cabrobó, Salgueiro, Santa Cruz, Cedro, Santa Filomena, Santa Maria da Boa Vista, Dormentes, Exu, Santa Terezinha, São José do Belmonte, Flores, São José do Egito, Afogados da Ingazeira, Manari, Mirandiba, Arcoverde, Betânia, Petrolândia, Brejinho, Quixaba, Calumbi, Carnaíba, Carnaubeira da Penha, Santa Cruz da Baixa Verde e Custódia.
Fonte G1.
 Professor Edgar Bom Jardim - PE