segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

MPF quer tirar de circulação o dicionário Houaiss

Publicação conteria expressões 'pejorativas e preconceituosas' contra ciganos e não atendeu recomendações de alterar texto

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O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação absurda, sob todos os aspectos, na Justiça Federal em Uberlândia (MG): o órgão pretende tirar de circulação o dicionário Houaiss, um dos mais conceituados do mercado. Segundo o MPF, a publicação contém expressões "pejorativas e preconceituosas", pratica racismo contra ciganos e não atendeu a recomendações de alterar o texto, como fizeram outras duas editoras com seus dicionários.

Trata-se de uma ação, no mínimo, desastrada. Há séculos dicionaristas respeitados de todo o mundo se esforçam em reunir nesses livros o maior número de acepções possível das palavras. Assim, o Houaiss explica que o termo cigano é "relativo ao ou próprio do povo cigano; zíngaro", mas também define "aquele que faz barganha, que é apegado ao dinheiro; agiota, sovina" – esta acepção é, como bem destaca o próprio Houaiss, pejorativa. A razão de apresentar as duas (entre outras) versões é registrar o uso da palavra em um determinado momento histórico e explicar-lhe o significado. É para isso que servem os dicionários: eles não fazem apologia do preconceito, apenas o registram.

A guiar-se pela proposta do MPF, os dicionários prestariam um duplo desserviço. Em primeiro lugar, deixariam de cumprir seu principal papel: registrar o uso da língua em um dado momento. O segundo desserviço é fruto do primeiro. Se os livros deixassem de registrar que, pejorativamente, o adjetivo judeu é empregado como sinônimo de "pessoa usurária, avarenta", não ensinará ao leitor que, em determinadas situações, isso (infelizmente) pode acontecer. Não se defende aqui, de maneira alguma, o emprego pejorativo do termo. Mas não é apagando o registro de um dicionário que se muda a realidade. Trata-se de mais um exemplo de ação desastrada em que a ideologia atropela a ciência, o serviço ao leitor e o bom-senso em troca de nada.

O caso teve início em 2009, quando a Procuradoria da República recebeu representação de uma pessoa de origem cigana afirmando que havia preconceito por parte dos dicionários brasileiros em relação ao grupo. No Brasil, há aproximadamente 600.000 ciganos. Desde então, segundo o MPF, foram enviados "diversos ofícios e recomendações" às editoras para que mudassem o verbete. As editoras Globo e Melhoramentos, de acordo com o órgão, atenderam às recomendações.

No entanto, o MPF afirma que não foi feita alteração no caso do Houaiss. A Editora Objetiva alegou que não poderia fazer a mudança porque a publicação é editado pelo Instituto Antônio Houaiss e que ela é apenas detentora dos direitos relativos à publicação. Diante disso, o procurador Cléber Eustáquio Neves entrou com ação solicitando que a Justiça determine a imediata retirada de circulação, suspensão de tiragem, venda e distribuição do dicionário.

"Ao se ler em um dicionário, por sinal extremamente bem conceituado, que a nomenclatura cigano significa aquele que trapaceia, velhaco, entre outras coisas do gênero, ainda que se deixe expresso que é uma linguagem pejorativa, ou que se trata de acepções carregadas de preconceito ou xenofobia, fica claro o caráter discriminatório assumido pela publicação", afirmou. "Trata-se de um dicionário. Ninguém duvida da veracidade do que ali encontra. Sequer questiona. Aquele sentido, extremamente pejorativo, será internalizado, levando à formação de uma postura interna pré-concebida em relação a uma etnia que deveria, por força de lei, ser respeitada", acrescentou o procurador.

Para Neves, o texto afronta a Constituição Federal e pode ser considerado racismo. Ele lembrou que o Supremo Tribunal Federal já se pronunciou a respeito desse tipo de situação e ressaltou que "o direito à liberdade de expressão não pode albergar posturas preconceituosas e discriminatórias, sobretudo quando caracterizadas como infração penal".

Além da retirada da publicação do mercado, o MPF também pediu que a editora e o instituto sejam condenados a pagar 200.000 reais de indenização por danos morais coletivos. A Justiça Federal ainda não se manifestou sobre a ação. A reportagem procurou o Instituto Antônio Houaiss, no Rio de Janeiro, mas a informação foi de que a pessoa que poderia falar sobre o caso não estava no local. Não houve retorno até o fim da tarde desta segunda-feira.

( Veja Com Agência Estado)

1451,00 Reais é o valor do piso nacional dos professores. Quanto vale um Professor ? Brasil sem futuro !

Reajuste será de 22,22% em relação a 2011.
Aumento é para professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais.

O Ministério da Educação divulgou na tarde desta segunda-feira (27) que o piso salarial nacional dos professores será reajustado em 22,22% e seu valor passa a ser de R$ 1.451,00 como remuneração mínima do professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais. A decisão é retroativa para 1º de janeiro deste ano.
Segundo o MEC, a correção reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2011, em relação ao valor de 2010. O piso aplicado em 2011 foi de R$ 1.187, e em 2010, de R$ 1.024.
A aplicação do piso é obrigatória para estados e municípios de acordo com a lei federal número 11.738, de 16 de junho de 2008. Estados e municípios podem alegar não ter verba para o pagamento deste valor e, com isso, acessar recursos federais para complementar a folha de pagamento. No entanto, desde 2008, nenhum estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim.
Com informações do G1. POR http://professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com

Projeto de lei quer o fim das salas de aulas lotadas

A Comissão de Educação, Esporte e Cultura (CE) do Senado realiza nesta segunda-feira reunião para avaliar a aprovação de 12 itens pendentes da pauta de votação. Entre eles, está um projeto de lei do senador Humberto Costa (PT-PE) que estabelece números máximos de alunos por turma na pré-escola e no ensino fundamental e médio. As informações são da Agência Senado.

Pela proposta, as turmas de pré-escola e dos dois anos iniciais do ensino fundamental terão até 25 alunos; nas demais, o número sobe para 35 alunos. A relatora da CE, senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE), apresentou voto favorável à aprovação da matéria. O prazo para apresentação de recurso é de cinco dias.

Outro projeto que será analisado, de autoria do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), cria a bolsa-artista. Ele tem voto favorável da relatora, Lídice da Mata (PSB-BA), e também será votado em caráter terminativo.

De acordo com o texto do projeto, seu objetivo é proporcionar formação e aprimoramento de artistas amadores e profissionais em diversas áreas de atuação, nos campos das artes literárias, musicais, cênicas, visuais e audiovisuais, em suas variedades eruditas e populares

Brasil aceita ajuda de países sul-americanos para realizar pesquisas na Antártida

Agência EFE

Ambulância aguarda ao lado do avião da Força Aérea que transportou as vítimas
RIO DE JANEIRO .- O Brasil aceitará a ajuda oferecida por outros países sul-americanos com bases na Antártida para dar continuidade a seus estudos científicos no local, enquanto reconstrói a estação parcialmente destruída no sábado por um incêndio. A possibilidade de usar provisoriamente infraestruturas de outros países sul-americanos na Antártida foi admitida pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, em declarações à imprensa nesta segunda-feira ao receber no Rio de Janeiro 41 pesquisadores e militares que estavam na base no momento do incêndio, que deixou dois mortos e um ferido.

Os 26 pesquisadores, 13 militares da Marinha, um fiscal do Ministério do Meio Ambiente e um alpinista chegaram na madrugada desta segunda-feira ao Rio em um avião Hércules enviado pela Força Aérea Brasileira ao Chile. No mesmo voo chegou o sargento da Marinha Luciano Gomes Medeiros, que ficou ferido quando ajudava a apagar o incêndio e já está fora de perigo. O avião decolou na tarde de domingo de Punta Arenas, cidade chilena à qual foram transferidos os brasileiros por um avião argentino após serem resgatados.

Só permaneceram na Antártida 14 militares que trabalham na avaliação dos danos provocados pelo incêndio e na investigação sobre as causas do acidente. Amorim afirmou que a reconstrução total da base demorará pelo menos dois anos, mas o Brasil não pode suspender durante esse período suas pesquisas sobre o continente branco. Segundo a Marinha, responsável pela Estação Antártica Comandante Ferraz, o incendiou destruiu 70% das instalações da base, localizada na ilha Rei George.

O fogo consumiu parte dos laboratórios e todo o material para estudos recolhido no atual verão austral e que devia servir de base para pesquisas durante todo o ano. Amorim disse também que iniciará ainda hoje as discussões com os diferentes organismos que fazem parte do Programa Antártico Brasileiro para determinar o início da reconstrução da base o mais rápido possível.

O comandante de Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, que também recebeu os sobreviventes no Rio, assegurou que a base na Antártida será reconstruída a partir do próximo verão na região, período mais viável para as obras. Segundo Amorim, a nova base terá medidas de segurança maiores para evitar outros incêndios. "Não quero antecipar-me às investigações, mas não há nenhum indício que o incêndio pudesse ter sido prevenido. A nova base será a mais segura possível. Trata-se de um ambiente difícil, inóspito e sujeito a acidentes, que tentaremos minimizar de maneira absoluta", declarou.

O ministro acrescentou que a Força Aérea enviou outro avião ao Chile para trazer os corpos do suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e do sargento Roberto Lopes dos Santos, que morreram no incêndio, e que a previsão é que cheguem ao Brasil na terça-feira.

O início da colonização portuguesa

Nesta teleaula você aprenderá que, para tornar a colonização atraente, foram criadas as capitanias hereditárias e que, com o fracasso desse sistema, surgiu uma forma de administração que centralizava o poder nas mãos do governador geral. Além disso, você verá que a região Nordeste, principalmente Pernambuco, se tornou o centro da produção de açúcar na colônia.





Vídeo por gilesons / Novo Telecurso

A Revolução Industrial e as Revoluções Européias



Nesta teleaula você vai saber o significado histórico das palavras restauração e reação. Além disso, verá o que foram o Congresso de Viena, a Santa Aliança, os 100 dias de Napoleão e o conflito dos conservadores contra os liberais na Europa restaurada.



Vídeo por gilesons / Novo Telecurso

O Imperialismo



Nesta teleaula você vai ver como e por que o imperialismo se intensificou entre os países europeus a partir da segunda metade do século XIX. Além disso, saberá que regiões foram dominadas pelos países imperialistas e como países não europeus Japão e Estados Unidos, tornaram-se imperialistas.



Vídeo por gilesons / Novo Telecurso

As grandes navegações




Nesta teleaula você aprenderá que Portugal soube aproveitar sua posição geográfica privilegiada para estabelecer uma nova rota de comércio até as Índias, pelo Oceano Atlântico. Além disso, verá que, para se aventurar no mar, era preciso conhecer e dominar as técnicas de navegação e que o dinheiro para se fazer isso dependia do poder do rei.



Vídeo por gilesons / Teleaulas do Novo Telecurso

A História das Coisas



Este vídeo, mostra a história dos objetos de consumo, da sua produção ao descarte e revela quem são as verdadeiras vítimas do sistema de produção linear oferecendo alternatívas para mudar o paradígma consumista atual.



Vídeo por cerradowikibr

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Cícero Dias

Cícero Dias

Semira Adler Vainsencher
Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco


Verde é a cor da minha memória.
Cícero Dias

 

         Cícero Dias nasceu no dia 5 de março de 1907, no Engenho Jundiá, no município de Escada, em Pernambuco. Foi o sétimo, dos onze filhos de Pedro dos Santos Dias e Maria Gentil de Barros e, ainda, pelo lado materno, neto do Barão de Contendas. Aos 13 anos de idade, foi para o Rio de Janeiro. Surpreendendo os seus familiares, decidiu tornar-se um pintor.

Em 1928, porém, na Cidade Maravilhosa, nenhuma galeria de arte se interessava por arte moderna. Neste sentido, a primeira exposição de Cícero - o mural Eu vi o mundo, que possuía quinze metros de largura - teve lugar em um hospício: foi o único espaço disponível que se conseguiu. Três anos depois, entretanto, ele abriria uma exposição no Salão de Belas Artes, a convite do pintor Di Cavalcanti. Rompendo com a escola clássica, as exposições e trabalhos do artista geravam debates e escândalos, já que poucos os entendiam. Inclusive, houve o caso de um homem que, com o auxílio de uma navalha, tentou destruir as suas obras.

         Cícero Dias era amigo de Gilberto Freyre e, com o antropólogo, relembraria o seu passado de menino criado em engenho. Por ser simpatizante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), o artista foi perseguido em 1937, quando o então Presidente Getúlio Vargas instalou a ditadura do Estado Novo. E, várias vezes, ele teve o ateliê invadido por tropas policiais. Por essa razão, desgostoso com a realidade, o artista decidiu se mudar para Paris. Nesta cidade, em 1943, ele se casaria com a francesa Raymonde e teria uma filha.
                  
         Durante a II Guerra Mundial, cabe registrar também que, por ser brasileiro, depois que o País rompeu relações diplomáticas com a Alemanha nazista e a Itália fascista, Cícero foi preso na cidade alemã de Baden-Baden, juntamente com o escritor João Guimarães Rosa, que fazia parte do mesmo grupo de detentos. Felizmente, entretanto, este grupo foi trocado por espiões nazistas que estavam encarcerados no Brasil. 

         Cícero Dias foi o autor do primeiro mural abstrato da América Latina. O mural, elaborado em 1948, foi pintado no prédio da Secretaria da Fazenda de Pernambuco. Apesar de viver tão longe do Recife, os seus canaviais, casas-grandes, sobrados, bem como o rio Capibaribe e o mar de Boa Viagem, sempre estavam presentes no imaginário do pintor. Na década de 1960, ele produziria várias telas com retratos de mulheres. Depois dessa fase, pintaria flores, paisagens e personagens diversos.
            
         Em sua primeira fase artística, Cícero Dias privilegiou aquarelas e óleos, e produziu os seguintes quadros: Sonho de uma prostituta (1930-1932), Engenho Noruega (1933), Lavouras (1933), Porto (1933) e Ladeira de São Francisco(1933). Durante a segunda fase (1936-1960), onde prevaleceram a figuração e a abstração, se destacaram as seguintes obras do artista plástico: Mulher na janela (1936), Mulher na praia (1944), Mulher sentada com espelho (1944),Composição sem título (1948), Exact (1958), Entropie (1959). Por fim, em sua terceira fase (1960-2000), onde a mulher era um símbolo constante, ele pintaria a Composição sem título, em 1986.  
         Considerado como um dos pioneiros do modernismo no Brasil, Cícero Dias foi amigo de vários artistas modernistas, tais como o compositor Heitor Villa-Lobos, o artista plástico Ismael Nery e o poeta Murilo Mendes. E, na França, fez amizade com várias personalidades ilustres, a exemplo dos poetas André Breton e Paul Eluard, e do pintor Pablo Picasso, que se encontrava asilado em Paris antes do fim da Guerra Civil Espanhola. Este último tornara-se padrinho de sua filha e, junto a ele, Cícero acompanharia a elaboração do quadro Guernica, o famoso épico sobre aquela guerra. Além disso, pode-se dizer que Picasso exerceu uma influência marcante nos trabalhos do artista pernambucano.
         No ano 2000, o pintor esteve no Recife para uma justa homenagem: a inauguração de uma praça com o seu nome. Vale lembrar, contudo, que o logradouro público foi projetado pelo próprio artista. E, em fevereiro de 2002, ele retornaria ao Recife para o lançamento do livro Cícero Dias:uma vida pela pintura, de autoria do jornalista Mário Hélio. Na ocasião, expôs algumas de suas obras na Galeria Portal, em São Paulo. Neste mesmo ano, aos 93 anos de idade, inspirado em sua obra Eu vi o mundo ele começava no Recife, o artista criaria um trabalho relevante para o Recife: o piso da Praça do Marco Zero, uma bela e enorme rosa dos ventos plantada no centro da cidade.

         O artista plástico conservou-se lúcido, saudável e produtivo até o fim de sua vida. No dia 28 de janeiro de 2003, aos 95 anos, ele faleceu em sua casa, na Rue Long Champ, em Paris, onde residia há quarenta anos. Junto ao pintor, estavam presentes a esposa, Raymonde, a única filha, Sylvia, e seus dois netos. Cícero Dias foi sepultado no cemitério de Montparnasse, na capital francesa.

Recife, 25 de outubro de 2005.
(Texto atualizado em 11 de outubro de 2007).

Arte Moderna - Anita Malfatti

A Onda. 1915-17. óelo s/ madeira (26,5x36). Col. Paulo Prado Neto, SP.
Uma das obras mais conhecidas desse período é O Farol. Nessa pintura, assim como em O Barco, a paisagem está mais harmonizada com a presença humana,  através das edificações que compõem o cenário. O uso da deformação é sensivelmente menor, em contrapartida Anita utiliza exemplarmente a principal característica do seu expressionismo: as cores abundantes e vivas, a chamada “Festa da Cor”.
O Farol. 1915. óleo s/ tela (46,5x61). Col. Chateaubriand Bandeira de Mello, RJ.
O Barco. 1915. óleo s/ tela (41x46). Col. Raul Sousa Dantas Forbes, SP.

Retratos, 1915-17 (EUA).

Entre as obras que fomentaram as polêmicas em torno da lendária exposição de 1917, certamente estão muitos dos retratos pintados por Anita.
A estudante russa. 1915. óleo s/ tela (76x61). Col. Mário de Andrade, Instituto de Estudos Brasileiros da USP, SP.
Tanto nas paisagens quanto nos retratos, a cor é o principal instrumento da jovem Anita Malfatti. A obra O homem de sete cores revela essa preocupação intensa, e essa técnica também irá produzir grandes telas como A boba.
O homem de sete cores. 1915-16. Carvão e pastel s/ papel (60,7x45). Col. Roberto Pinto de Souza, SP.
A boba. 1915-16. Óleo s/ tela (61x50,5). Col. Museu de Arte Contemporânea da USP, SP.
Anita utilizava modelos que posavam na Independent School of Art em troca de alguns dólares. Essas pessoas, sem nenhuma ligação com o mundo artístico, serviriam como modelos para obras como A mulher de cabelos verdes e O homem amarelo, obra que fascinou Mario de Andrade, quando este sequer conhecia Anita.
A mulher de cabelos verdes. 1915-16. óleo s/ tela (61x51). Col. Ernesto Wolf, SP.
O homem amarelo. 1915-16. óleo s/ tela (61x51). Col. Mário de Andrade, Instituto de Estudos Brasileiros da USP, SP.
Nessas obras, assim como em Uma estudante, Anita revela o seu interesse em retratar o estado psicológico dos seus modelos. O uso de certa deformação moderada, fugindo dos modelos clássicos, causou grande alvoroço em Monteiro Lobato e na elite provinciana de São Paulo.
Uma estudante. 1915-16. óleo s/ tela (76,5x60,5). Col. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, SP