segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Frio mata mais de 300 na Europa

Da AE/jconline  POR professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com

PARIS - O número de mortos pela onda de frio que assola a Europa há mais de uma semana chegou a 307 neste domingo (5) depois que autoridades encontraram os corpos de dois sem-teto na França. Com temperaturas que chegam a -40ºC em algumas regiões, o frio matou pessoas na Itália, Polônia e Ucrânia, entre outros países, neste fim de semana. Neste último são 131 vítimas, a maioria sem-teto que morreu nas ruas. 
Cerca de 1.800 pessoas foram hospitalizadas na Ucrânia desde que a onda de frio começou, há 9 dias. Outras 75 mil procuraram aquecimento e comida em um dos 3 mil abrigos do país. As baixas temperaturas chegaram até o norte da África, onde 16 pessoas morreram na Nigéria. 
Em Roma, onde o clima é normalmente mais ameno, a neve cobriu as ruas e paralisou a cidade. Os italianos têm criticado a falta de assistência do governo. "É terrível. Tenho que caminhar duas horas numa temperatura congelante, apenas para chegar ao metrô", disse Federico Maneski, que vive na capital. "As ruas estão cheias de árvores que caíram sobre carros, mas ninguém apareceu para ajudar."
Na Itália, o número de mortos alcançou 17 depois que três sem-teto foram encontrados mortos e dois homens sofreram ataques cardíacos enquanto retiravam neve das ruas. 
O aeroporto de Heathrow, em Londres, o mais movimentado do mundo cancelou metade dos 1.300 voos deste domingo depois que seis centímetros de neve cobriram a área onde está o terminal. O frio também matou mais oito pessoas na Polônia, onde o número de mortos chegou a 53. 
Na Sérvia, nove mortos, as autoridades declararam estado de emergência em 32 municipalidades, a maioria no sul e no sudoeste do país. Cerca de 70 mil pessoas estão presas pela neve em vilarejos pelo país. Na Romênia, mais seis pessoas morreram de frio, elevando o total para 34. 
Na Finlândia, as temperaturas chegaram a -40ºC, mas isso não atrapalhou a eleição presidencial marcada para este domingo. 
A onda de frio intenso deve durar ao menos até o meio desta semana.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

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O mundo não aceita mais a velha política. Fora Bashar Al- Assad !



Imagem do Goolge/ G1. Por professoredgarbomjardim-pe.blospot.com

O mundo não aceita mais a velha política. Fora PUTIN !

Sob frio glacial, milhares de russos protestam contra Putin

Manifestantes enfrentam os termômetros em -19 graus e o Kremilin para pedir eleições limpas em março e denunciar fraudes no pleito de dezembro

Russos enfrentam frio glacial para protestar contra Putin
Russos enfrentam frio glacial para protestar contra Putin (KIRILL KUDRYAVTSEV / AFP)
Nem mesmo o frio de -19 graus foi capaz de impedir, neste sábado, que uma manifestação contra o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin tomasse as ruas de Moscou, a capital do país. Ao menos 20.000 pessoas saíram às ruas para exigir leições presidenciais limpas em 4 de março e a anulação dos resultados das parlamentares de dezembro.
Os moscovitas marcham 2,5 quilômetros pelas ruas do centro da cidade com cartazes que exigem a renúncia do líder do partido do Kremlin, Rússia Unida (RU), e lembram às autoridades que não esqueceram as fraudes maciças que foram registradas em todo o país nas eleições parlamentares de dezembro. Naquele mês, dezenas de milhares de pessoas já haviam saído às ruas de praticamente todas as cidades para denunciar a fraude eleitoral a favor do RU, que saiu vitorioso na votação.
Muitos dos manifestantes vestem casacos de pele, calçam 'valenki' (típicas botas de lã russas), e cobrem seus rostos com lenços e cachecóis para combater o frio, enquanto alguns nacionalistas usam máscaras integrais que impedem que se veja sua face. Na entrada da Rua Bolshaya Yakimanka, onde os manifestantes precisam atravessar detectores de metal para aderir à manifestação, oito postos recolhem assinaturas para pedir ao Tribunal Supremo a anulação dos resultados das parlamentares e recrutam observadores para as presidenciais.
Ao final do percurso pelo centro de Moscou, alguns líderes da oposição extraparlamentar, entre eles o liberal Grigory Yavlinsky, do 'Yabloko', e também alguns ativistas das legendas Partido Comunista e Rússia Justa, subirão ao palanque da Praça Bolótnaya para discursar. No comício será exigida a renúncia do presidente da Comissão Eleitoral Central, Vladimir Churov, a libertação dos presos políticos, a anulação dos resultados das eleições parlamentares de dezembro e sua repetição. Além disso, exigirão que Yavlinsky, cuja candidatura à presidência foi rejeitada pela comissão por não conseguir reunir dois milhões de assinaturas válidas, possa concorrer às eleições.
Manifestantes pró-Putin também decidiram marchar neste sábado. Ao menos 90.000 partidários do premiê se reuniram em Moscou opara prestar apoio ao partido.
(Com agências EFE e France-Presse) Com informações de veja.com POR professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com

50 anos de embargos contra o povo cubano

O bloqueio comercial imposto pelos Estados Unidos sobre Cuba completa cinquenta anos nesta terça-feira. Sua longevidade – para os críticos da medida, anacronismo – mostra a dificuldade de enterrar um símbolo da Guerra Fria

TERESA PEROSA (TEXTO) E RENATO TANIGAWA (INFOGRAFIA)
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O cumprimento entre Fidel Castro (à esq.) e Richard Nixon, em abril de 1959 (Foto: Keystone/Getty Images)
A imagem do aperto de mão entre Fidel Castro e Richard Nixon – então recém-vitorioso comandante da derrubada do ditador cubano Fulgêncio Batista e vice-presidente dos Estados Unidos, respectivamente – é uma prova de que a relação entre americanos e cubanos pós-revolução chegou a ser amistosa, ainda que por pouco tempo. Era abril de 1959, apenas três meses depois de Fidel e seus companheiros de guerrilha tomarem o poder em Havana. O líder cubano recebera um convite para conhecer Washington e aproveitou para dar as caras na Casa Branca.
Desconfiado com as ambições de Fidel, o presidente Dwight D. Eisenhower preferiu deixar a capital durante sua visita e ordenou ao vice que se encontrasse com o comandante. O encontro, embora protocolar, foi amigável. Mas a cautela de Eisenhower se provou correta pouco tempo depois. Fidel já começara a nacionalizar empresas estrangeiras, muitas das quais controladas por americanos. A relação entre os dois países foi se deteriorando e chegou a um ponto insustentável quando os americanos se empreitaram na fracassada invasão da Baía dos Porcos, em abril de 1961. Menos de um ano depois, em 3 de fevereiro de 1962, o sucessor de Einsenhower, John Kennedy, decretava a proibição das importações de qualquer produto vindo de Cuba, além das exportações americanas para a ilha castrista. 
Baseada numa lei do ano anterior, a ordem presidencial entrou em vigor no dia 7. Nestes cinquenta anos, o embargo alternou períodos de relaxamento e endurecimento, mas nunca deixou de vigorar. O Muro de Berlim caiu, a União Soviética acabou, mas os Castros continuam a defender um regime socialista em Cuba, e a restrição do comércio cubano-americano é talvez o sinal mais evidente de que, pelo menos naquela estreita faixa de mar que separa a ilha caribenha do Estado da Flórida, a Guerra Fria não acabou.
A lei que deu aval ao embargo é clara: as relações comerciais entre os dois países só poderão ser restabelecidas quando Fidel Castro e o Partido Comunista abdicarem do poder e quando todos os cidadãos americanos lesados pela nacionalização de propriedades e negócios forem ressarcidos. Nenhuma das pré-condições parece próxima de se realizar; a segunda, aliás, é virtualmente impraticável, pois o endividado governo cubano não tem recursos para indenizar empresários dos EUA. No ano passado, o presidente Barack Obama suspendeu algumas restrições a viagens e envio de remessas de cubano-americanos para parentes na ilha. E, em uma medida inédita, permitiu a americanos que invistam com até US$ 500 em pequenos negócios da iniciativa privada – e comprovadamente não ligados ao Partido Comunista. Por outro lado, Obama vem renovando a permanência de Cuba sob a antiga Lei de Comércio com o Inimigo (TWEA, na sigla em inglês), de 1917, que prevê a suspensão das relações econômicas com nações consideradas hostis aos EUA. Desde que a Coreia do Norte deixou essa lista, em 2008, só Cuba continua a ser mantida sob essa política. Para Julia E. Sweig, diretora-executiva do influente Council on Foreign Relations e uma das maiores especialistas em Cuba, Obama não quer tocar na questão do fim do embargo por “covardia política”. “O embargo ainda existe por ser de interesse político para muita gente. O status quo é mais benéfico que a mudança, tanto para pessoas de dentro da burocracia quanto para quem precisa se eleger”, diz Julia, em referência à bancada pró-embargo no Congresso americano, que garante seu assento graças ao apoio da grande comunidade cubano-americana da Flórida, historicamente contra o regime castrista, que os forçou a migrar para os Estados Unidos. Entretanto, uma pesquisa da Universidade Internacional da Flórida do ano passado mostrou que 47% dos cubano-americanos já são contra as sanções e 80% consideram que as medidas não foram bem-sucedidas. Quando se expande a amostra para todo o território americano, como fez o instituto Gallup em 2009, 60% da população se dizem a favor do restabelecimento de laços diplomáticos com Cuba. “Se olharmos para setores na economia americana, por exemplo, o estado do Arkansas, que é um produtor de arroz, ou para os diferentes produtores agrícolas, mesmo a indústria farmacêutica, é possível vislumbrar grandes aumentos na criação de empregos e na geração de renda caso o embargo caia”, afirma Julia.
Dilma Rousseff durante reunião privada com o presidente de Cuba, Raúl Castro (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
O argumento de Julia é que os EUA estão perdendo a chance de fazer negócios com um parceiro comercial natural e dando espaço para que outros países o façam. É o caso do Brasil. A presidente Dilma Rousseff esteve em Havana no mês passado e ratificou um financiamento brasileiro de US$ 600 milhões para a reforma do porto de Mariel, o mais importante de Cuba. 
Quem defende o embargo – a comunidade cubano-americana mais tradicional e políticos representantes dessa ala – alega que há uma justificativa moral. Apesar de as sanções não terem levado ao fim do regime de Castro, levantá-las sem cobrar contrapartida do governo cubano seria referendar uma situação vista por eles como inaceitável. Para Jaime Suchlicki, cubano-americano e professor da Universidade de Miami, o embargo é uma questão de coerência política. “Desde o governo de Jimmy Carter, a política do governo americano é apoiar processos democráticos na América Latina e retirar sua ajuda aos regimes militares. Cuba é um regime militar”, argumenta. Além disso, Suchlicki acredita que a o fim das sanções não pode ser unilateral, Cuba precisa ceder antes que o governo americano suspenda as sanções. “Imagine que os EUA encerrem o embargo amanhã. Se o governo de Cuba não permite que as corporações americanas entrem no país, não permite que façam negócios lá, o que mudou?”, diz.
A ala pró-embargo do Congresso – liderada pelos cubano-americanos Ileana Ros-Lehtinen, Mario Diaz-Balart, Albio Sires e David Rivera – argumenta que o embargo deve ser mantido até que uma transição para um governo democrático ocorra em Cuba. “Raul e Fidel Castro são os únicos que podem dar o primeiro passo, porque os EUA não vão encerrar o embargo até que haja eleições livres em Cuba”, afirma Rivera. A capacidade de autodeterminação do povo cubano, para o congressista, depende disso.
Ironicamente, a autodeterminação de Cuba é um dos principais argumentos dos analistas contra o embargo. Para Sarah Stephens, do Centro para Democracia nas Américas, há um desejo muito grande entre os cubanos de decidir seu próprio destino, sem a interferência estrangeira. “Cuba quer decidir seu futuro por si mesma. Por haver uma relação histórica entre EUA e Cuba, os cubanos são particularmente sensíveis ao meu país dizendo a eles, ditando a eles o que Cuba deve ser. A medida certa e inteligente seria observar e aprender com o que está acontecendo no país, apoiando e encorajando as mudanças que consideremos positivas”, diz. 
O economista e dissidente cubano Oscar Espinosa Chepe concorda. Para ele, as sanções dão ao regime de Castro a grande justificativa por seus fracassos na economia. “O embargo serviu como álibi, justificativa, para o desastre nacional, que não é produto do embargo, e sim da má condução da economia”, explica. “Queremos restabelecer as relações com os EUA, mas com respeito. Temos orgulho de sermos cubanos e não cabe a ninguém dizer como devemos ser”, conclui. Com Informações de época.com  POR professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com




Época destaca Caso Precatórios

GOVERNO

Caso precatórios: nova dor de cabeça para Eduardo

Revista revela que o governador, absolvido pelo STF, foi condenado, em processo administrativo, pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional

Publicado em 04/02/2012, às 20h34

Ayrton Maciel   Fonte: jconline/época

Por: professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com

Absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2003, como mentor da emissão de títulos do Estado de Pernambuco, ocorrida em 1996, o governador Eduardo Campos (PSB) ainda tem a operação como uma sombra na sua carreira política. Então secretário da Fazenda do governo Miguel Arraes (1995/1998), seu avô, Eduardo autorizou a operação a pretexto de pagamento de precatórios judiciais.
Edição da revista Época deste fim de semana revela, com exclusividade, que o governador e presidente nacional do PSB foi condenado, em 2009, em processo administrativo, pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) - órgão que julga recursos contra penalidades aplicadas pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários - como responsável pela operação considerada lesiva ao Estado e que ficou conhecida como o “Escândalo dos Precatórios”. A condenação atinge, também, a dois ex-diretores do privatizado Banco do Estado de Pernambuco (Bandepe).
A condenação, de acordo com a Época, veio em 4 de dezembro de 2009. O governador e os ex-diretores do Bandepe Wanderley Benjamin de Souza e Jorge Luiz Carneiro de Carvalho foram julgados pelo Conselho por ter havido “infração grave” na negociação irregular de títulos públicos. Os três estão proibidos de exercer cargos de direção na administração de instituições financeiras fiscalizadas pelo Banco Central -, no caso, bancos públicos e privados -, pelo período de três anos, prazo que vigorará até dezembro deste ano. Advogados do governador protocolaram, em dezembro de 2011, petição no CRSFN que requer que seja revista a condenação administrativa.
Na tarde deste sábado (4), com a circulação da revista, a Secretaria estadual de Imprensa divulgou nota, na qual o governo afirma que a revista Época “tenta dar ares de escândalo a matéria julgada, por unanimidade, pelo STF” e acrescenta que o Senado, o TJPE, o TCE e a Assembleia Legislativa também reconheceram “a absoluta regularidade da emissão de títulos públicos para pagamento de precatórios judiciais”.
Em 1996, Eduardo era o secretário da Fazenda e integrava o Conselho de Administração do Bandepe. Em 1997, então deputado federal, depôs na CPI do Congresso Nacional que investigou fraudes com títulos públicos para pagar precatórios.
A revista diz que os documentos do processo administrativo (Banco Central, nº 0101090149), aos quais teve acesso, levaram à condenação de Eduardo por ter “assinado documentos que permitiram a fraude da emissão de títulos, a pretexto de pagamento de precatórios judiciais, em valores muito acima do débito”. No julgamento do governador, com pareceres da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, o Conselho teria considerado que, como secretário da Fazenda “tinha conhecimento de toda a operação e permitiu, ou deliberadamente provocou”, o envolvimento do banco no negócio lesivo ao Estado”.
No caso de Pernambuco, dívidas vencidas de R$ 234.618,05, pendentes em 5 de outubro 1988, viraram a justificativa para o Estado emitir, entre junho e novembro de 1996, R$ 480 milhões em títulos estaduais.

Governo Britânico quer restringir o acesso a pornografia

Em breve os ingleses devem ter mais dificuldade para acessar o conteúdo “adulto” da internet. O governo britânico estuda a aprovação de medidas que devem limitar o acesso a sites de pornografia apenas para pessoas que pediram expressamente ao servidor da internet para liberar o conteúdo.
O objetivo da medida, proposta pelo diretor de um grupo de mães cristãs, é restringir o acesso de crianças a sites inadequados para a sua idade. Os pais poderiam usar um site chamado Parentport (algo como “portal dos pais” em português), para denunciar material pornográfico na internet. Todos os sites de pornografia seriam bloqueados, e apenas os usuários que requisitassem para o servidor o desbloqueio do material adulto poderiam ver pornografia.
O primeiro ministro inglês, David Cameron, já se declarou favorável às medidas para evitar que crianças tenham contato com o imaginário sexual. Além do bloqueio dos sites, podem ser banidas propagandas com teor sexual e até mesmo roupas infantis tidas como sensuais. Estas ideias foram divulgadas em um documento, intitulado “deixe as crianças serem crianças”, em junho deste ano. E agora ganharam força novamente, por cause de um encontro entre Cameron e a organização de mães cristãs.
Quem provavelmente gostará dessa novidade é a indústria pornográfica. Com a proliferação dos sites de vídeos adultos gratuitos, imagino que o lucro com os vídeos pagos, revistas e canais a cabo tenha diminuído muito. Após a restrição da pornografia na internet, provavelmente as revistas e DVDs voltarão para baixo da cama de muitos adolescentes.
Acho importante a iniciativa de proteção à infância. Mas não sei se as medidas precisariam ser tão radicais. E as pessoas sem filhos, por que não podem ver pornografia? Muitos acreditam que os sites pornôs incitam a violência contra as mulheres, ou mesmo que comprometem a performance masculina. Até já tentaram banir revistas de conteúdo adulto das clínicas de reprodução! Eu não acho que a solução seja essa. Se eu fosse Cameron, iria propor que as pessoas com filhos ligassem para os servidores para bloquear os sites, e não o oposto.
O que vocês acham? Concordam com as medidas propostas? Você se importaria de ter o conteúdo adulto bloqueado na sua casa? Deixe um comentário.
Fonte:Margarida teles(época)    Por: professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Veículo em formato de bota

A fabricante de botas dos Estados Unidos L.L. Bean construiu um veículo em formato de bota para comemorar o aniversário de 100 anos da companhia, fundada em 1912. O carro chamado de "Bootmobile" fará uma turnê pelos EUA. Por professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com  Fonte:G1
'Bootmobile' em rodovia em Freeport, no estado do Maine. (Foto: Pat Wellenbach/AP)'Bootmobile' em rodovia em Freeport, no estado do Maine. (Foto: Pat Wellenbach/AP)
'Bootmobile' foi fotografado em uma rua em Kissimmee. (Foto: Lincoln Benedict/L.L. Bean/AP)'Bootmobile' foi fotografado em rua em Kissimmee, na Flórida. (Foto: Lincoln Benedict/L.L. Bean/AP)
Veículo foi criado pelo fabricante de botas L.L. Bean. (Foto: Lincoln Benedict/L.L. Bean/AP)Veículo foi criado pelo fabricante de botas L.L. Bean. (Foto: Lincoln Benedict/L.L. Bean/AP)

COMPARAÇÃO

Quanto vale a dignidade humana?

Os gastos da Prefeitura por cada animal que foi retirado do Pinheirinho é quase o dobro do valor da bolsa aluguel paga às famílias. O custo mensal cobrado pela clínica contratada para cuidar de cada animal é de R$ 900 mensais. O auxílio aluguel pago às famílias retiradas do Pinheirinho equivale a R$ 500.
(3'33'' / 833 Kb) - Chega às raias do escárnio, ou da piada de mau gosto: Um cão de estimação deixado por seu dono, no terreno do Pinheirinho, vale R$ 900,00 por mês, para a prefeitura de São José dos Campos, enquanto cada família desalojada de seu lar, sem eira nem beira, é agraciada com míseros R$ 100,00, da mesma Prefeitura. É o que está no site da uol  pra quem quiser conferir (http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/02/01/gasto-por-animal-retirado-do-pinheirinho-e-quase-o-dobro-da-bolsa-aluguel-paga-as-familias.htm). 
Então, para o administrador público, o princípio da dignidade humana tem seu preço. Vejam lá: as famílias despejadas de suas casas no Pinheirinho, em São José dos Campos, estão em abrigos, perambulam pela cidade em busca de imóveis, cujo preço do aluguel não é inferior a R$ 800, na média. Não tem eira, nem beira, nem fiador, e, pois, não encontram quem os queiram como inquilino. Como ajuda humanitária começaram a receber do governo do Estado, a título de bolsa aluguel, o valor caprichado de R$ 400,00. A prefeitura de São José dos Campos, também tão solidária, contribui com R$ 100,00, para essa tal bolsa aluguel.  E, assim, somando-se tudo, cada família receberá nos próximos seis meses R$ 500,00/mês, para pagar um aluguel. Sem esquecer que muitos terão que comprar seus bens móveis para substituir o que ficou sob as pás dos tratores que limparam o terreno.
Ao mesmo tempo, o município de São José dos  Campos, a fim de  evitar propagação de doenças, abrigou os 240 animais que foram deixados no Pinheirinho e, como não havia vagas suficientes no canil municipal, os cães estão muito bem alojados num canil particular, chamado Animalis, que cobra preço de mercado, em torno de míseros R$ 30,00 por dia, por animal, ou seja, coisa de R$ 900,00 por mês, por cada bichinho.  Defensores dos animais podem ficar descansados: nota da prefeitura garante que "os animais estão recebendo cuidados veterinários, alimentação, vermífugo e vacinas".  Já as crianças e idosos que foram arrancados de suas casas, por certo, não estão tão bem. Deve haver criança sem alimentação balanceada, sem cama confortável, sem escola e com verminose. E a Prefeitura, que usa dinheiro público de modo atabalhoado, para dizer o mínimo, ante o reclamo das famílias que sentem preconceito e rejeição na hora de alugar um imóvel, está oferecendo a quem quiser uma "carta de referência". Referência de quê?
 De que são gente, de que, apesar dos pesares valem mais que um cão, de quem dignidade, de que merecem morar e pagar um aluguel com os quinhentos reais?!  Se a notícia é mesmo verdadeira,  é escárnio e deboche que ferem ostensivamente a dignidade humana. Se assim for, o município de São José dos Campos e o Estado de São Paulo têm que responder por isso.
Dora Martins é Integrante da Associação Juízes para a Democracia.
Fonte:radioagenciaanp Por professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com

Brasil: de empresa internacionalizada à uma sociedade biocentrada

Há interpretações clássicas sobre a formação da nação-Brasil. Mas esta do cientista político Luiz Gonzaga de Souza Lima é seguramente singular e adequada para entender o Brasil no atual processo de globalização: A Refundação do Brasil: rumo a uma sociedade biocentrada (Rima,São Carlos 2011). Seu ponto de partida é o fato brutal da invasão e expropriação das terras brasileiras pelos “colonizadores” à base da escravidão e da superexploração da natureza.
Não vieram para fundar aqui uma sociedade mas para montar uma grande empresa internacional privada, uma verdadeira agro-indústria, destinada a abastecer o mercado mundial. Ela resultou da articulação entre reinos, igrejas e grandes companhias como a das Índias Ocidentais, Orientais, a Holandesa (de Mauricio de Nassau), com navegadores, mercadores, banqueiros, não esquecendo as vanguardas modernas, dotadas de espírito de aventura e de novos sonhos, buscando novos conhecimentos e enriquecimento rápido.
Ocupada a terra, para cá foram trazidas matrizes (cana de açúcar e depois café), tecnologias modernas para a época, capitais e escravos africanos. Todos eram considerados “peças” a serem compradas no mercado e como carvão a ser consumido nos engenhos de açúcar. Com razão afirma Souza Lima: ”o resultado foi o surgimento de uma formação social original e desconhecida pela humanidade até aquele momento, criada unicamente para servir à economia; no Brasil nasceu o que se pode chamar de ‘formação social empresarial”.
A modernidade no sentido da utilização da razão produtivista, da vontade de acumulação ilimitada e da exploração sistemática da natureza, da criação de vastas populações excluídas, nasceu no Brasil e na America Latina. O Brasil, neste sentido, é novo e moderno desde suas origens.
A Europa só pôde fazer a sua revolução, chamada de modernidade, com seu direito e instituições democráticas, porque foi sustentada pela rapinagem brutal feita nas colônias. Com a independência política do Brasil, a formação social empresarial não mudou sua natureza. Todos os impulsos de desenvolvimento ocorridos ao longo de nossa história, não conseguiram diluir o caráter dependente e associado que resulta da natureza empresarial de nossa conformação social. A tendência do capital mundial global ainda hoje é tentar transformar nosso eventual futuro em nosso conhecido passado. Ao Brasil cabe ser o grande fornecedor de commodities para o mercado mundial, sem ou com parca tecnologia e valor agregado.
A empresa Brasil é a categoria-chave, segundo Souza Lima, para se entender a formação histórica do Brasil e o lugar que lhe é assinalado no processo atual de globalização desigual.
O desafio consiste em gestar um outro software social que nos seja adequado, que nos desenhe um futuro diferente. A inspiração vem de algo bem nosso: a cultura brasileira. Ela foi elaborada pelos escravos e seus descendentes, pelos indígenas que restaram, pelos mamelucos, pelos filhos e filhas da pobreza e da mestiçagem. Gestaram algo singular, não desejado pelos donos do poder que sempre os desprezaram e nunca os reconheceram como sujeitos e filhos e filhas de Deus.
O que se trata agora é refundar o Brasil, “construir, pela primeira vez, uma sociedade humana neste território imenso e belo; é habitá-lo, pela primeira vez, por uma sociedade humana de verdade, o que nunca ocorreu em toda a era moderna, desde que o Brasil foi fundado como uma empresa; fundar uma sociedade é o único objetivo capaz de salvar nosso povo”.Trata-se de passar do Brasil como Estado economicamente internacionalizado para o Brasil como sociedade biocentrada.
Ao refundar-se como sociedade humana biocentrada, o povo brasileiro deixará para trás a modernidade apodrecida pela injustiça e pela ganância e que está conduzindo a humanidade para um abismo. Não obstante, esta modernidade entre nós, bem ou mal, nos ajudou a forjar uma infra-estrutura material que pode permitir a construção de uma biocivilização que ama a vida em todas as suas formas, que convive pacificamente com as diferenças, dotada de incrível capacidade de integrar e de sintetizar os mais diferentes dados e valores.
É neste contexto que Souza Lima associa a refundação do Brasil às promessas de um mundo novo que deve suceder a este que está agonizando, incapaz de projetar qualquer horizonte de esperança para a humanidade. O Brasil poderá ser um nicho gerador de novos sonhos e da possibilidade real de realizá-los em harmonia com a Mãe Terra e aberto a todos os povos.
Leonardo Boff é autor de “Depois de 500 anos, que Brasil queremos, Vozes, Petropolis 2000.
Fonte:leonardoboff.com 
Por professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com

Democracia Real Já !

Democracia Real Já!   Roberto Robaina
2011 é um ano que não terminou. A irrupção das massas populares árabes colocou novamente com força a ideia da revolução no cenário do mundo e na consciência de milhões de homens e mulheres de todos os continentes. A Tunísia abriu as comportas. Um levante urbano e democrático derrubou a ditadura. O ato seguinte foi mais difícil, porque a ditadura de Mubarak, historicamente apoiada por Israel e pelos EUA, usou com mais rigor o poder das armas do regime militar do estado burguês; mesmo assim os egípcios também venceram e as liberdades democráticas conquistadas alteraram a correlação de forças em toda a região, revigorando a luta palestina, colocando o Estado racista de Israel contra as cordas. A partir daí a revolução tinha se estendido para praticamente todos os países árabes.
Já estávamos em plena primavera árabe. Até que a revolução foi parada no solo líbio. O povo heroico tomou as ruas, iniciava-se a revolução com a conquista de territórios inteiros, mas a ditadura de Kadaffi impediu que o movimento de massas conquistasse a autodeterminação do país. Usando forças mercenárias, derramou o sangue de milhares de pessoas. Com a contrarrevolução deflagrada por Kadaffi, as forças imperialistas tiveram sua chance de intervir com a OTAN e facilitar sua intervenção política no país. Finalmente Kadaffi caiu, muito mais pela ação dos insurgentes do que pela intervenção da OTAN. A vitória das massas, contudo, custou mais caro porque o novo governo assumiu com um nível de associação com forças imperialistas que tem interesses opostos á revolução árabe. Mas o descompasso, e mais do que isso a oposição, entre os interesses das massas e dos novos governos é uma característica comum de todo este processo. A revolução não foi concluída. E não se trata apenas de nossos desejos. As ruas dizem isso, tanto na Tunísia quanto no Egito, que já tiveram uma revolução democrática vitoriosa, quanto nos demais países árabes em que a revolução ainda não venceu seu primeiro round.
Agora, nestes dias, quando o ano de 2012 apenas começa, as portas da ditadura da Síria estão prestes a serem postas abaixo. A divisão no exército prova a força que adquiriu a revolução. Apesar dos milhares de mortos, o povo não foi detido. Por incrível que pareça, em escala de massas, o medo foi perdido. A queda de Bashar Al-Assad pode ser a próxima vitória da revolução em 2012.
2011 é o ano que não terminou também porque a Grécia, o país fundador da filosofia ocidental, começou a se estabelecer como palco das revoluções anticapitalistas da Europa. Foram inúmeras greves gerais, protestos de rua, ações de massas contra os planos de ajuste impostos pela burguesia grega em aliança com a burguesia da França e da Alemanha. Veremos novos levantes gregos, deste país que foi vanguarda na luta contra o nazismo e que novamente se prepara para ser vanguarda da luta socialista. Não é á toa que o Synaspismos e o Partido Comunista da Grécia, duas agremiações de esquerda e que estão contra os planos capitalistas, tem cerca de 30% de apoio nas pesquisas de opinião recente feitas no país. E a Grécia não estará sozinha. Veremos novamente os trabalhadores portugueses e os indignados espanhóis. E não faltarão marchas na França, na Alemanha, greves gerais e protestos no velho continente. Não queremos dizer com isso que o caminho será fácil. Longe disso. A burguesia se esforça para reduzir o nível de vida dos trabalhadores europeus. Os partidos anticapitalistas ainda são fracos e muitos deles estão desarticulados. O desespero de parcelas do povo não é bom conselheiro e a direita – e até a extrema-direita – explora a confusão e o atraso na consciência jogando trabalhadores contra trabalhadores, operários brancos contra imigrantes, nacionalidades contra nacionalidades. Mas o recado dado em 2011 não será esquecido: somos 99% contra 1%. Foi o maior recado dado pelo Ocupy Wall Street. O desafio é este: transformar a resistência anticapitalista em ofensiva revolucionária contra o capitalismo. Este é o único caminho para evitar a catástrofe social e ambiental que ameaça o mundo.
O Brasil e a América Latina não estão desconectados. Nos anos 90 e início dos anos 2000, as maiores lutas políticas tiveram nosso continente como palco. Governos como de Hugo Chavez, na Venezuela, Rafael Correa, no Equador, e Evo Morales na Bolívia foram eleitos em processos eleitorais, mas somente se explicam como produtos de insurreições populares. No Brasil o PT resolveu se antecipar e conciliar com a burguesia para que Lula fosse presidente em 2003. Nas urnas o povo optou pelo PT, mas o programa petista já estava limitado a busca por desenvolver o capitalismo brasileiro. A bandeira socialista nem mesmo para dias de festas foi usada e os recursos públicos, desde a posse de Lula, estão sendo usados para financiar e promover grandes empresas capitalistas brasileiras. Se achando vitorioso neste processo, o petismo resolveu promover a expansão dos investimentos dos capitalistas brasileiros para a América Latina e aconselhar os governos locais, Chavez, Morales, Correa, entre eles, que o capitalismo é o único horizonte possível. Maus conselhos.  Quando a crise do capital é mundial o PT se orgulha de ser seu gerente.
Mas o capitalismo brasileiro não traz melhorias dignas de nota para o povo. Com a saúde pública desassistida, pessoas morrem enquanto esperam atendimento nos corredores dos hospitais, uma tragédia cotidiana no país. Mais de 13 milhões de famílias recebendo menos de 50 dólares por mês tampouco pode ser considerado um orgulho para o país. Mostra que o Brasil não tem emprego para seu povo. Os governos e os capitalistas condenam milhões ao desemprego e à exclusão e querem uma mão de obra barata a serviço do capital. Basta ver os salários absurdos e as condições de trabalho indignas dos trabalhadores que estão nas obras do PAC e construindo as obras da copa, num país em que estádios valem mais do que escolas e hospitais.  Um país em que mais de 10% do povo ainda não tem garantido o direito à educação, vivendo no analfabetismo. Um país, ademais, que o crime organizado está internado nas instituições do poder, promovendo assassinato de juízes e ativistas. Para não falar da corrupção, marca dos partidos e dos políticos tradicionais. Um país, finalmente, em que o governo do PT protege os desmatadores e ameaça o Código Florestal, com o PC do B convertendo a sigla “comunista” em admirada e elogiada pelos latifundiários.
Enganam-se, portanto, os que acreditam que o Brasil está bem. Nem mesmo a economia capitalista está tão estável como propagam seus apologistas. O Brasil encerrou 2011 com um dos crescimentos mais baixos entre os chamados emergentes. O país é o quinto que menos cresceu, em um grupo de 24 analisados, estima a consultoria britânica EIU (Economist Intelligence Unit). E deve repetir, em 2012, uma expansão ainda moderada. Um pouco mais de 3%. O balanço de Dilma é pior do que os celebrados 4,5% médios do segundo mandato do presidente Lula (2007-2010).
Matéria da FS mostrou que “embora a crise externa seja uma das causas da desaceleração, analistas dizem que os motores domésticos do crescimento começam a dar sinais de fadiga. O enfraquecimento do setor fabril, por exemplo, é um problema de difícil conserto. O crescimento da indústria do país caiu de 10% em 2010 para 0,8% no ano passado. Em 2011, o setor industrial teve o segundo pior desempenho entre 24 nações emergentes. Segundo a EIU, o Brasil só superou a Tailândia, afetada por graves enchentes. A expansão do crédito, que incentivou o consumo nos últimos anos, tem perdido fôlego porque as famílias estão estranguladas em dívidas”.
E qual o plano do governo? Incentivar os capitalistas e arrochar os salários do povo. As propostas de mudança da previdência são para contar direitos, além de atacar os aposentados e os servidores federais, estaduais e municipais. Como se fosse pouco, os governantes burgueses liberam aumentos abusivos das tarifas públicas e cortam investimentos que interessam ao povo. O governo federal não mede esforços para garantir altíssimo superávit fiscal, direcionando estes recursos aos bancos e fundos de pensão.
Por isso estamos assistindo às revoltas dos estudantes e jovens do Espirito Santo e de Teresina. Por isso vimos a greve dos trabalhadores da Policia Militar do Ceará, que seguiram o exemplo dos heroicos bombeiros cariocas que em 2011 derrotaram Sérgio Cabral do PMDB. Por isso em 2012 teremos mais trabalhadores e jovens lutando pelos seus direitos. Aí estarão militantes do PSOL. Cada vez mais se impõe a necessidade de um partido que saiba aprender destas lutas, conecta-las, articular os movimentos sociais com um projeto alternativo capaz de mobilizar milhões por um novo tipo de estado e de poder. A Fundação Lauro Campos não medirá esforços neste sentido. E em contribuir para conectar o Brasil com o mundo. Porque também aqui somos 99% contra 1%. Também aqui mais do que nunca precisamos de Democracia Real Já!
Roberto Robaina – Presidente da Fundação Lauro Campos e Membro da Executiva Nacional do PSOL
Fonte:blog Luciana Genro Por professoredgarbomjardim-pe.blospot.com