sábado, 4 de julho de 2020

Catedral reabre com Jesus negro em pintura de última ceia no Reino Unido


Quadro A Última Ceia, da artista Lorna May WadsworthDireito de imagemLORNA MAY WADSWORTH
Image captionApoiadora do movimento Black Lives Matter em St Albans diz que o quadro da catedral causou uma conversa sobre o tema na comunidade

Uma pintura da Santa Ceia mostrando um Jesus negro foi instalada em uma catedral no Reino Unido, em um movimento que ativistas descreveram como uma "declaração ousada". O quadro, da artista Lorna May Wadsworth, foi colocado no Altar dos Perseguidos na ala norte da Catedral católica de St Albans, cidade a cerca de 35 km de Londres.

A igreja afirmou que tomou tal atitude em "apoio ao movimento Black Lives Matters" (vidas negras importam, em tradução livre), que registrou manifestações com cerca de 1000 pessoas na cidade. O trabalho original, pintado em 2010, já havia sido alvo de um tiro quando foi exibido em uma igreja de Gloucestershire.

Um apoiador do movimento na cidade disse que o uso do quadro pela catedral causou uma conversa mais ampla entre a comunidade.

A artista usou um modelo jamaicano de base para sua interpretação da obra do século XV de Leonardo da Vinci, e disse que ela queria "fazer as pessoas questionarem o mito ocidental de que Jesus Cristo tinha cabelo claro e olhos azuis".

A Last SupperDireito de imagemLORNA MAY WADSWORTH
Image captionO reverendo Jeffrey John, decano da catedral, disse: "Nossa fé ensina que somos todos feitos igualmente à imagem de Deus, e que Deus é um Deus de Justiça".

Responsáveis pela catedral informaram que a pintura de 2,6 metros de altura foi parte de uma instalação para marcar a reabertura da igreja, e convidar as pessoas a "olhar com olhos renovados para algo que você pensa que já conhece".

Em uma nota oficial, a catedral informou: "Nós apoiamos o movimento Black Lives Matter como aliados em prol da mudança, construindo uma comunidade forte e justa onde a dignidade de todos os seres humanos é honrada e celebrada, onde as vozes pretas são ouvidas, e onde vidas negras importam".

Um porta-voz acrescentou que era o "sentimento [do movimento] que nós apoiamos, e que não apoiamos de maneira acrítica nenhuma organização política".

The Last Supper by Leonardo da VinciDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPintura de Da Vinci mostra a cena da Última Ceia conforme narrada no Evangelho de João

O grupo do BLM para St Albans, que não é afiliado ao movimento nacional e é um grupo criado separadamente para a resposta da cidade ao movimento, disse que a pintura não tem objetivo de ser um retrato preciso da aparência de Jesus, mas de "promover uma conversa sobre como a história é frequentemente embranquecida".

Shelley Hayles, representante do grupo, afirmou: "Grande parte da nossa sociedade não tem problema em aceitar um retrato impreciso do Jesus 'branco', mas são rápidos a questionar o Jesus 'preto' e esse é só mais um exemplo do racismo sistêmico no Reino Unido", diz.

"A declaração corajosa da Catedral de St Albans trouxe uma conversa para a comunidade que seria pouco provável antes do Black Lives Matter ganhar espaço".

A instalação causou debate na página da catedral no Facebook, com uma postagem dizendo: "Por que precisamos transformar tudo em uma questão de cor? Se Jesus foi de Jesusalém teria provavelmente sido mais escuro, mas ele nos ensinou a amar a todos, essa é a minha crença".

Outros tinham opinião diferente: "Eu acho que é uma iniciativa muito bem-vinda. Obrigada por isso, é necessário".

BBC

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Covid-19 mata 64.365 brasileiros




O Brasil registrou, nas últimas 24 horas, 37.923 novos casos do novo coronavírus e 1.111 mortes pela Covid-19. 
O país soma um total de 1.578.376 casos registrados, 64.365 mortes e 876.359 recuperados. 
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Renato Feder: cotado para ministro da Educação já propôs privatizar todas as escolas e universidades


Renatoo FederDireito de imagemAGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS PARANÁ
Image captionNa secretaria do Paraná, Feder tem investido em programa de aulas não presenciais durante a pandemia

Principal nome cotado atualmente pelo presidente Jair Bolsonaro para ser o novo ministro da Educação, o empresário Renato Feder, paulista de Mogi das Cruzes, ocupa desde janeiro de 2019 o cargo de secretário de Educação do Paraná, a convite do governador Ratinho Junior (PSD).

Mestre em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e graduado em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), segundo currículo informado no site do governo do Paraná, Feder fez carreira no setor de tecnologia.

Destacou-se como executivo depois de assumir, nos anos 2000, a sociedade na Multilaser, à época uma pequena empresa de reciclagem de cartuchos para impressoras herdada pelo amigo de infância de Feder, Alexandre Ostrowiecki.

Sob o comando dos dois, de acordo com reportagem publicada em março de 2018 pela revista IstoÉ Dinheiro, a companhia tornou-se uma bilionária da tecnologia, com faturamento superior a R$ 2 bilhões e escritório na Brigadeiro Faria Lima. Antes, Feder havia passado pela construtora Promon e pela consultoria de crédito Serasa.

Foi também em parceria autoral com Ostrowiecki que Feder publicou, em 2007, o livro Carregando o Elefante - Como Livrar-se do Peso que Impede os Brasileiros de Decolar, em que os dois autores defendem um plano detalhado de "desconstrução do Estado", que definem como um processo profundo de eliminação do Estado "em todas as atividades que hoje ele faz mas que poderiam ser repassadas à iniciativa privada, como a educação", mantendo o princípio de governo pequeno.

O livro defende que a iniciativa privada é "intrinsecamente mais eficiente na gestão de qualquer coisa".

Renato FederDireito de imagemGOVERNO DO ESTADO DO PARANA
Image captionLivro de coautoria de Feder defende legalização das drogas e redução das Forças Armadas

Ao assumir o cargo no Paraná, Feder trouxe consigo para o primeiro escalão da Secretaria nomes que vieram da iniciativa privada, especialmente da área de tecnologia, voltados a acelerar a transformação digital na educação pública, de acordo com o site da Secretaria do Estado.

O governo do Paraná também informa que ele foi professor da Educação de Jovens e Adultos, lecionou matemática por dez anos, além de ter sido diretor de escola por oito anos. Também foi assessor voluntário da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

"Assim como é melhor que uma empresa privada frite hambúrgueres do que o governo, o mesmo ocorre no caso de uma escola", afirma o livro de Feder e Ostrowieck.

No caso da proteção às pessoas contra a miséria absoluta, por exemplo, o livro defende que o ideal é passar o máximo dessa tarefa para organizações não governamentais e "deixar para o governo apenas casos emergenciais".

Na saúde, o livro também defende privatizar todos hospitais e postos de saúde, cabendo à assistência social pagar planos de famílias que comprovarem incapacidade de fazê-lo.

Para a Previdência, a proposta é "abolir completamente a previdência, tanto do setor público quanto do setor privado. Cada pessoa decide se quer ou não realizar plano privado de previdência social".

Cita como exemplo positivo o Chile, apontado como "nação com uma série de características semelhantes com as do Brasil e que está rapidamente se livrando do status de país pobre".

Educação privada e mais ricos nas melhores escolas

No capítulo do livro sobre Educação, Feder cita problemas atuais, como o mau desempenho dos alunos brasileiros em português e matemática e a ineficiência dos gastos, e questiona: "É o Estado a entidade certa para operar dezenas de milhares de escolas? Será que o controle público é a melhor forma de gerir um colégio, escolher material didático, pagar professores e cuidar da manutenção? No caso da maioria das nações do planeta, a resposta ainda é sim, apesar de que esse quadro pode estar mudando".

"Em quase todos os países", prossegue o texto, "o governo opera um sistema público e gratuito de educação. No entanto, uma série de casos de sucesso inquestionável está mudando a visão dos especialistas a respeito da melhor estrutura educacional e apontando as vantagens dos sistemas de vouchers", afirma, referindo-se ao sistema em que "o Estado paga, os pais escolhem, as escolas competem, o nível de ensino sobe e todos saem ganhando".

O texto, no entanto, pondera que os vouchers são controversos e malvistos pelo "establishment do ensino", porque, de modo geral, "contorna o poder dos sindicatos dos professores".

Entre as propostas para a educação apresentadas no livro estão "privatizar todas as escolas e universidades públicas, implantando o sistema de vouchers. Para cada aluno matriculado o governo paga uma bolsa diretamente à escola. Cada escola pode optar se receberá apenas a verba do governo ou se cobrará uma taxa extra", resume.

Presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Educação Carlos Alberto DecotelliDireito de imagemPALÁCIO DO PLANALTO
Image captionO economista Carlos Alberto Decotelli perdeu o cargo após seu currículo ter sido questionado

"À primeira vista, a questão do preço pode parecer um pouco cruel, uma vez que, na prática, deixará as famílias mais carentes de fora das melhores escolas. No entanto, não podemos nos esquecer que isso já ocorre hoje em dia, com o agravante de que as escolas de base hoje são de péssima qualidade". O foco da proposta, defende, é permitir que "todos tenham acesso a escolas de nível pelo menos aceitável".

A proposta dos vouchers também tem a simpatia do ministro da Economia, Paulo Guedes. No Chile, onde o programa de vouchers foi implementado nacionalmente durante os anos 80, a principal crítica é de que o modelo aumentou a desigualdade.

No modelo de governo mínimo previsto no livro, o papel do Ministério da Educação, pasta que agora Feder poderá passar a comandar, seria chefiar o programa nacional de vouchers e o sistema de testes e ranqueamento das escolas e universidades.

É responsável por garantir que toda família tenha um voucher adequado e que as crianças estejam na escola. Cuida também de tornar pública e transparente a qualidade dos cursos no Brasil.

O livro também defende bandeiras que conflitam com a agenda do presidente Jair Bolsonaro, como a legalização das drogas ("legalizar todas as drogas hoje proibidas, desde que consumidas em locais pré-determinados e que seja proibido fazer propaganda") e reduzir fortemente as Forças Armadas.

Jair Bolsonaro usando máscaraDireito de imagemREUTERS
Image captionBolsonaro escolheu Decotelli para a Educação após a saída de Abraham Weintraub; Feder é atual favorito

Apoio a Doria barrou nomeação mais cedo

Em publicação no dia 25 de junho, o Blog do Camarotti, do portal G1, afirmou que a indicação do secretário estadual da Educação no Paraná para o Ministério da Educação não foi adiante mais cedo em razão da relação próxima que ele teve com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Por isso, Bolsonaro acabou anunciando Carlos Alberto Decotelli como novo ministro da Educação, decisão que teve o aval da ala militar do governo. Ele pediu demissão após revelações de que havia incluído uma série de informações falsas no currículo.

Com a queda de Decotelli, o nome de Feder voltou a ganhar força.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Sepultamento de Dona Neném, mãe de Laurivan será nesta sexta-feira, às 16 horas


Faleceu aos 68 anos de idade a Senhora Isveline Gomes Barbosa,(Dona. Neném),  casada com o Senhor Lula da carreta, com quem teve quatro filhos e é   avó de 5 netos. Dona Neném, era uma pessoa muito querida por todos os moradores do bairro Noelândia. Mulher íntegra, sensível e vibrante. Seu corpo está sendo velado em sua residência na Vila Noelândia. O sepultamento acontecerá às 16 horas desta sexta-feira, dia 03 de julho de 2020. 
A família enluta agradece desde já,  a solidariedade e o comparecimento de amigos e familiares

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 2 de julho de 2020

A sociedade e as desconexões


Lembro-me quando adolescente de profecias maravilhosas. Afirmavam que a tecnologia mudaria radicalmente o mundo.Teríamos dias de descanso, sem preocupações com o trabalho e as guerras seriam inibidas pelas amizades internacionais. Mas não me esqueço que havia ditaduras militares e desigualdades sociais permanentes.Portanto, a desconfiança me invadia. Já avistava ambiguidades e ambições que consolidavam o capitalismo. Gostaria que as harmonias acontecessem, porém como firmar futuros?

Hoje, escuto ruídos constantes. As insatisfações são grandes e não se espera sossegos. Mascara-se o rosto com cores escuras. Parece que a ficção mais tenebrosa quer sacudir o cotidiano. Muitos desencontros, mente-se com fôlego, formam-se milícias. Há quem defenda armas e critique generosidades. Há governos genocidas e retornos aos fascismos com trevas violentas. Não sei se cabem sonhos, embora não se possa jogar a sociedade nos abismos medonhos. Somos seres cercados por instabilidades e relações tensas. Tudo embaralhado e os medos atiçam insônias e exclamações.

A memória não deixa que o passado se apague. Ela seleciona e inquieta. As épocas históricas se entrelaçam, não há como fixar fantasias progressivas e esperar a animação de máquinas companheiras. Os objetos são inventados para suprir lacunas, trazem imagens inesperadas e podem esvaziar sentimentos, Se o tempo se lança e desafia, a história celebra possibilidade de dias homogêneos e desejos que se completam.Se tempo se desfia, o desconhecido incomoda e a vida se esconde na intriga justificada.

Não adianta ter uma escrita sintonizada. Ela deve seguir curvas. O homogêneo significa fraternidade e não a morte das diferenças. Não há medidas determinadas. Por isso que surgem desertos, mares com ilhas estranhas, narrativas soltas. Pense nas viagens de Ulisses, pense numa embarcação sem cais iluminado, pense na nostalgia. A literatura se encerraria sem a despedida. Ela existe , porque as desconexões são fortes. Como não citar as tatuagens invisíveis e estimular a construção de outras estradas sem as travessuras dos poetas?

A astúcia de Ulisses
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Tecnologia e transporte: novo trem-bala do Japão


N700S pode chegar a até 360 km/h, tem mais conforto e baterias internas de íons de lítio, permitindo que se mova sozinho até um local seguro caso um terremoto interrompa o fornecimento de energia

A companhia ferroviária Central Japan Railway Company (JR Central) colocou em operação nesta quarta-feira (1) uma nova geração do "trem-bala" japonês, o Shinkansen. O modelo N700S (S de "Supremo", como frisa a empresa) circula entre Tóquio e Osaka na linha Tokaido Shinkansen e traz mais velocidade, segurança e conforto para os passageiros.

O início da operação foi originalmente programado para coincidir com a realização dos jogos olímpicos de Tóquio (Tokyo 2020), que aconteceriam entre 24 de julho e 9 de agosto deste ano, antes de serem adiados para 2021 devido à pandemia de Covid-19.

A data tem significado simbólico: foi há pouco mais de 56 anos, em 1º de abril de 1964, que o primeiro trem-bala japonês, também na linha Tokaido Shinkansen, foi inaugurado. A linha foi uma das obras de infraestrutura feitas pelo governo japonês para a realização dos jogos olímpicos de 1964, também sediados em Tóquio.

Em testes o N700S atingiu uma velocidade máxima de 360 km/h, 28 km/h mais rápido que a velocidade máxima do modelo da geração anterior, o N700A. Entretanto, sua velocidade em operação regular é "limitada" a 285 km/h, suficiente para cobrir os 514 km entre as duas cidades em 2 horas e 22 minutos no serviço expresso (chamado Nozomi), com menos paradas no caminho.

Internamente os vagões têm um novo sistema de iluminação, projetado para maior conforto, poltronas que se reclinam mais, cada uma com uma tomada dedicada e bagageiros superiores que são iluminados nas paradas, para que os passageiros não esqueçam sua bagagem. A viagem é mais suave e silenciosa, graças a um sistema de suspensão ativa que absorve as vibrações do trem.

Também há melhorias de segurança, como um novo sistema de controle e freio automáticos que permite ao trem parar mais rapidamente em caso de emergência. O número de câmeras dentro de cada vagão aumentou de duas para seis.

Além disso, há um sistema de "auto-propulsão" com baterias de íons de lítio sob o piso dos vagões. Com isso, o trem pode continuar se movendo, em baixa velocidade, até um local seguro caso um terremoto interrompa o fornecimento de energia, feito por linhas de alta tensão sobre os trilhos.

Segundo a JR Central, os componentes agora ocupam menos espaço sob o piso dos vagões, o que permite montar trens com configurações mais flexíveis, de 4 a 16 carros. Isso também reduz o consumo de energia e o tempo de produção de novos trens.

Fonte: CNN Travel /olhardigital.com.br


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Procuradores da Lava Jato podem ter camuflado nomes de autoridades para investigá-las



PGR apura possíveis irregularidades da Operação

A operação Lava-Jato camuflou os nomes dos presidentes da Câmara e do Senado em uma extensa denúncia de dezembro de 2019. Em um documento, divulgado pelo Poder360, Rodrigo Maia (DEM) aparece como Rodrigo Felinto” e  David Alcolumbre (DEM) como “David Samuel”.

A avaliação da Procuradoria Geral da República (PGR) é que essa “camuflagem” seria uma técnica para os procuradores de Curitiba investigarem autoridades sem se submeterem aos foros adequados. O time de Augusto Aras procura possíveis inconsistências e erros em denúncias apresentadas pela força-tarefa da Lava Jato.

A PGR em Brasília encontrou vários casos semelhantes. Haveria até nomes incompletos de ministros do STF, que podem ter tido seus sigilos quebrados de maneira irregular. Até agora, no entanto, não há provas de que de fato os nomes camuflados em denúncias possam ter sido todos investigados. É isso que a PGR em Brasília agora tenta descobrir.

Outros políticos citados na tabela da denúncia são identificados pelos nomes públicos –como Dilma Rousseff e Aécio Neves– e pelos partidos. O que não ocorre com Maia, Alcolumbre e alguns outros.

Lava-Jato nega

Em nota, enviada ao Poder360, a operação diz que nenhuma autoridade com foro privilegiado foi alvo da investigação ou denúncia. Leia na íntegra:

“A investigação e a denúncia se restringiram às condutas de agentes ligados às empresas envolvidas na lavagem de dinheiro. Nenhuma autoridade com foro privilegiado foi alvo da investigação ou denúncia.

Na denúncia, consta uma tabela com 321 doações eleitorais feitas pelas empresas investigadas, que foram identificadas em pesquisa no Sistema de Prestação de Contas Eleitorais, sem juízo de valor sobre elas. O fato relevante era a realização de despesas pelo Grupo Petrópolis a pedido do Grupo Odebrecht.

As doações tabeladas constam com maiores detalhes em documentos anexos à denúncia, em que consta o nome completo de todos os candidatos beneficiários. Pelo menos 37 das 321 linhas indicaram nomes incompletos ou sem identificação do partido, o que em nada prejudica a imputação nem a identificação das doações que constavam igualmente de modo completo nos documentos anexos à denúncia.”

Carta Capital
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Live de Maciel vai abordar gestão educacional




Professor Edgar Bom Jardim - PE

PNAD Contínua: taxa de desocupação é de 12,9% e taxa de subutilização é de 27,5% no trimestre encerrado em maio de 2020


taxa de desocupação (12,9%) no trimestre móvel encerrado em maio de 2020 cresceu 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020 (11,6%) e 0,6 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2019 (12,3%).

Indicador/PeríodoMar-Abr-Maio 2020Dez-Jan-Fev 2020Mar-Abr-Maio 2019
Taxa de desocupação12,9%11,6%12,3%
Taxa de subutilização27,5%23,5%25,0%
Rendimento real habitualR$2.460R$2.374R$2.344
Variação do rendimento habitual em relação a:3,6%4,9%

população desocupada (12,7 milhões de pessoas) teve aumento de 3,0% (368 mil pessoas a mais) frente ao trimestre móvel anterior (12,3 milhões de pessoas) e ficou estatisticamente estável frente a igual trimestre de 2019 (13,0 milhões de pessoas).

população ocupada (85,9 milhões) caiu 8,3% (7,8 milhões de pessoas a menos) em relação ao trimestre anterior e de 7,5% (7,0 milhões de pessoas a menos) em relação ao mesmo trimestre de 2019. Ambas as quedas foram recordes da série histórica.

nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) caiu para 49,5%, o menor da série histórica iniciada em 2012, com redução de 5,0 p.p. frente ao trimestre anterior (54,5%) e de 5,0 p.p. frente a igual trimestre de 2019 (54,5%).

taxa composta de subutilização (27,5%) foi recorde da série, com elevação de 4,0 p.p. em relação ao trimestre anterior (23,5%) e 2,5 p.p em relação a 2019 (25,0%).

população subutilizada (30,4 milhões de pessoas) foi recorde da série, crescendo 13,4%, (3,6 milhões de pessoas a mais), frente ao trimestre anterior (26,8 milhões) e 6,5% (1,8 milhão de pessoas a mais) frente a igual período de 2019 (28,5 milhões de pessoas).

população fora da força de trabalho (75,0 milhões de pessoas) apresentou um incremento de 9,0 milhões de pessoas (13,7%) quando comparada com o trimestre anterior e de 10,3 milhões de pessoas (15,9%) frente ao mesmo trimestre de 2019.

população desalentada (5,4 milhões) registrou mais um recorde na série, aumentando 15,3% frente ao trimestre anterior e (10,3%) frente a igual período de 2019.

percentual de desalentados em relação à população na força de trabalho ou desalentada (5,2%) também foi recorde, registrando alta de 1,0 p.p. em relação ao trimestre anterior (4,2%) e de 0,8 p.p. na comparação com o mesmo trimestre de 2019 (4,4%).

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) caiu para 31,1 milhões, menor nível da série, sendo 7,5% abaixo (-2,5 milhões de pessoas) do trimestre anterior e 6,4% abaixo (-2,1 milhões de pessoas a menos) do mesmo período de 2019.

O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (9,2 milhões de pessoas) apresentou uma redução de 2,4 milhão de pessoas (-20,8%) em relação ao trimestre anterior e 2,2 milhões de pessoas (-19,0%) em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

O número de trabalhadores por conta própria caiu para 22,4 milhões de pessoas, uma redução de 8,4% frente ao trimestre anterior e de 6,7% frente a igual período de 2019.

taxa de informalidade foi de 37,6% da população ocupada, ou 32,3 milhões de trabalhadores informais, o menor da série, iniciada em 2016. No trimestre anterior, a taxa havia sido 40,6% e no mesmo trimestre de 2019, 41,0%.

rendimento real habitual (R$ 2.460) subiu 3,6% frente ao trimestre anterior e 4,9% frente ao mesmo período de 2019. Já a massa de rendimento real habitual (R$ 206,6 bilhões de reais), recuou 5,0% em relação ao trimestre anterior e 2,8% em relação a 2019.

massa de rendimento inclui apenas rendimentos provenientes de trabalho, não incluindo, portanto, rendimentos de outras fontes, tais como: Aposentadoria, Aluguel, Bolsa Família, BPC, Auxílio Desemprego, Auxílio Emergencial etc. O Auxílio Emergencial pago para as pessoas por estarem afastadas do trabalho não está incluído no rendimento de trabalho da PNAD Contínua. Os rendimentos provenientes de outras fontes são captados na PNAD Contínua de forma a serem divulgados no consolidado do ano, não permitindo, portanto, a sua disponibilização na divulgação trimestral.

Taxa de desocupação – Brasil – 2012-2020 (%)

Nos grupamentos de atividades, em relação ao trimestre móvel anterior, houve aumento apenas no grupamento de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,6%).

Por outro lado, houve redução em nove grupamentos: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-4,5%), Indústria (-10,1%), Construção (-16,4%), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-11,1%), Transporte, armazenagem e correio (-8,4%), Alojamento e alimentação (-22,1%), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (-3,2%), Outros serviços (-13,3%) e Serviços domésticos (-18,7%).

Frente a igual trimestre de 2019, também só houve aumento no grupamento que envolve a Administração pública (3,6%). Já as quedas foram: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-6,8%); Indústria (-7,8%); Construção (-15,6%); Comércio e reparação de veículos (-9,4%); Transporte, armazenagem e correio (-6,8%); Alojamento e alimentação (-19,5%); Outros serviços (-11,4%) e Serviços domésticos (-18,6%).

força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), estimada em 98,6 milhões de pessoas caiu 7,0% (7,4 milhões de pessoas a menos) comparada com ao trimestre anterior e 6,9% (7,3 milhões de pessoas a menos) frente ao mesmo período de 2019.

O número de empregadores (4,0 milhões de pessoas) recuou 8,5% (-377 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 8,8% em relação ao mesmo trimestre de 2019 (-388 mil).

A categoria dos trabalhadores domésticos, estimada em 5,0 milhões de pessoas, recuou 18,9% frente ao trimestre anterior e de 18,6% frente a igual período do ano anterior.

Já o grupo dos empregados no setor público (12,3 milhões de pessoas), que inclui servidores estatutários e militares, apresentou aumento de 7,8% frente ao trimestre anterior e de 6,2% frente a igual período do ano anterior.

O número de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas (5,8 milhões) recuou 10,7% (697 mil pessoas a menos) frente ao trimestre anterior e 19,9% em relação ao mesmo trimestre de 2019, quando havia no Brasil 7,2 milhões de pessoas subocupadas.

Taxa composta de subutilização – trimestres de março a maio – 2012 a 2020 – Brasil (%)

Quanto ao rendimento médio real habitual, em relação ao trimestre móvel anterior houve aumento nas categorias: Indústria (5,6%) e Construção (7,9%). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa. Frente ao mesmo período de 2019, o aumento foi nas categorias Indústria (8,8%) e Outros serviços (8,4%), sem variação significativa no demais.

Entre as categorias de ocupação, frente ao trimestre anterior, houve aumento no rendimento médio real habitual dos empregados com carteira de trabalho assinada (2,6%) e também dos sem carteira (7,8%). Já em relação ao mesmo período de 2019, essas mesmas categorias mostraram aumentos de 3,8% e 13,4%, respectivamente.

Rendimento médio mensal real habitualmente recebido no mês de referência,
de todos os trabalhos das pessoas ocupadas – Brasil – 2012/2020 (R$)

Fonte: IBGE. / Foto: Edgar S. Santos
Professor Edgar Bom Jardim - PE