domingo, 17 de fevereiro de 2019

Carnaval de Bom Jardim vai experimentar mudanças em 2019


Governo Municipal e organizadores de blocos carnavalescos de Bom Jardim estiveram reunidos nesta sexta-feira,16 de fevereiro 2019, no Centro Cultural Marineide Braz, para debater e tomar decisões sobre a programação da folia em 2019. 
Edgar Lira(Filho do prefeito João Lira), atual Secretário de Infraestrutura iniciou o encontro sugerindo trocar trios elétricos por paredões de som. Os blocos Vai quem Quer, Torcida do Sport e Bloco das Virgens terão o incremento de orquestra de frevo, um reforço a mais  para animar o público.

A medida visa conter gastos e ao mesmo tempo colocar mais uma banda na programação da noite, justificou Edgar Lira. Depois de vários debates, ajustes, a proposta foi aprovada. Será uma experiência para 2019. Poderá ser revista no próximo ano. 

Foram acordados as seguintes medidas:contratação de mais músicos do município para tocar na folia, melhora do repertório musical tocado nos paredões de som, executar mais frevo,  pequenos ajustes no trânsito de veículos no centro, posicionamento de banheiros químicos, atuação de seguranças, limpeza, pontualidade e respeito aos horários. O Secretário de Administração Lúcio Mário Cabral, também participou da reunião e lembrou que breve irá acontecer um encontro entre representantes da prefeitura Ministério Público e Polícia Militar.



A Prefeitura Municipal também vai apoiar o VI Encontro de Burrinhas, Caboclinhos, Catirinas e Maracatus de Pernambuco, que será realizado na manhã do dia 05 de março, terça-feira de carnaval. O Bloco do Santa Cruz volta a desfilar na segunda-feira. Os moradores da Vila da Cohab farão seu bloco no sábado. O tradicional Baile Municipal (Máscaras & Fantasias) será realizado no Ginásio de Esportes Dr. Edson Coutinho, no sábado 23 de fevereiro, às 21 horas. Os demais blocos manterão seus desfiles conforme nos anos anteriores. Na próxima semana serão divulgados os nomes dos  homenageados do Carnaval Levino Ferreira 2019.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Cartão celestial do BMG. Pode acreditar nas chicotas

“Cartão de crédito Fé” 


André Valadão, cantor gospel e pastor da Lagoinha Church em Orlando – EUA, lançou essa semana um cartão de crédito sem anuidade.
Em parceria com o BMG, o cartão ganhou o nome “Fé”, marca registrada do cantor, que já usa em diversos produtos, como: Camisetas, canetas, bíblias, capacete, livros, cadernos, adesivos e vários outros produtos.
Sem anuidade, o cartão é próprio para aposentados e pensionistas, e para funcionários públicos que queiram tirar um empréstimo consignado.
O caso de André Valadão ter feito propaganda do cartão durante o culto, acabou incomodando alguns evangélicos, que acham inaceitável esse tipo de publicidade dentro do templo, durante um culto.
De:www.gospelgeral.com.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Quem se envolve com o avesso do avesso?


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As palavras não viajam soltas como pipas. Elas pesam, desenham, ajudam, falecem. Não esqueça dos dizeres da Bíblia. Deus era o soberano do verbo, Fez o mundo, estabeleceu mandamento, condenou pecadores. Quem já não ouviu os evangelhos, os ensinamentos generosos ou o lado avesso, descontrolado e feiticeira? Alguns donos de religiões querem acenar para maldições. Fazem negócios com as palavras, vendem toda malícia para os ingênuos desamparados. Não faltam mensageiros do obscuro. O governo atua com ajuda de muitos que parecem desenganados, mas possuem alvos perigosos, com armas engatilhadas.
Morre Boechat e a tristeza nos vista com força. Não custa lembrar as orações de Malafaias e os crentes que o veneram. Chegamos a certos limites, porém a história vai e volta, não há como negar tantas tragédias e piratarias que assombram o cotidiano. O lugar do sagrado está abalado. Prometem espionar as ações da Igreja Católica. Jair se recupera mandando mensagens, não consegue estender o discurso, a complexidade. Joga,Deveria  acumular um pingo de sensibilidade. A dor não o toca? Tudo é um grande fanatsma? Estamos perdidos ou o destino nos tira da solidariedade? A rebeldia desabitou-se?
As lamentações ocupam conversas e ferem páginas. As máscaras se valorizam com a chegada do carnaval. A sucessão de desastres apagar o fogo da mudança. Será que o reino do mal se apresenta vestido de memórias de genocídios passados? Não há homogeneidades. Nem todos se conformam e entram na dança do mesmo e do vazio. Mas choca que a celebração constante de preconceitos, a violência vestindo as palavras, o capitalismo formando profetas e expulsando seus inimigos de forma feroz. O gatilho não relaxa. Os assassinatos comandam as manobras da milícias e Moro acena com a destruição do crime e a ruína de corrupção.
Quem não entende que o capitalismo sobrevive riscando possibilidade de montar sonhos e acelerando reformas nada generosas? A política não é um tecido branco sem manchas. Os confrontos se alastram, se transformam, porém não se cansam da história. É impossível conviver com utopias , se o mundo está nu, cruel, irado. As intolerâncias crescem, porque o diálogo não se firmar. Muitos exercitam a agressividade como terapia. Estranho. Boechat buscava desmentir, mostrar os desequilíbrios, afirmar a dignidade. No entanto, nem sempre há que os que torcem pelas saídas e gritam  ordens nefastas O peso da palavra não se foi e o balanço está próximo do abismo.
A astúcia de Ulisses
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Fenearte 2019


Os 64 artistas ocuparão a primeira e principal rua do evento, a Alameda dos Mestres
Todo mundo já sabe que Pernambuco tem uma das mais férteis produções de arte popular do Brasil. E essa grande riqueza artesanal pode ser conferida, a cada ano, na Alameda dos Mestres da Fenearte.
Nesta edição, o magistral abre-alas do evento dará as boas vindas aos milhares de visitantes com a participação de 64 mestres artesãos pernambucanos. Esses reconhecidos expoentes, originários das mais diversas regiões do Estado, carregam a sabedoria de transformar matérias-primas em arte, cultura e identidade.
A Fenearte 2019 será realizada de 03 a 14 de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.
Confira, abaixo, a lista completa dos mestres artesãos que estarão nesta edição do evento:



Fonte: http://www.artesanatodepernambuco.pe.gov.br
https://culturapopularpe.com.br/conheca-os-mestres-artesaos-da-fenearte-2019/
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Como entender (e se preparar) para o novo Ensino Médio




Estudantes fazem fila para abertura dos portões para a prova do Enem no Rio de Janeiro   Foto: Fernanda Frazão/Agência Brasil

O novo Ensino Médio nem chegou e já virou uma dor de cabeça para professores e gestores. Afinal, diferente da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) para Infantil e Fundamental, as orientações para essa etapa são menos detalhadas. Há uma grande indagação sobre estrutura física das escolas, currículos e didática. 
Para piorar, o debate sobre o novo Ensino Médio está cheio de medos e desconfianças. O apoio do MEC (como e o que fará) é tão vital quanto incerto. Pouca gente arrisca uma hipótese sobre os planos do ministério para essa etapa. Também há uma grande desconfiança de educadores e especialistas sobre a viabilidade da reforma. Muitos deles apontam dificuldades em oferecer percursos formativos em cidades pequenas ou pobres. E, com razão, muitos receiam que as mudanças agravem as já enormes desigualdades educacionais no país. 
Na prática, é um debate inexistente. 
Por isso, chega em boa hora o livro “Modelos Curriculares para o Ensino Médio. Desafios e Respostas em 11 Sistemas Educacionais”. Ele é uma ótima introdução ao debate e ajuda a pensar o Brasil.  Se quiser lê-lo, ele está disponível para download. É só clicar aqui.
Primeiro, ele conta uma breve história do Ensino Médio pelo mundo. No passado, em alguns países, ele não era obrigatório. A etapa fora pensada para poucas pessoas, com o objetivo de formar trabalhadores qualificados em cidades desenvolvidas. Num mundo rural, a prioridade era oferecer educação fundamental para todos. Média, só para alguns. 
Porém, especialmente na segunda metade do século 20, as cidades cresceram e a economia ficou mais complexa. A maior parte da população precisava de conhecimento além do Fundamental para navegar por esse planeta. Foi aí que se impuseram questões sobre como organizar o Ensino Médio – um movimento que dura até hoje. 
As autoras do livro, Alejandra Cardini e Belén Sanchez, são pesquisadoras do Cippec (Centro de Implantação de Políticas Públicas para Equidade e Crescimento), da Argentina. Elas deixam bem claro que não há respostas óbvias. Afinal, estamos falando de adolescentes às portas da universidade ou do mercado de trabalho em países, Estados e cidades em rápida transformação econômica e social. 
Por isso, o livro ainda fala sobre tradições educacionais e curriculares de cada lugar, indo das complexidades de cada modelo a pontos bem concretos, como promoções, avaliações e certificações. Não é um manual que ignora história e contexto de cada país. 
Após traçar um grande panorama de 11 países, o livro faz um estudo de caso sobre Ontário, no Canadá. Ele oferece pistas bem interessantes para pensar o Brasil, já que essa província (equivalente a um Estado brasileiro) passou por uma flexibilização curricular. Não é só o Brasil que passa por dilemas nessa etapa. 
Ao terminar a leitura, é fácil chegar a algumas conclusões. Na falta de um projeto para o Ensino Médio, o Brasil congelou a etapa e empilhou disciplinas. Criamos uma escola que obriga o estudante a se adaptar a ela. O que as melhores experiências do mundo mostram, porém, é o contrário. As salas de aula precisam mudar de acordo com os interesses de crianças e adolescentes. 
Tem mais. Em vez de combater a desigualdade a sério, o Brasil combateu a desigualdade educacional no discurso e de forma genérica. Quando você analisa currículo por currículo pelo mundo, vê a quantidade de trabalho que os técnicos e especialistas tiveram para montar padrões. Isso é combater desigualdade de verdade, analisando a vida real e montando trilhas pelos quais as pessoas possam criar seus próprios destinos.
Em defesa do Brasil, porém, há a contingência. O Ensino Médio é novo por aqui. Poucas décadas atrás, a lei previa apenas quatro anos de escolaridade obrigatória. Isso, certamente, adiou uma discussão mais profunda sobre a etapa. 
Por isso, a obra vem em boa hora. Ela não é um manual de implementação nem vai dar muitos detalhes sobre didática específica (toda obra tem limites). Porém, certamente será muito útil para quem quiser enfrentar uma verdade desagradável. Do jeito que está, é muito fácil abandonar o Ensino Médio. E, infelizmente, milhares de adolescentes, todos os anos, deixam de estudar porque nós não fomos capazes de tornar o ensino atraente, interessante e útil para eles e elas - especialmente os mais pobres. 
O Brasil pode e deve aprender com quem já enfrentou esse desafio. Há muito conhecimento aqui, é claro. Mas o que vem de fora, obviamente, também tem um enorme valor. Nova escola. POR:

Leandro Beguoci
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Destruindo aposentadorias do povo

Presidente da República, Jair Bolsonaro na Base Aérea de Brasília
Presidente da República, Jair Bolsonaro na Base Aérea de BrasíliaFoto: Marcos Corrêa/PR
O presidente Jair Bolsonaro decidiu nesta quinta-feira (14) que a nova reforma previdenciária estabelecerá idades mínimas de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens.

Em reunião com a equipe econômica, ficou estabelecido que haverá um período de doze anos de transição para se chegar aos pisos para recebimento da aposentadoria. A confirmação foi feita pelo secretário especial de Previdênciado Ministério da Economia, Rogério Marinho. Segundo ele, a equipe econômica defendeu uma única idade mínima para homens e mulheres de 65 anos, o que foi recusado pelo presidente.

A expectativa é de que na próxima quarta-feia (20) o presidente assine o texto e, no mesmo dia, ele seja divulgado publicamente e enviado à Câmara dos Deputados.
reforma da Previdência de Bolsonaro é mais dura do que a versão final do projeto do ex-presidente Michel Temer.

Com informação da Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Laranja, laranja:'Não fui responsável por candidatas em Pernambuco, diz Bebianno

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil
Com a ajuda de aliados, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, elaborou uma nota para expor a sua defesa e ganhar uma sobrevida no cargo. No texto, alega que não foi responsável pelas candidatas de Pernambuco consideradas laranjas e destaca que era responsável apenas pelas contas do então candidato Jair Bolsonaro. 

"Meu trabalho foi executado com total transparência e lisura. As contas da chapa do então candidato Jair Bolsonaro, que estavam sob minha responsabilidade, foram aprovadas e elogiadas pelos Ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)", escreveu.

O documento possui três páginas, duas com um ponto a ponto da sua defesa e outra com gráficos sobre as regras de distribuição de recurso no partido e as competências da Executiva Nacional, da qual fazia parte, e dos diretórios estaduais e municipais.

Bebianno destaca que assumiu interinamente a presidência do PSL entre fevereiro e outubro de 2018 para cuidar da candidatura de Bolsonaro. "Jair Bolsonaro nunca ocupou nenhum cargo de direção no partido, portanto, não tem qualquer relação com outras candidaturas. Responde apenas pela sua própria, como qualquer outro candidato", alega.

O ministro também escreve que a Executiva Nacional distribui os recursos do Fundo Partidário, garantindo o repasse de 30% para candidatas mulheres, mas que cabe ao diretório estadual formar suas chapas locais, incluindo a indicação das candidatas mulheres e respeitando o porcentual.

"Todos os repasses para os candidatos das eleições proporcionais e aos governos dos estados são realizados pela Executiva Nacional POR CONTA E ORDEM dos diretórios estaduais, que recebem diretamente os recursos em suas contas ou indicam os nomes dos candidatos a serem beneficiados. Compete a cada um dos candidatos a prestação de contas de sua própria campanha, cabendo-lhes também a responsabilidade pelos atos praticados."

"Por todas essas razões, reafirmo que não fui responsável pela definição das candidatas de Pernambuco que foram beneficiadas por recursos oriundos do PSL Nacional. Reitero meu incondicional compromisso com meu país, com a ética, com o combate à corrupção e com a verdade acima de tudo", conclui Bebianno.

Para planejar sua reação e elaborar o documento, o ministro convocou para seu front o empresário Paulo Marinho, amigo de longa data que se tornou suplente de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) no Senado. Marinho estava em São Paulo e voou para capital tão logo foi chamado. Os dois se encontraram já tarde da noite da quarta-feira, 13, e tiveram ao menos duas conversas, segundo relato de uma pessoa próxima. Uma das reuniões foi com um integrante do Judiciário e a outra com um parlamentar. 

Reportagem da Folha de S.Paulo revelou que o PSL teria financiado duas candidaturas de laranjas em Pernambuco nas últimas eleições, quando Bebianno era o presidente do partido.

Na terça-feira, 12, em entrevista ao jornal O Globo, o ministro negou ser motivo de instabilidade no governo após essa revelação e, para afastar rumores de mal-estar, afirmou que teria falado três vezes com o presidente Bolsonaro naquele dia.

A crise se intensificou quando um dos filhos do presidente, o vereador no Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), disse que Bebianno mentiu ao afirmar que conversou com o presidente. Mais tarde, o próprio presidente retuitou o post do filho e repetiu, em entrevista à RecordTV, que o seu ministro mentiu.
Com informações de Diario de Pernambuco

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Pesquisa mostra como alunos e professores enxergam valores como solidariedade e justiça

Foto: Getty Images
A recém aprovada Base Nacional Curricular Comum (BNCC) recomenda que a Educação Básica brasileira propicie a formação e o desenvolvimento humano global dos estudantes, de modo que possam ser capazes de construir uma sociedade mais justa, ética, democrática, responsável, inclusiva, sustentável e solidária. São amplas dimensões que compreendem a formação integral de um cidadão, contemplando aspectos cognitivos, afetivos, sociais e valorativos. Nesse sentido, a educação em valores sociomorais, tais como solidariedade, respeito, generosidade e justiça, faz parte do desenvolvimento de habilidades e competências necessárias aos alunos. Assim, hoje, quero apresentar uma avaliação educacional que teve como propósito mensurar justamente os valores sociomorais em alunos e professores da Educação Básica.
Em 2015, a Fundação Carlos Chagas (FCC) reuniu um grupo de pesquisadores de diferentes universidades do Brasil e iniciou uma pesquisa com o objetivo de construir, testar e validar uma escala para avaliar a adesão de alunos e professores aos valores sociomorais de justiça, respeito, solidariedade e convivência democrática. (TAVARES. et al., 2016)
O objetivo foi identificar como os estudantes e docentes têm se posicionado frente a situações que envolvem valores morais. Isso ajuda na avaliação dos efeitos do emprego de materiais didáticos, programas e intervenções que visam favorecer a construção de valores sociomorais no âmbito escolar, apontando se são ou não efetivos, e em que medida.
Para o desenvolvimento da pesquisa, construiu-se uma matriz conceitual dos valores foco de análise, a partir dos seguintes referenciais teóricos: os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) – em seus cadernos sobre Ética – e conceitos da Psicologia da moralidade de Jean Piaget (1977 [1932]) e de Lawrence Kohlberg (1992).
Para mensurar a construção de valores morais, Piaget analisou o julgamento moral e a tomada de consciência do respeito às regras a partir de jogos e histórias fictícias envolvendo as ações de crianças. Ele estudou como elas raciocinam, explicam e resolvem situações que abrangem o uso de valores como igualdade, justiça, reciprocidade, cooperação e solidariedade, entre outros. A partir dos resultados de suas investigações, Piaget formulou a chamada “teoria psicogenética interacionista do desenvolvimento moral”, qualificadas pelos estágios pré-moral (ausência de moralidade e de regras); de moralidade heterônoma (obediência à autoridade); e de moralidade autônoma (autonomia).
Já Kohlberg (1992), dando continuidade aos estudos de Piaget, usou dilemas morais para investigar os níveis de raciocínio moral. Ele utilizou histórias hipotéticas, nas quais dois ou mais valores morais se contrapunham, exigindo uma decisão da criança. Com isso, revelava-se a perspectiva social a partir da qual os argumentos eram construídos. Segundo o autor, a perspectiva social ou percepção social refere-se a “como as pessoas veem as outras, interpretam seus pensamentos e sentimentos e consideram o papel e o lugar que ocupam em sociedade” Kohlberg (1992, p. 186). A partir da perspectiva social, Kohlberg descreveu três níveis de julgamento moral: 1. o pré-convencional, em que o indivíduo age levando em conta seus próprios interesses (egocêntrico); 2. o convencional, onde seus atos estão centrados nas normas sociais, familiares ou do grupo ao qual pertence (sociocêntrico); 3. o pós-convencional, em que há uma perspectiva mais avançada e as ações do sujeito são justas, levando em consideração o que é bom para ele e para qualquer outra pessoa do mundo (moral).
Na pesquisa da Fundação Carlos Chagas (FCC) foram elaborados questionários de 35 questões para cada um dos quatro valores (justiça, respeito, solidariedade e convivência democrática) a serem avaliados. Eles foram apresentados na forma de situações-problema, baseando-se em cenas do cotidiano de alunos ou professores e que poderiam ocorrer em diferentes espaços (na escola, na internet, com a família, etc.). Para cada questão foram apresentadas três alternativas favoráveis ao valor avaliado e duas contrárias a ele. Além disso, as alternativas se constituíam em níveis, que evidenciam, a partir da perspectiva social, o modo de adesão ao respectivo valor (perspectivas egocêntricasociocêntrica moral).
Os questionários foram aplicados em crianças (alunos do 5º ao 8º ano do Ensino Fundamental), adolescentes (9º ano do ensino fundamental e 1º ao 3º ano do ensino médio) e professores da educação básica, de escolas públicas e privadas. Os resultados apontaram algumas tendências: uma delas foi que os professores apresentaram níveis mais avançados de adesão aos valores do que os adolescentes e estes, por sua vez, mais do que as crianças. No valor de solidariedade, as crianças e adolescentes alcançaram, mais frequentemente, níveis mais avançados (mais sociocêntrico do que egocêntrico). Já os professores se concentraram numa perspectiva ainda mais avançada (a propriamente moral), o que não aconteceu nos outros valores.
O valor mais difícil de ser alcançado pelos estudantes foi o de convivência democrática, inclusive com respostas que assumiam posições não democráticas. Os professores, por sua vez, aderiram a este valor de modo sociocêntrico. Para os professores, o valor mais difícil, especialmente com relação às perspectivas mais avançadas foi o da justiça. De modo geral, o nível de adesão aos valores numa perspectiva propriamente moral foi muito difícil nos três grupos de participantes da pesquisa, sendo alcançado somente por professores no valor solidariedade.
Tais resultados reforçam a ideia de que a construção de relações mais justas e respeitosas é, sem dúvida, uma meta importante para a Educação. A escola, dependendo da qualidade das interações estabelecidas em seu interior, constitui-se um local propício para que esse desenvolvimento ocorra. Não estamos desconsiderando o papel formativo da família, porém, sabemos que é no ambiente escolar que o(a) aluno(a) irá conviver com o âmbito público (referindo-se ao coletivo) e a diversidade, e estabelecer relações de igualdade. É preciso, portanto, um olhar mais aprofundado para as questões da convivência e da formação de valores éticos. Entendemos que a construção, manutenção e convivência dos atores escolares em um ambiente cujo clima seja positivo podem promover uma experiência de formação valorativa ampliada. Isto é, uma formação para além das instruções e conhecimentos técnicos, com sentido ético e moral, onde o respeito, a solidariedade e a justiça sejam vividos e apreendidos por todos, fazendo da educação um valor. Um valor moral.  Nova Escola.

*Adriano Moro é doutor em Educação pela Unicamp e mestre em Psicologia da Educação pela PUC-SP. Ele integra o Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Moral (Gepem), da Unicamp/Unesp e atua no departamento de pesquisas da Fundação Carlos Chagas (FCC).

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

A história constrói o inesperado


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Os mistérios que cercam nossa vida nos incomodam. É uma afirmação talvez absoluta e pouco crítica. Há quem não se ligue nas dúvidas e sorria diante das questões. Os que acreditam ,numa vida eternam possuem outra respiração. Há sempre o que dizer, pois a história não se esgota. O diferente aparece, uns observam outros preferem se esconder. A massificação invade a cultura contemporânea com a ajuda dos meios de comunicação. A mesmice banaliza e idiotiza. No entanto, as surpresas são frequentes. Há quem esperte, sinta as dificuldade e pule do seu abismo. as teorias não dão conta de tantas acrobacia. Os saberes dialogam com ânimo diante de lacunas. Frustram-se, buscam movimento, empolgam acadêmicos, mas a sociedade não se cansa de visualizar ambiguidades.
Quando viajamos pela literatura há um certo deslumbramento. Convivemos com a imaginação. Não esqueçam Italo Calvino, Paz, Kafka, Baudelaire… Muitos se adiantam, formulam profecias, anunciam desastres e almejam realizar sonhos. O peso da incompletude traz possibilidades de não se fixar numa vida medíocre. A cultura é invenção, temos que soltar as amarras das neuroses cotidianas. Porém, é preciso não desconhecer as fragilidades, A razão não é senhora da verdade e a história não foge das permanências.Narciso ficou perplexo com sua beleza. É um mito. Será que não podemos encontrá-lo no comício de políticos salvadores da pátria? Quem será?
Os historiadores procuram acervos, sacodem a poeira, consultam pronunciamentos, cartas, discursos oficiais, provocam polêmicas. Os recursos tecnológicos abalaram certezas, no entanto abriram espaço para interpretações inusitados. As experiências se modificam. Existiram Marx e Freud. Foucault consegue atrair debates fundamentais. Lacan desmontou reflexões, antes, consolidadas. Muitos abalos convivendo com manipulações profundas. Alegrias e tristezas, violências e afetividades, ambições e desgovernos. O mundo não tem uma forma definida e a história não é escrava do juízo final. Voltamos ao passado, notamos semelhanças. Festejamos as descobertas, lamentamos as ruínas. A sensibilidade anda  pela história desfiando quem celebra o lugar comum.
É preciso fôlego e cuidado com as idolatrias. As ciências prometem longas existências. Há quem se solte nas magias e se sinta um deus de carne e osso. A história é o território do inesperado Quem para é atropelado. Surgirão novas teorias, fases niilistas assumiram controles, ameaças de genocídios são constantes. Não uma fórmula para encerrar a aventura humana. As portas estão abertas, contudo os desmantelos não se foram. Luzes e sombras dançam nas atmosferas. Há instantes de sentimentos admiráveis e outros de armadilhas lamacentas. Escrever desenha geometrias para compreender as curvas dos mistérios. É um divertimento ou uma alucinação? As relações respondem carências e espantam dores profundas. No entanto, elas possuem o vírus da ambiguidade. O inacabado nos abraça e atiça o imaginário. A astúcia de Ulisses.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Zé Maurício assume cargo no Governo

Governador Paulo Câmara nomeou ex-deputado Zé Maurício para Secretaria Executiva de Relações Institucionais. Secretário de Casa Civil, Nilton Mota (D), esteve no ato
Governador Paulo Câmara nomeou ex-deputado Zé Maurício para Secretaria Executiva de Relações Institucionais. Secretário de Casa Civil, Nilton Mota (D), esteve no atoFoto: Divulgação
O Governo do Estado acomodou na Secretaria Executiva de Relações Institucionais o ex-deputado estadual José Maurício Cavalcanti (MDB), nomeado nesta terça-feira (12). Zé Maurício, que é economista e já foi secretário de Habitação da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes e superintendente do Ministério de Agricultura no prórpio Governo de Pernambuco, esteve à frente de dois mandatos na Alepe. Na Casa Joaquim Nabuco, foi presidente da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Com Folha de Pernambuco

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terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Brasil de Bolsonaro decepcionado:Proposta cria o trabalhador 'sem': sem 13º, sem férias e sem FGTS


Ministro-guru de Bolsonaro, Guedes cita fim da Justiça do Trabalho
Ministro-guru de Bolsonaro, Guedes cita fim da Justiça do Trabalho - 
Rio - Os jovens devem ser os mais penalizados com a Reforma da Previdência e com a carteira verde amarela anunciada por membros do governo. No primeiro item porque eleva o período de contribuição a 40 anos para que o trabalhador tenha direito a receber uma aposentadoria integral. No segundo porque em um universo de 12,8 milhões de desempregados no país, segundo pesquisa do IBGE, querer jogar para o trabalhador a escolha do modelo trabalhista como a carteira verde e amarela, onde há desistência de pagamento de férias e de 13º salário, é colocar a galinha dentro da toca do lobo. Ou seja, o lado mais forte vai prevalecer.
Na terça-feira em um jantar promovido pelo site Poder360, em Brasília, com empresários, membros do governo e jornalistas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, guru do presidente Jair Bolsonaro, afirmou que o texto da Reforma da Previdência incluirá uma nova opção de regime trabalhista para os jovens que ingressarem no mercado de trabalho. "O jovem poderá escolher. Na porta da esquerda, há a Carta del Lavoro (leis trabalhistas italianas aprovadas no governo de Benito Mussolini), Justiça do Trabalho, sindicatos, mas quase não tem emprego. É o sistema atual. Na porta da direita, não tem nada disso", afirmou o ministro a empresários.
Essa proposta do ministro, que consta no plano de governo de Bolsonaro, é duramente criticada por Sérgio Batalha, presidente da Comissão da Justiça do Trabalho da OAB-RJ. "Não se criam dois tipos de trabalhador: um com direitos e outro sem, isso fere o princípio da isonomia previsto no artigo 5º da Constituição da República", critica.
Com informação de: odia.ig.com.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Mourão:'Chico Mendes faz parte da história do Brasil'


Foto: Minervino Junior/CB/D.A Press
Foto: Minervino Junior/CB/D.A Press

Após polêmica envolvendo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu a importância histórica do seringueiro e ativista Chico Mendes, morto em 1988. "O Chico Mendes faz parte da defesa do Brasil na defesa do meio ambiente. É história. Assim como outros vultos passaram por nossa história", afirmou Mourão ao ser questionado sobre o que achava de Mendes.
Indagado diretamente sobre a fala do ministro do Meio Ambiente, Mourão tentou evitar conflitos e pediu para que os jornalistas passassem para a próxima pergunta. "Não vamos polemizar isso aí que eu acho que não vale a pena, né? Próximo", declarou.

Ontem, durante participação no programa Roda Viva, Salles questionou a importância de Mendes. "Que diferença faz quem é Chico Mendes neste momento?", reagiu ao responder sobre qual era sua opinião em relação ao líder ambientalista. 

O chefe da pasta do Meio Ambiente disse que, na verdade, desconhece a história de Chico Mendes e que tão somente ouve relatos díspares sobre sua vida. "Do lado dos ambientalistas, mais ligados à esquerda, há um enaltecimento do Chico Mendes. As pessoas que são do 'agro', que são da região dizem que o Chico Mendes não era isso que é contado", continuou Salles, acrescentando que já ouviu de ruralistas que o líder ambientalista "usava os seringueiros para se beneficiar, fazia uma manipulação"
Com DP.
Professor Edgar Bom Jardim - PE