domingo, 7 de outubro de 2018

Eleições 2018: Cinco fatos que provam que Brasil vai às urnas para disputa sem precedentes


Apoiador de Bolsonaro discute com mulher do movimento EleNãoDireito de imagemREUTERS/GUSTAVO GRAF
Image captionEspecialistas ouvidos pela BBC News Brasil elencaram cinco fatos que, na visão deles, tornam essas eleições sem precedentes. Um deles é a extrema polarização
Neste domingo (8), 147 milhões de brasileiros são esperados às urnas para escolher um novo presidente, depois de uma campanha sem precedentes em vários sentidos.
Chamaram a atenção os discursos violentos nas redes sociais e comícios, o fato de um dos candidatos ter sido esfaqueado em plena campanha, e a ampla movimentação de mulheres na campanha do "EleNão".
Mas, segundo especialistas, esses episódios estão por trás de transformações mais profundas na realidade política brasileira. A BBC News Brasil perguntou a cientistas políticos que fatores tornam essa eleição diferente de todas as outras:

Fim do ciclo PT-PSDB na eleição presidencial

Há 24 anos, desde 1994, o Brasil observava uma alternância no poder entre PT e PSDB. Apenas candidatos desses dois partidos pareciam ter real chance de vencer uma eleição presidencial- a disputa em segundo turno sempre acaba ocorrendo entre petistas e tucanos.
O PSDB assumiu dois mandatos consecutivos com Fernando Henrique Cardoso, e o PT, quatro mandatos (sendo o último interrompido por um impeachment), com Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
No primeiro turno da eleição de 2014, Marina Silva, na época filiada ao PSB, chegou a crescer a ponto de superar, por alguns momentos, as intenções de voto de Aécio Neves, do PSDB. Mas a candidatura dela se desidratou e o segundo turno acabou sendo novamente entre PSDB (Aécio Neves) e PT (Dilma Rousseff).
Debate eleitoral da GloboDireito de imagemDANIEL RAMALHO/AFP
Image captionUm dos elementos novos dessa eleição é o fim do ciclo PSDB-PT, que dominou as disputas presidenciais nos últimos 24 anos. O atual candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, não conseguiu deslanchar e aparece em quarto lugar nas pesquisas de intenção de voto
Para os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, o fim do clico "PT-PSDB" é uma das principais características dessas eleições. Fernando Haddad, do PT, está em segundo lugar nas pesquisas de opinião, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), mas o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, está estagnado em quarto lugar.
"A primeira coisa que a gente nota é a quebra do padrão de competição em torno da dupla PT e PSDB. Embora o PT continue como um dos players mais competitivos, eu não conheço ninguém na ciência política que apontasse o PSDB com um desempenho tão baixo", afirma a cientista política Lara Mesquita, do Centro de Política e Economia do Setor Público (CEPES) da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
"O PSDB sai de cena e entra uma outra força bem mais à direita, que é o Bolsonaro, de um partido pequeno. E o centro está muito fragmentado, com a distribuição de votos entre Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles, Marina Silva e Ciro Gomes, numa disputa que levou a um alto grau de imprevisibilidade", completa a professora de Ciência Política Maria do Socorro Braga, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Maior nível de polarização da democracia moderna

Manifestações a favor e contra Bolsonaro
Image captionSegundo Andrea Freitas, da Unicamp, a divisão no país é tão acentuada, que pode ser observada em termos de gênero, cor e renda
A eleição de 2014 já demonstrava um alto grau de polarização entre antipetistas e simpatizantes do PT. Nessas eleições, essa divisão assumiu o maior nível da recente história democrática, segundo as especialistas ouvidas pela BBC News Brasil.
Segundo a pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (6), Bolsonaro e Haddad chegariam ao segundo turno com percentuais maiores de rejeição do que de votos. O candidato do PSL, que aparece com 40% das intenções de voto no primeiro turno, tem 44% de rejeição. Já Haddad tem 25% das intenções de voto e 41% de rejeição.
"A eleição de 2014 já mostrava uma polarização e havia um discurso mais rancoroso, mas não com a força e a centralidade que assumiu no pleito desse ano", afirma Lara Mesquita, da FGV.
Andrea Freitas, professora de ciência política da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), destaca que a divisão entre dois polos é tão acentuada, que pode ser observada em termos gênero, cor e renda.
"Temos rico contra pobre, Sul contra Nordeste, mulheres contra homens, mais educados contra menos educados. Existe uma estratificação muito mais explícita", diz.
As pesquisas de intenção de voto mostram que Jair Bolsonaro encontra maior apoio entre homens, brancos, do Centro-Oeste, Sul e Sudeste, com alta escolaridade e renda. É o perfil oposto de simpatizantes de Fernando Haddad (PT) - a maioria de negros e pardos, mulheres, baixa renda e escolaridade e do Nordeste.
Segundo as especialistas, a crise econômica brasileira, com a duplicação da taxa de desemprego, aliada aos escândalos de corrupção investigados pela Operação Lava Jato, contribuíram para gerar esse clima de polarização.
De um lado, há os que se ressentem da prisão do ex-presidente Lula e culpam as forças de direita pelo impeachment de Dilma Rousseff. De outro, os que acreditam que o declínio econômico e a corrupção sistêmica no Brasil são responsabilidade do PT.

A mobilização das mulheres

Mulher em protesto contra BolsonaroDireito de imagemREUTERS/ANDRES STAPFF
Image captionO terceiro aspecto citado pelos especialistas como marcante nessas eleições é o protagonismo das mulheres durante a campanha
O terceiro aspecto citado pelos especialistas como marcante nestas eleições foi o protagonismo das mulheres durante a campanha, principalmente em oposição ao candidato Jair Bolsonaro. Entre o público feminino, a rejeição do candidato doPSL alcança 50%, segundo Ibope e Datafolha.
Durante a campanha, mulheres contrárias à agenda do deputado Jair Bolsonaro organizaram o movimento #EleNão, nas redes sociais, e fundaram, no Facebook, o grupo "Mulheres contra Bolsonaro".
O mote era tentar impedir a eleição do candidato do PSL e viabilizar alguma das outras alternativas. No sábado 29 de setembro, milhares tomaram as ruas de 114 cidades para protestar contra Bolsonaro. Em resposta, mulheres defensoras do candidato do PSL criaram a campanha EleSim e também organizaram atos em 16 cidades.
Segundo as especialistas ouvidas pela BBC News Brasil, as mulheres são quem estão segurando uma escalada ainda maior de Bolsonaro, dificultado as chances de o ex-capitão do Exército vencer em primeiro turno.
"A gente não teve, nas eleições passadas, um candidato com uma diferença tão grande entre homens e mulheres. Como as mulheres são maioria entre os indecisos, se essa diferença se confirmar, se o padrão não mudar, elas terão segurado uma vitória no primeiro turno", diz Lara Mesquita, da FGV.
Para a professora de ciência política Luciana Veiga, da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), independentemente do resultado eleitoral, a mobilização das mulheres durante essa campanha é sem precedentes.
"Essa atuação proativa das mulheres, tanto no Facebook quanto nas ruas, foi significativa, independentemente do peso que vai ter na eleição. Na sequência do movimento do EleNão, apareceu o EleSim, mas é a primeira vez que temos uma mobilização dessa. Em 2014, tivemos duas mulheres entre os principais candidatos e a gente não teve essa reação."

Peso do 'medo' e o temor de retrocessos democráticos

As especialistas ouvidas pela BBC News Brasil mencionaram o temor de um retrocesso democrático como um dos aspectos dessa eleição.
"Em nenhum momento, desde a redemocratização, a gente teve uma eleição em se que se sentisse que algum candidato pudesse representar uma ameaça à democracia. Não se achava que Lula não respeitaria as regras do jogo. Mesmo (Fernando) Collor não se apresentava como ameaça à democracia", disse Lara Mesquita, da FGV.
Eleitores contrários à candidatura de Bolsonaro mencionam as propostas de aumentar a participação do Exército, o elogio à ditadura e a declaração do deputado do PSL de que não aceitará qualquer resultado das urnas que não seja a sua vitória, como indicadores de riscos à democracia.
Bolsonaro e HaddadDireito de imagemEVARISTO SA E NELSON ALMEIDA/AFP
Image captionEspecialistas apontam temor de 'retrocesso democrático' que não existiu na mesma medida nas eleições anteriores
Já o grupo contrário ao PT teme que, para governar num ambiente de alta rejeição e crescimento da direita, o partido possa lançar mão de propostas para fortalecer o Executivo e reduzir a autonomia de Legislativo, Judiciário e Ministério Público.
"Temos um candidato entendido como uma ameaça à democracia, na avaliação dos cientistas políticos. E há quem advogue que o segundo candidato nas pesquisas também possa representar uma ameaça à democracia, diante do contexto atual de polarização", afirma Lara Mesquita.
Preocupam os analistas a defesa, pelas chapas de Bolsonaro e Haddad, de uma nova Constituição Federal.
Enquanto o programa de governo do candidato do PT, Fernando Haddad, propõe a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, o candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão, defende nomear uma comissão de "notáveis" para reescrever a Constituição.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello vê essaspropostas com preocupação. Para ele, o objetivo dos políticos deveria ser cumprir a Constituição que existe, e não substituí-la.
"O que precisamos é de homens públicos que observem a ordem jurídica constitucional. De homens que cumpram e amem mais a Constituição, que tenham apego pelo que está estabelecido e cumpram o que está estabelecido", disse o ministro ao ser perguntado pela BBC News Brasil sobre as propostas de Haddad e Mourão.
Promulgação da Constituição FederalDireito de imagemSENADO
Image captionNo aniversário de 30 anos da Constituição, o conjunto de leis mais importantes do Brasil virou alvo das duas principais candidaturas à Presidência; Fernando Haddad e o vice de Bolsonaro defenderam fazer uma nova Carta Magna
Especialistas em política e direito constitucional ouvidos pela BBC News Brasil também afirmaram que, num momento de divisão e polarização do Brasil, a Constituição é uma das úncias garantias de que os direitos do grupo derrotado na futura eleição não serão atropelados. Portanto, as propostas dos dois primeiros candidatos de substituir as normas constitucionais acende um sinal de alerta.
"Você tem um país polarizado, conflagrado, não é um momento de consenso. Abrir um processo constituinte nesse momento traz a possibilidade de um resultado não democrático", avalia o diretor da faculdade de direito da FGV, Oscar Vilhena.
"Nós tendemos a associar a Constituição com o regime em vigor. E há uma grande correlação entre democracia e a Constituição de 1988. Se você faz uma Assembleia Constituinte, você estará de certa forma argumentando por uma ruptura", completa o cientista político Timothy J. Power, diretor do Programa de Estudos Brasileiros da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Peso das redes sociais, especialmente do WhatsApp

whatsappDireito de imagemWACHIWIT/GETTY IMAGES
Image caption"Em 2014, o Brasil tinha 20 milhões de usuários de WhatsApp e agora são 120 milhões. Como o brasileiro entrou na era do smartphone e WhatsApp, a internet se tornou uma grande ferramenta, explorada principalmente pelos grupos apoiadores do Bolsonaro", diz a cientista política Luciana Veiga
Pela primeira vez em mais de 20 anos, o candidato que está à frente das pesquisas é, também, um dos que teve menos tempo de propaganda eleitoral gratuita na televisão. Por integrar um partido com baixa representação no Congresso Nacional, Bolsonaro contou só com 8 segundos diários no horário eleitoral gratuito.
Geraldo Alckmin, que tinha o maior tempo de TV (5 minutos e 32 segundos), não deslanchou nas pesquisas de intenção de voto, figurando até agora em quarto lugar. Segundo a professora de ciência política da Unirio, Luciana Veiga, as redes sociais e, sobretudo, o WhatsApp assumiram destaque como estratégia de campanha.
"Em 2014, o Brasil tinha 20 milhões de usuários de WhatsApp e agora são 120 milhões. Como o brasileiro entrou na era do smartphone e WhatsApp, a internet se tornou uma grande ferramenta, explorada principalmente pelos grupos apoiadores do Bolsonaro", diz.
Mas junto com a transmissão de propaganda via WhatsApp e redes sociais veio, também, a avalanche de fake news que, conforme cientistas políticos, alimentaram o peso do "medo" nessas eleições.
"Essa eleição está toda pautada pelo medo, dos dois lados. De um lado, há um medo enorme que o PT volte ao poder e de outro, o medo enorme da agenda do Bolsonaro. As pessoas estão lidando com a eleição com o fígado", avalia Andrea Freitas, da Unicamp.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 6 de outubro de 2018

Brasil:A sociedade adoece na mira da desconfiança política


Se cada um se torna um inimigo em potencial, as relações se fragilizam rapidamente. A desconfiança pode aprofundar a instabilidade e criar um mapa aberto para violência. É claro que uma harmonia absoluta não existiu. Não conte uma história atravessando uma linha reta, num território cheio de anjos e paraísos. Estamos no mundo sem ter o seu controle, mas construindo sonhos. Resistimos aos desastres e nos levantamos quando caímos. Para quê? Não sei. A ciência quer apagar as dúvidas. Uma pretensão que sofre retornos e frustrações.
Não há um início e o fim que nos tragam uma paciência consolidada. Temos um movimento que nos cerca. Ele desconstrói energias ou mesmo isola quem se infiltra na arquitetura da violência. Escrevo sobre o que acontece, há metologias que insistem em defender verdades, porém circulam ilusões que destroçam calmarias. Portanto, conte sua história, sinta seus escorregões, olhe para seus espelhos e peça ajuda a seus vizinhos. Não invente que a política só tem canalhas, nem decrete que as paixões salvam os desenganados.
Fique na sua corda bamba. As visões do medonho aparecem, as luzes tremem algumas vezes, contudo, as sombras não são as soberanas do mundo. Como lidamos com ansiedades é difícil  ampliar a cartografia do sossego. O sentimento chega sem hora de terminar. A saudade possui tempos indeterminados e a raiva pode durar dez minutos. Não se lance como profeta, nem faça aliança com aqueles que se enturmam com os fantasmas antigos. Há quem admire testemunhar o refazer de vidas estranhas, mas há quem contemple a mansidão e agite a generosidade.
Nomeie o que passa. Não fique mudo, nem perca o significado das palavras. Não deslembre. Há gramáticas individuais e coletivas. Sua fala se interioriza, porém não tema que os outros a ouça. A timidez não é segredo ou garantia de que estamos livre de males. Tudo se movimenta, o ritmo é fundamental para cadência  de cada minutos. Os tangos de Gardel estimulam nostalgias, as dores dos poemas de Vinícius sacodem amores desfeitos, o acaso dos romances de Paul Auster desenha perplexidades. Um dia, a casa não cai e a lua se casa de vez com o sol.
Por Paulo Rezende
A astúcia de Ulisses
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Eleições:A memória veste a história e a escolha política


A política fica presente no cotidiano. Há decisões. Apela-se para lucidez, evita-se o engano. Mas não sou infalível, nem existe o absoluto. Tenho concepções de mundo, decepções, entusiasmos, desistências. Não é fácil governar a subjetividade. Muitas informações atravessam as conversas e as mentiras se misturam com as possíveis verdades. A sociedade gosta de espetáculos, atritos, novelas. Está envolvida com o culto à violência. A política perde-se da ética e ganha as telas das televisões, nos debates com patrocínios milionários. Há suspense e convicções frágeis.
É a complexa vida da sociedade contemporânea com suas máquinas fabulosas. As eleições acontecem, depois de golpes tramados por muitas instituições. Lula está preso, Moro persegue, ninguém tem clareza do que sucedeu. Espaço para surgir especulações. Muitos esquecem a tradição autoritária que nos vigia. Fomos colonizados, exploramos os africanos, convivemos com ditaduras. Jair navega nessa tradição nefasta. Empolga multidões, difunde princípios fascistas, se entrelaça com grupos enrustidos e debochados.
Capitalistas admiram suas ideias, há fanáticos, adesão maciça de evangélicos e expectativas soltas. Está na frente das pesquisas diante de uma esquerda que teima em se fixar em detalhes. O anti-petismo se consolidou, trouxe inimizades, sacudiu ressentimentos, justificou atitudes. Jair aproveitou tudo, com rapidez e agilidade. Alguns o chamaram de louco. A história possui permanências. É preciso ativar a memória, colocar figuras agressivas na berlinda. Não se lembram de Médici, Pinochet, Hitler, das simpatias de Vargas, das ações do DOPS? A mídia se diverte com os boatos. Quer grana.
Há muito o que contar e reações aos desmandos não estão excluídas. Se o autoritarismo se articular com as reformas  do capital, sinto que aprofundaremos as desigualdades e as tensões.É estranho, porém, a política tem suas obscuridades que desafiam a razão. Muitos votam guiados pela fé, apostam em milagres, mendigam atenção. A sociedade brasileira, ou grande parte dela, desconhece o significado da reflexão histórica. Embarca no imediato, sem observar que a pressa oprime,quando se trata de política. Perigos, instabilidades, mitos desfilam numa aventura de desesperos e desencontros. O amanhã parece um navio pirata cheio de ratos
Por Paulo Rezende
A astúcia de Ulisses

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Pesquisa Datafolha aponta vitória de Paulo Câmara no 1º turno com 52%


O Datafolha divulgou na noite deste sábado (6) sua última pesquisa com as intenções de voto para o governo de Pernambuco no 1º turno. Pela primeira vez, o instituto apresenta o cenário dos votos válidos - desconsiderando os eleitores indecisos e que os declararam votar branco e nulo. Neste recorte, o atual governador Paulo Câmara (PSB) ultrapassou a margem de 50% dos votos válidos (alcançando 52%) e já pode ser reeleito neste domingo. Paulo abriu 17 pontos de vantagem sobre Armando Monteiro, que tem 35% das intenções. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, a definição da vitória de Câmara no 1º turno está dentro da margem de erro. 

A pesquisa ainda traz uma mudança no posicionamento dos demais candidatos. Dani Portela, do PSol, chegou aos 4% dos votos válidos agora aparece numericamente acima de Maurício Rands (Pros) e Julio Lóssio (Rede) - ambos com 3%. Patrícia Alves (PCO) e Simone Fontana (PSTU) seguem com 1%. 

Votos totais

Considerando os votos totais, que incluem brancos e nulos, além de indecisos, Paulo alcança 42%, enquanto Armando marca 28%. Os outros candidatos registram o mesmo índice dos votos válidos. Brancos e nulos somam 14% e aqueles que não sabem ou não responderam são 4%.

O levantamento foi encomendado pela TV Globo e pelo jornal Folha de São Paulo e ouviu 2.674 eleitores em 59 municípios entre ontem e hoje.


Com informações do Diario de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Boulos:"Ditadura nunca mais"


O ponto do debate entre presidenciáveis da Globo, na noite desta quinta-feira (4), foi um contundente discurso de Guilherme Boulos (PSOL) sobre os riscos que a democracia brasileira sofre com a ascensão do discurso de ódio nessas eleições.
Sem citar o nome de Jair Bolsonaro (PSL), Boulos aproveitou uma pergunta de Fernando Haddad (PT) sobre a retirada de direitos proposta pelo militar da reserva para fazer o alerta: “O momento é grave. Estamos há meses em uma campanha marcada pelo ódio. Faz 30 anos que esse país saiu de uma ditadura. Muita gente morreu, muita gente foi torturada. Tem mãe que não conseguiu enterrar o filho até hoje. Faz 30 anos mas acho que nunca estivemos tão perto. Se estamos hoje discutindo o futuro do brasil é porque gente derramou sangue para isso. Quando eu nasci o Brasil estava numa ditadura. Não quero que minhas filhas cresçam numa ditadura. Sempre começa assim. Acho que a gente tem que dar um grito, um basta: ditadura nunca mais!”, disparou, arrancando aplausos da plateia.
Com informação de revista Forum
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Eleição presidencial em debate na Globo



Questionado por Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL) voltou a criticar a política de repressão às drogas no debate de presidenciáveis, nesta quinta-feira (4), na TV Globo. Boulos defende que usuários sejam tratados como questão de saúde, e não no âmbito do código penal.

O tema permitiu que os candidatos criticassem o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que defende o armamento da população como política de segurança. Ciro voltou a questionar o capitão reformado pela ausência no debate. "Não queremos dar a primeira arma ao jovem, queremos dar o primeiro emprego", completou Boulos, que pregou o uso de inteligência para combater o tráfico de armas.

O candidato Fernando Haddad  (PT) aproveitou a ausência de Bolsonaro no debate na Globo - por alegadas questões de saúde - para criticar as medidas de austeridade iniciadas pelo governo de Michel Temer que, segundo o candidato do PT, o capitão pretende aprofundar. "Cortar direitos dos trabalhadores para (ajustar) as contas públicas, isto não se faz. O PT jamais o fará. O que está ocorrendo no Brasil é um absurdo".

"Amarelou"
A candidata Marina Silva (Rede) arrancou aplausos da plateia após dizer que Bolsonaro "amarelou" ao se ausentar do debate de presidenciáveis da TV Globo nesta quinta-feira (4). Ela criticou o capitão reformado por conceder entrevista à TV Record nesta quinta-feira (4), que foi transmitida junto ao debate: "Bolsonaro mais uma vez amarelou."

Ciro Gomes (PDT) e Henrique Meirelles (MDB) também condenaram a ausência do capitão reformado. Assim como Marina, eles criticaram o fato de Bolsonaro ter concedido uma entrevista à TV Record, embora tenha alegado proibição médica para comparecer ao debate.

Ciro comparou seu caso ao do candidato do PSL e disse que foi a um debate mesmo estando com uma sonda porque o eleitor merece esclarecimentos. Já Meirelles disse que a entrevista de Bolsonaro à Record se deu sob "absoluto controle" e que isso demonstra que ele não tem condições de governar o país. "O eleitor merece respeito", cobrou Meirelles.

Direita x Esquerda

Candidatos que se dizem de centro, Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB) se uniram no primeiro bloco do debate de presidenciáveis para tentar romper com a polarização entre direita e esquerda na reta final do primeiro turno. A três dias da realização do primeiro turno, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando 
Haddad (PT) estão na ponta das pesquisas, com 35% e 22%, respectivamente, segundo o Datafolha divulgado nesta quinta.

Leia também:
Marina pede autocrítica de Haddad, que se coloca como representante 'de um projeto que deu certo'


Primeiro, Ciro perguntou a Marina sobre o cenário conflagrado do país e a possibilidade de um novo governo, eleito em meio à tensão política, chegar ao fim. Depois, foi a vez de Meirelles falar com Ciro sobre a eleição de um "salvador da pátria".

Alvaro Dias e Haddad
Os candidatos à Presidência da República Alvaro Dias (Podemos) e Fernando Haddad (PT) tiveram um dos embates mais pesados no debate promovido pela TV Globo.

"Ao final do programa, vou te entregar a pergunta que é para ser feita ao verdadeiro candidato, que está preso", disse o candidato do Podemos ao petista, em referência a Lula - preso em Curitiba e que, por isso, foi substituído por Haddad na chapa petista. O ex-prefeito de São Paulo "pediu compostura" a Dias no debate e o acusou de fazer brincadeiras fora de hora e não respeitar limites de tempo. "Está atrapalhado em relação ao tempo e ao espaço", ironizou Haddad.
Com informação de Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

POLÍTICA:Funcionários empenhados na campanha dos candidatos do prefeito João Lira

Depois do horário de trabalho os funcionários efetivos e contratados foram "estimulados" a correr, subir e descer  ladeira pra conseguir votos para os candidatos do prefeito de Bom Jardim. Muitos funcionários ficam constrangidos e deprimidos com essa situação.
Há também os que adoram fazer campanha:"Hoje dia 04 de Outubro, nosso dia não foi um dia qualquer, foi também um dia de caminharmos no sitio Aroeiras e levar aos eleitores da comunidade as propostas dos candidatos do nosso querido Prefeito João Joao Francisco De Lira Lira que tanto se preocupa com seu povo, fazer campanha usando a verdade é muito bom, a cada porta que batemos é uma palavra de agradecimento ao nosso prefeito!! Também não poderíamos deixar de lhe agradecer pelo incentivo desse mês que para nós foi de grande ajuda!! Obrigado João Lira!!! AVANTE BOM JARDIM", Diz Dany Flower.

Na verdade o prefeito tá vendo a coisa apertar. Seu candidato a deputado estadual Joaquim Lira,  não empolga. Ricardo Teobaldo, candidato a deputado federal é visto como traidor dos trabalhadores, Mendonça Filho e Armando Monteiro pegaram a maldição de Temer, não decolam nas pesquisas. A esperança de João Lira é o candidato de Lula pelo PT, Fernando Haddad e o senador Humberto Costa.



João Lira corre para apresentar obras, mostrar trabalho em tempo de eleição. Há funcionários insatisfeitos por receberem salários abaixo do mínimo. O prefeito acredita que é possível reverter sua baixa popularidade com as obras. 

Até quando este sistema político do final do século 19 vai continuar com funcionários sendo meio que empurrados para fazer campanha.

Com fotos das redes sociais
Professor Edgar Bom Jardim - PE