quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Prefeita do Ceará quita dívidas do município, melhora a educação e deixa 1,8 milhão em caixa


Mas, existem exceções vindas do Ceará que apontam um caminho que todos os governantes deveriam seguir.
A ex-prefeita de Coreáu, cidade do interior, deixou as contas no azul, ou seja, sem dívidas e com dinheiro no caixa para a próxima administração.
O município de 24 mil habitantes pagou a folha de dezembro dos servidores no último dia 30 junto com o 13º. Todos os fornecedores também foram pagos. Se fosse “só” isso estaria de bom tamanho, mas a prefeita conseguiu deixar mais de 1,8 milhão em caixa.
Erika Frota Cristino sanou todas as contas públicas entregues a ela pela gestão anterior. Ela transformou a educação no município, que deixou as últimas posições no Estado e hoje é uma das melhores do Nordeste.
Ela prestou os saldos das principais contas da Prefeitura no dia 31 de dezembro, último dia de seu Governo, no Facebook:
  • FPM: R$ 658.848,88
  • Iluminação Pública: R$ 400.328,50
  • PAB: R$ 631.137,03
  • Saúde (recursos próprios): R$ 162.316,56
  • Hospital: R$ 8.278,22
  • Tributos: R$ 2.055,65
Apesar do excelente trabalho, Erika não conseguiu se reeleger. A política do PDT recebeu 48,04% dos votos. O candidato do PSDB, Carlos Roner Feliz Albuquerque, venceu a eleição com 51,64%. A diferença entre os dois foi de apenas 578 votos.
razoesparaacreditar
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Ministro traidor dos interesses dos trabalhadores pediu demissão


O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, pediu demissão do cargo na tarde de hoje (27). A saída de Nogueira do cargo foi confirmada pelo Palácio do Planalto após reunião dele com o presidente da República, Michel Temer. Na carta de demissão apresentada ao presidente, Nogueira disse que deixa o cargo porque vai se candidatar nas eleições do ano que vem.

“Como decidi que apresentarei meu nome à elevada apreciação do povo gaúcho nas eleições do ano que vem, e de forma coerente com aquilo que sempre preguei, venho por meio desta pedir minha exoneração do cargo de Ministro de Estado do Trabalho”. Deputado federal pelo PTB do Rio Grande do Sul, Nogueira pode tentar a reeleição, mas ainda estuda a possibilidade de concorrer a outro cargo em 2018, segundo sua assessoria.

Com a saída do ministério, Nogueira retomará seu mandato na Câmara dos Deputados. Ele comandava o Ministério do Trabalho desde maio de 2016.

O último ato de Nogueira no cargo foi a divulgação dos dados de novembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostram o fechamento de 12 mil postos de trabalho no mês.
 
Durante a gestão de Nogueira, entrou em vigor a nova lei trabalhista. Considerada pelo governo umas das mais importantes medidas de estímulo à geração de empregos, a reforma foi aprovada após muita resistência da oposição e em meio a polêmicas sobre as mudanças na lei. 

“Com a vigência da Lei da Modernização Trabalhista quebramos 75 anos de imobilismo, e o futuro finalmente chegou em terras brasileiras. Saímos de um modelo de alta regulação estatal para uma forma moderna de autocomposição dos conflitos trabalhistas, colocando o Brasil ao lado das nações mais desenvolvidas do mundo”, acrescentou Nogueira na carta ao presidente. 
Com informação do Diário de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

SEM VERGONHA: Maia pede parecer a técnicos da Câmara para questionar decisão do STF que cassa mandato de Ma


Após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre perda do mandato parlamentar do deputado Paulo Maluf (PP-SP), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encomendou um parecer dos técnicos da Casa para analisar a viabilidade de questionar a decisão da Corte. Na última semana, o ministro Edson Fachin determinou o início do cumprimento da pena aplicada ao deputado, bem como a perda automática de seu mandato.
O resultado dos técnicos será entregue nesta quarta-feira (27), conforme informou a jornalista Andreia Sadi, em seu blog no site do G1. Dependendo do parecer, a Câmara questionará a decisão para que o futuro de Maluf seja decidido pelos colegas congressistas, assim como o Senado fez no caso do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Conforme afirma o site, os técnicos da Casa já concluíram que a palavra final sobre a cassação do mandato de Maluf cabe ao plenário da Câmara. No laudo, os técnicos lembram o caso do ex-deputado Natan Donadon que, preso após uma decisão do STF, teve o mandato cassado pelos deputados em votação aberta.
Na última semana, a Câmara decidiu suspender os salários e benefícios dos deputados Paulo Maluf (PP-SP) e Celso Jacob (MDB-RJ). De acordo com a assessoria da Câmara, além do salário, os deputados atualmente presos terão o auxílio-moradia e verba de gabinete suspensos. Os gabinetes dos dois parlamentares foram desativados e os funcionários exonerados.
Atualmente, o salário bruto dos deputados federais é de R$ 33.763. Os deputados também recebem mensalmente uma cota parlamentar que varia de acordo com a distância de seus estados de Brasília.
Preso desde a última quarta-feira (20), o deputado Paulo Maluf (PP-SP), atualmente, está no Presídio da Papuda. Desde que a decisão de sua prisão saiu, a defesa tenta sem sucesso que a medida seja convertida em prisão domiciliar sob a alegação de Maluf tem saúde fragilizada e trata um câncer na próstata. No entanto, apesar de laudo do IML atestar as doenças do parlamentar, os médicos afirmam que a Papuda tem condições de atendê-lo.
O parlamentar foi condenado a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão por lavagem de dinheiro, além da perda do mandato e do pagamento de multa.
Com Informação de Congresso em Foco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Tríduo e exposição marcam comemoração do aniversário de 260 anos de criação da Paróquia de Sant’Ana, em Bom Jardim


No período de 26 a 29 de dezembro de 2017, a Paróquia de Sant’Ana, da cidade de Bom Jardim, no Agreste pernambucano, realizará o tríduo preparatório para a comemoração do seu 260º aniversário de fundação. Nesses quatro dias, os fiéis e visitantes poderão desfrutar de uma programação diversificada, que conta com Missas, na Igreja Matriz de Sant’Ana, sempre a partir das 19h00, apresentações culturais e visitação à Exposição “Origens, 260 Anos da Paróquia de Sant’Ana”, no Centro de Pastoral Cônego Antonio Gonçalves, das 08h00 às 12h00.


Como marco comemorativo do aniversário de 260 anos de criação da Paróquia de Sant’Ana, foi elaboração de um brasão e uma bandeira, que expressassem as características principais da fé de um povo, que, há mais de dois séculos, caminha sob as bênçãos e proteção de Sant’Ana, mãe de Nossa Senhora e avó de Jesus.


Foi na metade do século XVIII que tudo começou, quando um colonizador português mandou edificar uma capela dedicada a sua santa de devoção, a Senhora Sant’Ana, após receber do Donatário de Itamaracá, Pero Vaz de Souza, uma sesmaria. O sentimento religioso impulsionou o rico fazendeiro a contratar um sacerdote para dar assistência religiosa aos poucos moradores do lugar. Só em 1757, que a solicitação foi atendida pelo Regente Eclesiástico de Olinda, Dom Frei Luiz de Santa Tereza, sendo enviado ao lugarejo o Vigário José Inácio Teixeira, aos 24 dias do mês de novembro do mesmo ano, formando, por Ato da Mesa da Consciência e Ordens, a Freguesia ou Curato de Sant’Ana, bem como a Paróquia, que recebera o mesmo nome.

A programação se estenderá até a próxima sexta-feira, dia 29 de dezembro, com a Celebração Eucarística em ação de graças pelos 260 anos de criação da Paróquia de Sant’Ana, às 19h00, na Igreja Matriz de Sant’Ana, presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Bom Jardim celebra 260 anos da Paróquia


Fique por dentro da programação do primeiro dia do tríduo preparatório para a celebração dos 260 anos de criação da nossa Paróquia.

• DIA 26/12/2017 – TERÇA-FEIRA

19h00: Celebração Eucarística
20h00: Abertura da Exposição dos 260 Anos da Paróquia, Apresentação dos Marcos Comemorativos – Brasão e Bandeira da Paróquia
Noiteiros: Bonjardinenses Ausentes
Local: Igreja Matriz de Sant’Ana

Venha e participe conosco!
ParoquiaDeSantAnaBomJardimPernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

João Alfredo: Prefeita declara opções políticas para 2018

Imagem | Reprodução
Em seu terceiro mandato como prefeita de João Alfredo, Maria Sebastiana (PSD) disse que fechou o ano de 2017 com as finanças dentro do planejado. Durante entrevista concedida à Rádio Jornal Limoeiro, a gestora revelou que conseguiu pagar os salários em dia durante todo o ano e mais o décimo terceiro por conta das economias que vinha fazendo desde o início de 2017. Por outro lado, Maria contou que não esperava as quedas nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) registradas no segundo semestre, o que evitou a realização de algumas ações na cidade. 

No campo da infraestrutura, ela adiantou que vai inaugurar nos primeiros meses de 2018 uma creche no Bairro Asa Branca e uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no Sítio Roque. Ainda durante a entrevista, ela ressaltou o bom relacionamento que manteve com o Poder Legislativo, conseguindo aprovar mais de 90% dos projetos enviados por unanimidade. Perguntada sobre 2018, Maria Sebastiana foi bem objetiva e não escondeu quem pretende apoiar. "Eles sendo candidatos, vou vestir camisa, boné e chinelo com Paulo Câmara (PSB) para governador, André de Paula (PSD) para deputado federal e Romário Dias (PSD) para estadual", pontuou.
Fonte: Blog do Agreste.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Artes:Filme com Harry Dean Stanton conta a história de um homem que chegou ao fim de uma vida que não acaba

Em setembro deste ano, o ator Harry Dean Stanton faleceu, aos 91 anos. A carreira longeva começou em 1954, mas seu primeiro papel principal só chegou 20 anos depois, em Paris, Texas. O filme do diretor Wim Wenders o catapultou para a fama. Daí em diante, ele nunca mais voltou a ser anônimo, embora continuasse quase inteiramente dedicado a papéis de apoio. Ele foi o pai desempregado de Molly Ringwald no romance adolescente A garota de rosa-shocking; o apóstolo Paulo em Última tentação de Cristo, de Martin Scorsese; um detetive particular em Coração selvagem, de David Lynch; um juiz em Medo e delírio, de Terry Gilliam; um poligâmico corrupto na série Amor imenso, da HBO. Antes de morrer, Stanton retornou ao posto de protagonista. Ele estrela o filme Lucky, em cartaz no Brasil.
Harry Dean Stanton é um senhor que viveu demais no filme Lucky, o último de sua carreira (Foto: Divulgação)
Na superfície, o longa-metragem é a história de um homem velho e solitário, que atende pelo apelido de Lucky (sortudo, em português), e a vida rotineira que ele leva. Enquanto o público acompanha esse senhor frágil em sua travessia incessante pela cidade poeirenta onde mora, o filme ganha cada vez mais profundidade. Quando menos se espera, a trama se transforma em uma argumentação sobre grandes questões: a mortalidade e o significado da vida, o valor dos relacionamentos e a vulnerabilidade que eles exigem.
Lucky marca a estreia do ator John Carroll Lynch na direção – outro ator famoso por papéis secundários importantes, como em Fargo,Zodíaco Ilha do medo. Também é a primeira vez que um roteiro da dupla Logan Sparks e Drago Sumonja chega às telonas. Eles escreveram a história com Stanton em mente, o que explica semelhanças importantes entre personagem e ator: Stanton também serviu na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial, nunca casou, nem teve filhos.
Todos os dias, Lucky segue uma rotina rigorosa. Liga o rádio, faz cinco exercícios de ioga com sua roupa de baixo, fuma três cigarros, toma um copo de leite frio (que ele retira de uma geladeira praticamente vazia), escova os dentes, penteia os cabelos, se troca e sai para uma caminhada. Ele para numa lanchonete, onde faz as palavras cruzadas e troca conversas espaçadas com os funcionários. Segue para uma loja de conveniência onde compra mais cigarros e leite. Então, vai para casa, onde assiste a programas de auditório. À noite, ele se dirige a um bar, para tomar drinques de  bloody mary e ouvir os moradores da cidade discursarem nostálgicos sobre suas vidas.
Lucky é como um relógio, que todos os dias faz as mesmas coisas e percorre a mesma volta. Até que um dia uma das engrenagens sai do lugar. Hipnotizado pelo visor digital de sua cafeteira, Lucky desmaia. Seu médico não encontra nada de errado, apesar da vasta idade do paciente. A causa da queda é simples: Lucky está velho. Seu corpo insiste em viver, mas aos poucos não aguentará mais o fardo. A ideia abala o protagonista. Ele sabe que o fim está próximo, mas está tão perto que é impossível enxergá-lo. Memórias antigas começam a borbulhar em seus pensamentos, e suas tendências eremíticas tornam-se mais pronunciadas e agressivas. Ao mesmo tempo, sua fala se torna mais caudalosa e profunda. Tomado pela iluminação de seu apagão, ele profere frases de efeito como: “Realismo é aceitar uma coisa como ela é. Mas o que você vê não é o que eu vejo”.
A idade avançada de Stanton contribui para deixar o retrato de um Lucky próximo da morte verossímil: ele caminha a passos curtos, com uma cadência bem marcada de quem busca equilíbrio cada vez que a sola do pé toca o chão. Os olhos escuros estão apoiados sobre bolsas inchadas, as bochechas têm vincos profundos e a fala parece precisar de uma força descomunal para passar dos pulmões à boca. Enquanto fuma seus cigarros, observa o nada, como quem não vê mais o futuro, porque já ultrapassou o seu próprio. Com seu charme, o personagem mostra como a velhice precisa ser vista com maior empatia por todos.
A única certeza que o ser humano tem é que um dia deixará de existir. O que acontece depois disso fica a cargo da fé (ou falta dela) de cada um. Enquanto os créditos de nossa vida não sobem, nos resta escolher entre ser protagonistas ou coadjuvantes. Harry Dean Stanton prova que é possível levar o filme de sua vida até o fim com maestria, mesmo que demore.
Época
Professor Edgar Bom Jardim - PE

A história e as curiosidades do Natal, desde evangelhos e tradições pagãs até o Papai Noel

Nascimento de Jesus
Image captionEvangelhos não mencionam a data do nascimento de Jesus, que foi estabelecida pelo papa só no século 4º | Foto: Getty Images
Dos evangelhos a costumes pagãos incorporados pela Igreja Católica, passando por tradições criadas na Era Vitoriana britânica, o Natal passou de uma celebração invernal a uma festa que, para muitos, mescla a tradição religiosa ao secularismo dos dias atuais.
A BBC consultou livros históricos para reunir fatos e curiosidades natalinas. Confira:

O nascimento de Jesus

O Natal - que para os cristãos marca o nascimento de Jesus, o filho de Deus - é celebrado em 25 de dezembro ou 7 de de janeiro, no caso dos cristãos ortodoxos.
A natividade é descrita no Novo Testamento da Bíblia, mas os evangelhos de Mateus e Lucas dão versões diferentes para o evento.
Ambas narrativas dizem que Jesus nasceu de Maria, noiva de José, um carpinteiro. Os evangelhos afirmam que Maria era virgem quando engravidou.
Segundo a tradição, José e Maria viajaram para Belém pouco antes do nascimento de Jesus
Image captionSegundo a tradição cristã, José e Maria viajaram para Belém pouco antes do nascimento de Jesus | Foto: Getty Images
No relato de Lucas, Maria foi visitada por um anjo trazendo a mensagem de que ela daria à luz o filho de Deus. Já a versão de Mateus afirma que José foi visitado por um anjo que o persuadiu a casar com Maria em vez de dispensá-la ou expor a origem de sua gravidez.
Mateus fala também de de um grupo de sábios (os reis magos) que seguiram uma estrela até chegar ao local de nascimento de Jesus, para presenteá-lo com ouro, incenso e mirra. Lucas, por sua vez, conta que pastores foram guiados por um anjo até Belém.
Segundo a tradição, José e Maria viajaram pouco antes do nascimento de Jesus. José havia sido ordenado a participar de um censo em sua cidade natal, Belém.
Todos os judeus tinham de ser contabilizados, para que o Império Romano pudesse determinar o quanto recolheria deles em impostos. Os que haviam se mudado de Belém, como José, tinham de regressar para serem registrados.
José e Maria enfrentaram a longa e árdua viagem de 150 km a partir de Nazaré, pelo vale do rio Jordão, passando por Jerusalém até chegar a Belém. Maria viajou sobre uma mula, para guardar energia para o parto.
Mas, ao chegarem a Belém, souberam que a hospedaria local estava repleta. O dono do local os deixou permanecer em uma caverna rochosa sob a casa, usada como um estábulo.
Foi ali, próximo ao barulho e à sujeira dos animais, que Maria deu à luz seu bebê e colocou-o na manjedoura.

O primeiro Natal

Os evangelhos não mencionam a data do nascimento de Jesus. Foi só no século 4 que o papa Júlio 1º estabeleceu o dia 25 de dezembro como o dia de Natal. Era uma tentativa de cristianizar as celebrações pagãs que já eram realizadas nessa época do ano.
Árvore de Natal
Image captionNatal começou como uma festividade invernal e continha fortes elementos pagãos | Foto: Getty Images
No ano de 529, o 25 de dezembro já havia se firmado como um feriado e, em 567, os 12 dias entre o 25 de Dezembro e o Dia de Reis - considerado o dia em que os reis magos chegaram até Jesus - eram feriados públicos.
O Natal não é apenas uma festa cristã. A celebração tem raízes no feriado judaico de Hanuká (festa de luzes celebrada ao longo de oito dias), nos festivais dos gregos antigos, nas crenças dos druidas (sacerdotes celtas) e nos costumes folclóricos europeus.

Celebração invernal e histórica

No hemisfério Norte, o Natal é uma festa invernal, próximo ao período do solstício de inverno - depois desse período, a luz do sol aumenta e os dias começam, gradativamente, a serem mais longos. Ao longo da história, esse já era uma época de festividades.
Nossos antepassados caçadores passavam a maior parte do tempo em ambientes externos. Portanto, as estações do ano e o clima tinham uma importância enorme em suas vidas, a ponto de eles reverenciarem o sol. Povos do norte europeu viam o sol como uma roda que mudava as estações, por exemplo.
Os romanos também tinham seu festival para marcar o solstício de inverno: a Saturnália (dedicado ao deus Saturno) durava sete dias, a partir de 17 de dezembro. Era um período em que as regras do cotidiano viravam de ponta-cabeça. Homens se vestiam de mulher, e patrões se fantasiavam de servos. O festival também envolvia procissões, decorações nas casas, velas acesas e distribuição de presentes.
O azevinho, arbusto típico usado hoje nas guirlandas, é um dos símbolos mais associados ao Natal - por ter sido transformado pela Igreja no símbolo da coroa de espinhos de Jesus. Segundo uma lenda, galhos de azevinho foram trançados em uma dolorosa coroa e colocados na cabeça de cristo por soldados romanos para zombá-lo: "Salve o rei dos judeus".
Diz a crença que as frutas do azevinho eram brancas, mas foram tingidas de vermelho permanentemente pelo sangue do messias cristão.
Azevinho
Image captionDiz a lenda que galhos de azevinho foram trançados em uma coroa e colocados na cabeça de cristo por soldados romanos | Foto: Getty Images
Outra lenda diz respeito a um pequeno órfão que vivia com os pastores quando os anjos vieram anunciar o nascimento de Jesus. O menino trançou uma coroa de azevinhos para a cabeça do bebê recém-nascido. Mas, ao oferecê-la, ficou envergonhado de seu presente e começou a chorar.
O bebê Jesus tocou a coroa, que começou a brilhar, fazendo as lágrimas do órfão se transformarem em frutinhas vermelhas.
Mas o significado religioso do azevinho precede o cristianismo: o arbusto era associado inicialmente ao deus Sol e considerado importante nos costumes pagãos. Algumas religiões antigas usavam o azevinho para proteção, e as portas e janelas eram decoradas com suas folhas para proteger as casas de espíritos ruins.
Do ponto de vista histórico, o Natal sempre foi uma curiosa combinação de tradições cristãs, pagãs e folclóricas. Se voltarmos no tempo para 389 d.C., são Gregório Nazianzeno (um dos quatro patriarcas da Igreja Grega) advertiu contra "os excessos nas festividades, nas danças e decorações nas portas". Nessa época, a Igreja já tinha dificuldades em eliminar os traços pagãos dos festivais de inverno.
Na Era Medieval (cerca de 400 d.C a 1400 d.C), o Natal já era conhecido como um período de banquetes e diversões. Era um festival predominantemente secular, mas continha alguns elementos religiosos.
O Natal medieval durava 12 dias, entre o dia 24 de dezembro ao dia 6 de janeiro - dia da "Epifania do Senhor". Epifania vem da palavra grega que significa aparição, em referência ao momento em que Jesus foi revelado ao mundo. Até os anos 1800, a Epifania era uma celebração tão grande quanto a do Natal.
Ao longo da história, a Igreja tentou restringir as celebrações pagãs e dar um sentido cristão a costumes populares. Os cânticos natalinos, por exemplo, eram originalmente músicas para comemorar colheitas ou a metade do verão, até serem incorporadas pelos religiosos. Elas se tornaram uma tradição natalina no final do período medieval.

Proibições ao Natal

Até o século 19, a data não era uma celebração familiar – era comum as pessoas beberam e saírem comemorando pelas ruas. A festa costumava ser tão efusiva que de meados do século 17 até o início do século 18, as puritanos cristãos suprimiram as festas natalinas na Europa e no continente americano.
O movimento puritano havia começado durante o reinado da rainha britânica Elizabeth 1ª (1558-1603) e se baseava em severos códigos de conduta moral, muita oração e em uma interpretação rígida das escrituras do Novo Testamento.
Como a data do nascimento de Cristo não consta dos evangelhos, os puritanos acreditavam que o Natal era muito relacionado aos festivais pagãos romanos e se opunham a sua celebração, sobretudo ao seu aspecto festivo, regado a comida e bebida, como herança da Saturnália.

A representação da natividade

A contação de histórias se tornou uma parte importante da cristianização do Natal, por exemplo por intermédio do presépio, como uma representação do estábulo onde Jesus nasceu.
A tradição de montar presépios é antiga: já em 400 d.C., o papa Sisto 3º ordenou que um fosse construído em Roma. No século 18, em muitas partes da Europa, a montagem de presépios era considerada uma forma importante de artesanato.
Peças de natividade também eram apresentadas em igrejas, com a intenção de ilustrar a história natalina contada pela Bíblia.
Coral de Natal na igreja
Image captionCorais de Natal eram originalmente músicas para comemorar colheitas ou a metade do verão, até serem incorporados pelos religiosos | Foto: Whitemay

A Era Vitoriana e o Natal atual

O Natal chegou a ser vetado na Inglaterra, mas voltou com força na Era Vitoriana (1837-1901), com forte caráter nostálgico.
A obra clássica de Charles Dickens, Um Conto de Natal, de 1843, inspirou ideias de como o Natal deveria ser, capturando a imaginação das classes médias britânica e americana - que tinham dinheiro para gastar e vontade de fazer da festa um momento especial para toda a família, dando início ao Natal da forma como o conhecemos hoje.
Ainda que a intenção vitoriana fosse reproduzir práticas natalinas da Inglaterra medieval, muitas das novas tradições eram invenções anglo-americanas. A partir dos anos 1950, os corais de Natal foram estimulados por sacerdotes, sobretudo nos EUA, que incorporaram a cantoria às celebrações natalinas religiosas.
Os ingleses foram os precursores dos cartões de Natal, mas os americanos - muitos deles migrantes - adotaram a prática e a popularizaram, graças a um serviço postal barato e à possibilidade de manter contato com parentes fisicamente distantes.
Já a árvore de Natal era uma tradição germânica, levada à Inglaterra e popularizada pela família real. Em 1834, o príncipe Albert, marido da rainha Vitória, ganhou uma árvore da rainha da Noruega e exibiu-a na praça Trafalgar, ponto importante de Londres.

Celebração moderna

O Advento é um período de preparação das comemorações do nascimento de Jesus e começa no domingo mais próximo ao dia 30 de novembro. A palavra vem do latim adventus, ou chegada. Tradicionalmente, é uma época de penitência, mas não mais tão rígida quanto a Quaresma, uma vez que os cristãos não fazem mais jejum nesse período.
Guirlandas do Advento são populares na Europa e nos Estados Unidos, sobretudo em igrejas. Elas são feitas com galhos de pinheiros e quatro velas - uma para cada domingo do Advento.

Papai Noel

Uma parte importante do Natal moderno é o mito do Papai Noel ou Pai Natal, cuja origem remonta a tradições cristãs e europeias. Mas a imagem dele como a conhecemos hoje foi popularizada por fabricantes de cartões natalinos americanos no século 19.
Tradicionalmente, o Pai Natal visita as casas à meia-noite da véspera de Natal, descendo pela chaminé para entregar os presentes, colocando-os dentro das meias que as crianças deixam penduradas.
Papai Noel vitoriano
Image captionImagem do Papai Noel como a conhecemos hoje foi popularizada por fabricantes de cartões natalinos na Era Vitoriana | Fonte: Getty Images
Algumas tradições ao redor do Pai Natal também precedem o cristianismo. Seu trenó, puxado por renas, vem da mitologia escandinava. A prática de deixar tortas e leite ou conhaque para o Papai Noel pode ser remanescente de sacrifícios pagãos que marcavam a chegada da primavera.
Nos EUA, a figura do Santa Claus tem seu nome derivado de São Nicolau, que, segundo a tradição, costumava entregar anonimamente sacos de ouro para um homem que não tinha dinheiro para pagar o dote de casamento de sua filha.
Algumas versões da história afirmam que o santo jogava as sacolas de ouro pela chaminé.

O Natal hoje

O Dia de Natal é a festa cristã mais celebrada pelas pessoas que não frequentam igrejas, e estas, ao mesmo tempo, costumam ficar repletas para a missa natalina.
No entanto, para muitas pessoas, o Natal hoje se tornou uma festa secular, centrada na reunião familiar e na troca de presentes.
Se em séculos passados a Igreja temia a influência pagã sobre a festa cristã, as preocupações atuais são o consumismo e os excessos que marcam as festas de fim de ano.
Fonte:BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 24 de dezembro de 2017

Feliz Natal para tod@s


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Religião:Papa pede, em mensagem de Natal, paz aos que sofrem com conflitos

Crédito: AFP
Crédito: AFP

A mensagem do papa Francisco, após o Angelus no palácio pontifício na Praça de São Pedro, foi voltada a um pedido de paz, especialmente para os povos que sofrem com conflitos. O pontífice pede que sejam libertados os religiosos e fiéis sequestrados.

O Santo Padre também pediu aos fiéis que, nestas horas que precedem o Natal, se recolham em silêncio e em oração pelo Nascimento para "adorar no coração do mistério o verdadeiro Natal, o de Jesus que se aproxima de nós com amor, humildade e ternura". "Lembrai-vos também de rezar por mim", pediu Francisco. 

A celebração na Basílica de São Pedro, a Missa do Galo, será celebrada hoje pelo papa, a quinta do seu pontificado. No Twitter, a mensagem de Francisco também faz um agradecimento: "Contemplando o Menino Jesus, amor humilde e infinito, digamos a Ele simplesmente: Obrigado, porque você fez tudo isso por mim!". A mensagem tinha, até o início da tarde de hoje, cerca de 4,8 mil curtidas.

Reprodução do Twitter
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Diário de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE