domingo, 3 de dezembro de 2017

GOL (ANDRÉ) - SPORT 1 X 0 CORINTHIANS. Veja em LEIA MAIS.



Não foi tranquilo, mas o Sport garantiu a presença na Série A do ano que vem. O Leão fez o principal, a sua parte. Neste domingo, o Leão venceu o Corinthians por 1 a 0 na Ilha do Retiro lotada. Ainda viu todos os demais resultados que lhe beneficiavam acontecerem. Coritiba e Vitória perderam seus respectivos jogos - bastava apenas que um desses dois times não vencessem, além do triunfo leonino -, possibilitando ao Rubro-negro pernambucano dar um salto para fora da zona de rebaixamento, ultrapassando ambos.

O Sport foi um time aguerrido, superando o nervosismo que perdurou durante boa parte do jogo. O Corinthians, repleto de jogadores jovens e com alguns reservas, não foi nem sombra do time campeão brasileiro. O Leão, que não tem nada com isso, teve competência para marcar o gol, com André, que ratificou o seu papel de jogador mais decisivo da equipe no campeonato. Depois, segurou o valioso resultado. No fim das contas, o Rubro-negro se salvou, o que não deve apagar, porém, a série de erros durante a competição que levou a equipe a chegar na última rodada em situação delicada.
A torcida compareceu para apoiar o Sport no momento em que o time mais precisou no campeonato. Motivado, o Leão começou bem o jogo, com mais posse de bola e presença no ataque. Criou chances com boas descidas de Marquinhos pelo lado direito, mas não conseguiu o tão esperado gol, que poderia trazer maior tranquilidade para a equipe no decorrer da partida.

E o grande problema do Sport no primeiro tempo foi justamente o nervosismo. Conforme o relógio corria, aumentava a ansiedade, o que fazia o time forçar jogadas desnecessárias e errar passes importantes. Tranquilo, com uma equipe formada por jogadores mais jovens e reservas com vontade de mostrar serviço, o Corinthians equilibrou o confronto e a posse de bola. Teve, inclusive, a melhor chance da partida, com Magrão operando dois milagres seguidos, na cabeçada de Pedrinho e no rebote de Rodrigo Figueiredo. 
Com informações do Diário de Pernambuco.
03/12 - BRASILEIRÃO 2017 /www.youtube.com/watch?v=cleUfaL3vZM
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O melhor jogador do Sport é esse cara aí

 Daniel Paulista, OBRIGADO! Você deve ser reconhecido por sua guarra, dedicação e respeito pelo SPORT.  Daniel você é um grande artilheiro, essencial nessa luta contra o rebaixamento. O Técnico do ano do Sport em 2017. Sport continua na Série A do Brasileiro de Futebol em 2018. A direção do Sport atrapalhou o seu trabalho.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

80ª Festa de Nossa Senhora da Conceição, na Comunidade de Freitas. Veja fotos.

É assim que acontecem as festas religiosas nas pequenas comunidades e povoados pelo interior do Brasil. Conheça  Freitas, um povoado  do Bom Jardim, Pernambuco, Brasil. 








Fotos de Paróquia de Sant'Ana/ Bruno Araújo.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Decoração natalina de João Alfredo

                                         Ornamentação da Praça Calumbi 

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Paulo Câmara entrega abastecimento de água



Ao lado de secretários, deputados e prefeitos da região, Paulo Câmara entregou aos moradores do Sítio Poço do Boi, em Angelim, um Sistema de Abastecimento de Água para assistir as famílias da localidade. O governador autorizou a implantação de mais dois sistemas de abastecimento e perfuração de poços para a zona rural. Além disso, o município ganhou um Centro de Referência Especializado de Assistência Social, para atender pessoas que estão em situação de risco social ou tiveram seus direitos violados. "Aproveitei e visitei também as obras da Escola Técnica Estadual de Garanhuns, que vai beneficiar 1.300 estudantes", disse o governador sobre agenda do sábado 02/12/17 em sua rede social.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Marina é pré-candidatura à Presidência: “Precisamos de uma operação ‘lava voto’”


Com um discurso duro contra a polarização e a corrupção e em defesa do resgate da ética na política, a ex-senadora Marina Silva anunciou, neste sábado (2), em Brasília, sua pré-candidata à Presidência da República pela Rede Sustentabilidade, partido que ajudou a fundar. Marina foi candidata nas últimas duas eleições presidenciais, nas quais ficou na terceira colocação pelo PV e pelo PSB.
A pré-candidata atacou a concentração de poder e a disputa entre o PT, o PSDB e o PMDB, as reformas de Michel Temer, o envolvimento de peemedebistas e petistas em esquemas de corrupção e defendeu uma operação “lava voto”, em referência à Lava Jato. Marina também rebateu o processo de desconstrução que sofreu da campanha de Dilma em 2014, criticou a política personalista, em alusão a Lula, e disse que é hora de dar um basta à política do “rouba, mas faz”.
A ex-senadora também defendeu o diálogo com outros partidos do chamado campo progressista e com as “flores do pântano”, referindo-se a políticos que não se envolveram nas irregularidades. Também reconheceu as dificuldades que terá pela frente, como a diferença de recursos financeiros e de tempo de rádio e TV. Também pregou contra o discurso de ódio. “Não vamos tratar ninguém como inimigo”, declarou. “Será uma campanha ralada, mas é melhor uma campanha ralada do que um país dividido”, ressaltou.
Marina defendeu que os principais partidos do país, como o PSDB, o PT e o PMDB sejam afastados do poder pelos eleitores para que possam se reinventar. “Precisamos dar um sabático de quatro anos para que PT, PSDB e PMDB possam revisitar seus estatutos e programas, reencontrar com as pessoas, olhar na cara daqueles que perderam seus empregos e a esperança e se reinventar”, discursou. Marina também rebateu as críticas de que demonstra fragilidade. Lembrou das doenças, da perda da mãe aos 14 anos e da pobreza que teve de superar para chegar à política. “Aprendi com minha fé, quando sou fraco então sou forte.”
O nome de Marina foi aclamado pelos 27 elos (diretórios) da Rede, que apresentaram uma moção para que a ex-ministra do Meio Ambiente se lançasse à disputa eleitoral. No evento, ela estava acompanhada de lideranças nacionais da Rede, como a ex-senadora Heloisa Helena (AL), e parlamentares como o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AC) e os deputados Miro Teixeira (Rede-RJ) e João Derly (Rede-RS). A confirmação de sua candidatura só deve ocorrer em abril, em nova reunião do comando partidário.
A seguir, alguns dos principais pontos do discurso de lançamento de pré-candidatura de Marina:
“Quem tem de pagar com a Justiça paga, que pague, ninguém está acima da lei. Ninguém é rico demais, poderoso demais para estar acima. A lei é ato de reparação, não de vingança. Isso é civilização. Não pode ser dois pesos e duas medidas. Não podemos concordar com a lógica do rouba, mas faz.”
“Estamos aqui para dizer que sabemos o valor do amanhã. Mas o valor do amanhã é defendido e assinado quando fazemos a coisa no agora.”
“Queremos ecossistema saudável, mesmo com pessoas divergindo, queremos pessoas éticas, competentes. Será mais difícil disputar, mas melhor para o Brasil. Não é discussão do poder pelo poder.”
“Isso aqui não é um lançamento. É uma conversa de companheiros. Vamos dialogar com outros partidos, com núcleos vivos da sociedade. Par dialogar com outros partidos não precisa chegar para aqueles que não foram pegos no dopping da corrupção, pedir que não tenham candidatos.”
“Quanto mais estrelas no céu, mais claro é o caminho de que não precisamos tratar as outras candidaturas como inimigas. Faremos críticas, mas jamais o ato da desconstrução covarde, antiética, aviltante da democracia.”
“É preferível sofrer uma injustiça do que praticar uma justiça. Quem ganha fazendo coisas erradas perde. Quem perde fazendo o que é certo perde ganhando. É hora de o Brasil e o povo brasileiro, depois de tudo o que aconteceu, ganharem ganhando.”
“Minha motivação não é o poder pelo poder. A política é um serviço.”
“As pessoas querem o combate à corrupção, passar o Brasil a limpo, e ter um Brasil onde haja prosperidade, onde tenha emprego, sustentabilidade, onde possam sustentar sua família para se construir como sujeito.”
“É um momento difícil. Estamos numa reunião da direção nacional (da Rede). Abrimos para a imprensa, está sendo transmitido esse momento, porque fizemos longo processo de reflexão, chegamos ao resultado que agora se apresenta nessa reunião dialogando com o nosso país.”
“Não é decisão simplesmente porque queremos fazer, mas porque é necessário fazer, é justo que seja feito.”
“As condições são importantes, mas não são as mais importantes. Seremos fieis no pouco. Da parte do megafundo eleitoral, apenas 0,05% irá para a nossa campanha de deputado estadual, federal, governador, senador e presidente. Enquanto isso, 17% do bilionário fundo vai para o PT, o PMDB e o PSDB. Privatizaram os recursos do contribuinte e os meios legais da propaganda eleitoral. Teremos 12 segundos de televisão. Eles podem vir com o maior alimento, nós vamos beber a água boa do compromisso e da esperança e transformar nossas dificuldades em fortaleza. Sou mulher de fé.”
“É tempo de ver, de compreender, de decidir e de agir. Uma ação que precisará, sobretudo, do povo brasileiro. Só ele, somente ele, poderá fazer a grande que o Brasil precisa. Nesse tempo é preciso que, ao decidir, a gente observe sempre o lugar que a sociedade quer colocar suas lideranças políticas. Temos de ter muito cuidado para não resvalar na situação de querer, muitas vezes, ficar num lugar das projeções que não são boas nem para a política, nem para a democracia, nem para as pessoas.”
“No momento de crise é muito fácil projetar nas pessoas a imagem do pai ou da mãe protetora, que vai combater por você, fazer para você. Isso não fortalece a nossa democracia, as nossas instituições. Isso nos infantiliza politicamente, institucionalmente. Temos de ter muito cuidado para não aceitar esse lugar. Não querer ser o dono do povo.”
“Não é momento para salvadores da pátria. As coisas grandiosas não são as feitas por um único partido, mas por diferentes pessoas, pela sociedade.”
“Estou vivendo a dor e a delícia de quem somos. É feliz, alegre, esperançoso ver tanta gente depois de tanta desesperança na política resgatar o papel da política.”
“Fiz perguntas abertas sobre como seria essa contribuição. Me impus disciplina de ter uma escuta verdadeiramente interessada. Ouvindo coisas até que não queríamos ouvir. Mas de pessoas corretas. Polícia não se faz apenas com aqueles que dizem amém, mas também com aqueles que discordam da gente.”
“Pela primeira vez, meus quatro filhos, que sempre botavam certo cuidado em 2010 e 2014, agora disseram que mamãe, com essa crise que está aí, não tem alternativa. Você tem de estar nesse processo. Depois dessa reflexão estamos aqui.”
“Terminado o processo eleitoral de 2014, pensei como ajudo melhor o Brasil? Construindo o partido, ficando mais na sociedade. Dei aula na Fundação Dom Cabral, fui dar aulas fora do Brasil. Não sou aposentada. Quem não tem patrimônio antes de ser político não tem como acumular patrimônio quando é político. Não tenho patrimônio, tenho capacidade de trabalho”.
“É o momento para que a gente possa dar nossa contribuição para fazer o resgate da política para que o Brasil possa responder as suas grandes responsabilidades. A crise que estamos vivendo tem várias características, uma delas é de legitimidade democrática.”
“Estamos criando cultura política do ódio, de desrespeito à diferença”
“As pessoas estão em guerra por causa da polarização. Antes as pessoas divergiam e ia conversar no bar. Agora brigam por política até na igreja.”
Com informações de Congresso em Foco.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 2 de dezembro de 2017

A Comunicação Contemporânea e os Desafios das Novas Tecnologias


Mais de 50 jornalistas do Agreste, Mata Norte e Região Metropolitana do Recife, participaram neste sábado (02/12), do 2º Seminário da Associação da Imprensa de Pernambuco - AIP, com o tema: A Comunicação Contemporânea e os Desafios das Novas Tecnologias, realizado na Faculdade de Ciências da Administração de Limoeiro - FACAL.
Juliana Sampaio, Aderbal Barros e Ciro Bezerra, nomes consagrados do comunicação fizeram palestras, relataram experiências, debateram o momento que a imprensa vivencia no país e em todo mundo.
O presidente da Associação da Imprensa de Pernambuco - AIP, Múcio Aguiar, pretende intensificar encontros para aproximar, valorizar todos os profissionais da imprensa.

Mais de 50 jornalistas do Agreste, Mata Norte e Região Metropolitana do Recife, participaram neste sábado (02/12), do 2º Seminário da Associação da Imprensa de Pernambuco - AIP, com o tema: A Comunicação Contemporânea e os Desafios das Novas Tecnologias, realizado na Faculdade de Ciências da Administração de Limoeiro - FACAL.
Juliana Sampaio, Aderbal Barros e Ciro Bezerra, nomes consagrados do comunicação fizeram palestras, relataram experiências, debateram o momento que a imprensa vivencia no país e em todo mundo.

O presidente da Associação da Imprensa de Pernambuco - AIP, Múcio Aguiar, pretende intensificar encontros para aproximar, valorizar todos os profissionais da imprensa.


*Fotos:Edgar Santos/ Valdenes Guilherme
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Pré-campanha: Marília Arraes descarta qualquer possibilidade de aliança com Paulo Câmara



O PT do Bom Jardim-PE, realizou neste sábado (2), uma plenária na sede da Câmara Municipal com a participação da vereadora do Recife, Marília Arraes, pré-candidata de setores do Partido dos Trabalhadores ao Governo de Pernambuco em 2018. "É hora de fortalecer uma candidatura própria, fazer o partido renascer das cinzas como a fênix, diz Tereza Leitão, deputada estadual, ao afirmar que o partido e os militantes foram massacrados nestes últimos quatro anos". Tereza Leitão apoia, embora o PT regional não confirme  como certa a pré-candidatura em movimento.

Pode parecer que é cedo para se falar em eleição, no entanto, nos bastidores da política já há muita movimentação para aquecer a militância, apresentar futuros candidatos, sentir o que o povo pensa, tirar fotografias com simpatizantes, aliados e lógico fazer um discurso contra  adversários. Neste caso, Marília Arraes, foca no discurso para desgastar o  governo Paulo Câmara. No elenco das críticas foram citadas: a falta de ação da gestão atual para resolver o problema da segurança pública, disse que esse governo não sabe pra onde vai, que há uma crise hídrica no estado com a  má distribuição de água, mau gestão; que Paulo Câmara quer privatizar a Compesa; que Bom Jardim não tem banco; que o governador faz discurso fácil, enxuga gelo, joga para plateia para enganar o povo. No plano nacional, Marília afirmou que o Governo Federal promove a destruição  do Estado brasileiro, a venda das nossas riquezas, aprofundou o golpe, o aumento do preço do gás, reformas que afetam o povo.

A vereadora recifense é tida como opositora notável ao PSB. Atritos e descontentamentos  com a legenda do atual governador não são de hoje. 
A ex-socialista é herdeira política do ex-governador Miguel Arraes. Esse é um capital político interessante na visão de segmentos petistas ligados aos sindicatos rurais e da CUT.  Nome novo, com raiz profunda no passado da política estadual.

Marília afirmou em entrevista para o Blog Professor Edgar Bom Jardim, que esses debates no interior do estado são importantes para formulação do "Plano de Governo" com a participação da sociedade. Ao ser perguntada sobre qual a diferença entre seu nome e dos demais pré-candidatos ao Governo de Pernambuco, disse que não queria falar de outras candidaturas, não quer fazer comparações entre seu nome com outros nomes de pessoas  envolvidos na disputa. Insistimos ao citar o nome do governador atual que lidera pesquisas recentes de intenção de votos. Marília disse que não quer fazer comparações com Paulo Câmara. A petista afirmou que o maior problema de Pernambuco é a falta de segurança, o sucateamento da Polícia Civil e Militar.  Por último, afirmou que não há possibilidades de aliança com Paulo Câmara para 2018. 

Vital Cordeiro (PT Bom Jardim), avaliou como positivo o encontro que contou com a presença de Carlos Veras da CUT, do prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, deputada Tersa Leitão, do Vereador Ninha de Tuquinha, Tato Mendes, Marciel Santos e outras lideranças de Bom Jardim, Orobó, João Alfredo e Surubim.
Por
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Sarau EREM Mota Silveira é Destaque Cultural de Bom Jardim

XX Sarau da EREM Dr. Mota Silveira.
Tudo muito bem feito, lindo, participativo, com conteúdo significativo. Todos essas qualidades resumem a realização do XX Sarau da EREM Dr. Mota Silveira em 2017. Estudantes, professores e gestão mergulharam no início da história do Brasil até atualidade para falar da realidade social, cultural, econômica e política do país.
Muitas lições que devem ser encaradas com muita responsabilidades por jovens e toda comunidade bonjardinense. Despertar para a realidade, por mudanças imediatas. Brasil: Um pavilhão de alegrias coberto por lonas de esperança. Evento grandioso.
Professor Edgar Bom Jardim - PE
01/12/17 

URGENTE! Mulher perdida em Umbuzeiro pode ser de Bom Jardim

Mulher perdida em Umbuzeiro pode ser da comunidade de Bela Vista de Bom Jardim - PE. A divulgação foi feita pelo blog Natalcasinhas. Gustavo Braz comentou postagem feita por Gilsamary no Facebook:" Ela é de bom Jardim, da comunidade de várzea alegre. A responsável por Ela se chama Maria, que é liderança comunitária"..
Esta senhora está na cidade de Umbuzeiro -PB: sem Documentos não sabe dizer seu  nome nem endereço, então foi pedido para publicar sua imagem para tentar  localizar sua família. 

Fonte: natalcasinhas.blogspot
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Brasil: em 2017, 15 ministérios praticamente só tiveram dinheiro para pagar salários


O presidente Michel Temer durante reunião
Image captionNova reforma ministerial de Temer parece estar a caminho

Nas últimas semanas, a base aliada do governo Michel Temer deu início a uma disputa ferrenha pela titularidade dos ministérios - até o posto de chefe da Fazenda, a cargo de Henrique Meirelles (PSD), tem sido cobiçado. Ser ministro de uma pasta relevante significa ter nas mãos a "caneta" para contratar obras, criar serviços públicos em suas bases eleitorais e beneficiar aliados. O sonho de todo político que tentará a reeleição.
Mas um levantamento feito pela BBC Brasil mostra que essas expectativas podem não se cumprir. Com a crise econômica e a queda na arrecadação, 15 ministérios (das 19 pastas consideradas) tiveram menos de 2% de seus orçamentos revertidos para investimentos (como obras, compra de equipamentos etc.) em 2017.
Na média, os principais ministérios brasileiros usaram 44% do dinheiro de que dispõem com o pagamento de salários. Se fossem incluídos os trabalhadores terceirizados de cada pasta, o valor seria ainda maior. Nos três anos anteriores, de 2014 a 2016, a média ficou em 34%.
As pastas da Defesa e do Meio Ambiente estão entre as que mais gastaram, proporcionalmente, com funcionários. Na última, de R$ 1,9 bilhão gastos, R$ 1,3 bilhão (70%) foi destinado a pessoal. Nesse cenário, o investimento ficou restrito a 0,4% dos recursos.
Questionado, o ministério reconhece as dificuldades orçamentárias e diz que sofreu um forte contingenciamento no começo do ano, com 43% de seus valores bloqueados. O congelamento atualmente está reduzido a 12,4% do orçamento, o que, de acordo com a pasta, demonstra "a importância da temática ambiental para o governo".

Vista aérea da Esplanada dos Ministérios
Image captionEsplanada dos Ministérios: poucas pastas têm dinheiro para investimentos | Geraldo Magela/Ag. Senado

O Ministério da Defesa repassou R$ 56,2 bilhões (85,4%) dos R$ 65 bilhões já empregados pela pasta a funcionários. E só R$ 2,7 bilhões foram destinados a investimentos, segundo o critério do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), usado pela BBC Brasil nesta reportagem. Ainda assim, é um dos melhores desempenhos percentuais da Esplanada (com 4,1% do orçamento investidos).
A Defesa confirmou os dados da reportagem, mas disse que já tem R$ 6,6 bilhões empenhados (isto é, contratados) para serem pagos em investimentos. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, ele "aguarda liberações de limites financeiros até o fim do mês (de novembro)".
A maior parte do gasto com pessoal é obrigatória, e não pode ser alterada ao sabor da vontade do ministro que chefia cada pasta. A queda dos investimentos já vem acontecendo desde 2015, ainda no governo Dilma Rousseff (PT), após atingir um pico em 2014.

Ministérios que mais gastaram com pessoal

Além disso, os ministérios brasileiros não gastam só com investimentos e pessoal. Também precisam arcar com despesas correntes (aluguéis, taxas, contratação de serviços etc.). É por isso que a soma dos investimentos e dos gastos com pessoal não chega a 100%.
"Sempre que a receita vem abaixo da prevista no Orçamento, o governo é obrigado a contingenciar despesa", diz um trecho da resposta enviada pelo Ministério do Planejamento à BBC Brasil.
"Como, hoje, mais de 90% do orçamento federal corresponde a despesas obrigatórias ou não contingenciáveis, resta ao governo a obrigação de contingenciar os outros menos de 10% que corresponde a despesas de custeio e a despesas discricionárias", informa, reconhecendo o ínfimo valor reservado para investimentos públicos.

Onde há investimento

A situação é melhor em ministérios como os de Transportes, Cidades e Integração Nacional. São pastas que têm entre suas atribuições realizar obras de infraestrutura, o que puxa os percentuais de investimento para cima e as torna especialmente atrativas para os políticos.
O Ministério das Cidades, por exemplo, deixou as mãos do PSDB - que está de saída da base do governo - e passou ao comando do PP, com o deputado Alexandre Baldy (GO). O novo ministro é próximo ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e seu partido é dos principais do chamado Centrão - a base do governo Temer.

Ministérios que mais investiram
Ministérios que menos investiram

O alto índice de investimento é que faz com que Cidades, por exemplo, esteja no foco da disputa política - a pasta é considerada parte do "filé mignon" do governo. É por isso que, embora o ministério tenha ficado sob comando de Alexandre Baldy, a bancada do PMDB na Câmara agora pressione o Palácio do Planalto para indicar os principais cargos de segundo escalão.
Só este ano, pasta já investiu R$ 855 milhões, valor maior que os orçamentos de vários ministérios. Outras gastaram ainda mais: no Ministério dos Transportes, os investimentos somam R$ 3,4 bilhões, e na Saúde, são R$ 666 milhões.

Tabela de ministérios que menos investiram
Image captionMinistérios em que os investimentos não chegaram a 2% do total gasto

Em outros ministérios, o nível de investimentos é baixo porque eles gastam grande parte de seus recursos com transferências para os Estados e prefeituras ou pagamentos de benefícios sociais.
É o caso da Integração Nacional, por exemplo, que repassou R$ 8,2 bilhões em financiamentos para prefeituras, e do Ministério do Desenvolvimento Social, que pagou R$ 70,5 bilhões em benefícios este ano. O pagamento de benefícios também pesou no Ministério do Trabalho.

Quando o corte dá prejuízo

Mas como a queda nos investimentos afeta as pessoas comuns? Os moradores de Cachoeiro do Itapemirim (ES) têm um exemplo na porta de casa.
Em 2007, a prefeitura conseguiu um repasse do governo federal de cerca de R$ 2 milhões para a construção de uma Vila Olímpica, com duas quadras poliesportivas, campo de futebol de areia e uma quadra de futevôlei. Mas, em maio deste ano, só metade do projeto estava pronto, de acordo com um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU).
Segundo o órgão federal e a prefeitura, os atrasos que ocorreram após 2015 se devem à lentidão nos repasses de Brasília, justamente quando se intensificou a queda nos investimentos federais. Ao visitar o local, os técnicos da CGU também anotaram que as obras começaram a sofrer com vandalismo e "destruição e roubo das instalações".
Na prática, se for concluída, a obra custará mais do que o previsto, dada a necessidade de corrigir as destruições de instalações iniciadas, mas não concluídas. Além disso, o investimento feito até agora está ocioso, o que representa uma perda de oportunidade para o país - o dinheiro poderia ter ido para outra finalidade.

Reprodução de fotos do relatório da CGU
Image captionImagens de relatório da CGU sobre a vila olímpica da cidade de Cachoeiro (ES), publicado esta semana

O atraso nas obras da vila olímpica de Cachoeiro representa uma opção a menos de lazer para os moradores da cidade natal do escritor Rubem Braga e do cantor Roberto Carlos. Mas o problema é ainda mais dramático quando se trata de investimentos em áreas que interferem na capacidade do país de competir no exterior por recursos e mercado para os nossos produtos.
É o que explica o economista especializado em Administração Pública e professor da Universidade de Brasília (UnB) José Matias-Pereira.
"Como no Brasil o nível de investimento tem ficado abaixo do que se observa em outras economias de perfil parecido com o nosso, vamos perdendo competitividade. Se a produtividade (das empresas) e dos trabalhadores não cresce, isso acaba por minar a capacidade do país de competir", observa.
Áreas como educação, ciência e tecnologia deveriam ser priorizadas em momentos de crise, diz ele. São esses investimentos que poderão criar condições para que o país supere a crise.
No Amazonas, a falta de dinheiro no governo federal paralisou a maior obra educacional do Estado. O que era para ser a nova sede da Universidade Estadual do Amazonas (UEA) é hoje um amontoado de estruturas de concreto e andaimes abandonados, já mostrando sinais de degradação. A primeira etapa da construção, com a reitoria, a biblioteca e o refeitório, deveria ter ficado pronta em 2015, mas a obra foi interrompida por falta de recursos.

Obra inacabadas em Manaus
Image captionObras da Cidade Universitária, na zona metropolitana de Manaus | Foto: Assembleia Legislativa do Amazonas

Essa primeira fase estava orçada em R$ 81 milhões, e até agora apenas 20% das obras foram concluídas. O governo do Estado também já terminou um trecho da rodovia que liga a cidade universitária ao centro de Manaus, mas o trecho permanece vazio durante todo o dia.
Segundo o governador José Melo (Pros), o Estado, responsável por tocar a obra, só terá folga de caixa para concluir a empreitada depois de vender uma parte das ações da companhia estadual de gás, a Cigás.
A BBC Brasil publicou dias atrás reportagem sobre um estudo da Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado, mostrando que em 2017 o nível de investimento dos governos estaduais voltou aos patamar da década de 1990. E o mesmo deve acontecer com a União, de acordo com um dos autores da pesquisa, o economista Rodrigo Orair.
Segundo Orair, que estuda o tema desde 2009 no Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o percentual reservado pelo governo para os investimentos atingiu um pico nos anos 1970, durante o regime militar, e declinou desde aquela época.
O pesquisador diz ainda que o investimento começou a se recuperar a partir de 2004. A boa fase durou até 2015, quando a crise econômica se intensificou.

Serie histórica dos investimentos

André Shalders - @shaldim

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Senador da REDE quer o fim do auxílio moradia nos Três Poderes


O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) apresentou nesta terça-feira (28) uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para extinguir o pagamento de auxílio-moradia a membros de todos os Poderes. Com isso, o senador pretende rever o que considera uma forma de burlar o teto remuneratório e uma distorção de precisa ser corrigida formalmente.
“O auxílio-moradia é uma vantagem que nada mais é, nos dias atuais, do que uma espécie de fraude e de ampliação irregular dos gastos públicos, bem como um aumento de privilégios daqueles agentes públicos que já têm remuneração muito acima da dos brasileiros comuns”, disse o senador.
Agora, Randolfe precisa do apoio popular para que a iniciativa não caia no “limbo legislativo” e consiga tramitar no Congresso Nacional. “Essa legislatura precisa dar respostas às demandas da sociedade” continua.
Segundo o parlamentar, o benefício pago de R$ 4 mil a R$ 4,5 mil individualmente para os membros dos três Poderes, Ministério Público, além de parlamentares, ministros de Estado e secretários estaduais e municipais, custa aos cofres públicos mais de R$ 1 bilhão anuais.
O caminho formal a seguir passa pela análise prévia da Comissão de Constituição e Justiça e plenário do Senado – onde precisa do apoio de ao menos 49 membros da Casa, em dois turnos de votação – e depois pela CCJ, por uma comissão especial e pelo plenário da Câmara, também em duas rodadas deliberativas. E a PEC só é promulgada se o conteúdo aprovado por deputados e senadores for idêntico.
Com informações de redesustentabilidade.org.br 
Professor Edgar Bom Jardim - PE