terça-feira, 2 de maio de 2017

Sete perguntas sobre a crise com a Coreia do Norte – e as possibilidades de uma guerra


Donald Trump e Kim Jong-UnDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionTrump disse esperar que líder norte-coreano 'seja racional', mas alertou para possibilidade de confronto entre os países

O Japão mobilizou seu maior navio de guerra na primeira operação do tipo desde que o país aprovou uma polêmica legislação ampliando o papel de sua força militar, no momento em que a região passa por uma escalada na tensa relação entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte.
O porta-helicópteros Izumo está escoltando um navio americano de abastecimento que cruza as águas japonesas rumo à frota naval dos EUA na região - onde está o porta-aviões Carl Vinson, enviado pelo presidente Donald Trump.
No fim de semana, Trump disse que gostaria de resolver a crise diplomaticamente, mas reconheceu que um "conflito muito grande" seria uma possibilidade.
A grande preocupação dos EUA e países vizinhos à Coreia do Norte, como Coreia do Sul e Japão, é com o poderio nuclear e militar do país comunista, quem, apesar de ameaças de sanções, segue realizando testes de mísseis.
O governo americano diz que endurecerá as sanções econômicas contra Pyongyang e que ativará um sistema de defesa antimísseis na Coreia do Sul.
A Coreia do Norte, por sua vez, ameaçou afundar o porta-aviões americano deslocado para a região e prometeu realizar mais testes de mísseis.
A China, um dos poucos países a se relacionar com o governo norte-coreano, pediu negociação e diálogo entre os países.
Após os últimos desenvolvimentos nessa crise, o analista de Defesa e Diplomacia da BBC Jonathan Marcus responde às principais dúvidas sobre o conflito.

Qual o impacto esperado de novas sanções?

Apesar de já existirem sanções contra a Coreia do Norte, elas não são colocadas em prática ou monitoradas de forma devida. Um estudo recente da ONU analisou fragmentos de um teste de míssil norte-coreano e mostrou que os componentes eletrônicos vinham de empresas chinesas ou foram conseguidos através da China.
Ou seja, a China poderia fazer muito mais do que faz para pressionar o regime de Kim Jong-un. O problema é que Pequim não quer ver o regime norte-coreano entrar em colapso.
As sanções existentes poderiam ser endurecidas e que, principalmente no lado financeiro, poderiam dificultar as coisas para Pyongyang.
O problema é que sanções mais abrangentes podem afetar a população, que há décadas enfrenta ciclos de fome.

A Coreia do Norte e a China propuseram um possível fim do desenvolvimento de armas nucleares de Pyongyang se os EUA parassem de fazer manobras militares na fronteira do país. Por que isso não está sendo feito?

O objetivo da política americana vinha sendo a redução do programa nuclear norte-coreano, mas isso se provou impossível - e a ênfase agora parece ser em evitar um aumento desse poderio.
Não há sinais de que a Coreia do Norte tenha qualquer desejo de abrir mão de suas armas nucleares, muito pelo contrário. O país acredita que esta é a razão mais importante pela qual ele ainda não foi varrido do mapa.
A China parece disposta a encontrar uma solução diplomática para o problema e há alternativas que poderiam ser exploradas - por exemplo, uma limitação do programa nuclear da Coreia do Norte em troca de várias concessões.
Mas isso já foi tentado e fracassou. Este regime é quase único no mundo em seu nível de isolamento, paranoia e fraquezas, seja qual for a sua aparente força militar.

Que tratados são válidos na península coreana? Alguém seria obrigado a agir em caso de conflito?

Desde 1953, a Coreia do Sul tem um tratado de defesa mútua com os EUA, e Washington enviaria ajuda caso o país fosse ameaçado. Há cerca de 28,5 mil soldados americanos no país e aviões de guerra sofisticados sobrevoam o país regularmente.
Também há o Tratado de Amizade, Cooperação e Ajuda Mútua entre a Coreia do Norte e a China, de 1961, que tem alguns elementos de defesa. Não fica claro, no entanto, se a China estaria disposta a ir à guerra para defender o regime norte-coreano, especialmente se ele der início a hostilidades contra o sul.

Que chances a Coreia do Norte tem de se defender no caso de um possível ataque dos EUA e países aliados após mais um teste nuclear?

Acredito que ainda estamos longe de um possível confronto militar. Dadas as capacidades militares e o preparo da Coreia do Norte, qualquer guerra que tivesse início agora teria consequências devastadoras para a Coreia do Sul. Seul, a capital sul-coreana, está facilmente ao alcance da artilharia de Pyongyang.
As forças que os EUA enviaram até agora para a região - um grupo tático em um porta-aviões e um submarino equipado com mísseis de cruzeiro - manda uma mensagem, mas ainda não é o suficiente para dizer que os americanos estão dispostos a considerar um conflito hostil de fato.

Protesto na Coreia do SulDireito de imagemEPA
Image captionAlguns sul-coreanos protestaram contra o sistema antimísseis Thaad, mobilizado pelos EUA na fronteira

É claro que, mesmo que a Coreia do Norte possa ter uma vantagem militar inicial, qualquer guerra faria com que o país enfrentasse a sofisticação tecnológica da máquina militar moderna dos EUA. O país asiático muito provavelmente perderia.
Mas o nível de destruição, tanto na Coreia do Norte quanto na Coreia do Sul, seria imenso, e isso sem considerar a possibilidade de Pyongyang decidir utilizar seu relativamente pequeno arsenal nuclear.

Se o sistema de defesa antimísseis Thaad (que os EUA posicionaram na Coreia do Sul) conseguir interceptar uma ogiva nuclear, o que acontece com o material físsil que está na ogiva?

Ainda não é claro se a Coreia do Norte realmente tem ogivas nucleares pequenas o suficiente para colocar dentro de seus mísseis - que é o objetivo de seu programa nuclear.
O sistema Thaad foi desenvolvido para interceptar mísseis durante sua fase final de voo, dentro ou perto da atmosfera terrestre, a cerca de 200 km. Especialistas acreditam que isso poderia mitigar o efeito de qualquer arma de destruição em massa, nuclear ou química.

O sistema Thaad é mesmo eficiente? Se ele conseguir neutralizar os mísseis da Coreia do Norte, seria mais provável um cenário de guerra terrestre?

O Thaad é um sistema que impressiona, mas não é um escudo completamente à prova de mísseis.
Seu deslocamento para a fronteira entre as duas Coreias funciona como um sinal diplomático e uma precaução prática. Ele poderia, por exemplo, tentar interceptar qualquer míssil errante da Coreia do Norte que esteja indo em direção à Coreia do Sul.
Mas, apesar de seu posicionamento na fronteira já ter começado, ainda não se sabe quando é que o sistema Thaad e seus radares poderosos estarão operacionais.

Soldado norte-coreanoDireito de imagemAFP
Image captionChina já lutou ao lado da Coreia do Norte, mas ainda não se sabe se defenderia Jong-un contra os EUA


Se a Coreia do Norte afundar um navio americano e os EUA retaliarem, qual é a chance de a China se envolver? Isso poderia significar uma guerra nuclear global?

A China está ciente do aumento das tensões na região e está claramente interessada em reverter a crise.
O governo americano, por sua vez, tenta usar a preocupação de Pequim a seu favor, para que a China influencie o comportamento de Pyongyang.
A China está em uma posição difícil. O governo chinês não gosta muito do regime norte-coreano e de seu comportamento instável. Mas não quer ver este regime ser derrubado, em parte porque não ficaria satisfeito com uma Coreia unificada pelos EUA, mas também porque o colapso da Coreia do Norte poderia gerar uma onda de milhares de refugiados na China.
Durante o último conflito coreano, nos anos 1950, a China ajudou ativamente a Coreia do Norte, mas, atualmente, não há indicações de que apoiaria o regime imprevisível de Pyongyang num futuro conflito.

O quanto o cidadão norte-coreano comum sabe sobre a situação e sobre como os EUA estão aumentando suas defesas contra o país?

A Coreia do Norte é um país bastante fechado onde as pessoas sabem apenas do que lhes é informado pelo governo. A narrativa do governo é de que o país está rodeado por inimigos com armas nucleares e que quer estar preparado para o combate.
Por isso que Pyongyang buscar ter suas próprias armas nucleares e uma sociedade altamente militarizada.
O tipo de retórica que parte da Coreia do Norte às vezes soa como paródia de um país paranoico. Mas o país realmente se vê ameaçado. É provavelmente o país mais isolado do mundo, com pouco amigos.
Este é um regime que, apesar de poder construir mísseis, muitas vezes mal consegue alimentar seu povo. Qualquer solução de longo prazo para o problema da Coreia do Norte precisa, de alguma forma, compreender esta narrativa e garantir à população que o mundo não quer somente derrubar o regime do país.
A chave para isso é clareza política por parte dos EUA, assim como a disposição de tentar encontrar incentivos para abrir algum tipo de diálogo diplomático com Pyongyang, ao mesmo tempo em que é enviada uma mensagem forte de dissuasão de uma escalada militar.
Fonte:BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

8 perguntas para entender a crise na Venezuela e a convocação da Assembleia Constituinte


Embate entre forças de segurança e manifestantes na VenezuelaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionProtestos, muitos deles com enfrentamentos violentos, se transformaram em rotina na Venezuela

A crise na Venezuela ganhou um novo capítulo após o presidente Nicolás Maduro assinar, na noite de segunda-feira, um decreto convocando uma Assembleia Constituinte, para "reformar o Estado e redigir uma nova Constituição".
A convocação vem no momento de intensificação de uma nova onda de protestos contra o governo e poucos dias depois de o país anunciar sua saída da Organização dos Estados Americanos (OEA).
A Assembleia Constituinte terá 500 membros, metade formada por representantes eleitos, segundo Maduro, "pela base da classe operária, comunas, missões e movimentos sociais", e a outra, por representantes eleitos por "municípios e territórios".
O presidente não detalhou como seria o processo de escolha. A oposição descreveu a medida como "consumação do golpe de Estado contínuo de Maduro contra a Constituição" que deve intensificar a crise política no país.
As medidas ocorrem em um cenário de mais protestos, com enfrentamentos entre forças de segurança, opositores e simpatizantes do governo, e que já levaram à morte de 20 pessoas.
São as maiores manifestações já registradas desde dezembro de 2014, quando a oposição também foi às ruas para pedir a saída de Maduro, que é sucessor do ex-presidente Hugo Chávez e integrante do PSUV, partido há 18 anos no comando da Venezuela.
A BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC, explica o que está por trás dos protestos, por que essas manifestações são diferentes das anteriores e o que se pode esperar desse novo capítulo da prolongada crise política venezuelana.

1- Como seria formada a nova Constituinte?

A atual Constituição venezuelana, aprovada em 1999 após a chegada de Hugo Chávez ao poder, define que o Presidente tem poder para convocar uma Assembleia Nacional Constituinte, embora não possa vetar a Constituição que resulte do processo.
Segundo Maduro, a Constituinte seria formada por 500 membros eleitos, metade escolhida por setores sociais, e a outra, por municípios e territórios.
Ainda não foram divulgados detalhes e datas das eleições.
Segundo o constitucionalista José Ignacio Hernández, a Assembleia deveria "ser formada por cidadãos que, mediante o voto direto, secreto e universal, são eleitos constituintes".
Líderes da oposição reagiram dizendo que a convocação seria "a consumação do golpe de Estado contínuo de Maduro contra a Constituição".
"Maduro acaba de matar e assassinar o legado de Hugo Chávez à Venezuela, que era a Constituição", disse o presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges.
Borges disse que uma Constituinte comunitária não seria "eleita pelo povo" e, portanto, não teria "os poderes que são do povo".
"Vão querer materializar um golpe de Estado com uma Constituinte comunitária para darem um salto tipo Cuba", afirmou o presidente da Assembleia, para quem a iniciativa do governo visa "fugir do voto universal, direto e secreto do povo que nas ruas exige respeito à Constituição.

2 - Como a Venezuela vai sair da OEA?

O país será o primeiro a anunciar a saída da OEA por conta própria.
O processo deve levar cerca de dois anos e possivelmente estará condicionada à quitação da dívida que a Venezuela tem com a organização, da ordem de US$ 8 milhões.
Mas a OEA pode expulsar o país antes, se quiser. Isso só aconteceu duas vezes na história: com Cuba (1962) e Honduras (2009). Os dois países já voltaram a fazer parte da organização.

3 - Quando começaram os protestos?

Na Venezuela, governo e oposição parecem viver em permanente enfrentamento, mas essa nova onda de protestos tem uma data inicial: 31 de março de 2016.

Protesta en VenezuelaDireito de imagemEPA
Image captionUma decisão do TSJ, na qual a corte assumia as funções do Legislativo na Venezuela, desencadeou uma nova onda de manifestações

Dois dias antes dessa data, o Tribunal Supremo de Justiça venezuelano - visto pela oposição como alinhado ao governo de Maduro - emitiu uma sentença assumindo as funções da Assembleia Nacional, onde a oposição tem maioria, enquanto o Legislativo estivesse "em desacato".
Quando essa decisão do TSJ venezuelano veio a público, opositores a Maduro não hesitaram em classificá-la de "golpe de Estado". Deu-se início a uma mobilização que nem mesmo o recuo da alta corte ao reverter a própria sentença foi capaz de conter. As pessoas foram às ruas e os enfrentamentos começaram.

4 - O que há de novo ou de diferente no enfrentamento de agora?

A Suprema Corte venezuelana atribuiu à Assembleia a situação de desacato porque o Legislativo decidiu incorporar, em agosto de 2016, três deputados do Estado do Amazonas mesmo depois de a eleição dos mesmos, em dezembro do ano anterior, ter sido impugnada.
O TSJ já tinha passado a considerar nulas as ações do Legislativo que, pela primeira vez desde a chegada de Hugo Chávez ao poder, em 1999, passou a contar com maioria oposicionista. Por isso, na opinião de muitos analistas, a sentença na qual o TSJ assumiria as funções da Assembleia pouco mudava, na prática, a situação na Venezuela.
Mas, para a oposição, a decisão da mais alta corte venezuelana foi a prova definitiva do rompimento da ordem democrática e representava a disposição de "passar por cima" da vontade popular expressada nas urnas.

Manifestante com cartaz contra TSJDireito de imagemREUTERS
Image captionA mais alta corte venezuelana reverteu a sentença que motivou a ida de pessoas às ruas, mas os protestos continuaram

"É um golpe de Estado. Até agora, o Tribunal anulava as decisões da Assembleia, mas agora assumiu as competências do Legislativo. Fechou o Parlamento. Não é o mesmo, é completamente diferente", disse à BBC Mundo o líder opositor Henrique Capriles, quando o TSJ anunciou sua decisão de assumir o papel de Legislativo.
Além disso, o novo embate entre oposição e governo se dá num momento em que não é mais possível, pelos prazos previstos na Constituição, de chamar uma consulta popular para revogar o mandato de Nicolás Maduro. O Conselho Nacional Eleitoral - que a oposição afirma estar controlado pelo governo - fechou as portas para essa possibilidade.
Esse momento se difere também porque, com o aprofundamento da crise econômica venezuelana, há sinais de enfraquecimento do apoio entre os mais pobres ao governo bem como de possíveis fraturas internas do chavismo.

5 - Qual é o pano de fundo dos protestos?


Marcha a favor de Nicolás Maduro na VenezuelaDireito de imagemEPA
Image captionSimpatizantes do governo Maduro também estão nas ruas

Há na Venezuela uma prolongada crise econômica, que colocou a maioria dos venezuelanos numa situação muito pior que a vivenciada na época dos protestos de 2014.
A queda dos preços do petróleo - que representa aproximadamente 96% da renda do país - tem reduzido ainda mais os recursos do Estado e agravando ainda mais a escassez de alimentos e produtos de primeira necessidade.
Isso gerou um desabastecimento quase crônico que, junto à maior inflação do mundo, fez com que grande parte da população tenha problemas para conseguir comida.
Além da crise, há uma intensa disputa política. A Venezuela está dividida entre os chamados chavistas - como são conhecidos os simpatizantes das políticas socialistas do ex-presidente Hugo Chávez -, e os opositores, que esperam o fim dos 18 anos de poder do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
Depois da morte de Chávez, em 2013, Nicolás Maduro, também integrante do PSUV, foi eleito presidente com a promessa de dar continuidade às políticas do antecessor.

Nicolás MaduroDireito de imagemREUTERS
Image captionNicolás Maduro acusa a oposição de "golpe de Estado"

E, de acordo com pesquisas, a crise tem provocado queda na popularidade do presidente Maduro, uma das razões pelas quais a oposição insiste em antecipar as eleições. O governo continua responsabilizando a oposição por agravar a crise e dividir o país.
E o fato de não terem sido realizadas as eleições regionais previstas para o ano passado privou aos venezuelanos de indicar qual das duas posições políticas conta, no momento, com apoio da maioria dos eleitores no país.

6 - O que a oposição quer?

A principal demanda dos que se opõem ao governo de Maduro é antecipar as eleições presidenciais, originalmente previstas para outubro de 2018. Mas eles também querem um pleito regional, que deveria ter ocorrido no ano passado, e um municipal, este, previsto para este ano.
Na última semana, Nicolás Maduro se mostrou favorável à realização das eleições locais, mas não as convocou.

Protesta en VenezuelaDireito de imagemAFP
Image captionVenezuela tem a maior inflação do mundo: 2.200% no final de 2017, segundo previsão do FMI

Os oposicionistas também querem a libertação de políticos presos - a maioria deles foi detida depois dos protestos de janeiro de 2014.
Há também a demanda pela devolução das competências da Assembleia Nacional e pela renovação dos outros poderes do Estado, como o Tribunal Supremo de Justiça e o Conselho Nacional Eleitoral, que, de acordo com a oposição, contam com juízes alinhados com o governo.

Protesto na VenezuelaDireito de imagemEPA
Image captionA principal demanda da oposição é realização de eleições municipais, regionais e presidenciais

7 - O que diz o governo?

O governo de Nicolás Maduro tem classificado as ações da oposição venezuelana como uma ofensiva golpista.
Em relação às denúncias de excessos na repressão policial feitas pela oposição, o Executivo tem respondido acusando os oposicionistas de fomentar a violência, de praticar "terrorismo" e de querer preparar o terreno para uma eventual intervenção estrangeira.
Ao mesmo tempo em que ataca os adversários, Nicolás Maduro chamou os líderes da oposição para iniciar um diálogo "para que depois não reclamem". Durante sua participação semanal num programa de televisão, o presidente respaldou a ideia de realizar eleições para escolher governadores e prefeitos. Mas nada falou sobre uma nova disputa pela cadeira presidencial.
"Estou ansioso para que venham as eleições dos governadores e, quando chegar as de prefeitos, que venham as eleições de prefeitos. Estou ansioso porque nosso terreno natural é de luta de ideias [no campo] eleitoral", declarou Maduro.
"Estou pronto para que o poder eleitoral disser e minha busca será pela paz. Estou pronto para o diálogo", disse o presidente, emendando que quer "construir caminhos de paz" para que os opositores "abandonem os caminhos da violência e o golpismo".

8 - Quais são os possíveis cenários daqui para frente?


Manifestante com bomba na mão na VenezuelaDireito de imagemEPA
Image captionO cenário mais provável, ao menos a curto prazo, é a manutenção dos protestos

Apesar de serem consideradas pequenas as possibilidade de as negociações entre governistas e oposicionistas alcançarem resultados concretos, como a definição de um calendário eleitoral ou a liberação de alguns políticos presos, não se pode descartá-las por completo.
Mas o fracasso das tentativas de diálogo em 2014 alimenta o ceticismo. Por isso, ainda que os dois lados se sentem à mesa para negociar, dificilmente a oposição sairá completamente das ruas.
Por ora, parece pouco provável que o governo concorde com a realização de eleições presidenciais antecipadas, uma condição da qual a oposição não abre mão. Ao assinar o decreto da convocação da Constituinte, Maduro voltou a descartar o adiantamento das eleições presidenciais, marcadas para dezembro de 2018.
Assim, um segundo cenário, com escalada de manifestações e de violência, parece bastante provável, ao menos a curto prazo.
Permanece, contudo, a dúvida sobre se os protestos eventualmente perderão força e desaparecerão sem provocar mudanças, como aconteceu em 2014, ou se conseguirão fazer com que o governo ceda, como quer a oposição venezuelana.
*Texto originalmente publicado no dia 27 de abril e atualizado após anúncio da convocação da Assembleia Constituinte. Fonte: BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Prefeito de Limoeiro anuncia 3 novos secretários e 2 mudanças de pastas


O prefeito de Limoeiro, João Luís (PSB), anunciou na manhã dessa terça (2) as primeiras mudanças no secretariado. Com exatos quatro meses de gestão, cinco alterações foram registradas: 3 novos secretários e 2 mudanças de pastas. Na Educação e Esportes, o professor e técnico em gestão pública Luiz Gonzaga (direita) assume o lugar de Robério Melo (Berinho). Na secretaria de Saúde, o odontólogo Vitor Flavo (esquerda) fica no lugar deixado pelo médico Roberto Hamilton. E na pasta de Desenvolvimento Social e Cidadania, a gestora de pessoal Cristiane Barbosa assume a vaga de Lusia Alves. O secretário de Administração Antônio Neto passa a acumular a secretaria de Finanças, enquanto Dioclécio Barbosa assume a secretaria de Ciência Tecnologia (estava vaga) com a responsabilidade de responder pela Diretoria de Trânsito. 

De acordo com o prefeito, a saída de Robério Melo ocorreu por motivos de ordem pessoal. João falou que ele precisava retornar ao cargo no Banco do Brasil, em decorrência da licença não ter sido validada, o que poderia motivar demissão por faltas. Com relação a Roberto Hamilton, o gestor disse foi um pedido do médico, que justificou precisar de tempo para cuidar da família. Com relação a Lusia Alves, o prefeito informou que precisava de ações mais efetivas no campo social, mas reconheceu a contribuição da ex-secretária. Joãozinho adiantou ainda que ela assumirá um cargo na Saúde (a ser definido). No financeiro, ele disse que a mudança se deu para que Dioclécio tivesse mais tempo para atender demandas necessárias ao coletivo do município, principalmente nas reformas administrativas.
Fonte: blogdoagreste
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Ações educativas pela preservação da vida


Dentro do mês de maio, o município terá atividades educativas que promovem um trânsito mais seguro. As secretarias de Educação e de Saúde em parceria com a Escola de Trânsito do DETRAN realizam nesta sexta (5), a abertura da programação do Maio Amarelo em todas as escolas municipais. Nesta primeira ação estarão presentes os artistas da Turma do Fom-Fom. Eles atuarão em dois momentos. Pela manhã, a partir das 8h, na Escola Governador Miguel Arraes, e no período da tarde, às 13h30, na Escola José Procópio Cavalcanti. As escolas ainda contarão com a aplicação do projeto Professor Amigo do Trânsito, fruto de parceria com o DETRAN.
Com informação de Governo Municipal.
Publicação de 02 de Maio 2017.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Belchior

Fotografia 3x4.
Eu me lembro muito bem do dia em que eu cheguei
Jovem que desce do norte pra cidade grande
Os pés cansados e feridos de andar légua tirana...nana
E lágrima nos olhos de ler o Pessoa
e ver o verde da cana..nana iiiiiii
Em cada esquina que eu passava
um guarda me parava, pedia os meus documentos e depois
sorria, examinando o três-por-quatro da fotografia
e estranhando o nome do lugar de onde eu vinha.
Pois o que pesa no norte, pela lei da gravidade,
disso Newton já sabia! Cai no sul grande cidade
São Paulo violento, Corre o rio que me engana..nana iiiii
Copacabana, zona norte
e os cabarés da Lapa onde eu morei
Mesmo vivendo assim, não me esqueci de amar
que o homem é pra mulher e o coração pra gente dar,
mas a mulher, a mulher que eu amei
não pôde me seguir ohh não
esses casos de família e de dinheiro eu nunca entendi bem
Veloso o sol não é tão bonito pra quem vem
do norte e vai viver na rua
A noite fria me ensinou a amar mais o meu dia
e pela dor eu descobri o poder da alegria
e a certeza de que tenho coisas novas
coisas novas pra dizer
a minha história é ... talvez
é talvez igual a tua, jovem que desceu do norte
que no sul viveu na rua
e que andou desnorteado, como é comum no seu tempo
e que ficou desapontado, como é comum no seu tempo
e que ficou apaixonado e violento como, como você
Eu sou como você. Eu sou como você. Eu sou como você
que me ouve agora. Eu sou como você. Como Você.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

João Lira fala de dificuldades no Dia do Trabalhador


Ao fazer o pronunciamento em homenagem ao Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador, o prefeito de Bom Jardim - PE, João Francisco de Lira, ao mencionar a crise econômica e política que o  país vivencia na atualidade com as reformas e  ao trazer a questão para o âmbito municipal, afirmou que vai ter que "receitar um remédio amargo", ou seja, tomar algumas medidas que serão indigestas(reformas). Como será? Quem será afetado por essas medidas?  A população espera mais dinamismo neste terceiro mandato do prefeito.

Os primeiros cem dias de  governo não impactaram de forma mais intensa na vida social, econômica e cultural do município. Não há uma conectividade entre o poder público e o povo. João Lira precisa de ajuda, no entanto, não se abre para dialogar francamente com os diversos segmentos da sociedade, com as diversas forças políticas, econômicas e sociais. O município perde oportunidades de crescimento e desenvolvimento. A gestão ainda não deu passos importantes no sentido de cuidar da organização da feira livre, do ordenamento do trânsito, de um programa de segurança, melhoria qualificada na educação, cultura, geração de empregos, da gestão de pessoas, da melhoria na saúde, realização do concurso público e de outras questões importantes para todos os munícipes. 

Não se pode governar um município da grandeza de Bom Jardim sozinho, muito menos sem pessoas que tenham o espírito público de trabalhar pelo crescimento sustentável do município. Não há mais como se ter amadores no setor público, não há mais como não ser transparente com os recursos e a implementação de políticas públicas eficazes. As pessoas irão cobrar cada vez mais, as instituições e os órgãos de controle e fiscalização terão cada vez mais mecanismos e ferramentas para avaliar as gestões. Esse Dia do Trabalhador 2017 marca um novo tempo para história de Bom Jardim e do Brasil. A verdade e o tempo são invencíveis. A história registra tudo.

Foto: Bom Jardim News.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O vexame do Judiciário no Brasil

https://www.facebook.com/joicehasselmann/videos/1511951872210330/?pnref=story
Foto: causaoperaria.org
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Mensagem aos trabalhadores de João Alfredo


A vontade de fazer, o suor derramado, o esforço feito e o resultado alcançado. Tudo isso são características do trabalhador e da trabalhadora. Cada qual com a sua função se destaca pela importância no campo de trabalho. Nesta data especial que marca o Dia do Trabalhador, renovo minha admiração por essa gente tão batalhadora, em especial, o povo de João Alfredo. A garra de vocês constrói uma cidade cada vez melhor. Não importa o cargo que ocupa, importa que ocupa um lugar que precisa de você na sociedade. Parabéns, trabalhador!
Uma homenagem da Prefeitura de João Alfredo
Prefeita Maria Sebastiana
Com informação do Governo Municipal
1 de maio de 2017
Professor Edgar Bom Jardim - PE