quinta-feira, 27 de abril de 2017

Greve geral: o que você precisa saber sobre a tentativa de parar o país pela 1ª vez em 20 anos


Bancários erguem cartaz de greve em frente a sede do Banco Central, em Brasília, em 2014Direito de imagemMARCELLO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL
Image captionA greve foi convocada para fazer oposição às reformas Trabalhista e da Previdência

As principais entidades sindicais do Brasil convocaram uma greve geral contra a ampliação da terceirização e as reformas previdenciária e trabalhista para esta sexta-feira- há a promessa de adesão por parte de diversos setores do funcionalismo público e privado em todo o país.
Espera-se, por exemplo, que bancários paralisem suas atividades em ao menos 22 Estados, de acordo com informações da CUT (Central Única dos Trabalhadores), uma das centrais sindicais que convocaram a paralisação. Professores das redes pública e particular também dizem que irão cruzar os braços, assim como aeroviários e funcionários dos serviços de ônibus, metrô e trens.
Além da CUT, a greve é convocada por CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Intersindical, CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), UGT (União Geral dos Trabalhadores), Força Sindical, Nova Central, CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil).
Confira, a seguir, o que você precisa saber sobre a paralisação.

1. Qual será o tamanho da greve?

Embora muitas categorias tenham confirmado a adesão, é impossível saber de antemão. Por um lado, a pauta de reivindicações une todos esses trabalhadores. Por outro, décadas se passaram desde a última paralisação geral da dimensão pretendida, ocorrida em 1996.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirma que esta "será a maior greve da nossa história", mas ele próprio reconhece que houve, no passado, tentativas frustradas. "Tivemos uma grande greve em 1989, outras greves tentamos fazer de lá para cá. Essa acho que vai ter uma adesão muito grande, todos os setores."
Especialista em Sociologia do Trabalho, o professor da USP Ruy Braga diz acreditar que a paralisação será de fato grande, mas lembra que é comum que ocorram deserções de última hora. "Muitos sindicatos ficam reticentes", afirma, citando medo de multas ou outras formas de punição.
Para ele, a Reforma da Previdência tem particularmente o potencial de atrair muitas pessoas para a greve.
"Segundo dados IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 80% dos lares brasileiros têm alguém que recebe algum benefício continuado ou Previdência. Isso tem um potencial de gerar indignação muito mais agudo que as outras reformas que foram propostas", argumentou.
Já Hélio Zylberstajn, professor do Departamento de Economia da USP, acredita que o movimento terá o mesmo tamanho das greves mais recentes. "Acho que vai ser igual a todas as outras que eles fizeram: de manhã vai ser muito forte e, lá pelas 10h, eles começam a liberar. Na hora do almoço, está tudo normal."
Ele argumenta que os organizadores conseguem fazer o transporte coletivo parar, montam piquetes e fecham as principais avenidas. "Não é uma paralisação maciça porque as pessoas todas param. É porque as pessoas são impedidas de ir trabalhar", diz.
Apesar disso, Zylberstajn reconhece que as reformas propostas pelo governo Michel Temer são mesmo muito impopulares, dando força para a greve.

Professores da rede pública de ensino em greve em 2015Direito de imagemPAULO PINTO/FOTOS PÚBLICAS
Image captionTrabalhadores do transporte público, aeronautas, bancários, funcionários públicos e professores, entre outros, dizem que vão parar

2. Quais setores vão aderir?

Os organizadores esperam que a greve inclua trabalhadores do transporte público, aeronautas, bancários, funcionários públicos e professores das redes públicas e privada, entre outros. Profissionais da indústria, como químicos e metalúrgicos, também prometem parar - incluindo aqueles que trabalham em unidades da Petrobras em pelo menos oito Estados.
Grandes aeroportos, como os das cidades de São Paulo, Campinas (SP), Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre podem ser afetados. Rodoviários dizem que irão parar em cidades de pelo menos 13 Estados - na capital paulista e em Guarulhos, a ideia é que apenas 30% da frota esteja operando a partir da 0h desta sexta. Metroviários já acordaram parar em cidades de ao menos cinco Estados.
Portuários estão previstos para parar em menos três Estados - um dos portos que pode parar é o de Santos, o principal do país. Nos Correios, a greve já foi aprovada por pelo menos oito Estados.
Servidores públicos municipais, estaduais e federais, do Judiciário e comerciários também prometem aderir. Bancários já contabilizam adesão em no mínimo 23 Estados, mas nem todas as unidades fechariam.
Professores municipais, estaduais, universitários e de escolas particulares são algumas das categorias mais esperadas, embora a adesão varie muito de Estado para Estado.

Professores do DF em greve em 2015Direito de imagem(ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL)
Image captionHá protestos confirmados em Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Macapá, Maceió, Palmas, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Branco

3. Quais setores fazem uma greve ter sucesso?

Segundo Braga, da USP, os setores-chave são os mais disruptivos para a sociedade. Ou seja, trabalhadores que lidam com circulação de pessoas (ônibus, metrô, trem, aeroportos), bancários e funcionários públicos.
O professor também explicou que os professores, quando aderem em massa, também têm uma influência muito grande, uma vez que muitos pais acabam não tendo com quem deixar os filhos para sair para trabalhar. E como são numerosos, aumentam a massa de manifestantes quando participam de protestos.
"No caso de trabalhadores industriais, como metalúrgicos e petroleiros, acredito que o potencial disruptivo seja pequeno", afirmou.
Zylberstajn diz que os professores da rede particular aderiram para defender os próprios privilégios.
"Professoras no Brasil se aposentam depois de contribuir 25 anos para a Previdência, independentemente da idade. Uma professora que começa a trabalhar aos 20 anos se aposenta com 45. Onde a greve vai ser mais forte? Nos colégios privados: todos os colégios estão anunciando que não vai ter aula na sexta-feira", afirma.
A proposta atual de Reforma da Previdência estipula uma idade mínima para aposentadoria - 65 anos para homens e 62 para mulheres.

4. O que querem os grevistas?

A greve vem sendo articulada há cerca de um mês para fazer oposição às reformas Trabalhista e da Previdência e para protestar contra uma nova regra, sancionada em março, que libera a terceirização em todas as atividades.
"(Marcamos a greve geral) Fundamentalmente por causa de retirada de direitos, por causa de desmonte da Previdência, desmonte trabalhista, terceirização", diz Freitas, da CUT.
Algumas entidades que convocaram a paralisação são críticas ao governo Michel Temer como um todo, entre elas a CUT e a CTB, que foram contrárias ao impeachment de Dilma Rousseff.

Greve dos bancários em Brasília em 2016Direito de imagemWILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL
Image captionSetores mais disruptivos para a sociedade são os trabalhadores que lidam com circulação de pessoas, bancários, funcionários públicos e professores

Mas a greve também tem a participação de entidades mais próximas do governo. É o caso da Força Sindical, que tem vínculo com o Solidariedade, partido que faz parte da base aliada de Temer.
Miguel Torres, vice-presidente da Força, comparou a paralisação marcada para esta sexta-feira com a realizada há exatos cem anos, em 1917.
"Naquela época, era tudo desregulamentado (em relação a questões trabalhistas). Boa parte do empresariado quer que a gente retorne a 1917", argumenta.
A BBC Brasil procurou o governo federal para saber seu posicionamento diante da paralisação e se mandará cortar o ponto dos servidores grevistas, mas o Palácio do Planalto informou que não comentará o assunto.
A gestão Temer tem defendido as reformas como uma forma de recuperar a economia - e negado que elas irão tirar direitos do trabalhador.

5. Vai ter protesto?

Há protestos confirmados em diversas cidades, como Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Rio Branco (AC).
O tamanho dessas manifestações também é incerto.
Na capital paulista, a ideia é caminhar do Largo da Batata, em Pinheiros, até a frente da casa de Temer na cidade, que fica no Alto de Pinheiros, na zona oeste.
O ato é organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, agrupamentos de partidos, entidades sindicais e outros grupos que têm vínculos com movimentos sociais - principais organizadores dos protestos contra o impeachment.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Reforma trabalhista passa na Câmara: saiba o que pode mudar para os trabalhadores





Câmara vota reformaDireito de imagemAGÊNCIA BRASIL
Image captionReforma passou com 296 votos a favor e 177 contra

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira uma ampla reforma trabalhista, com a promessa de que a "modernização" da legislação vai contribuir para a geração de empregos. Críticos das mudanças dizem que ela precariza as condições de trabalho e não vai gerar novas vagas, já que isso dependeria na verdade de aumentos dos investimentos e consumo.
O projeto de lei aprovado, bem mais amplo que a proposta originalmente encaminhada pelo governo em dezembro, altera mais de cem pontos da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). A matéria agora segue para análise do Senado.
Na Câmara, foram 296 votos pela reforma e 177 contra - para aprovar a reforma da Previdência será necessário o apoio de pelo menos 308 deputados, já que altera a Constituição.
Em oposição às duas reformas, movimentos sociais e centrais sindicais convocaram uma greve geral para esta sexta-feira. Categorias como bancários, metroviários, professores e aeroviários anunciaram que vão aderir à paralisação em diversas cidades.
Confira abaixo alguns destaques entre as mudanças na legislação trabalhista aprovadas na Câmara.

Acordos no lugar da lei

A reforma aprovada na Câmara prevê que alguns parâmetros da relação trabalhista possam ser negociados diretamente entre empresas e trabalhadores em acordos que prevalecerão sobre a lei.
Atualmente, muitos acordos entre trabalhadores e empregados têm sido anulados na Justiça do Trabalho, o que gera insegurança jurídica, segundo o governo. A reforma quer restringir a interferência do judiciário apenas a aspectos formais desses acordos, impedindo os magistrados de analisar se seu conteúdo está bem equilibrado entre as duas partes.
Críticos dessa mudança dizem que a reforma não traz medidas para fortalecer os sindicatos, o que deixará os trabalhadores como elo mais fraco na negociação dos acordos.
Entre os pontos que poderão ser negociados, caso a reforma entre em vigor, está a possibilidade de reduzir o intervalo mínimo de descanso e alimentação de uma hora para meia hora no caso de jornadas de mais de seis horas.
A proposta também permite acordar jornadas de até 12 horas de trabalho seguidas de 36 horas de descanso. Outra possibilidade será a de combinar a divisão dos 30 dias de férias em até três períodos, bem como troca de dias de feriado.
Se a nova legislação entrar em vigor, será possível ainda que empregados e trabalhadores negociem diretamente plano de cargos e salários e o pagamento de participação dos lucros.
Nesse caso, também poderá ser alvo de acordo a prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho.



Ministro do TrabalhoDireito de imagemBETO BARATA / PR
Image captionMinistro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, diz que nova legislação pode criar cinco milhões de empregos formais

Mudanças e inovações nos contratos de trabalho

A proposta aprovada na Câmara cria um tipo de contrato novo no Brasil: o trabalho intermitente, conhecido no exterior como "zero hora". Nesse caso, o trabalhador é convocado sob demanda, com antecedência mínima de três dias, e recebe por hora trabalhada, não tendo garantia de uma jornada mínima.
A mudança não estava na versão do governo e foi incluída pelo relator da reforma na Câmara, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). Segundo ele, esse regime possibilitará a formalização de trabalhadores que hoje trabalham sem contratos, por exemplo no setor de serviços (bares, festas, etc).
"A expansão da variedade de contratos para incluir o 'zero hora' no Reino Unido tem tido impactos negativos diminuindo a renda do trabalhador, assim como na produtividade, o que é potencialmente ruim para a economia", disse à BBC Brasil o professor do departamento de Direito de Cambridge Simon Deakin, especialista no impacto de leis trabalhistas sobre emprego e renda.
A proposta aprovada também prevê a regulamentação do teletrabalho (trabalho à distância). O contrato deverá especificar quais atividades poderão ser feitas de casa, assim como definir como se dará a e manutenção de equipamentos para uso do empregado no home office. O controle do trabalho será feito por tarefa.
Segundo Marinho, "o teletrabalho proporciona redução nos custos da empresa e maior flexibilidade do empregado para gerenciar o seu tempo", além de contribuir para reduzir o congestionamento nas cidades.
A reforma também prevê que trabalhadores autônomos que trabalhem com exclusividade para um empregador não possam ser considerados empregados da empresa. Hoje, é comum que trabalhadores peçam na Justiça o reconhecimento do vínculo empregatício nesses casos.
Já o contrato de jornada parcial, que hoje é limitado a 25 horas semanais sem possibilidade de horas extras, poderá ter dois novos formatos, se a reforma entrar em vigor: duração máxima de 30 horas semanais sem horas extras ou 26 horas, mas com possibilidade de mais 6. O argumento é que a mudança dessas regras favorece a contratação formal de jovens, idosos e mães.
A ampliação da duração máxima do contrato temporário, prevista na proposta de reforma enviada ao Congresso em dezembro, acabou já sendo aprovada dentro da nova lei da terceirização, de março deste ano, passando de seis meses para nove meses.
O contrato com duração determinada serve a atividades sazonais, que não exigem contrato permanente, ou à substituição de trabalhadores em licença. Críticos da extensão consideram que nove meses é uma duração exagerada para atender a essas finalidades e temem que empresas optem por contratar mais temporários em vez de servidores permanentes.

Fim do imposto sindical

A reforma também prevê o fim do imposto sindical obrigatório - pela lei atual, o valor equivalente à remuneração de um dia de trabalho, descontado uma vez ao ano. Segundo o relator, a medida visa acabar com sindicatos de "fachada e pelegos".



Placar da votaçãoDireito de imagemBBC BRASIL
Image captionPlacar da votação; projeto agora vai para o Senado

Opositores da mudança, porém, argumentam que a retirada da contribuição precisa ser gradual, para permitir a adaptação dos sindicatos, ou que seja criada outra fonte de recursos.
O imposto sindical obrigatório cobrado de empresas e trabalhadores somou R$ 3,9 bilhões em 2016, que foram distribuídos para cerca de 11 mil sindicatos de empregados e 5 mil patronais.

Ações judiciais

A reforma também traz mudanças nas ações trabalhistas. O projeto de lei prevê, por exemplo, que o trabalhador será obrigado a comparecer às audiências na Justiça do Trabalho (hoje pode faltar a três) e arcar com todas as custas do processo, caso perca a ação - hoje, ele não pagava os advogados contratados pela parte contrária. Além disso, o advogado do empregado terá que definir exatamente o que está pedindo (valor da causa).
Quem agir de má-fé no processo - alterar a verdade dos fatos ou gerar resistência injustificada ao andamento do processo, por exemplo - poderá ser punido com multa de 1% a 10% da causa, além de indenização para a parte contrária.
"Pretende-se com as alterações sugeridas inibir a propositura de demandas baseadas em direitos ou fatos inexistentes. Da redução do abuso do direito de litigar advirá a garantia de maior celeridade nos casos em que efetivamente a intervenção do Judiciário se faz necessária, além da imediata redução de custos vinculados à Justiça do Trabalho", escreveu o deputado Marinho em seu relatório.

Grávidas

A reforma flexibiliza a possibilidade de trabalho de grávidas em locais insalubres - hoje isso é proibido e a empresa precisa realocar a funcionária.
Pelo projeto de lei, gestantes ficam proibidas trabalhar em locais com nível máximo de insalubridade, mas poderão atuar em locais com nível médio e baixo, a não ser que apresentem atestado médico.
Além disso, a reforma também prevê que mulheres demitidas terão prazo máximo de 30 dias após o desligamento para informar a empresa caso estejam grávidas. Hoje não há prazo.

Terceirização

Lei sancionada em março pelo presidente Michel Temer ampliou a possibilidade de terceirização para qualquer atividade exercida pelas empresas.



TrabalhadoresDireito de imagemTHINKSTOCK
Image captionCríticos da reforma acreditam que as mudanças retiram direitos dos trabalhadores, enquanto governo argumenta que a "modernização das leis vai gerar mais empregos" ao melhorar as condições de contratação para as empresas

A reforma trabalhista estabelece salvaguardas para o trabalhador terceirizado, como uma quarentena para impedir que a empresa demita o empregado efetivo para recontratá-lo como terceirizado - isso só poderá ser feito após 18 meses da demissão, segundo a proposta.
O texto prevê também que o terceirizado deve ter as mesmas condições de trabalho dos empregados efetivos, como atendimento em ambulatório, alimentação, segurança, transporte, capacitação e qualidade de equipamentos.

Tempo de deslocamento

O tempo gasto pelo empregado entre sua casa e a empresa não contará como tempo de trabalho. A legislação atual contabiliza como jornada a ser remunerada o deslocamento fornecido pelo empregador para locais de difícil acesso ou não servido por transporte público. Segundo Rogério Marinho, isso desestimula as empresas a fornecerem transporte para seus funcionários.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Dona Jovem foi morar com Nossa Senhora

NOTA DE FALECIMENTO
A família de Dona Jovelina Maria da Conceição (Dona Jovem), esposa do Senhor Severino (Biu Soca), comunica aos familiares e amigos que o sepultamento da mesma será às 17 horas desta quinta-feira, dia 27 de abril de 2017, no cemitério da cidade. O corpo de Dona Jovem está sendo velado na Capela de São Sebastião.
Dona Jovem faleceu aos 81 anos de idade, era uma pessoa de muita fé e  religiosidade. A família enlutada agradece a presença de todos.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Colégio Sant'Ana adere a Greve Geral

 Direção do Colégio Sant'Ana (Bom Jardim) publicou comunicado avisando aos pais que nesta sexta-feira, 28 de abril de 2017,  não haverá aulas devido a mobilização nacional. Confira o texto.
Fonte: Facebook do Colégio.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

SEU COCÔ PODE REVELAR SE VOCÊ ESTÁ SAUDÁVEL OU NÃO

Quando o assunto é saúde, não devemos ignorar nenhum sinal do corpo, ainda que tenhamos que observar o que achamos tão desagradável, como o cocô.
Isso mesmo!
O aspecto do cocô é uma das formas que o corpo encontra para transmitir mensagens a respeito da nossa saúde.
Portanto, a partir de hoje, é bom observar o cheiro, a textura, o formato e a cor das fezes, aliás, de qualquer secreção.
Fazendo isso, podemos descobrir a tempo se nosso intestino está funcionando bem e se nosso organismo absorve os nutrientes como deveria.
Quer saber se está tudo bem com a aparência do seu cocô?
Veja se ele tem formato cilíndrico, comprido e com o aspecto macio - se for assim, isso significa que ele foi eliminado sem nenhuma dificuldade.
Pessoas que bebem pouca água e consomem poucos vegetais (leia-se "fibras"), costumam ter as fezes ressecadas com bolinhas endurecidas.
Se ainda pensa que observar as fezes não é tão necessário assim, é bom saber que a mudança na espessura pode significar um câncer de intestino.
Isso acontece porque o tumor dificulta a passagem do cocô, o que faz com que as fezes saiam mais finas.

O exame ideal para ter certeza se está com algum problema de saúde é a colonoscopia.
Quer saber se está com algum desses problemas?
Veja o que a aparência do cocô pode significar:
1. Cocô em bolinhas: indica falta de fibras e líquidos.
2. Cocô comprido, cilíndrico e com rachaduras:  é sinal de que as fezes permaneceram muito tempo no cólon. Além disso, é necessário consumir mais água e frutas.
3. Cocô comprido e com algumas rachaduras na superfície: considerado normal, mas pode indicar princípio de desregulamento no processo intestinal.
Beba mais água.
4. Cocô comprido, macio e em formato cilíndrico: tipo de fezes ideal. Indica bom transito intestinal.
5. Cocô em pedaços macios e divididos: aponta carência nutricional e desidratação.
Coma mais legumes cozidos, grãos, aveias e frutas.
6. Cocô com pedaços macios, bordas irregulares, fezes moles: indica estresse e também pode indicar pressão arterial elevada.
Relaxe, busque atividades como ioga, tai chi chuan e caminhadas.
7. Cocô totalmente líquido: indica diarreia.
Beba bastante líquido, evite alimentos gordurosos e fique em repouso.
Cores:
- Verde: se for o seu caso, saiba que a causa mais comum é a diarreia. O consumo recente de antibióticos, ingestão de alimentos e bebidas verdes ou ingestão de ferro também podem deixar as fezes esverdeadas.
Também é muito comum em bebês que só se alimentam de leite materno.
- Preta: sangramento no trato gastrointestinal alto – esôfago, estomago ou duodeno. Pode indicar também consumo de medicamentos ou suplementos de ferro.
- Amarela: infecção intestinal, má digestão, doença celíaca ou em decorrência de alimentação rica em gordura.
- Branca ou clara: podem indicam sinais de doenças como hepatite, cistos hepáticos ou cirrose.
- Vermelha (com sangue): indica doenças com sangramentos ativo mais comumente do trato intestinal baixo, que podem incluir hemorroidas, divertículos, colite e tumores.
- Marrom: esta é a cor saudável, ainda que existam pequenas variações de tons, como verde e amarelo.
Este é um blog de notícias sobre tratamentos caseiros. Ele não substitui um especialista. Consulte sempre seu médico.
curapelanatureza.com.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Participação vitoriosa de João Alfredo


O município de João Alfredo recebeu diplomação pela participação positiva e vitoriosa no Dia do Desafio SESC 2016. A equipe recebeu a comenda dos representantes do SESC, que destacaram a mobilização realizada pela prefeitura na edição anterior, com atividades físicas promovidas em diversos lugares. Este ano tem mais. Vamos aumentar ainda mais a quantidade de participantes e buscar a vitória.
Com Informação de Governo Municipal.
Publicação de 27 de abril 2017.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Aprovação de Temer cai a 10%; 92% veem país no rumo errado


Luis Inácio Lula da Silva | Michel TemerDireito de imagemAFP
Image captionReprovação a Lula chegou a 64% e a de Temer a 87%, segundo pesquisa da Ipsos

A expectativa em relação à chamada lista de Fachin e o debate sobre as reformas trabalhista e da Previdência derrubaram a popularidade de líderes dos principais partidos brasileiros: o presidente Michel Temer (PMDB), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os tucanos Aécio Neves e Geraldo Alckmin.
A nova edição da pesquisa Barômetro Político, realizada pela consultoria Ipsos, mostra que 75% dos entrevistados classificaram como ruim ou péssimo o governo federal - e apenas 4% disseram ser um governo ótimo ou bom. É o pior índice desde que Michel Temer assumiu a Presidência, em maio de 2015. No último mês, de março, 62% achavam que o governo era ruim ou péssimo - e 6% achavam que era ótimo ou bom.
A aprovação pessoal a Temer também caiu - 10% dos entrevistados responderam "aprovo" à pergunta "Você aprova ou desaprova" a atuação de Temer, contra 17% no mês anterior - por outro lado, 87% responderam que desaprovam Temer, enquanto em março eram 78%.
Aumentou, também, a proporção de pessoas que acreditam que o Brasil esteja no rumo errado: 92% dos entrevistados - em março eram 90%.
A enquete, feita durante a primeira quinzena de abril nas cinco regiões do país, pediu que 1.200 pessoas opinassem sobre 27 personalidades do mundo político e jurídico.
Este foi justamente o período de debate mais intenso sobre as propostas de reforma trabalhista e da Previdência pretendidas pelo governo Temer. Também nesta época, começaram a ocorrer vazamentos relacionados às "delações do fim do mundo", de executivos da Odebrecht, que implicaram dezenas de políticos dos principais partidos.
Em 12 de abril, o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin abriu inquéritos envolvendo oito ministros, 24 senadores, 39 deputados e três governadores. Lula, Aécio e Alckmin são citados na lista e negam irregularidades.
A pesquisa foi realizada antes de depoimentos prestados pelo ex-presidente da empreiteira OAS Léo Pinheiro ao juiz federal Sergio Moro, da Lava Jato, em que alega que Lula teria lhe pedido para que destruísse provas de propina paga ao PT.

Temer

Para Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs e responsável pela pesquisa, a brusca queda de popularidade de Temer - a maior entre os políticos -, se deve principalmente à pauta das reformas, que causa insegurança na população.
"Há um temor enorme de perda de direitos e existe percepção grande de que reformas beneficiam os mais ricos e o governo", avalia.
"O brasileiro já se sentia desamparado por conta da instabilidade econômica e da crise moral do Brasil. Agora, pelas reformas, se sente inseguro em relação ao futuro. Isso em um contexto em que Temer já tinha uma imagem desfavorável de político tradicional."

Manifestação contra Temer no Rio de JaneiroDireito de imagemREUTERS
Image captionQueda brusca de popularidade de Temer se deve a reformas políticas, diz Cersosimo

Lula

A segunda maior queda de popularidade entre março e abril é do ex-presidente Lula, cuja aprovação vinha aumentando desde dezembro de 2016. O índice dos que aprovam Lula caiu de 38% a 34%, e 64% dos entrevistados dizem reprovar sua atuação - contra 59% em março.
Cersosimo lembra que Lula vinha em "campanha informal" para as eleições de 2018 por cidades do Nordeste, e sua popularidade tinha registrado aumento na última edição do Barômetro Político. Mesmo assim, não se diz surpreso com a queda.
"Se é verdade que Lula tem maior potencial eleitoral entre nomes conhecidos, ele também tem grande rejeição. O fato de as delações estarem cada vez mais presentes na mídia pode ter freado a tendência de melhoria de imagem dele", afirma.
"Ele vem de agosto de 2015 até agora mantendo uma aprovação de 30% a 35%. Eu diria que esse é o capital político de Lula, seu índice de eleitores cativos. As flutuações se explicam pela presença dele na mídia, para o bem e para o mal."
No início de abril, Fachin encaminhou à Justiça Federal do Paraná seis petições com base nas delações da Odebrecht que citavam Lula e pessoas próximas a ele. Os ex-executivos e executivos da empreiteira pintaram um quadro de relação próxima com o petista e possíveis trocas de benefícios particulares por favorecimento à companhia. O Instituto Lula nega que o presidente tenha cometido irregularidades.
O aguardado depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro, marcado para o dia 3 de maio, foi adiado e ainda não tem data definida.
Cersosimo acrescenta, no entanto, que novas delações, como a de executivos da construtora OAS, devem afetar ainda mais a imagem de Lula e de outros nomes tradicionais da política nas próximas semanas.

Chances


Marina SilvaDireito de imagemREUTERS
Image captionPesquisa destacou aumento de popularidade de Marina Silva

Os três presidenciáveis do PSDB - os senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP), e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin - também registraram queda de popularidade entre março e abril, e conservam poucas chances de reverter a imagem negativa até 2018, segundo o pesquisador.
"Os indicadores dos tucanos estão dentro da margem de erro, mas mantêm a tendência de aumento da reprovação e de perda do pouco da aprovação que restou. São nomes que já vêm com algum desgaste há algum tempo e devem ficar ainda mais."
Aécio, que é alvo de cinco pedidos de abertura de inquérito, foi de 74% a 76% de reprovação no último mês. Alckmin, também citado nas delações de executivos da Odebrecht, foi de 67% a 68% de reprovação.
O ex-ministro das Relações Exteriores José Serra, que teria recebido múltiplos pagamentos irregulares da empresa em diferentes campanhas eleitorais, é alvo de um inquérito aberto por Fachin. No novo levantamento do Ipsos, ele manteve a reprovação de 70% de março, mas sua aprovação caiu de 20% para 18%.
Desta vez, a pesquisa também destacou um aumento na popularidade de Marina Silva. Entre os entrevistados, 24% diz aprovar a maneira como ela atua no país (eram 23% em março) e 58% dizem reprovar sua atuação (eram 62% no mês anterior).
"A popularidade de Marina dela oscila muito e, geralmente, quando ela se posiciona, tende a melhorar os indicadores. Desta vez, sua reprovação diminuiu um ponto acima da margem de erro da pesquisa", diz Cersosimo.
"A questão que fica para Marina, se quiser trabalhar para 2018, é o quanto as futuras delações podem afetá-la, caso se comprovem irregularidades na sua campanha, por exemplo. E também vai ser importante a forma como ela vai se posicionar em relação às reformas. Qualquer nome que queira se lançar presidenciável vai ter que ser questionado sobre isso."
Entre outros presidenciáveis avaliados - bastante cotados como potenciais candidatos - estão o prefeito de SP, João Doria, e o deputado federal Jair Bolsonaro.
Em abril, a aprovação de Bolsonaro caiu de 14% (em março) para 9% - mas sua rejeição também caiu, de 52% para 48%. Outros 43% dizem que não conhecem o suficiente para avaliar.
No caso de Doria, sua rejeição caiu de 45% para 40%, mas a aprovação também caiu, de 16% para 14%, se igualando à de Geraldo Alckmin, por exemplo. E 45% dizem não conhecê-lo o suficiente.
De acordo com Cersosimo, os dados dos últimos levantamentos têm demonstrado que a insegurança com o futuro do país deve ser o aspecto mais importante das próximas eleições presidenciais.
"Penso que 2018 terá um cenário parecido a 1989, com uma agenda anticorrupção, antiestablishment e pulverizada entre diversos candidatos", avalia.
"A pauta de qualidade de vida e perspectiva de futuro pode ganhar muita força em 2018, dependendo de quem se apropriar dela. Quem conseguir transmitir segurança e materializar o discurso de que temos que tomar um remédio amargo, mas há esperança no futuro, larga na frente."
Professor Edgar Bom Jardim - PE