segunda-feira, 27 de março de 2017

Ricardo Teobaldo votou contra os trabalhadores, afirmam internautas pernambucanos.


A votação do projeto de terceirização continua dividindo opiniões entre políticos e especialistas, além de gerar muita polêmica nos quatro cantos do País. Em Pernambuco, o voto favorável do deputado federal Ricardo Teobaldo (PTN) não rendeu comentários positivos. Nas redes sociais, o ex-prefeito de Limoeiro vem enfrentando críticas por conta da sua posição política. No sábado (25), Teobaldo postou uma imagem antes de uma caminhada política em Nossa Senhora do Ó, Distrito de Ipojuca. Na ocasião, ele estava ladeado pelos deputados estaduais Silvio Costa Filho e Ossesio Silva. Nos comentários, internautas de várias cidades não perdoaram o voto dele.


Dos 20 deputados pernambucanos presentes a sessão de votação do projeto da terceirização, 12 foram a favor e 8 contrários. Votaram “sim”: André de Paula (PSD), Augusto Coutinho (SD), Cadoca (PDT), Eduardo da Fonte (PP), Fernando Monteiro (PP), Guilherme Coelho (PSDB), Jarbas Vasconcelos (PMDB), Jorge Corte Real (PTB), Marinaldo Rosendo (PSB), Pastor Eurico (PHS), Ricardo Teobaldo (PTN), Zeca Cavalcanti (PTB). Optaram por dizer “não”: Betinho Gomes (PSDB), Creuza Pereira (PSB), Daniel Coelho (PSDB), Danilo Cabral (PSB), Luciana Santos (PCdoB), Severino Ninho (PSB), Silvio Costa (PTdoB), Wolney Queiroz (PDT). (Imagem | Assessoria Ricardo Teobaldo). 
De 

Eleitores criticam voto de Teobaldo favorável ao projeto de terceirização

Fonte:Blog do Agreste.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 26 de março de 2017

Águas de março no Ver-O-Peso, em Belém do Pará.


Bom dia, amigos, domingo lindo, de paz e alegrias para todos nós! No registro do decano do fotojornalismo parauara, Ary Souza, a força das águas de março no Ver-O-Peso, em Belém do Pará.
 Foto Ary Sousa, via Franssinete Florenzano/
Tainá Marajoara
Professor Edgar Bom Jardim - PE

TSE diploma, promove , empodera políticos corruptos, compradores de votos com CX 2. É ou Não é?

Janot cogita pedir afastamento de Gilmar Mendes de julgamentos no STF

Gilmar Mendes e Rodrigo Janot
Mendes e Janot: a guerra fria pode esquentar



Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e Rodrigo Janot, procurador-geral da República, quebraram o pau nos últimos dias, por causa da Operação Lava Jato. O próximo round já está à vista, caso Janot leve adiante algo que tem dito internamente na Procuradoria. Está decidido a pedir ao STF que tire Mendes de certos julgamentos, por falta de imparcialidade do ministro. 
A chamada “arguição de suspeição” é uma ação apresentada perante a presidência do STF e, caso seja admitida por esta como válida, é submetida à decisão do plenário da corte em uma sessão secreta. 
Em setembro de 2016, um pedido impeachment de Mendes levado por juristas ao Senado listava vários casos em que o homem de Diamantino estaria impedido de julgar. Processos em que uma das partes é, por exemplo, o advogado Rodrigo Mudrovitsch, seu advogado particular e seu funcionário no Instituto de Direito Público (IDP). 
Se quiser, Janot possui um arsenal para argumentar ao STF que sobra parcialidade a Mendes em processos da Lava Jato, o motivo da briga deles. 
É escandalosa a intimidade do ministro com Michel Temer, chefe de um governo repleto de alvos da Lava Jato e ele mesmo um presidente prestes a ser julgado por um tribunal eleitoral comandado por Mendes, o TSE. A dupla conversa em jantares, reuniões secretas de fim de semana e jatinhos da FAB
Um dia após Janot mandar ao STF dezenas pedidos de investigação contra ministros de Temer e parlamentares governistas, em decorrência das delações da Odebrecht, Mendes abriu sua mansão em Brasília a uma penca de alvejados. O pretexto foi um jantar oferecido pelo aniversário do senador José Serra (PSDB-SP), um dos prestigiados na “lista de Janot”. 
Ao contra-atacar golpes desferidos por Mendes na véspera, Janot fez referência na quarta-feira 22 à intimidade do ministro com os políticos. “Procuramos nos distanciar dos banquetes palacianos. Fugimos dos círculos de comensais que cortejam desavergonhadamente o poder político”, afirmou.
E prosseguiu nas bordoadas. Comentou que a História coleciona casos de homens que “não hesitam em violar o dever de imparcialidade ou em macular o decoro do cargo que exercem” e que, “na sofreguidão por reconhecimento e afago dos poderosos de plantão, perdem o referencial de decência e de retidão”. 
O pivô do pugilato “Janot x Mendes” foi a coluna dominical da ombudsman da Folha do dia 19. Segundo o texto, a Procuradoria passou a jornalistas em uma entrevista coletiva “em off”, sem câmeras e gravadores ligados, alguns nomes que Janot acaba de pedir ao STF para investigar. Uma coleção de amigos de Mendes, como Serra e o senador mineiro Aécio Neves, presidente tucano. 
Convertido em um espécime anti-Lava Jato desde o impeachment de Dilma Rousseff, Mendes quer paz para seus protegidos e aproveita qualquer ocasião para atacar Janot e a força-tarefa de Curitiba.
Seu destempero na terça-feira 21 foi anormal até para ele, um verborrágico. Em pleno STF, acusou Janot, sem citar o nome dele, de “crime” de vazamento de informações sigilosas e de tentar fazer o tribunal de “fantoche”. “As investigações devem ter por objetivo produzir provas, não entreter a opinião pública ou demonstrar autoridade”, decretou. 
O pivô da crise foi a coluna da ombudsman da Folha, mas o UFC entre eles esconde uma disputa maior pelo amor do “tribunal da mídia”, instância criada pelo juiz federal Sergio Moro que é fundamental no andamento da Lava Jato. 
Em um artigo de 2004 intitulado Considerações sobre a Operação Mani Pulite, Moro analisa um caso similar à Lava Jato ocorrido na Itália nos anos 1990, a Mãos Limpas. Entre outras coisas, ele diz que o “largo uso da imprensa” foi um dos principais garantidores do avanço das investigações contra figurões políticos e empresariais. Sem a mídia, os poderosos teriam conseguido melar as apurações. 
Para Moro, se não for possível condenar os investigados nos tribunais, “a opinião pública pode constituir um salutar substitutivo, tendo condições melhores de impor alguma espécie de punição a agentes públicos corruptos, condenando-os ao ostracismo”. 
Tradução: é preciso desmoralizar os investigados em TVs e jornais durante as apurações para a população não votar mais neles, ao menos no caso dos políticos. 
Janot parece ter encampado a filosofia do “tribunal da mídia”. Noite dessas, reclamou com um jornalista que o patrão dele, o jornal Estadão de S.Paulo, apoiava a Lava Jato no governo Dilma Rousseff, mas agora na gestão Michel Temer era contra.
Mendes anda desesperado por ver expostos na mídia o nome de seus amigos políticos e faz de tudo para tentar afastar a mídia de Janot. “A imprensa parece acomodada com este acordo de traslado de informações”, disse o ministro na refrega com o procurador-geral.
Foi ainda mais explícito em agosto de 2016, ao reunir alguns jornalistas em seu gabinete e comentar a Lava Jato. Para ele, os investigadores (procuradores e policiais federais) “dispõem de informações e têm a mídia como numa situação de dependência. A mídia está hoje em relação aos investigadores como um viciado em droga em relação ao fornecimento da substância entorpecente.” 
Quem levará a melhor na lista pelo “tribunal da mídia”? Janot e a Lava Jato ou Gilmar Mendes e seus amigos políticos em Brasília? Desta resposta depende o futuro da operação e do Brasil.
Com informação de Carta Capital.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 25 de março de 2017

Água para Bom Jardim, Surubim e mais 10 cidades

Encanação faz parte da paisagem na PE-90.

Adutora construída para levar água da Barragem do Sirigi, na Vila Murupé em Vicência, até a adutora de Palmeirinha/Pedra Fina, em Bom Jardim. De lá a água será direcionada para a cidade de Bom Jardim e mais 11 municípios do Agreste Setentrional.

O investimento, da ordem de 40 milhões de reais, autorizado pelo governador Paulo Câmara, em um ato no Palácio do Campo das Princesas, já acontece em Bom Jardim. Serão usados 34 quilômetros de tubulação e o início das obras já está marcado para o primeiro semestre de 2016. 

Serão captados 150 litros de água por segundo em tubos de 500 milímetros de diâmetros. O agreste pernambucano está sofrendo com o período de seca.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O que é a projeção Gall-Peters, mapa que promete acabar com '4 séculos de visão colonialista' do mundo


Projeção de Gall-PetersDireito de imagemREPRODUÇÃO
Image captionA projeção de Gall-Peters mostra proporção mais real dos continentes

Por mais de 400 anos, escolas de todo o mundo usaram mapas com distorções ​​nos tamanhos dos continentes.
As representações do mundo usadas ​​atualmente são baseadas na projeção feita em 1569 pelo cartógrafo Gerardo Mercator, destinada aos navegadores da época. Seus gráficos respeitam a forma dos continentes, mas não os tamanhos - neles, a Europa e a América do Norte são vistas maiores do que realmente são e o Alasca ocupa mais espaço que o México, embora seja menor.
Um dos erros mais significativos é que a África parece menor do que realmente é, quando na verdade tem o triplo da extensão da América do Norte e é 14 vezes maior que a Groenlândia.
Mas agora algumas salas de aula de escolas públicas de Boston, no nordeste dos Estados Unidos, começaram a usar o mapa de Gall-Peters, projeção batizada em homenagem a James Gall, escocês aficionado por astronomia que a desenhou pela primeira vez em 1855, e ao historiador alemão Arno Peters, que a difundiu na década de 1970.
Esse mapa mostra o tamanho e a proporção de países, continentes e oceanos com mais precisão. Na semana passada, cerca de 600 escolas públicas da cidade americana receberam cópias dele, noticiou o jornal The Boston Globe.
Uma das principais mudanças é que a Europa aparece muito menor do que se via antes em comparação com a África, que é muito maior.

Continentes distorcidos

Uma das razões para as distorções cartográficas é a dificuldade de se projetar uma esfera como a Terra - de três dimensões - em uma superfície plana, de duas dimensões, como a de um mapa.
Mas, para os geógrafos, atrás dos erros de Mercator há também outra razão.
"A maioria dos primeiros mapas do mundo foi criada por europeus do norte", disse Vernon Domingo, professor de geografia da Universidade Estadual de Bridgewater e membro da Aliança Geográfica de Massachusetts, em declaração ao The Boston Globe.
"Eles tiveram a perspectiva do hemisfério norte - e também uma perspectiva colonialista."

Projeção de MercatorDireito de imagemREPRODUÇÃO
Image captionNo mapa de Mercator, a Groenlândia é quase do tamanho da África

Descolonizar o currículo

A troca de mapas responde ao desejo de Boston de "descolonizar o currículo", disse ao mesmo jornal Colin Rose, superintendente-assistente do Escritório de Oportunidades das Escolas Públicas de Boston.
"Trata-se de mapas, mas, ao mesmo tempo, não se trata de mapas", disse Rose. "Esta é uma mudança de paradigma. Nós tivemos uma visão que era muito eurocêntrica. E como podemos falar de outros pontos de vista? Esse é um excelente ponto de partida."
Para Hayden Frederick-Clarke, diretor de competências culturais das escolas públicas de Boston, o erro mais grave das projeções de Mercator é o tamanho da África.
"Dos nossos alunos, 86% não são brancos e têm pais e avós que são de locais que são mostrados menores nos mapas", disse Frederick-Clarke ao programa The World, da PRI (Public Radio International) e da BBC.
"Queremos que os alunos se vejam de forma adequada e contestem a narrativa de que muitos desses lugares são pequenos e insignificantes no mundo", disse.
"A Groenlândia parece ter o mesmo tamanho da África e dos EUA. Parece de um tamanho comparável, embora sabemos que isso não é uma verdade absoluta. A África é 14 vezes maior do que a Groenlândia. Além disso, no mapa de Mercator, o México é menor que o Alasca, quando na verdade é muito maior", disse o professor.
"Também há problemas com o Brasil. A Europa, mais especificamente a Alemanha, aparecem perto do centro do mapa. E sabemos que isso não é verdade."
"Da minha experiência como instrutor, sei que as pessoas gostam da verdade e que os professores querem apresentar um produto melhor e mais autêntico", disse Frederick-Clarke.
O jornalista da PRI David Leveille diz que os críticos da iniciativa a veem como "mais uma batalha na guerra de culturas" e insistem que "um mapa é apenas um mapa".
Segundo Leveille, eles perguntam: "nenhum mapa é perfeito, então porque se preocupar?".
Professor Edgar Bom Jardim - PE

300 dias para mudar sua vida


NOVA ESCOLA lançou seu primeiro número em março de 1986. Naquela edição, um passeio pelas reportagens e seções revelava um cardápio de dificuldades tão rico quanto recorrente: “jornadas excessivas”, “remuneração insuficiente”, “crianças agitadas” e “famílias com poucos recursos”. Soa familiar?
Provavelmente, sim. Apesar dos inegáveis avanços em termos de acesso à escola e mesmo de alguma evolução quanto à qualidade do ensino, a Educação brasileira continua sendo fonte das mesmas queixas dos professores. Durante o mês de janeiro passado, realizamos uma enquete no Facebook: “Educador, qual problema tira seu so- no?”. Algumas das dificuldades mais lembradas foram falta de tempo, salário baixo, indisciplina e famílias desestruturadas.
Mudou a forma de se referir às dificuldades. Mas, se você reparar bem, são exatamente os mesmos obstáculos que apareceram em nossa edição inaugural. A diferença – para pior – é que agora eles vêm acompanhados de outras reclamações que não eram tão comuns em 1986. O desafio da inclusão. Relação conflituosa com os chefes. Alu- nos desinteressados no que você tem a dizer.
Não vamos minimizar as barreiras. Muitas dessas dificuldades são consequência da desvalorização da carreira docente e da falta de investimento e de planejamento por parte dos governos. Mas também não vamos ficar só nas queixas, comparando o presente com o passado.Nossa proposta é aproveitar esta edição 300 para refletir sobre como nosso futuro pode ser melhor. Há pequenas revoluções possíveis de incorporar no dia a dia da escola, da sala de aula e em sua rotina pessoal. Esta reportagem é sobre elas.
Dessa vez, juntamos o conhecimento de profissionais de Educação a uma nova metodologia de desenvolvimento pessoal: o coaching – palavra de origem inglesa que indica um percurso de formação em que um parceiro mais experiente ajuda outro a evoluir em alguma área da vida.
A ideia desse método é que você consiga resolver problemas complicados ou realizar sonhos ambiciosos. Para chegar lá, entram em jogo técnicas e ferramentas de diferentes áreas: gestão de pessoas, planejamento estratégico, Psicologia, Neurociências e Administração.
Com esse aporte, o coach (quem instrui, o nosso papel nesta reportagem) e o coachee (quem está sendo instruído – aqui é você) traçam metas graduais e planejam tarefas de curto, médio e longo prazo. Também preveem avaliações periódicas para garantir que continuam no caminho certo. Pouco a pouco, essas ações vão produzindo mudanças pessoais e no trabalho. Assim, você fica cada vez mais perto da linha de chegada.
O trajeto que convidamos você a percorrer junto conosco é bem didático. Está dividido em primeiros passos, ações práticas, recursos úteis, avaliação e indicações de materiais. O calendário sugerido prevê um prazo de 300 dias – ou seja, de agora até o fim do ano. É tempo suficiente para colocar em prática sua revolução pessoal. Convide os colegas para encarar o desafio. Vamos nessa?

Primeiros passos

Antes de dormir ou ao acordar, liste todas as atividades do seu dia. Isso vai dar uma noção geral da quantidade de trabalho e do que deve ser priorizado. Estipule prazos para o fim de cada tarefa e tente reduzi-los ao longo dos dias. Se ajudar, cronometre o tempo e vá marcando o que já foi feito.

Recursos úteis

O método bullet journal é um tipo de organização que reúne em um só lugar todos os aspectos da vida. Pegue um caderno e siga as dicas:
  • Abra o caderno e, na página da esquerda, anote o nome do mês em questão. Numere todos os dias. Marque reuniões, aniversários e outros eventos já programados.
  • Na página da direita, faça a lista de todos os afazeres que você já sabe que terá que cumprir naquele mês, mas que ainda não têm data. Por exemplo: “marcar dermatologista”.
  • Em cada uma das folhas seguintes, insira três dias – já com a lista de eventos programados e afazeres (que passam a ter data certa). Crie quadrinhos para lembretes do tipo “beber mais água”.
  • Em uma página em branco, liste o que foi cumprido (v), cancelado (x) ou adiado (>) e prioridades (*).
  • Pense em outras seções que ajudem na organização: livros para ler, ideias de projetos e lugares para visitar, por exemplo.

Ações práticas

Planeje mais rápido

Otimize essa tarefa, que geralmente toma muito tempo, ao contar com a parceria dos colegas. Para isso, use o período garantido pela Lei do Piso às atividades extraclasse para se reunir com os docentes da mesma disciplina ou série que você e elaborar o semanário. As atividades planejadas por um podem ser usadas e adaptadas pelo outro.

Use ferramentas de organização

Papel, planilha ou aplicativo. Não importa o suporte desde que ele funcione para você organizar o seu dia. O ideal é que seja de fácil acesso para você ter a agenda à mão sempre que preciso.

Avaliação do processo

Precisa ser diária! O monitoramento é contínuo,já que a ideia é você verificar se está dando conta do que planejou. Toda noite, faça os ajustes necessários para conseguir cumprir as metas.

Saiba mais

Atenção

O planejamento deve levar em conta expectativas reais. Pode parecer óbvio, mas se você colocar um grande número de tarefas e não conseguir realizá-las, logo vai se frustrar e deixar de lado a organização à qual se propôs. Por isso, no caso de atividades complexas, divida-as em diversas menores.

Primeiros passos

Há dois jeitos de ganhar mais: aumentando o salário ou gastando menos. Registre seus planos para daqui cinco anos: o que você gostaria de estar fazendo? Qual salário imagina ganhar? No que poderia economizar? Anote o que você pode fazer para atingir os objetivos. Estabeleça uma escala do que é de curto, médio e longo prazo. Na semana seguinte, mapeie oportunidades para cumprir as de curto prazo, como cursos.

Avaliação do processo

Defina um dia e um horário por semana para retomar o cronograma e colocar uma ação em andamento. Neste momento, já programe qual passo você vai querer dar na semana seguinte e, com base no seu desenvolvimento, reavalie se:
  • A meta segue sendo atingível.
  • O prazo estipulado ainda é factível.
  • Você está satisfeito com ela.
Não tem problema se as respostas forem não. O essencial é o planejamento guiá-lo na direção certa.

Recursos úteis

Controlar os gastos é uma forma de tentar fazer com que sobre uma grana no fim do mês. Há diversas planilhas disponíveis gratuitamente na internet. Nelas, normalmente, a divisão é entre receitas e despesas, sendo que esta última contém as seguintes categorias:
  • Habitação
  • Transporte
  • Saúde
  • Educação
  • Impostos
  • Lazer
  • Vestuário
  • Extras
Outra opção são os aplicativos. Um deles, o GuiaBolso, captura os dados diretos da conta bancária e faz a categorização automaticamente. Ele ainda permite que você adicione metas de gastos por serviço, facilitando o planejamento.

Ações práticas

Liste oportunidades na sua rede

  • Em quase todos estados e municípios, professores que se qualificam têm aumento de salário. Outras iniciativas, como provas de mérito, também rendem pontos na carreira dos educadores que atingem as metas.

Invista em sua formação

  • Busque cursos na região ou pela internet, e que se encaixem no seu orçamento. Prefira os que desenvolvam habilidades que o diferenciem dos demais. Vale conversar com ex-alunos para saber o impacto da formação na carreira.

Faça a autoavaliação

  • Registros reflexivos permitem um avanço contínuo em direção a propostas mais eficazes.
Embora tenham que respeitar o piso nacional, cada rede estabelece seu próprio salário-base e plano de carreira. Isso significa que uma cidade vizinha à sua pode pagar mais para o professor. Veja se esse é o caso e se vale prestar concurso em outro município.

Atenção

Organizações sindicais costumam ter poder de mobilizar a classe e de negociar com os governos. O reajuste salarial é um exemplo do esforço das associações coletivas. Ao unir-se a elas, você contribui com essas conqusitas.

Saiba mais

A matéria de capa de março de 2016 da NOVA ESCOLA apresenta prós e contras de nove modalidades de formação continuada. Leia sobre elas.

Primeiros passos

Organize um inventário de motivação dos alunos. Registre os momentos em que eles se mostram engajados e também quando estão desinteressados. Assim, é possível refletir sobre o que não dá certo e recorrer, quando necessário, às estratégias mais mobilizadoras.

Avaliação do processo

Responda ao seguinte questionário:
  • Dou oportunidade para que os alunos decidam e façam escolhas sobre a rotina do dia?
  • Promovo atividades em grupo com frequência?
  • Minhas aulas permitem discussões para que apresentem ideias sobre os temas?
  • Utilizo diferentes metodologias nas aulas?
  • Solicito a participação dos alunos? Se sim, de todos, sem distinção?
  • Faço as correções registrando para mim mesmo onde estão as principais dificuldades dos estudantes?
Ao lado das questões coloque números de 0 a 5, onde 0 é “não fiz isso ainda” e 5 é “faço sempre”. Em junho, mais da metade das respostas devem receber ao menos a nota 3. Em novembro, nenhum tópico pode ter menos que 2 e cinco deles devem ter nota 5.

Ações práticas

Compartilhe os objetivos

Registrar na lousa a agenda do dia e os objetivos de aprendizagem. Assim, os alunos conseguem acompanhar o próprio progresso e se mobilizam para cumprir as expectativas.

Valorize (mesmo) o saber de seus alunos

Semanalmente, abra inscrição para que três estudantes contem aos colegas sobre o que gostam de fazer e deem dicas de filme, música, livro ou game. Registre as sugestões que, depois, podem ser incorporadas nas aulas.

Inove

Experimente a Rotação por Estações de Aprendizagem, na qual o professor organiza diferentes cantos na sala, cada um com uma atividade diferente do mesmo tema. Divididos em pequenos grupos, os alunos fazem um rodízio até completarem o circuito.

Saiba mais

Atenção

  • Vale insistir em uma ação que, de primeira, pode não ter dado certo. Na maioria das vezes, as mudanças demoram a acontecer.
  • Fique atento para ver se a estratégia está sendo bem planejada. Peça ajuda para o coordenador pedagógico para encontrar erros no processo e sugerir ações mais efetivas.

Primeiros passos

Repense as regras. Foque nas que importam. Proibir o boné é realmente importante? Quando os alunos acham as normas injustas ou aleatórias não veem razão para cumpri-las.

Avaliação do processo

Os alunos devem responder ao seguinte questionário:
  • Peço desculpas quando agi mal com alguém?
  • Digo a verdade se fiz algo errado?
  • Tento cumprir as regras combinadas?
  • Respeito a vez do colega para falar ou brincar?
  • Controlo a raiva sem explodir nem bater em ninguém?
  • Não participo de gozações e brincadeiras que possam deixar um colega chateado?
  • Defendo um colega quando ele está sendo maltratado?
  • Se o professor quer silêncio ou que todos fiquem sentados, eu respeito o pedido?
  • Procuro conservar limpo os ambientes da escola?
As respostas podem ser anônimas, com notas de 0 a 3, sendo que 0 é nunca e 3 é sempre. Tabule os dados e veja quais os pontos precisam de mais atenção. Reaplique-o em junho e em novembro para avaliar se as ações têm sido efetivas.

Ações práticas

Reveja as sanções

  • Castigos costumam agir sobre a pessoa, para causar sofrimento, e não sobre o comportamento. Para conscientizar, busque reparações ligadas à falta. No caso de uma criança estar atrapalhando uma atividade em grupo, vale tirá-la temporariamente da atividade, após alguns alertas.

Organize assembleias

  • Estabeleça momentos quinzenais para os alunos discutirem a qualidade das relações e sugerirem formas não violentas de resolver os conflitos. Invista em outras ações como a mediação de conflitos e o professor tutor. Leia mais sobre elas.

Entenda os problemas

  • Quando uma situação foge do controle, a primeira reação é mandar os alunos para a diretoria. Em vez disso, dialogue com os alunos, ouvindo o que eles têm a dizer e demonstrando respeito pelos valores de cada um. Ao identificar os geradores de conflito, é mais fácil encontrar formas de preveni-los.

Saiba mais

O livro Bullying: Quem Tem Medo?, de Luciene Tognetta, traz uma proposta de um programa de convivência para ser implantado na escola. A ideia é que as ações sugeridas na obra previnam todo o tipo de conflito que surja no ambiente escolar – não só o do título do livro.

Atenção

  • Diante de um conflito, tenha calma e controle suas reações. Você não precisa dar conta dele de imediato: o improviso pode levar a atitudes que pioram o problema.
  • Indisciplina não se resolve com base no senso comum. É preciso entender como funciona o desenvolvimento moral e ético das crianças, como elas aprendem e quais sanções são mais adequadas. Que tal entrar ou criar um grupo de estudo sobre o tema?

Primeiros passos

Saiba o que você quer – e o que seu chefe quer. Muitas vezes, as relações se desgastam porque as expectativas do professor em relação ao diretor (e vice-versa) são diferentes do que ocorre na prática. A solução? Manter uma comunicação clara e transparente. Se a iniciativa não parte do gestor, proponha você mesmo uma conversa para saber o que ele espera do seu trabalho e quais indicadores podem ser definidos para as metas.

Saiba mais

No canal de GESTÃO ESCOLAR no YouTube, você encontra uma série de vídeos sobre as relações entre professores e gestores na escola.

Ações práticas

Sugira um comitê de clima

  • A estratégia serve não só para melhorar a relação com os gestores mas também a de toda a comunidade. Seus membros são responsáveis por realizar a cada quatro meses um questionário com todos os segmentos, pensar em conjunto em ações, monitorar se elas estão sendo desenvolvidas e se os canais de comunicação têm sido eficientes.

Analise seus erros

  • Às vezes, você nem percebe, mas seu comportamento pode ajudar a criar um mal-estar com os gestores. Para identificar isso, peça para três pessoas da sua maior confiança para que listem suas principais qualidades e defeitos. Analise as respostas, peça exemplos quando achar necessário e liste possíveis caminhos para corrigir os pontos negativos.

Crie espaços de integração

  • Confraternizações e momentos de conversa informal permitem que as pessoas se conheçam melhor, descubram afinidades e estreitem os laços de confiança. Vale até criar um momento, na sala dos professores, em que a cada semana alguém divida com os colegas histórias pessoais e profissionais.

Avaliação do processo

Responda ao seguinte questionário:
  • Fico estressado com o volume de demandas que a direção exige.
  • Penso em me transferir para outra escola.
  • Quando tenho problemas com a minha classe, os gestores não tomam a iniciativa de discuti-los.
  • As decisões que dizem respeito ao meu trabalho são tomadas sem a minha participação.
  • O diretor não esclarece para os professores o que é esperado do nosso trabalho.
  • A gestão dá pouca ou nenhuma importância ao nosso bem-estar.
  • Não me sinto estimulado pelos gestores a melhorar o meu trabalho em sala de aula.
  • Não há momentos para discussões coletivas.
Estabeleça uma pontuação para cada questão, tendo 0 como o pior indíce da escala e 4 como o melhor. Depois de seis meses, todas as repostas precisam ter tido um aumento de ao menos 50% na nota.

Atenção

Ao detectar os problemas de relação na equipe, seja propositivo. Em vez de chegar com críticas e reclamações, sugira maneiras dos conflitos serem resolvidos, não se excluindo da sua responsabilidade por eles.

Primeiros passos

Conheça as famílias e a realidade delas. Uma das opções é realizar visitas domiciliares para saber como é o aluno em casa, o que gosta de fazer e como vive e orientar a família sobre como acompanhar melhor a aprendizagem. Como isso nem sempre é viável, vale criar momentos para que cada estudante apresente o bairro, a família, o que gosta de fazer junto com os pais, no que gostaria que eles fossem mais presentes. São informações que podem basear ações de aproximação com Wos responsáveis.

Avaliação do processo

É importante estabelecer metas de participação da família – quantitativas e qualitativas. Exemplos: terminar o primeiro semestre com 40% das famílias participando dos encontros, número que deve subir para 75% no segundo semestre; e, no fim do ano, ter conseguido que dois pais, daqueles considerados mais ausentes, tenham se envolvido em alguma proposta, como compartilhar a história do processo migratório da sua familía com a turma.

Recursos úteis

Envie o seguinte questionário aos pais:
  • Você se sente respeitado pelas pessoas que trabalham na escola?
  • Quando pede informações sobre seu filho, é atendido com atenção?
  • Você conhece a proposta do professor para o trabalho com os alunos?
  • Você sabe o que seu filho deve aprender ao longo deste ano?
  • Você já foi chamado na escola para receber elogios sobre seu filho?
  • Há espaço para discutir ou fazer sugestão de propostas?
Em quadradinhos, as famílias deverão atribuir cores: verde para sim, amarelo quando for às vezes e vermelho para não. Deixe espaço para que elas comentem o porquê das escolhas e proponham mudanças. Exponha o resultado em um mural, junto com as ações que estão sendo feitas para reverter a situação para que a família veja que sua participação é reconhecida e valorizada.

Saiba mais

A pesquisa Família, Escola, Território Vulnerável, do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), está disponível.

Ações práticas

Repense as reuniões

  • Em vez de encontros focados em críticas, promova momentos de integração. Descubra as potencialidades dos estudantes e convide os pais para apresentações nas quais possam ver os filhos de forma positiva. Valorize também os saberes das famílias. Pergunte aos alunos o que os pais sabem fazer e chame-os para dividir suas experiências com a garotada.

Encontre aliados

  • Convide os pais mais participativos para serem mobilizadores dos demais.

Atenção

A expectativa de presença das famílias pode não corresponder à realidade delas. É comum que os pais que deveriam estar mais presentes sejam os mais ausentes. Isso ocorre porque são eles os mais distantes do universo cultural da escola por terem estudado pouco ou nada. Ao acolher bem o aluno e conhecer seu universo, a escola facilita a aproximação da família, que abandona a postura defensiva.

Primeiros passos

Antes de tudo, convide as famílias dos alunos com deficiência para uma conversa. São elas que mais podem colaborar com informações – o laudo não define a criança. Cobre que o gestor implante o AEE. Como você vai ver abaixo, o atendimento educacional especializado é um parceiro essencial para auxiliar no dia a dia de quem tem alunos com deficiência. Sem ele, tudo fica muito mais difícil.

Avaliação do processo

Estabeleça indicadores individuais, lembrando que o avanço de cada aluno só pode ser considerado em relação a ele mesmo e nunca em comparação com outros. Para crianças com deficiência mental, por exemplo, pense em metas como o conhecimento e a incorporação de regras sociais e de habilidades ligadas à oralidade.

Recursos úteis

O plano educacional individualizado (PEI) é o instrumento norteador do trabalho a ser desenvolvido pelo professor da sala regular e do AEE com cada aluno com deficiência. Entre os tópicos que devem ser contemplados estão:
  • Histórico escolar
  • Perfil
  • Estratégias para o processo de aprendizagem
  • Metas específicas
  • Avaliação

Ações práticas

Converse com a gestão

  • É o diretor quem pode cobrar a secretaria para adaptar o espaço físico e contratar auxiliares. Para isso, no entanto, ele precisa ter clareza das necessidades dos professores e suas turmas – é aí que você entra.

Busque a parceria do AEE

  • Procure ajuda do profissional do atendimento educacional especializado para encontrar soluções específicas para cada aluno. Ele tem conhecimento para pensar em materiais alternativos, como o engrossador de lápis para quem tem mobilidade reduzida.

Reforce sua formação

  • O MEC, junto com universidades públicas, oferece cursos gratuitos na área. Um deles é o Tecnologia Assistiva, Projetos e Acessibilidade: Promovendo a Inclusão, da Unesp. Busque também oportunidades na rede.

Saiba mais

Atenção

Caso o AEE ainda não esteja estabelecido na rede ou na escola, procure orientações em entidades especializadas como a Apae, que está presente em todos os estados.

Fontes: Ângelo de Souza, professor do Núcleo de Políticas Educacionais da Universidade Federal do Paraná, Luciene Tognetta, líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral, Marília Dias, coordenadora da Comunidade Educativa Cedac, Tania Resende, pesquisadora do Observatório Família-Escola, Maria Carolina Nogueira, coordenadora de projetos da Fundação Lemann, Joe Garcia, professor da pós-graduação em Educação da Universidade Tuiuti do Paraná, Carlota Moraes, gerente de desenvolvimento da OD&M Consulting, Caio Polizel, coordenador de consultoria da Hoper Educação e Felipe Maluf, consultor da YCoach.
Ilustrações: Camila Marques
Professor Edgar Bom Jardim - PE