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domingo, 8 de julho de 2018

Política:Presidente do TRF-4 decide manter ex-presidente Lula preso


Ex-presidente Lula em abril de 2018Direito de imagemAGÊNCIA BRASIL
Image captionEm poucas horas, ordem de libertação de ex-presidente teve reviravoltas e criou impasse jurídico
O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, tomou decisão monocrática (individual) cujo resultado será, na prática, a manutenção da prisão do ex-presidente Lula . O despacho, no começo da noite deste domingo, ocorre após a terceira decisão do desembargador plantonista, Rogerio Favreto, determinando a soltura de Lula.
Thompson decidiu com base em um recurso apresentado pelos integrantes do MPF que atuam junto ao TRF-4 contra a soltura de Lula, determinada por Favreto. No despacho, Thompson diz que a competência para julgar o pedido de habeas corpus de Lula é do desembargador João Pedro Gebran Neto, e não de Favreto.
Flores também restaurou a validade de uma decisão anterior de Gebran, tomada por volta das 14h de domingo, determinando a manutenção da prisão de Lula.
Na decisão, Flores argumenta que Favreto não tinha competência para julgar pedidos de Lula, por não ter participado da sessão que decidiu pela prisão do petista; e que não havia fato novo em relação aos pedidos anteriores de soltura do petista.
Lula no Sindicato dos Metalúrgicos junto de Guilherme BoulosDireito de imagemEPA
Image captionLula no dia de sua prisão, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo
A decisão acabou com um imbróglio jurídico que durou quase todo o domingo, desde por volta das 10h da manhã.

Um domingo tenso

As primeiras notícias sobre a possível libertação de Lula surgiram por volta de meio dia deste domingo. Num despacho publicado horas antes, às 9h, o desembargador plantonista José Favreto decidiu favoravelmente a um pedido de habeas corpus formulado pelos deputados petistas Wadih Damous (RJ), Paulo Teixeira (SP) e Paulo Pimenta (RS). Os três apresentaram o pedido na noite da última sexta-feira.
Para Favreto, o fato de Lula ter se tornado pré-candidato à presidência pelo PT constituía um "fato novo", que poderia justificar a revisão no cumprimento provisório da pena. "As últimas ocorrências nos autos (...) versam sobre demandas de veículos de comunicação para entrevistas, sabatinas, filmagens e gravações com o sr. Luiz Inácio Lula da Silva, (e) demonstram evidente fato novo em relação à condição de réu preso", escreveu o desembargador.
Favreto determinou que a medida fosse cumprida com urgência e antes que houvesse "conhecimento externo" do teor de sua decisão, o que poderia "ensejar agitação e clamor público", dada a notoriedade do ex-presidente Lula. Favreto também escreveu que o petista estaria liberado do exame de corpo delito, se assim o desejasse.
O desembargador Rogerio FavretoDireito de imagemROGERIO FAVRETO, DO TRF-4
Image captionO desembargador Rogerio Favreto, do TRF-4, tentou por três vezes libertar Lula

Moro intervém

Mas "agitação e clamor público" foi exatamente o que aconteceu depois que a decisão foi divulgada. Pouco antes das 13h, o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba publicou um despacho no qual dizia não ser papel de Favreto decidir a respeito de Lula.
"O desembargador plantonista, com todo o respeito, é autoridade absolutamente incompetente para sobrepor-se à decisão do Colegiado da 8ª Turma do TRF-4 (formada pelos desembargadores Victor Laus, João Pedro Gebran Neto e Leandro Paulsen)", escreveu Moro.
O juiz de 1ª instância reconheceu que não tinha "poderes de ordenar a prisão do paciente (Lula), e nem para autorizar a soltura", e disse que iria consultar o desembargador Gebran, relator da Lava Jato no TRF-4.
Minutos depois do despacho de Moro, Favreto voltou à carga, ordenando à Polícia Federal que soltasse Lula imediatamente. "Sem adentrar na funcionalidade interna da Polícia Federal, o cumprimento do Alvará de Soltura não requer maiores dificuldades e deve ser efetivado por qualquer agente federal que estiver na atividade plantonista, não havendo necessidade da presença de Delegado local", escreveu o desembargador de plantão.

Gebran e Favreto disputam

Perto das 16h, João Pedro Gebran atendeu ao pedido de Moro e falou nos autos sobre o caso. Relator da Lava Jato na 2ª Instância, Gebran argumentou que, como a decisão de prender Lula era da 8ª Turma do Tribunal (formada por ele, Victor Laus e Leandro Paulsen), não cabia a Favreto mandar soltar o ex-presidente Lula.
Só a própria 8ª Turma, que em janeiro manteve a condenação de Lula e elevou a pena do petista a 12 anos de prisão, poderia rever a sentença.
"Assim, para evitar maior tumulto para a tramitação deste habeas corpus, até porque a decisão proferida em caráter de plantão poderia ser revista por mim, juiz natural para este processo, em qualquer momento, determino que a autoridade coatora e a Polícia Federal do Paraná se abstenham de praticar qualquer ato que modifique a decisão colegiada da 8ª Turma (a prisão de Lula)", escreveu Gebran.
O juiz federal Sérgio MoroDireito de imagemCGTN AMERICA
Image captionSérgio Moro está de férias até o dia 31 de julho, mas está no Brasil, segundo sua assessoria
Então, às 16h12, Favreto lançou uma terceira decisão com o objetivo de soltar o ex-presidente Lula. O plantonista afirmou que "não foi induzido em erro (pelos deputados petistas), mas sim deliberou sobre fatos novos relativos à execução da pena, entendendo por haver violação ao direito constitucional de liberdade de expressão e, consequente liberdade do paciente (Lula)".
O plantonista termina o despacho dando prazo de uma hora para que a Polícia Federal cumpra a ordem e liberte Lula - limite que foi quebrado pela corporação. O despacho foi publicado às 16h12 no sistema eletrônico, e a Polícia Federal confirmou ter tomado ciência dele às 17h52 - mas às 18h52 Lula ainda estava preso.

Thompson resolve o impasse

O imbróglio em torno da possível soltura de Lula só seria resolvido por volta das 19h de hoje, quando o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores, decidiu de forma monocrática (individual) manter Lula preso.
A decisão de Thompson Flores atendeu a um pedido feito às 16h27 pelo braço do Ministério Público Federal (MPF) junto ao TRF-4, contra o último despacho de Favreto.
Lula com aliados políticosDireito de imagemAFP
Image captionO PT insiste na narrativa de que Lula é candidato à presidência da República
Na decisão, Thompson Flores considerou que a competência para julgar o caso é de João Pedro Gebran Neto - e não do desembargador plantonista. E decidiu que a decisão válida, por enquanto, é a de Gebran, proferida às 14h, negando a liberdade para Lula.
Para Flores, não há "fato novo" no fato de Lula ser pré-candidato à Presidência da República - algo que já era sabido quando da condenação dele pelo TRF-4, em janeiro. E mais: quando há dúvidas sobre o que é tema para ser decidido ou não pelo desembargador plantonista, cabe à presidência do tribunal decidir, disse o magistrado. Além disso, argumenta Flores, a competência para julgar Lula é da 8ª Turma do tribunal, e não de Favreto.
Fonte:BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Lula solto, é a decisão do TRF da 4ª Região


O Tribunal Regional Federal da 4ª Região deferiu uma liminar para que o ex-presidente Lulaseja solto ainda na manhã deste domingo (8).
Segundo informações da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, o desembargador Rogério Favreto acatou habeas corpus apresentado na sexta (6) pelos deputados Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, do PT, pedindo que ele fosse libertado imediatamente pois não haveria fundamento jurídico para a prisão dele.
O plantão do TRF-4 confirma a informação. Ainda de acordo com a jornalista, os parlamentares estão agora na sede da Polícia Federal tentando fazer com que a ordem seja cumprida, teria informado o plantonista Luís Felipe Santo.
Foto Alvará :Mídia Ninja
Com informações de gauchazh.clicrbs.com.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 7 de julho de 2018

Depois da festa, o acaso ou o desmonte?

Resultado de imagem para multidão

A Copa movimenta. Há paralisações, mesas de bares repletas, concentrações etílicas. Sem dúvida, muitos esquecem que a vida passa e a barra pesa. Os políticos se aproveitam para fazer sua farra. Mas como anular o divertimento? Também, curto. É preciso cuidado e luz acesa. Não desligar a televisão e profetizar sofrimentos. Essa é minha escolha. as polêmicas são muitas. É inegável que os grandeseventos confundem e trazem enganos. As contradições evidenciam que as dores não se acabaram, que a lei da gravidade permanece. Não há sossego.
As multidões se mobilizam. Não é apenas no Brasil. O que muda é o tamanho da manipulação. Não comparemos. Há singularidades culturais.A tradição do futebol não é a mesma. Os peruanos ficaram tristes com a eliminação. E como reagiram os alemães? Se a seleção verde-amarela multiplicará aflições? As notícias se espalham pela mídia com sentidos diversos. Newmar é uma figura exaltada,  mas com frustrações evidentes. As manchetes são globais. Enchem espaços. Distraem. Carregam medidas inexatas e dissonâncias. Choros e risos se entrelaçam  em encontros esquisitos.Tudo se toca nesse  tempo das informações velozes.
Do outro lado, as pesquisas eleitorais assinalam apatias. Há energias estagnadas. Lula continua preso, Alckmim não se recupera, Marina parece um anjo do bem. Sente-se que falta grana para agitar os delírios daquelas propagandas fabulosas. Espera-se um tempo com mistura nada saudáveis. O Brasil se veste de autoritarismos históricos, mostra-se dono de uma pedagogia que mantém preconceitos. A acontecem entusiasmos que não se firmam. Todos tremem assustados com a incerteza. Tudo se balança, com se não houvesse o futuro. Quem aciona a memória? Os atores política jogam com estratégias pragmáticas.
As muitas desigualdades ferem quem se indigna com a exploração. Debate-se. Como torcer com a miséria assumindo ares de violência? Não é fácil. A sociedade está fragilizada, os projetos não se consolidam. Há golpes cotidianos. Em 1970, as discussões aconteciam, a tortura intimidava, Brasil ganhou a Copa, com um futebol maravilhoso. Estava lá. O governo não se omitiu, quis construir sua vitrine para se superar. Mais tarde, a rebeldia cresceu. A ditadura se quebrou. Hoje, os privilegiados fingem, transformam-se em cidadãos democratas. A história continua.  Quem se parte? O trapézio da história  é curvo e escorrega. A astúcia de Ulisses.
Por Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Copa:Prefeito de Bruxelas cria polêmica ao postar imagem de estátua belga famosa urinando em Neymar



Tuíte de Philippe CloseDireito de imagemREPRODUÇÃO TWITTER
Image captionPiada após jogo rendeu críticas a prefeito da capital belga

"Sem mais."
Para comemorar a vitória por 2 a 1 da Bélgica contra o Brasil na Copa do Mundo, o prefeito de Bruxelas, Philippe Close, resolveu publicar esta frase junto a uma montagem que mostra uma estátua urinando sobre uma foto de Neymar caído no chão e chorando.
A imagem controversa foi publicada no Twitter pelo prefeito na noite da vitória e já havia sido compartilhada mais de mil vezes até o fechamento desta reportagem.
A estátua que aparece na montagem fica em Geraardbergen, cidade belga de pouco mais de mil habitantes.
Mas a principal escultura a retratar um menino urinando no país está na capital, comandada por Close.

Reações

A publicação rendeu piadas, mas também gerou uma onda de critícas vindas de brasileiros e dos próprios belgas.
"Não havia outras maneiras melhores de comemorar do que compartilhar insultos ao oponente?! É uma vergonha para o prefeito da capital", escreveu um belga.
"Que maneira triste de festejar", disse outro, em francês.
A provocação do prefeito da capital também difere da cordialidade vista entre vitoriosos e derrotados após a partida desta sexta-feira em Kazan, na Rússia.
Nas ruas do centro histórico da cidade, brasileiros e belgas dividiram os mesmos restaurantes e bares e posaram juntos para fotos.
"Pelo menos o belga está me pagando cerveja para eu me sentir melhor", brincou um brasileiro enrolado na bandeira adversária já no início da madrugada.
A publicitária brasileira Mariana Alencar, que vive há cinco anos em Bruxelas, disse à reportagem que lamenta a derrota como torcedora da seleção, mas também entende a sua importância para os belgas.
"Claro que eu queria ganhar e vou sofrer no trabalho e com outros amigos na segunda-feira", afirmou a brasileira. "Estou brava, óbvio, mas entendo a importância disso para eles."
"A Bélgica não é um país unido, é dividido, e até o governo é superfragmentado por conta das diferenças linguísticas. Há um movimento separatista forte e a Seleção faz o país esquecer um pouco disso", avalia.

Estátua do Manneken Pis em BruxelasDireito de imagemREUTERS
Image captionEstátua foi vestida com uniforme da seleção belga no início da semana passada, antes de o país enfrentar o Brasil nas quartas-de-final

Ela explica: "É uma seleção diversa, com jogadores de Flanders (região do norte onde se fala holandês) e Wallonia (região do sul onde se fala francês), de Bruxelas (oficialmente bilíngue) e também filhos de imigrantes".
"Fora o separatismo, existe bastante racismo com muçulmanos e filhos de congoleses, como Lukaku, que já deu entrevistas sobre isso."
Foi o artilheiro belga quem deu o passe para De Bruyne marcar o segundo gol do país contra o Brasil, que reagiu no segundo tempo, mas não conseguiu reverter o placar.
"Nós já temos cinco estrelas, eles não têm nenhuma", conclui a brasileira que vive em Bruxelas.

Garotinho urinando

A célebre "Manneken Pis" - algo como "menininho urina" - tem pouco mais de 60 centímetros e há gerações é, junto ao chocolate e à cerveja, um dos maiores símbolos de Bruxelas.
Principal ponto turístico da cidade, a estátua foi colocada no centro histórico há mais de quatro séculos, mas, de tanto ser vandalizada e alvo de roubos e reproduções, foi substituída por uma réplica nos anos 1960.
Há reproduções dela inclusive no Brasil. Uma das mais conhecidas está no Rio de Janeiro, em frente à sede do clube Botafogo, no bairro homônimo.
Quando o time vence um campeonato, um dos primeiros gestos dos torcedores é vestir o menino com uma camisa alvinegra.
As explicações sobre o significado da escultura, no entanto, são conflitantes.
Para alguns, trata-se da representação de uma criança nobre urinando sobre inimigos da família. Mas a principal lenda local sugere que o pequeno conseguira apagar os pavis de uma pilha de explosivos que detonariam a cidade ao fazer o gesto imortalizado em bronze.
Séculos depois, na arena de Kazan, na Rússia, o time belga, que nunca ganhou uma Copa do Mundo, conseguiu apagar a faísca que movia a seleção brasileira, tida como uma das principais favoritas, em sua busca pelo hexacampeonato.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Prisão da Copa:'prisão Fifa' em porão de estádio que recebe bêbados, brigões e torcedores com identidades falsas

A 'prisão da Fifa' onde Molly ficou detida por tentar entrar em estádio com identidade de amigaDireito de imagemMOLLY ZUCKERMAN
"Nunca, nunca mexa com a Fifa." É essa a lição que a americana Molly Zuckerman, de 24 anos, aprendeu na primeira semana da Copa do Mundo da Rússia, depois de ser levada a um dos espaços mais surreais que diz ter conhecido na vida.
No porão do estádio de São Petersburgo, sob os pés de uma horda de torcedores que lotavam a arquibancada e vibravam na partida entre Rússia e Egito, Molly e outras seis pessoas foram mantidas em cárcere por cinco horas, acompanhadas pelo olhar atento de dezenas de seguranças contratados pela Fifa.
O jogo começou às 21h do horário local, terminou com uma vitória por 3 a 1 para os donos da casa por volta das 23h, e Molly e seus companheiros desconhecidos continuaram presos no subsolo.
A passagem pela surpreendente "prisão da Fifa", como ela descreve, ocorreu após a americana ser flagrada tentando entrar no estádio com a identidade de uma amiga.
Grávida e sem disposição para ir à partida, a dona do ingresso ofereceu o bilhete a Zuckerman. Amigos sugeriram que ela usasse a Fan ID (identificação oficial emitida pela Fifa para o torneio) da amiga.
"Fui a vários jogos. Eles só olham a Fan ID e o ingresso. Você passa o ingresso pelo leitor digital e entra. Simples assim", disse um colega.
Zuckerman se lembrou do final da adolescência, quando entrava em festas que serviam bebidas alcoólicas com documentos falsos. "O pior que pode acontecer é me mandarem de volta para casa", supôs.
Mas a Fifa é bem diferente das matinês da cidade natal de Zuckerman na Califórnia.

Celas gradeadas

À BBC News Brasil, a Fifa confirmou a existência de áreas de detenção e celas nas arenas.
"Como parte dos arranjos gerais de segurança e padrões que se aplicam na Rússia para grandes áreas como arenas esportivas, a maioria dos estádios de futebol em nosso país é equipada com salas de detenção temporárias", disse, em nota, o Comitê Local de Organização dos Jogos.
"Estes (locais) são previstos para a possível detenção de pessoas ou torcedores indisciplinados. Pelo que sabemos, esta é também uma prática normal em muitos países ao redor do mundo", afirma o comitê, por meio de sua assessoria de imprensa.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Garotos são encontrados com vida após 9 dias presos em caverna na Tailândia

Meninos tailandeses desaparecidos posam para fotoDireito de imagemFACEBOOK/EKATOL
Image captionGrupo entrou em uma enorme rede de cavernas há uma semana
Todos os 12 garotos e seu técnico de futebol que estavam perdidos havia nove dias em uma caverna na Tailândia foram encontrados com vida nesta segunda-feira, segundo o governo local.
Segundo as autoridades tailandesas, os meninos foram encontrados por forças especiais da Marinha local, e já estão em segurança.
Os 12 garotos de um time de futebol e seu técnico de 25 anos chegaram no início da tarde do último dia 24 à entrada da caverna Tham Luan Nang, na Tailândia. Eles prenderam suas bicicletas ao gradil, pegaram suas mochilas e entraram no local para aparentemente explorar as profundezas de uma montanha no norte do país - e não foram mais vistos desde então.
O lugar na Província de Chiang Rai é a quarta caverna mais longa da Tailândia e bastante popular por turistas e com quem vive ali por suas impressionantes formações rochosas de pedra calcária.
Primeiro, elas se abrem e formam um ambiente amplo e de teto alto, parecido com o de um grande anfiteatro, e depois dão em passagens estreitas que levam a uma rede de cavernas menores nas quais os locais dizem não ser seguro se aventurar, especialmente durante a temporada de chuvas, que normalmente começa em julho.
Algumas horas depois do grupo entrar, um guarda notou que as bicicletas ainda estavam por ali, mesmo depois do horário de fechamento do parque onde fica Tham Luan Nang.
Equipes de resgate na TailândiaDireito de imagemAFP
Image captionBombas foram usadas para drenar a água da caverna, mas chuva dificultou o trabalho
Deu-se então o início de uma angustiante busca pelos meninos, que têm idades entre 11 e 16 anos, e seu treinador. A grande mobilização de esforços comoveu o mundo em torno de uma corrente de apoio e esperança de que o grupo fosse encontrado.

Time correu risco com inundações da caverna

Enquanto estiveram dentro da caverna, o principal risco para os meninos tailandeses foram as chuvas: uma precipitação maior pode fazer o interior da caverna ser inundado em até cinco metros, por isso recomenda-se que ela seja explorada apenas entre novembro e abril, como informou um guia local à BBC.
Começou a chover não muito tempo depois que o time e seu técnico entraram, o que também dificultou o trabalho dos mergulhadores que participaram das buscas.
Logo depois da entrada do time, a chuva tornou impossível passar pela entrada principal da caverna - acredita-se que isso tenha impedido o grupo de voltar.
Equipes de resgate tentaram usar bombas industriais para drenar a água, mas o nível sobe mais rápido do que o volume que é possível retirar.
Equipes de resgate na Tailândia
Image captionA equipe de busca montou sua base no estacionamento em frente à entrada da caverna

Pegadas de esperança

Na terça-feira, foram vistas pegadas recentes dentro do complexo de cavernas, alimentando esperanças de que os desaparecidos estivessem em segurança.
Mensagens enviadas pelos garotos antes de começar a exploração indicavam que eles tinham levado lanternas e comida, mas é improvável que estivessem preparados para passar mais do que algumas poucas horas ali dentro.
No local de resgate, passados os primeiros dias, como voluntários e equipes não haviam até então conseguido encontrar uma outra entrada para a caverna, as autoridades elaboraram um plano: perfurar a pedra para criar uma passagem alternativa para o interior da montanha.
Mas a dificuldade para achar um local adequado para posicionar o maquinário pesado em meio à mata na encosta repleta de lama da montanha, e, ao mesmo tempo, garantir que as rochas ao redor não desmoronariam tornaram essa ideia impraticável.
Na última sexta-feira, foi identificada uma pequena abertura nas montanhas sobre a caverna. Especialistas britânicos entraram por meio dela e conseguiram chegar a uma profundidade de 20 metros. Policiais também a usaram para atingir uma grande câmara que ainda estava seca.

Caso mobilizou o país

A Tailândia parou para acompanhar as buscas pelos meninos. Uma hashtag que pode ser traduzida como "os estranhos que queremos conhecer mais" foi usada para transmitir a preocupação com o grupo.
Militares em resgate na TailândiaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionMilitares também foram chamados para auxiliar nos esforços de busca
Outras hashtags que se traduzem em frases como "13 vidas devem sobreviver" e "tragam para casa os jogadores Moo Pa" também foram usadas.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro Prayut Chan-o visitou a base de resgate, no estacionamento da entrada da caverna, onde estão 840 soldados, 90 integrantes de forças especiais, quatro helicópteros, escavadores e equipamentos para situações de desastre. Familiares dos desaparecidos também estão acampados do lado de fora da caverna.
Fonte:BBC

Professor Edgar Bom Jardim - PE