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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Analfabetismo': por que tantos alunos terminam ensino fundamental sem ler ou fazer contas


EstudantesDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionInabilidade em compreender textos básicos afeta a obtenção de outras capacidades básicas
A conclusão do ensino fundamental é uma etapa essencial da vida estudantil, mas para grande parte dos alunos latinos-americanos ela é concluída sem que sejam aprendidas habilidades mínimas.
Segundo um informe recente do Instituto de Estatísticas da Unesco, braço da ONU para a educação, grande parte dos jovens da América Latina e do Caribe não alcançam os níveis exigidos de proficiência em capacidade leitora ao concluírem o que no Brasil equivale à segunda etapa do ensino fundamental, em geral, aos 14 anos.
O estudo diz que, em média, 36% das crianças latino-americanas no ensino fundamental não estão atingindo as habilidades mínimas de leitura. Em matemática, esse índice sobe para 52%.
Em números absolutos, 19 milhões de adolescentes do continente concluem o fundamental "sem conseguir níveis mínimos" de compreensão nessas áreas.
Especificamente no Brasil, dados compilados pela plataforma QEdu com base no Prova Brasil 2015 dão a dimensão do problema nessa etapa do ensino: apenas 30% dos alunos da rede pública saem do 9º ano com aprendizado adequado em leitura e interpretação.
Em matemática, apenas 14% dos alunos do 9º ano aprenderam o adequado em resolução de problemas.

'Novo analfabetismo'

Silvia Montoya, diretora do Instituto de Estatísticas da Unesco, considera "dramática" a ausência de compreensão de leitura em tantos estudantes do continente.
"O fato de haver crianças sem competências básicas, no que se refere a ler parágrafos simples e extrair informações deles, é o que eu consideraria uma nova definição de analfabetismo", diz ela à BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC.
"No mundo de hoje, ter um nível mínimo de alfabetização já não é (apenas) saber ler o próprio nome e escrever algum fato da vida cotidiana. Carecer de compreensão leitora é uma espécie de incapacidade de se inserir na sociedade, poder votar e entender as propostas dos candidatos, entender seus próprios direitos e deveres como cidadão. Afeta todas as dimensões."
Crianças estudando em computadoresDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionAusência de infraestrutura adequada é um dos problemas observados pela especialista da Unesco
E, prossegue Montoya, a leitura é uma habilidade básica, sobre a qual se constroem as demais capacidades estudantis.
"Sem essa competência, estamos gerando crianças e adolescentes que vão (vivenciar) diretamente muitas frustrações pessoais e de integração social e profissional. Sem entender textos, é muito difícil avançar em qualquer área."
A situação se agrava quando se leva em consideração o grau de exigências do mundo atual, em que a informação disponível é complexa e tem diferentes graus de qualidade e confiabilidade - o que exige leitores com senso crítico e habilidade de interpretação.

Uma escola que não funciona

E se antes o desafio da América Latina era o da inclusão dos alunos ao sistema de ensino, hoje a questão é mais qualitativa do que quantitativa.
O relatório da Unesco afirma que "o desperdício de potencial humano evidenciado pelos dados confirma que levar as crianças à sala de aula é apenas metade da batalha. Agora, temos de garantir que todas as crianças naquela sala de aula estejam aprendendo as habilidades básicas de que precisam em leitura e matemática, no mínimo".
"Agora, a realidade é que as crianças estão dentro do sistema educativo, mas há uma inabilidade da escola em dotá-los do nível de aprendizado razoável e mínimo para as circunstâncias que demanda o mundo hoje e no futuro", afirma Montoya.
E isso é resultado de uma série de problemas, como formação deficiente que não prepara os docentes para lidar com os desafios de sala de aula, problemas de infraestrutura, numerosas perdas de dias letivos por conta de greves e outras questões - além, também, da própria situação socioeconômica dos estudantes, que "podem vir de lares de baixa renda e contar com menor apoio familiar".
"Há uma combinação de fatores que podem variar em cada lugar, mas evidentemente há uma ausência de políticas específicas para enfrentar o problema", afirma Montoya.
Ela agrega que é preciso analisar os currículos, a formação de docentes - para garantir que sejam capazes de ensinar crianças vindas de contextos sociais difíceis -, contar com um ambiente e uma infraestrutura adequados e ter uma rede de políticas sociais de apoio.
No Brasil, uma nova base nacional curricular, documento do Ministério da Educação que vai definir diretrizes de ensino, está atualmente em fase de consulta pública.
Meninas na escolaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionAmérica Latina avançou na inclusão de alunos, mas agora precisa de avanços qualitativos no ensino
"Não há como resolver (o problema da educação) sem uma visão integral do sistema educacional", opina Montoya.
O problema não se restringe à América Latina - é um drama global.
O relatório da Unesco calcula que, no mundo, haja 617 milhões de crianças e adolescentes - o equivalente a três vezes a população total do Brasil - incapazes de entender minimamente um texto ou resolver problemas matemáticos básicos, o que seria esperado em sua idade escolar.
Na África Subsaariana, 88% dos alunos concluem os estudos equivalentes ao fundamental com problemas de compreensão em leitura. Para efeitos comparativos, esse índice cai para 14% na América do Norte e na Europa. Ángel Bermúdez
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 8 de outubro de 2017

Mostra Pedagógica do EJA em Umari




"A teoria com a prática tem-se a ação transformadora da realidade. E no intuito de mostrar alternativas para viver de forma mais saudável e ajudando o planeta, a turma Eja Campo Médio Umari apresentou nesse domingo na feira livre da comunidade uma amostra pedagógica com todos os materiais produzidos pela turma. Obrigada a todos, que visitaram a nossa exposição. É muito gratificante vê a comunidade apreciando os trabalhos dos nossos educandos", disse a idealizadora da  mostra. 

 A professora Lígia Souza, agradeceu e parabenizou todos os alunos que deram um show nas apresentações. Também registrou o apoio da equipe do PSF e Escola Dr. Moacyr Breno Souto Maior, por meio da Secretaria de Educação.




Com informações e fotos da Professora Lígia Souza
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 30 de setembro de 2017

Como a Finlândia, país referência em educação, está mudando a arquitetura de suas escolas

Escola de plano aberto na Finlândia
Image captionNas novas escolas finlandesas, as paredes são substituídas por divisões transparentes e o plano aberto ganha protagonismo | Foto: Kuvatoimisto Kuvio Oy
Faz anos que a Finlândia se tornou referência mundial em educação, mesclando jornadas escolares mais curtas, poucas tarefas e exames e também adiando o início da alfabetização até que as crianças tenham sete anos de idade.
E, mesmo com um dos melhores resultados globais no PISA (avaliação internacional de educação), o país continua buscando inovações - inclusive na estrutura física das escolas.
Uma das apostas é o chamado ensino baseado em projetos, em que a divisão tradicional de matérias é substituída por temas multidisciplinares em que os alunos são protagonistas do processo de aprendizado.
Parte das reformas é imposta pela necessidade de se adaptar à era digital, em que as crianças já não dependem apenas dos livros para aprender. E tampouco os alunos dependem das salas de aula - pelo menos não das salas de aula atuais.

Adeus às paredes

Por isso as escolas finlandesas estão passando por uma grande reforma física, com base nos princípios do "open plan", ou plano aberto. A busca é, essencialmente, por mais flexibilidade.
As tradicionais salas fechadas estão se transformando em espaços multimodais, que se comunicam entre si por paredes transparentes e divisórias móveis.
O mobiliário inclui sofás, pufes e bolas de pilates, bem diferentes da estrutura de carteiras escolares que conhecemos hoje.
"Não há uma divisão ou distinção clara entre os corredores e as salas de aula", diz à BBC Mundo (serviço em espanhol da BBC) Reino Tapaninen, chefe dos arquitetos da Agência Nacional de Educação da Finlândia.
Interior da escola Kastelli
Image captionDistinção entre salas de aula e corredores deixam de existir | Foto: Kuvatoimisto Kuvio Oy
Desse modo, explica ele, professores e alunos podem escolher o local que considerarem mais adequado para um determinado projeto, dependendo, por exemplo, se ele for individual ou para ser executado em grupos grandes.
Mas não se trata de espaços totalmente abertos, mas sim de áreas de estudo "flexíveis e modificáveis", agrega Raila Oksanen, consultora da empresa finlandesa FCG, envolvida nas mudanças.
"As crianças têm diferentes formas de aprender", diz ela, e por conta disso os espaços versáteis "possibilitam a formação de diferentes equipes, com base na forma como eles prefiram trabalhar e passar seu tempo de estudo".

Diferentes ambientes

O conceito de plano aberto deve ser entendido de forma ampla - não só sob perspectiva arquitetônica, mas também pedagógica.
Segundo a consultora, isso significa que não se trata apenas de um espaço aberto no sentido físico, e sim de um "estado mental".
Alunos em escola de plano aberto na Finlândia
Image captionMobiliário passa a incluir sofás e pufes em vez de tradicionais carteiras | Foto: Kuvatoimisto Kuvio Oy
Tradicionalmente, as salas de aula "foram projetadas para satisfazer as necessidades dos professores", afirma Oksanen.
"A abertura (física) almeja que a escola responda às necessidades individuais dos alunos, permitindo a eles que assumam a responsabilidade por seu aprendizado e aumentem sua autorregulamentação", diz ela. "Os próprios alunos estabelecem metas, resolvem problemas e completam seu aprendizado com base em objetivos."
Vale destacar que a ideia do plano aberto não é totalmente nova.
Na própria Finlândia, as primeiras escolas com esse modelo foram idealizadas nos anos 1960 e 70, como grandes salões separados por paredes finas e por cortinas, explica Tapaninen, da Agência Nacional de Educação da Finlândia.
Escola de plano aberto na Finlândia
Image captionConceito de "plano aberto" não se refere apenas ao ambiente físico, mas a um conceito pedagógico, dizem especialistas | Foto: Kuvatoimisto Kuvio Oy
Mas na aquela época a cultura de aprendizado e os métodos de trabalho não estavam adaptados a esse tipo de ambiente. Além disso, havia reclamações quanto ao barulho e à acústica. Por tudo isso, nos anos 1980 e 90 o pais retomou o modelo de salas de aula fechadas.
Agora, um dos objetivos da reforma do sistema educacional finlandês é desenvolver novos ambientes de aprendizado e métodos de trabalho.
A ideia é que espaços físicos inspirem o aprendizado, mas não é preciso limitar-se à escola ou mesmo a um lugar físico.
"(As aulas) devem usar outros espaços, como a natureza, museus ou empresas", explica Tapaninen.
"Videogames e outros ambientes virtuais também são reconhecidos como ambientes de aprendizagem. A tecnologia tem um papel crescente e significativo nas rotinas escolares, permitindo aos alunos envolver-se com mais facilidade no desenvolvimento e na seleção de seus próprios ambientes."
Alunos em escola de plano aberto na Finlândia
Image captionPlano aberto visa, por exemplo, incentivar a autonomia dos alunos | Foto: Kuvatoimisto Kuvio Oy

Sem sapatos

A escolha pelo modelo trouxe desafios: o barulho e a luz intensificados pelo plano aberto, por exemplo, precisam ser levados em conta na criação de um bom ambiente de aprendizado.
"O uso de carpete no chão eliminou o ruído causado pelos móveis e pelo caminhar das pessoas", explica o arquiteto.
E as escolas se converteram em espaços "sem sapatos": os alunos ficam descalços ao entrar ou usam calçados leves.
Escolas mais abertas podem ser também mais vulneráveis, o que desperta preocupações com segurança.
"Já tivemos na Finlândia casos de invasores que atacaram escolas, matando estudantes e professores", explica Tapaninen.
Ele se refere, por exemplo, ao caso de um estudante de 18 anos que dez anos atrás disparou contra seus colegas em uma escola em Tuusula, deixando oito mortos.
Por conta disso, cada escola finlandesa é obrigada a ter um plano de segurança com base na análise de riscos, criar rotas de fuga em cada espaço e fazer simulações de ataques para preparar os alunos.
Fachada da escola Kastelli, projetada pelo escritório de arquitetura Lahdelma & Mahlamäki
Image captionFachada da escola Kastelli; segundo arquiteto, centros de ensino têm autonomia para escolher modelos que considerem mais apropriados | Foto: Kuvatoimisto Kuvio Oy
Mas, segundo Tapaninen, a abertura das escolas "ajuda a orientação a rotas de fuga, mais do que em salas de aula fechadas e em corredores".
A Finlândia tem 4,8 mil centros de ensino básico e superior. Anualmente, o país está reformando ou construindo entre 40 e 50 espaços, explica o arquiteto. E a maior parte deles segue o conceito de plano aberto.
"As escolas e seus usuários podem escolher livremente seu próprio conceito de ambiente de aprendizado, dependendo da visão local, do plano de estudos, da cultura de trabalho e de seus métodos", diz ele. "Aparentemente, a tendência de abertura nos ambientes educativos está se tornando a favorita (das escolas)."
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

STF decide pela confessionalidade do ensino religioso nas escolas públicas


STF decidiu pela não confessionalidade do ensino religioso
O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou improcedente nesta quarta 27 a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4439, proposta pela Procuradoria-Geral da República, que previa assegurar caráter não confessional ao ensino religioso nas escolas públicas.

A votação foi encerrada com o placar de seis votos contra a ADI e favoráveis à confessionalidade, proferidos pelos ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowsky e Carmem Lúcia.
Votaram pela não confessionalidade os ministros Luis Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello.
A ministra e presidente do STF, Carmem Lúcia, deu voto de minerva na sessão, que chegou a ficar empatada em cinco votos. Ao justificar sua escolha, Carmem alegou que não vê maneira do ensino confessional se opor à laicidade do Estado, visto que, na Constituição está previsto que o ensino religioso seja ofertado de maneira facultativa.
Com a medida, as redes escolares ganham o aval para ministrar aulas de determinadas crenças, além de considerar a presença de professores credenciados por autoridades religiosas. No Estado do Rio de Janeiro, o ensino religioso confessional é garantido pela Lei nº 3459, de 14 de setembro de 2000, assinada pelo então governador Anthony Garotinho.
Os Estados e municípios também continuam livres para decidir se devem remunerar os professores de religião ou fazer parcerias com instituições religiosas, para que o trabalho seja voluntário e sem custo para os cofres públicos.
Atualmente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional prevê que as escolas ofereçam obrigatoriamente o ensino religioso para crianças. No entanto, a disciplina é facultativa, e os alunos só participam se eles (ou seus responsáveis) manifestarem interesse.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Paulo Câmara apresenta arma poderosa contra violência em Pernambuco


"Pernambuco foi o grande vencedor na categoria Boas Práticas do Ranking de Competitividade dos Estados 2017, ocorrido hoje em São Paulo. Fomos vencedores com o Pacto Pela Educação, nossa política estadual de melhoria da qualidade do ensino na rede pública por meio do acompanhamento dos seus resultados e indicadores. 

O prêmio é mais uma demonstração de que estamos no caminho certo. Ele se soma ao primeiro lugar no Ideb nacional, que conquistamos recentemente, à taxa de menor evasão escolar, à maior rede de escolas integrais do país (hoje mais da metade dos nossos alunos estudam o dia inteiro), à nossa rede de escolas técnicas, ao programa Ganhe o Mundo e a tantas outras iniciativas que temos feito. Tudo isso fruto de muito investimento e muita dedicação.

Quero parabenizar todos que compõem a rede estadual de ensino - técnicos, professores e alunos. Esse prêmio é principalmente de vocês, diz Paulo Câmara".

Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Federal entre as melhores


A Universidade Federal de Pernambuco melhorou sua posição no Ranking Universitário Folha (RUF) 2017. A UFPE foi eleita a 11ª instituição de ensino superior do país com a nota 90,65. A pesquisa avaliou 195 instituições. No ano passado, a nota foi 90,07, e a universidade ficou em 12ª lugar.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Produtos da agricultura familiar são avaliados para merenda escolar de João Alfredo


Em atendimento ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), a Prefeitura Municipal de João Alfredo (PMJA), através da Secretaria Municipal de Educação, recebeu nessa quinta-feira (14) agricultores familiares inscritos na chamada pública 001/2017. O objeto da chamada é adquirir gêneros alimentícios da Agricultura Familiar e do Empreendedor Familiar Rural para atendimento à merenda escolar da rede municipal de ensino. Na sede da PMJA aconteceu a sessão de amostras para avaliação e seleção dos produtos que serão submetidos aos testes de qualidade. A etapa acontece depois da fase de habilitação coordenada pela nutricionista da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes. De acordo com a chamada pública, o período de fornecimento é de 12 meses e o valor estimado (para 12 meses) é de R$ 1.236.172. Serão atendidos 5.025 alunos. Todo o valor destinado ao PNAE circulará na economia local e regional.
Fonte:Blog do Agreste
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Ser professor não é “bico”

Créditos: Fernando Frazão / Agência Brasil
Um anúncio publicitário da “Universidade Anhanguera” veiculado em agosto teve o dom de expor para toda a população alguns aspectos estruturantes do processo golpista que estamos vivendo no Brasil e que sustenta Michel Temer na Presidência da República: a quebra dos direitos trabalhistas conquistados ao longo de décadas, o desmonte da educação brasileira, direcionando-a para o caminho da privatização e a desvalorização ainda maior do magistério.

No anúncio, o apresentador da Rede Globo, Luciano Huck, incentiva as pessoas a frequentarem cursos de pedagogia para complementarem sua renda. Assim, não apenas transforma a docência em um “bico”, como deixa muito claro o lugar da educação no país, que está sendo formatado pelos que agora ocupam o poder em Brasília, associados aos comunicadores de massa engajados politicamente neste projeto de destruição.
Em tempos de “Uber da educação”, terceirização ilimitada, extinção da Consolidação das Leis do Trabalho (passando a valer simplesmente a vontade dos patrões por meio de “negociações” diretas com seus funcionários), reforma do Ensino Médio, “notório saber”, Escola Sem Partido e tantos outros ataques à classe trabalhadora e ao direito à educação de qualidade, o tal anúncio parece sintetizar tudo isso em uma advertência: os tempos mudaram definitivamente.
Com a forte repercussão negativa, a Universidade Anhanguera retirou o anúncio do ar e “pediu desculpas”. É bem possível que isso tudo já estivesse, inclusive, previsto no “script”. O que importa é que o recado foi dado. Nós, professores, estamos por nossa conta. A educação pública é um detalhe para os atuais donos do poder. Condições de trabalho, valorização profissional, respeito, carreira, nada disso está nos planos dos que hoje mandam no nosso país.
Em São Paulo já vivemos um pouco dessa realidade desde que o PSDB assumiu o poder em 1995. A situação dos professores temporários (a chamada “categoria O”) é o exemplo mais evidente. Trabalham em regime de semi-escravidão, com baixos salários, jornada incerta, direitos escassos e, ainda, são obrigados a permanecer 180 dias fora da rede estadual de ensino ao final de seus contratos. Mas os professores efetivos, os estáveis, os demais cargos da carreira do magistério, como diretores e supervisores, também estão sendo desrespeitados e desvalorizados por um governador que nos mantém há três anos sem reajuste salarial.
Nós, professores e professoras, constituímos a mais importante profissão e a sociedade nos reconhece e nos valoriza, sobretudo a esmagadora maioria das famílias de nossos estudantes nas escolas públicas. Entretanto, não temos o devido reconhecimento por parte da maioria dos governantes, que veem a educação e os professores apenas como despesa e não como o mais importante investimento que pode ser feito no futuro de uma nação.
Luciano Huck, na malfadada propaganda, verbalizou um tenebroso projeto para a educação. Vamos permitir?
Maria Izabel Azevedo Noronha – Bebel
Presidenta da APEOESP
Carta Capital
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

TV JUSTIÇA – AO VIVO FUNDEF. Assista aqui em LEIA MAIS


https://professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com.br/2017/09/tv-justica-ao-vivo-fundef.html
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Veja fotos do desfile 7 de Setembro em Bom Jardim






























Professor Edgar Bom Jardim - PE