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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

A política vacila: armas, palavras, desenganos


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Voltou-se a falar na morte das ideologias. Muitos desconhecem o conceito, mas se tornou um charme traçar seus males e destroçar seus possíveis significados. Um percurso globalizado e ativo que não se restringe aos fatos brasileiros. Bolsonaro assume com ruídos que alimentam delírios de Frota e fogo nas relações internacionais. Isso era esperado. Sai do exército para entrar na história. Entusiasmou-se Não esqueça de suas peripécias  e desfazeres anteriores. Ganhou idolatrias e está emocionado. Ele faz parte de algum movimento secreto ou é o combate às ideologias consagradas pelas esquerdas? Não está só. Seus fãs acreditam em mudanças milagrosas. Sorriem e debocham. Seus inimigos se irritam, desacreditam, salientam as tolices.As dúvidas circulam com desmontes e petulâncias.
Há várias maneiras de se definir ideologia. A multiplicidade não está exilada. Uns afirmam que apenas a burguesia possui um discurso ideológico, pois ela omite as desgraças que traz com o capitalismo. Quer saber mais? Dê uma lida nos escritos de Marx ou mesmo em muitos artigos de Marilena Chauí. Gramsci, porém, entende a ideologia como uma concepção de mundo. Todos convivem com valores, tradições, projetos. Não há cabeça que não tenha imaginação. É claro que existem sofisticações, controvérsias acadêmicas, discussões raivosas. Uma sociedade sem especulações, desejos, raivas talvez nunca apareça.
O marxismo tem sofrido derrotas. Consegue ultrapassá-las ou  perde adeptos? Quem só ler manuais fica fora das animações mais recentes. Há quem não conheça Eagleton ou quem fique parado nas afirmações stalinistas. E os que deixaram as reflexões socialistas e estão amando o liberalismo? Observe ao seu redor. Veja quem se reserva a não mostrar o que pensa e elogia a neutralidade. Muitos se arrependeram e  prometem se livrar de todos os pecados políticos. Nunca tantos ressentimentos surgiram ou frustrações se fizeram presentes. As vaidades desfilam com as vestes da humildade. Uma olhada nas redes sociais nos traz vitrines coloridas. As culpas sempre ocupam lugares e um atiçamento nostálgico de perdas que se propunham a libertar o mundo.
Retomo as possibilidades de sonhar. Lembro-me da solidariedade, Quando ela poderá abrir espaços? O difícil é dividir. O mundo se transformará com a lógica capitalista? Com a concentração de riqueza e de poder a violência não se vai. As manipulações continuam sendo vendidas. Somos animais sociais, no entanto o afeto não é permanente. Derrubamos os outros, produzimos bombas, cultivamos ódios e preconceitos. As utopias existem, balançam futuros.  Estranhezas pintam quadros de terror ou de salvações? E as contradições dentro das histórias dos vencidos?  Quem foi que mais atacou o anarquismo no século passado? Por que as religiões se seguram na política? Será que viveremos sem crenças? Já ouviu os conselhos dos consultores que profetizam sobre seu futuro?
Por Paulo Rezende/ A astúcia de Ulisses

Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Mais uma:Brasil se retira do Pacto Global da ONU sobre Migração

O presidente Bolsonaro e seu chanceler Ernesto Araújo: 'no que depender de mim enquanto chefe de Estado, (os imigrantes) não entrarão' - 14/11/2018 (Globonews/Reprodução)
O governo de Jair Bolsonaro comunicou nesta terça-feira, 8, à Organização das Nações Unidas a retirada do Brasil do Pacto Global sobre Migração, assinado por 160 países em dezembro passado em Marrakesh, no Marrocos. A medida já havia sido anunciada pelo próprio Bolsonaro e pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que consideram que o acordo representa perda de soberania brasileira para tratar do tema.
Com a decisão, o governo brasileiro escolheu o mesmo caminho dos Estados Unidos, que nem chegou a negociar o pacto, e de Itália, Austrália, Israel e vários países da Europa Central, que se retiraram das negociações antes da conclusão final. Em seu discurso de despedida do Itamaraty, o ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira, ainda fez um apelo a seu sucessor para que mantivesse o Brasil no acordo, alegando não haver subtração de soberania.
O pacto tem o objetivo de reforçar a cooperação internacional sobre uma “migração segura, ordenada e regular” e foi ratificado em 19 de dezembro pela Assembleia-Geral da ONU. Seus termos não incluem nenhum tipo de punição a países que, eventualmente, não cumpram suas regras nem impunha a responsabilidade a seus membros de receber um número de imigrantes e refugiados.
Mas o pacto foi percebido de maneira distinta pelo presidente Bolsonaro e seu chanceler. Em letras amarelas sobre um fundo verde, Araújo afirmou ser o pacto “inadequado para lidar com o problema”. “A imigração não deve ser tratada como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de cada país”, afirmou o ministro das Relações Exteriores pelo Twitter. O presidente do Brasil foi além em transmissão pelo Facebook, em dezembro. “Não somos contra os imigrantes. Mas, para entrar no Brasil, tem de ter um critério bastante rigoroso. Caso contrário, no que depender de mim enquanto chefe de Estado, não entrarão.”
No mesmo dia da assinatura do acordo, 10 de dezembro, a ONU comentou a intenção brasileira de retirar-se em 2019. “É sempre lamentável quando um Estado se dissocia de um processo multilateral, em especial um (país) tão respeitável de especificidades nacionais”, declarou Joel Millman, porta-voz da Organização Internacional de Migrações.
Segundo Millman, apesar da saída de alguns países, 164 governos assinaram o documento. “Esse é um quadro para cooperação”, alertou. 
Para entidades dedicadas ao tema, a decisão do Brasil de se afastar do mecanismo terá um impacto sobre emigrantes nacionais espalhados pelo mundo. “Hoje há muito mais brasileiros vivendo no exterior do que migrantes aqui no Brasil”, alertou Camila Asano, coordenadora de programas da organização não governamental Conectas. 
“São compatriotas que muitas vezes passam por dificuldades, seja na Europa, EUA, Japão ou outras partes do mundo. O Pacto Global de Migração consolida e reforça direitos das pessoas, inclusive os mais de 3 milhões de brasileiros vivendo fora, de não serem discriminadas por serem migrantes”, completou Camila Asano.
Paal Nesse, do Conselho Norueguês de Refugiados, também lamentou a decisão de vários governos de deixar o esforço e indicou que não existem indicações de que o Pacto mine a soberania de um país. “O Pacto prevê um espaço suficiente para que cada governo possa ter sua política”, indicou o representante de uma das maiores entidades que lidam com refugiados e migrantes. “Não há nada que indique a soberania seria abandonada ou perdida”, insistiu. 
Para ele, a decisão de governos de se distanciar do Pacto “enfraquece o momento político e mina os esforços internacionais para ter a migração organizada de forma mais ordenada”. Como exemplo, ele citou os termos do Pacto que incentivam a cooperação regional. “Vimos na América do Sul, com a crise na Venezuela, como tal medida é necessária”, indicou. 
Ele ainda lembra que, no caso brasileiro, o interesse em fazer parte do Pacto seria a defesa dos interesses de seus próprios migrantes, espalhados pelo mundo. “O Brasil é um exemplo de um país que recebe migrantes. Mas que é também fonte de emigração”, comentou. “Cada governo quer que o seu cidadão seja tratado sem discriminação no exterior e isso exige cooperação”, completou.
(Veja Com Estadão Conteúdo)
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Paulo Câmara reúne bancada federal


Governador Paulo Câmara (PSB) vai reunir bancada federal para discutir desenvolvimento social,  econômico, recursos hídricos e conclusão das obras da Transposição do São Francisco e Transnordestina entre outras pautas do interesse de Pernambuco
Governador Paulo Câmara (PSB) vai reunir bancada federal para discutir desenvolvimento social, econômico, recursos hídricos e conclusão das obras da Transposição do São Francisco e Transnordestina entre outras pautas do interesse de Pernambuco
Após solicitar audiência com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), o governador Paulo Câmara (PSB) se reúne nesta quarta-feira (09), no Palácio do Campo das Princesas, com a bancada de deputados federais pernambucanos. Na próxima semana, o socialista se encontra com os três senadores.

Na pauta, temas para o desenvolvimento social, econômico e hídrico de Pernambuco, como a conclusão de obras da Transposição do Rio São Francisco e da Transnordestina, e sobre a situação da Chesf, emendas parlamentares e, claro, eleição do Congresso Nacional.

Nos bastidores, comenta-se que os governadores nordestinos estariam fechados com o senador Renan Calheiros (MDB) na disputa pelo Senado. Na Câmara, a eleição do deputado federal Rodrigo Maia (DEM) é dada como certa.
Com informações de Folha de Pernambuco

Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Morre D. Alaíde de Seu Vino



Faleceu na manhã desta segunda, 07 de Janeiro 2019, a Senhora Alaíde Barbosa, 82 anos de idade, casada, mãe, negra, agricultora, costureira, mulher de  fé, alegria e muita beleza humana. Uma mulher  que dignifica a família bonjardinense, pernambucana, uma grande brasileira.  O corpo de D. Alaíde de Seu Vino  está sendo velado em sua residência na Rua  José Bezerra, centro de Bom Jardim - PE. O sepultamento será nesta terça, dia 08/01/2019, às 14 horas, no Cemitério da cidade. A família enlutada agradece a solidariedade e comparecimento de todos.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Morre artesão filho do Mestre Vitalino


Severino Vitalino. Foto: Divulgação
Severino Vitalino. Foto: Divulgação
Faleceu nesta segunda-feira (7), em Caruaru, o artesão Severino Vitalino, 78 anos, filho do Mestre Vitalino. Ele estava internado no Hospital Mestre Vitalino (HMV), mesma cidade, após sofrer um infarto em outubro do ano passado. Nesta manhã, ele apresentou uma parada cardiorrespiratória (PCR). Foram feitos os procedimentos de reanimação, mas o paciente não teve reversão do quadro, vindo a óbito por volta das 06h05.
O paciente Severino Pereira dos Santos deu entrada no dia 28 de outubro de 2018 no HMV por infarto agudo do miocárdio e foi submetido a cirurgia de revascularização do miocárdio no dia 08 de novembro. Oscilando entre melhoras significativas e complicações no período de internação.  
De acordo com as informações da família, o velório será realizado esta tarde na casa em que Severino residia na Rua Mestre Vitalino, 281, Alto do Moura. O sepultamento acontece amanhã, às 9h, no Cemitério do bairro.

Severino Vitalino foi um dos quatro filhos do Mestre Vitalino. Nasceu em 1940 e ainda criança se mudou com a família para o Alto do Moura, onde vivia até atualmente. Trabalhava também com barro, assim como o pai. Em 2017, foi habilitado no Prêmio Culturas Populares Gomes de Barros, oferecido pelo Ministério da Cultura. O projeto dele recebeu nota máxima. O local e o horário do velório e sepultamento ainda não foram divulgados
Com Diario de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 6 de janeiro de 2019

Queima da Lapinha encerra o Ciclo Natalino neste domingo


 (Prefeitura do Recife/Divulgação)
Neste domingo, dia 6 de janeiro, quando é comemorado o dia de Reis, o Recife sedia a última festividade do Ciclo Natalino, a tradicional Queima da Lapinha. A programação, realizada pela Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife, conta com participação de 12 pastoris que serão acompanhados por Mendes e sua Orquestra, além do grupo de Cavalo Marinho Boi Coroado.

A partir das 18h, todos os grupos se concentrarão no Pátio do Carmo. Às 18h30 seguem acompanhados da orquestra, cantando as jornadas até o Pátio de São Pedro e conduzindo a lapinha com a imagem do Menino Jesus. Participam do cortejo os pastoris: Aurora Boreal, Idosos Estrela Dalva, Estrela Brilhante, Estrela do Mar, Estrela Guia do Recife, Giselly Andrade, Infanto Juvenil UR-3Ibura, Lindas Ciganas, Menino Jesus da Vovó Bibia, Sonho de Um Adolescente, Tia Marisa e Tia Nininha 3º Idade.

Conhecido como o dia em que os três reis magos levaram presentes para Jesus Cristo, antes da solenidade da queima da lapinha, que é feita de folhagens secas e incensos, a imagem do Menino Jesus é retirada para ser entregue de presente a um homenageado. Em seguida, a lapinha é queimada, enquanto o público joga seus pedidos no fogo, na esperança de que sejam realizados. Terminada a cerimônia, será o momento de celebrar o ano entrando no clima carnavalesco. As pastorinhas são transformadas em passistas e todos saudarão o Carnaval 2018 com muito frevo.

História – A Queima da Lapinha é uma manifestação religiosa do século 19 e que foi trazida pelos jesuítas para o Brasil. A lapinha simboliza a manjedoura onde nasceu o Menino Jesus. Além de ser um rito de despedida do Ciclo Natalino, a Queima da Lapinha antecipa o novo período festivo, abrindo caminho para o Carnaval.  

Serviço

Queima da Lapinha
Quando: domingo, dia 6 de janeiro
Horário: concentração às 18h, no Pátio do Carmo, centro do Recife.
Local: Pátio de São Pedro, bairro de São José
Diario de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

A droga mora na história


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O assunto é polêmico. Não foge de controvérsias incessantes.Mas há muita história que não deve ser esquecida, As sociedades nunca se recusaram às celebrações. Como viver sem festas, sem fantasias, sem ilusões? Quem gosta de mitologia observa como os mitos se assanham e curtem seus rituais. Não é recente o uso de drogas. Há uma carência que puxa a necessidade de fugir da mesmice e viajar por sonhos estimulados. Quem viveu a época intensa do LSD? Quem não se toca  com as disputas violentas, com as medidas tomadas pelos governos, com as jogadas de interesses brutais? Lembrem-se do que fizeram Reagan e Nixon? Fabricam-se muitas trapaças disfarçadas em boas intenções e propagandas financiadas. As dúvidas sobrevivem e possuem permanências.
Não faltam acusações. É a droga que provoca violência ou é a desigualdade social que se expande no meio de inúmeras tensões? O que estimula a competição entre as gangues são os chamados bandidos das favelas ou a participação de privilegiados bem nutridos se faz presente? Um sistema de repressão sofisticado busca punições, cria fantasmas, detona inocentes. A droga circula e tem patrocínio. Não mora apenas nas favelas. Reside em centros de luxo, não deixa de participar de comemorações midiáticas. As informações ganham espaço quando mostram momentos que incomodam as elites e surgem suspeitas que abalam os certos grupos.  O sensacionalismo move delírios.
Instituem-se leis de proibição e seleções políticas. Não se comunica, por exemplo,  a trajetória histórica da maconha e sua utilidade. As condenações causam medo, as polícias se armam, mas as guerras econômicas alimentam-se de motivos nada humanitários e discursos cínicos . Cabem perguntas: O que representa a indústria farmacêutica? Quando se elabora uma lista de perseguições os critérios se justificam pela salvação da saúde pública? Será que os psicotrópicos e o álcool não produzem estragos imensos omitidos pelos órgãos públicos? As notícias são controladas e se constrói uma drogaria em cada esquina. Quem segura esse esquema? Quem desenha as angústias? Quem lucra com a vendas de angústias e melancolias?
A sociedade doente, marcada pelos anseios de consumo, pelas depressões, síndromes de pânico, desamores mostra que precisa de respostas para curar seus males. Joga-se nas drogas fermentando alívios e enganos ou vestindo alegrias com datas marcadas.Uma análise histórica esclareceria medos e angústias ou descreveria os lugares poucos comentados. A questão não é contemporânea. Atiça necessidades biológicas, inquieta mercados ambiciosos, traça linguagens simbólicas. Os interesses anunciam que a violência registra modos de viver desde os tempos de Adão e Eva. Não é à toa que o racismo continua, que a opressão não cede. Os especialistas da persuasão também,atuam como uma cortina de fumaça. O espaço da ingenuidade é amargo e traiçoeiro.
Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

J.M. Coetzee e a despoetização do mundo da mesmice


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Há muitas história soltas. A vida sempre pede narrativas. Não há como limitá-las. A imaginação corre solta e o mundo contemporâneo sofre de peripécias desafiantes. Portanto, é preciso que surjam escritores, que as palavras não se inibam e que as aventuras tenham marcas. Coetzee é um viajante das existências inusitadas. Sacode reflexões e metáforas que desnudam as angústias  cotidianas. Não entra no romantismo, mas propõe longos diálogos com a subjetividade. Ganhou prêmios, espalhou suas fantasias pelo mundo, festeja o lugar comum dos infantilizados..
Impressionou-me sua aridez. Não esconde as dores. Inquieta e não se refugia . Parece que a sociedade é definitivamente excludente. Os espaços são restritos, os escolhidos são poucos. Mesmo assim há quem sonhe, poetize o deserto e ame as mulheres impossíveis. Fico perplexo. O afeto se perde nas decepções enfadonhas. No entanto, a sociedade constrói turbulências, luta-se para fugir das mesmices, embora ela seja persistente. As esperanças ficam presas em absurdos ou injustiças que geram lamentos. Talvez, a paixão disfarce  uma aventurade nada estimulante.
No seu livro, Juventude, mostra que somos atormentados. Moramos em cubículos, quanto, muitas vezes, pensamos em conquistar territórios imensos. Não há sossego e a depressão arma suas surpresas, derruba verdades, desvenda o mesquinho. As disputas não cessam, pois a grana dita normas, se torna a deusa do mundo. Coetzee não mascara as crueldades. Joga como fracasso, com a velhice precoce, como os desejos totalmente traiçoeiros. Alguém se imagina poeta num mundo sem traços de beleza que consiga alcançar e se enlaça com incertezas constantes. A incompletude não é uma invenção qualquer, está infiltrada no absurdo do viver.
O desemparo é uma visita permanente. Existem as ilusões. Ninguém pode desmontá-las de repente. Viver talvez seja sobreviver. Tudo se assemelha a um destino de labirintos sombrios. Será que as transcendências são feitiços? Será que os lugares não dispensam as indiferenças? John é uma apaixonado pela literatura, mas confessa seus escorregões. Não se define, nem arquiteta seus encontros mais profundos. Risca, não compõe a sinfonia, sente-se estranho ou inimigo do que desenhou para ultrapassar seus limites. Sabe-se amargo e anda como um corpo mal programado. Quem consegue afastar os fantasmas de o autor estimula? Na confusão, o eu nem sabe que o outro e vazio e frágil.
Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

A memória manipulada: a perda do amanhã?

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Não há como negar que, no mundo das informações, as notícias se multiplicam de forma assustadora. Desfilam versões que defendem astúcias armadas ou se inventam ídolos programados. O conceito de verdade, aliás, se estraga. Vale o sensacionalismo. Há assuntos que atraem e investem na possível nudez da vida privada. O compromisso com as provas não aparece, pois o espetáculo cultiva o efêmero. O importante é criar uma atmosfera que sustente novidades. Os jornais passam por um situação difícil e se comportam como desgastados partidos políticos, tentando fugir de uma falência anunciada.
Tudo fica confuso, pois a memória é desmontada. Não é sem razão. Muitos afirmam que Hitler era um socialista e Franco um grande defensor dos valores democráticos. A mistura não se esgota fácil. Os crimes religiosos são esquecidos, santificam-se figuras que mentem com habilidade. A sociedade se agita e nem se preocupa em se responsabilidade com a canalhice. Quer o dinheiro solto, apesar das denúncias e do repúdio dos rebeldes. A história é crucificada e Cristo se torna um astro. Mas o que foi que ele trouxe para o debate histórico: o luxo ou a luta?
Entra ano, sai ano. O ritmo dos calendários gostam de burocracia. Continua a violências, surgem políticos trapalhões, os Estados Unidos assanham suas ordens, a violência enche o cofre das milícias, os fogo assumem brilhos estonteantes. Existem solidariedades, arrecadam-se objetos, roupas, alimentos. No entanto, não se toca na estrutura e os refugiados seguem suas aventuras nada dignas. Arruinar a memória é não observar que há lixos e eles estão podres. Você acham que as revoluções só sinalizaram com generosidades? O que significa se congelar no agora? Cabe respirar para não se sufocar no pessimismo e consagrar a tragédia que se arrasta desde os tempos mais remotos.
O capital  possui poder de sedução. Seus admiradores ficam perplexos com tantas especializações e correm para  consumir. Quem ganha é uma minoria. Os monopólios não se vão e teorias justificam as desigualdades. Portanto, os dominantes reforçam seus lugares, desprezem certos problemas, usam artimanhas sem limites. conseguem o riso das hienas eletrônicas. A história não tem sentido determinado. É uma invenção humana. Seu peso depende dos projetos elaborados, das ousadias e dos interesses. Tudo passa pelo coletivo se ele buscar contrapontos e se descolar da aflição. Será que amanhã não será outro dia? Depende de quem sacudir fora a principal máscara. Os esqueletos também se movem e dançam com os ruídos resistentes.
Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Brasil sem Corrupção:PSL decide apoiar reeleição de Rodrigo Maia na presidência da Câmara, diz Bivar

Fotos: Valter Campanato/ Agência Brasil e Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Fotos: Valter Campanato/ Agência Brasil e Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
O Presidente nacional do PSL, o deputado federal eleito Luciano Bivar (PSL-PE) se reuniu na manhã dessa quarta-feira (2) em Brasília com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e fechou o apoio da bancada à reeleição dele para o comando da Casa.

Em troca, Maia se comprometeu a entregar ao PSL o comando de duas comissões importantes, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e Finanças, além da 2ª vice-presidência da Câmara.

"Maia se comprometeu a apoiar as pautas do governo Bolsonaro. O PSL vai ganhar o espaço que merece devido ao tamanho de sua bancada", disse Bivar. Ainda segundo o presidente do partido, que tem 52 deputados, os nomes que ocuparão as comissões ainda não foram definidos. A legenda resistia em apoiar Maia e corria o risco de ficar fora dos principais espaços de poder da Câmara.

O PSL elegeu em outubro 52 deputados, mas há a expectativa de aumentar a bancada em pelo menos 10 parlamentares, vindos de siglas que não cumpriram a cláusula de barreira.
COMENTÁRIO - A deputada federal eleita Joice Hasselmann (PSL-SP) comemorou nesta quarta-feira (2) no Twitter o anúncio do apoio do partido dela à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a Presidência da Câmara.

"Agora a lógica é: menos siglas, mais Brasil! Temos que aprovar as reformas e ponto!", afirmou a deputada.

Na sequência, ela se envolveu em uma discussão com um internauta que criticou o anúncio do partido. "Qual seria a opção? Afundar o governo? Não ter bloco pra aprovar nada? Fazer beicinho de criança birrenta e prejudicar milhões de brasileiros por isso? Brincar de Polianas? Ora, me poupe! Vamos pensar minha gente", rebateu.

Joice luta internamente para aumentar a influência dentro do partido e no Congresso como um todo. 

Em dezembro, veio à público uma discussão dela com o deputado reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre liderança do partido na Câmara. O senador eleito Major Olímpio, desafeto da deputada eleita, interveio em favor ao filho do meio do presidente Jair Bolsonaro.

Ao mesmo tempo, ela foi uma das primeiras eleitas pelo PSL a se aproximar de Maia, visando um maior espaço do partido na composição da mesa e das comissões da Câmara.
Com informação do Diario de Pernambuco 
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Bolsonaro Neles: LGBTs foram retirados das diretrizes dos Direitos Humanos


O novo ministério não inclui a defesa dos LGBTS em sua estrutura; Ainda não está claro onde as políticas públicas para o grupo serão tratadas

Em seu primeiro dia de governo, Jair Bolsonaro (PSL) assina decreto com mudanças nas diretrizes destinadas à promoção dos direitos humanos. A pasta responsável pelo tema, não incluí os LGBTs, grupo que estava inserido nas estruturas do governo anterior.
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado pela pastora Damares Alves, cita apenas a garantia de proteção, reconhecimento e valorização da mulher, família, criança e adolescente, juventude, idoso, pessoas com deficiência, população negra, minorias étnicas e sociais e índio.
Decreto assinado por Bolsonaro em seu primeiro dia de governo.
O decreto de nº 870 assinado por Bolsonaro em seu primeiro dia de governo retira os LGBTs das diretrizes do ministério dos Direitos Humanos.
Bolsonaro ainda não especificou onde serão tratadas as políticas públicas que cuidam do grupo. Com informação de Catraca Livre
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Eita,LEI QUE REGULAMENTA TRADUÇÃO DE LIBRAS É DE MARIA DO ROSÁRIO




A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, chamou atenção ao fazer seu discurso em Libras (linguagem brasileira de sinais) na solenidade de posse do marido, Jair Bolsonaro; a Lei que regulamenta a profissão do tradutor de Libras foi aprovada com base em um projeto da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), que já ouviu de Bolsonaro que ela não merecia ser estuprada por ser "muito feia"; ele foi condenado a pagar R$ 10 mil pela ofensa à petista
247 - A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, chamou atenção ao fazer seu discurso em Libras (Língua Brasileira de Sinais), no parlatório do Palácio do Planalto, durante solenidade de posse do marido, Jair Bolsonaro, na Presidência da República. A autora do projeto que resultou na lei que regulamenta a profissão do tradutor de Libras é a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), parlamentar que já processou Bolsonaro após ouvir ofensas do então deputado.
Inicialmente, o 247 havia publicado que Bolsonaro votou contra o projeto enquanto deputado federal, porém, a informação está incorreta. Segundo registros do site da Câmara, o então deputado estava presente na sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas como suplente da comissão, e não votou. O projeto foi aprovado por unanimidade, sem discussão. 
A proposta que deu origem à lei (PL 4673/04) foi apresentada pela deputada Maria do Rosário e aprovada pela Câmara em 2009, na forma de um substitutivo elaborado pela relatora, deputada Maria Helena (PSB-RR).
Maria do Rosário ouviu de Bolsonaro em 2003 que "ela não merecia ser estuprada" por ser "muito feia". Ele foi condenado a pagar R$ 10 mil à parlamentar. Sua condenação foi confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Maria do Rosário elogiou o discurso de Michelle: "gesto positivo".
Brasil 247
Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Jotinha toma posse na presidência da Câmara de Bom Jardim


Acontece neste momento a posse do Vereador José Medeiros (Jotinha) como o novo presidente da Câmara de Bom Jardim. A bancada da situação (aliados do prefeito João Lira) não compareceu para prestigiar a posse. O novo presidente terá Ana Nery e Roberto Lemos como membros da Mesa Diretora. Miguel Barbosa, ex-prefeito de Bom Jardim, declarou que o povo quer mudança no comando da cidade, se colocou a disposição do grupo para lutar nesta direção, objetivo. 

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Paulo e Luciana tomam posse nesta terça-feira

Governador Paulo Câmara vai tomar posse nesta terça-feira para seu segundo mandato no Palácio do Campo das Princesas
Governador Paulo Câmara vai tomar posse nesta terça-feira para seu segundo mandato no Palácio do Campo das PrincesasFoto: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco
Reeleito para o segundo mandato, governador será empossado às 15 horas na Assembleia Legislativa de Pernambuco, com a presença de presidentes do Parlamento e do Judiciário. Ao lado de Paulo, estará a vice Luciana Santos, primeira mulher eleita para a vice-governadoria no Estado. Depois da posse, o chefe do Executivo passará em revista a tropa da Polícia Militar que estará posicionada em frente à Alepe.
Luciana Santos será a primeira vice-governadora na história de Pernambuco
Luciana Santos será a primeira vice-governadora na história de Pernambuco - Crédito: Arthur de Souza
O governador reeleito Paulo Câmara (PSB) será empossado hoje, às 15h, na Assembleia Legislativa de Pernambuco para mais quatro anos no governo estadual. Ao seu lado, a vice-governadora eleita Luciana Santos (PCdoB), primeira mulher neste cargo na história do Estado. A cerimônia será realizada no plenário do edifício Miguel Arraes de Alencar, da Casa Legislativa. Como não haverá transmissão de cargo, não haverá solenidade no Palácio do Campo das Princesas.
Câmara chegará à Assembleia Legislativa acompanhado da primeira-dama, Ana Luiza Câmara, e da vice-governadora eleita, Luciana Santos. Lá, serão recebidos com as continências regulamentares pela guarda de honra composta por tropas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. O encontro, então, será aberto pelo presidente da Casa, deputado estadual Eriberto Medeiros (PP). Na oportunidade, governador e vice entregam a declaração pública de seus bens. Na sequência, a palavra será concedida ao chefe do Executivo.
A cerimônia segue com o ato de compromisso constitucional de posse, que será prestado por Câmara e Luciana Santos perante à Mesa Diretora. Então, o primeiro-secretário da Casa, deputado estadual Diogo Moraes (PSB), fará a leitura do Termo de Posse, que será assinado pelo governador, pela vice e pelas autoridades que irão compor a Mesa - entre elas, os presidentes do Tribunal de Justiça (TJPE), desembargador Adalberto de Oliveira Melo, e do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), desembargador Agenor Ferreira de Lima Filho.
plenário da Casa estará reservado aos deputados estaduais atuais e eleitos, ao secretariado, aos deputados federais e às autoridades de outros poderes. As galerias estarão abertas ao público. Não há, todavia, confirmação de caravanas de movimentos sociais até então.
Após a solenidade, o governador concederá entrevista coletiva à Imprensa e, depois, passará em revista a tropa da Polícia Militar, que estará posicionada em frente à Assembleia Legislativa, encerrando o evento, que deve ter duração de pouco mais de 1 hora.
Para o segundo mandato, o gestor realizou uma reforma administrativa - mantendo a mesma quantidade de 22 Secretarias da primeira gestão, com fusões e criações de pastas - e anunciou novo secretariado na última sexta-feira. Estes serão empossados amanhã, às 16h, no Palácio do Campo das Princesas. O governador afirmou que a reorganização tinha o objetivo de melhorar a prestação de serviços.
Perfis 
O socialista foi reeleito no primeiro turno, com 1.918.219 votos - o correspondente a 50,7% dos votos apurados. Natural do Recife, Câmara, 46 anos, é formado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde também fez especialização em Contabilidade e Controladoria Governamental e mestrado em Gestão Pública. Antes de ser governador, atuou como secretário estadual de Administração, Turismo e Fazenda, no governo Eduardo Campos, morto em 2014.
Também natural do Recife, Luciana Santos, 53, é formada em Engenharia Elétrica pela UFPE. Antes de se eleger a primeira mulher vice-governadora de Pernambuco, ela foi deputada estadual, prefeita de Olinda, secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente no governo Campos e deputada federal. Luciana é presidente nacional do PCdoB.
Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE