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terça-feira, 19 de setembro de 2017

Bom Jardim decepcionado com João Lira e seus vereadores

Não se pode cobrar daqueles que dizem ser os “representantes do povo” o compromisso de lutar pelo interesse coletivo, quando o voto também advém do interesse individual. Aí está o alto preço cobrado pelas más escolhas.
De Bruno Araújo - Facebook.

"De hoje, na sessão extraordinária na Câmara Municipal da cidade de Bom Jardim - PE. Se alguém me contasse, o que lá aconteceu, eu reservaria o espaço da dúvida para questionar a veracidade do relato. Como presenciei a sessão in loco, sou testemunha e dou testemunho da arbitrariedade lá ocorrida. O direito de expressão foi negado aos presentes, numa clara falta de respeito para com os funcionários públicos. O caos político do Governo Federal, representado por Michel Temer, se repete no Governo Municipal da cidade de Bom Jardim. Senhora primeira dama, e presidente da câmara, seu salário, e dos demais membros da Casa Desembargador Dirceu Borges, é pago por nós contribuintes, logo vocês são nossos funcionários e não patrões. E para quem faz do poder uma oportunidade de desserviço, vale lembrar: "O PODER TEM SUAS RAÍZES NA AREIA, O TEMPO FAZ CAIR." De Assis Lukas.

"Assim como disseram com os deputados guarde bem os nomes desses vereadores que votaram contra o povo bom jardinense" Ana Souza.




Professor Edgar Bom Jardim - PE

EUA estão preparados para 'destruir totalmente' a Coreia do Norte, diz Trump na ONU

Donald TrumpDireito de imagemREUTERS
Image captionPresidente americano causou surpresa na Assembleia geral da ONU com tom agressivo contra países presentes
Diante das Nações Unidas, o presidente americano Donald Trump disse que os Estados Unidos estão prontos para "destruir totalmente" a Coreia do Norte caso seja "forçado" a defender a si e a seus aliados.
"Estamos prontos, dispostos e aptos (a atacar a Coreia do Norte), mas esperamos que não seja necessário. Vamos ver como eles se saem", afirmou, antes de pedir que os países do mundo trabalhem para "isolar" o líder coreano.
Em seu primeiro discurso na 72ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, Trump falou sobre a ameaça de "países erráticos" e mencionou também o Irã e a Síria.
O americano também fez piada com o líder norte-coreano Kim Jong-un, chamando-o de "rocket man" ("homem do foguete", em tradução livre) e dizendo que ele está em uma "missão suicida".
Nas últimas semanas, a Coreia do Norte tem feito testes de bombas e mísseis desafiando os Estados Unidos, as sanções da ONU e também os pedidos da China, seu principal aliado.
Trump afirmou que países de culturas e valores diferentes devem ser capazes de conviver como nações soberanas, mas também criticou duramente o Irã, que chamou de uma "ditadura corrupta que exporta violência, sangue e caos".
Ele pediu que Teerã deixe de "apoiar grupos terroristas" e disse que os EUA podem desistir do acordo feito com o Irã durante o governo Obama caso o país continue desenvolvendo um programa nuclear.
"Este foi o pior acordo em que os Estados Unidos já entraram. Francamente, é uma vergonha e vocês ainda vão ouvir falar muito disso", disse.
Kim Jong-un e militares norte-coreanosDireito de imagemREUTERS
Image captionKim Jong-un, acompanhado de militares na imagem divulgada pela agência estatal norte-coreana, a KCNA, foi chamado por Trump de "rocket man"

'Ideologia fracassada'

O presidente também reservou críticas ao governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, que disse ter "destruído uma nação por meio de uma ideologia fracassada que trouxe pobreza a todos os lugares onde foi implementada".
"O problema não é que o socialismo tenha sido implementado. É que ele tenha sido fielmente implementado", afirmou, arrancando aplausos de parte da plateia.
Trump pediu que a ONU "faça mais" para lidar com a crise política e econômica no país e afirmou que, além das sanções já impostas, os EUA "estão preparados para fazer mais".
A terceira "nação errática" mencionada pelo presidente foi a Síria e o "regime criminoso de Bashar al-Assad" - que ele acusou de usar armas químicas contra a população.
Ao falar dos conflitos no Oriente Médio e no norte da África, Trump disse que os EUA gastam milhões para "apoiar a volta dos refugiados para seus países de origem".
"Pelo custo de assentar um refugiado nos Estados Unidos, assentamos dez em suas nações ou em locais próximos. A migração descontrolada é ruim para os países que enviam e também para os que recebem", afirmou.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Concurso da Fazenda em Pernambuco


O governo de Pernambuco publicou novo edital para seleção temporária de profissionais de nível médio e superior para a Secretaria da Fazenda. Serão 10 vagas disponibilizadas para as funções de engenheiro civil, engenheiro eletromecânico, engenheiro elétrico, advogado e arquiteto. 

Além disso, estão abertas outras seis vagas para profissionais da área de desenho, tecnólogia e técnia em edificações, telecomunicações, refrigeração e em contabilidade. Os salários vão de R$ 1.310 a R$ 4.590.

A seleção será feita em etapa única: avaliação curricular dos documentos entregues no ato da inscrição. O resultado final está previsto para ser divulgado em 20 de novembro. A validade do cargo é de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período até completar seis anos. 

As inscrições serão gratuitas, e podem ser feitas a partir do dia 20 de setembro até 5 de outubro através de Sedex. Os cadastros também podem ser feitas presencialmente, das 8h às 16h, na Superintendência de Gestão de Pessoas (SGP) da Secretaria da Fazenda, localizada na Rua do Imperador Dom Pedro II, nº S/N, no bairro de Santo Antônio, no Recife.

O candidato deve entregar os documentos e a ficha de inscrição preenchida em um envelope lacrado destinado à Comissão Executora o Processo Seletivo.

Defensoria de Pernambuco também abre vagas

O Conselho Superior da Defensoria Pública de Pernambuco aprovou a resolução que regulamenta o terceiro concurso para ingresso na carreira de defensor público do estado. O próximo passo é a formação de uma comissão, que dará andamento ao processo.

O edital deve ser publicado ainda neste ano. Para se candidatar será necessário graduação de nível superior em direito e três anos de atividade jurídica, no mínimo.

Seguindo pelo Nordeste

Em Natal, o Tribunal Regional Eleitoral (TRT 21) anunciou a realização de novo concurso para cargos de nível médio e superior.

No total será uma vaga para analista judiciário, com remuneração inicial de R$ 10.461,90, e para participar é necessário ter ensino superior em direito. 

Os candidatos de nível médio podem se inscrever para o cargo de técnico judiciário na área administrativa. São duas vagas e o piso salarial é de R$ 6.376,41.

Haverá prova objetiva de conhecimentos básicos e específicos para ambos os cargos. Os candidatos ao cargo de analista serão submetidos ainda a uma prova discursiva de redação, a ser aplicada no mesmo dia da avaliação objetiva, em 10 de dezembro na cidade de Natal. 

Os interessados poderão se inscrever das 10h do dia 25 de setembro até as 14h do dia 11 de outubro, por meio do site da banca. A taxa é de R$ 80 para técnicos e R$ 120 para analistas, e deverá ser paga até o último dia de inscrições.
Com Informações de Diário de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

REDE defende o arquivamento do projeto que aumenta contribuição para Fumap em Bom Jardim

A Câmara de Bom Jardim vai debater nesta terça-feira, 19 de setembro, o projeto de Lei 011/2017,  que aumenta o percentual da alíquota do FUMAP de 11% para 13%. Os servidores municipais serão penalizados em detrimento dos contratados que serão mantidos sem contribuir para o Fundo Municipal de Aposentadorias e Pensões(FUMAP). 
 A REDE Sustentabilidade Bom Jardim, democraticamente faz um apelo para  que o prefeito João Lira, retire o projeto da pauta e realize o Concurso Público o mais breve possível. 
Os vereadores devem ter a consciência que o Concurso Público é a melhor saída para Bom Jardim.
A REDE também sugere que o município realize um aporte financeiro com recursos da repatriação, de parte dos 40% do FUNDEF e dos recursos que serão repassados futuramente pelo INSS. Essas medidas serão importantes para restabelecer a saúde do FUMAP. Outra proposta que também defendemos é uma auditoria nas contas desde a criação do referido fundo. 

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Caminhada pelo fim da intolerância religiosa


Representantes de diversas religiões participam de caminhada na praia de Copacabana em defesa da liberdade religiosa.
No Rio de Janeiro, umbandistas do Centro Espírita Irmãos Frei da Luz foram agredidos com pedradas pelos frequentadores de uma Iurd situada ao lado desse Centro, na Abolição. Uma adepta da Tenda Espírita Antônio de Angola, no bairro do Irajá, foi mantida por dois dias em cárcere privado numa igreja evangélica em Duque de Caxias, com o objetivo de que esta renunciasse à sua crença e se convertesse ao evangelismo. Em Salvador, […], uma iniciada no candomblé teve sua casa, no bairro de Tancredo Neves, invadida por trinta adeptos da Igreja Internacional da Graça de Deus, que jogaram sal grosso e enxofre na direção das pessoas ali reunidas durante uma cerimônia religiosa […] Em São Luís, capital maranhense, alguns fiéis da Assembleia de Deus residentes no bairro acusaram os chefes do Terreiro do Justino, localizado na Vila Embratel, de sequestro de um bebê, filho de um casal de frequentadores da igreja que residia na vizinhança. Acreditavam que o bebê teria sido raptado para ser sacrificado nos ritos do terreiro. […] O terreiro, fundado há 104 anos, é um dos mais antigos da cidade e vem sofrendo pressões por parte dos evangélicos do bairro para que seja transferido dali. […] Uma mãe-de-santo da Cidade Tiradentes em São Paulo reclamou de um carro de som, contratado por uma igreja neopentecostal das imediações, que parava ou circulava insistentemente em frente ao seu terreiro para anunciar em alto volume as “sessões de descarrego” realizadas na referida igreja. (SILVA, 2007, p. 12-14)

Brasil.
País de diversas negações e contradições sobre sua própria história, sobre a formação de seu povo e sobre os mais vergonhosos problemas que descendem dessa negação e contradição. Todas as verdades por aqui são mascaradas, sobretudo aquelas que exigem trabalho apurado de autocrítica e humildade para quebrar tabus e regras perigosamente arcaicas e promover mudanças permanentes.
O mito da democracia e liberdade de expressão que nunca experimentamos, o mito da comunhão racial cunhado em meio a efervescência contínua do racismo estrutural, a falsa valorização da figura da “mulher brasileira” que encobre a misoginia e potencializa estereótipos dentro e fora do país, o tratamento promíscuo e irresponsável que se dá a formação de nossas crianças e adolescentes, entre outras diversas incongruências que fazem parte do nosso estado natural de coisas e não estão na pauta do dia.
“O profundo das coisas não está na pauta do dia. De nenhum dia.” Micheliny Verunschk em Nossa Tereza – Vida e Morte de uma santa suicida.
Mas, essa atitude de jogar a sujeira para baixo do tapete, ao longo da nossa história, vem se mostrando de uma ineficiência persistente e proveitosa, pois vez por outra, um assédio aqui, um estupro coletivo ali, um Rafael Braga acolá, joga na cara da sociedade a sua hipocrisia passiva e covardia pujante.
Como é o caso dos recentes vídeos propagados nas redes sociais, onde traficantes evangélicos violentam casas de culto religioso africano (ou de dissidência africana), que trouxe para os 15 minutos de debates rasos e indignações passageiras, um sofrimento que, além de histórico é seguramente uma ramificação da expressão do racismo arraigado nas estruturas e instituições alocadas desde o extremo sul ao extremo norte do país.
E não devemos nos ater ao rótulo de ‘traficantes evangélicos’ para destilar argumentos e contrapontos, sob pena de cair em outro erro histórico característico do nosso povo: o esvaziamento sumário das discussões, uma vez que, o Brasil é racista e a manifestação desse racismo não é concentrada em um só ponto, em uma só pessoa ou instituição.
Há que se considerar os preconceitos de toda ordem que se assentaram no senso comum dos brasileiros e estão vivos nas mais variadas vertentes sociais, reverberando como heranças devidamente costuradas pela ação do tempo que transcorre sem confrontá-las de forma madura.
Um desses preconceitos gira entorno da crença de que se pode afetar e/ou interferir na vida de qualquer pessoa, pela manipulação de receitas e ingredientes mágicos, em rituais caricatos de feitiçarias e/ou bruxarias associadas a figura de uma legião de forças malignas ocultas que a princípio, daria esse enorme poder para seus adoradores. Isso faz parte das escusas intenções políticas que rondaram a igreja católica na idade da “Santa” Inquisição, onde se queimavam pessoas praticantes de outras expressões do sagrado.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

“Na cadeira da Presidência da República está sentado um criminoso”, diz Molon


Para o deputado Alessandro Molon (REDE-RJ) a segunda denúncia feita pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer demonstra mais uma vez que o país está sob o comando de criminosos que tem, sistematicamente, se feito valer de seus cargos e sua posição política para atender a interesses próprios – com o desvio de, pelo menos R$ 587 milhões.
"É uma denúncia extremamente grave, que mostra que na cadeira da Presidência da República está sentado o chefe de uma organização criminosa que ordenou a compra do silêncio do operador financeiro desta organização criminosa. Temer fez tudo isso para que os crimes dele ficassem ocultos à Justiça e diante da gravidade desses fatos é inaceitável que a Câmara, mais uma vez, impeça a Justiça de julgar Temer pelos crimes que ele cometeu", afirmou o deputado.
Caberá, agora, assim como na primeira denúncia apresenta pelo procurador-geral Rodrigo Janot, caberá à Câmara dos Deputados autorizar ou não que o Supremo Tribunal Federal julgue o caso. "Vamos voltar para nossa campanha pelos 342 votos na Câmara para que a denúncia seja aceita e Temer pague pelos crimes que cometeu", diz Molon.
REDE
Professor Edgar Bom Jardim - PE

REDE repudia declarações de general do exército sobre possível intervenção militar


A Rede Sustentabilidade repudia veementemente as declarações do general Antonio Hamilton Martins Mourão em apoio a uma possível intervenção militar. Trata-se de um posicionamento gravíssimo, especialmente quando originado de uma pessoa com tão alta patente.
No atual cenário de instabilidade política, um pronunciamento deste teor é uma grave ameaça à democracia. Além de repudiar tais declarações, como fez corretamente o Comandante do Exército, general Eduardo Vilas Boas, espera-se que o oficial seja punido de forma exemplar.
A REDE tem como princípio fundamental a defesa da democracia e o respeito à Constituição. Qualquer desvio desse princípio tem um nome: golpe.
REDE
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Produtos da agricultura familiar são avaliados para merenda escolar de João Alfredo


Em atendimento ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), a Prefeitura Municipal de João Alfredo (PMJA), através da Secretaria Municipal de Educação, recebeu nessa quinta-feira (14) agricultores familiares inscritos na chamada pública 001/2017. O objeto da chamada é adquirir gêneros alimentícios da Agricultura Familiar e do Empreendedor Familiar Rural para atendimento à merenda escolar da rede municipal de ensino. Na sede da PMJA aconteceu a sessão de amostras para avaliação e seleção dos produtos que serão submetidos aos testes de qualidade. A etapa acontece depois da fase de habilitação coordenada pela nutricionista da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes. De acordo com a chamada pública, o período de fornecimento é de 12 meses e o valor estimado (para 12 meses) é de R$ 1.236.172. Serão atendidos 5.025 alunos. Todo o valor destinado ao PNAE circulará na economia local e regional.
Fonte:Blog do Agreste
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Raquel Dodge discursa, Cármen Lúcia fica entre os investigados na messa da posse

Joelma Pereira/Congresso em Foco
Futuro de Temer, Eunício e Maia também passará pelas mãos de Raquel Dodge

Em seu discurso de posse, no qual prometeu firmeza e coragem no combate à corrupção, a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, dividiu a mesa com três políticos suspeitos do crime que pretende enfrentar: os presidentes da República, Michel Temer (PMDB), da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Além deles, também estava à mesa a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia.
Caberá a Raquel pedir o encaminhamento ou a suspensão das investigações contra Temer, Maia e Eunício no Supremo, além de centenas de outros políticos com foro no tribunal. Em sua fala, de cerca de 10 minutos, Raquel defendeu a harmonia entre os poderes como requisito para a “estabilidade da nação” e se comprometeu a atuar para que ninguém esteja acima ou abaixo da lei no Brasil.
Além de pedir proteção divina para sua nova missão, a procuradora-geral citou uma frase do Papa Francisco sobre a necessidade de se combater a corrupção: “A corrupção não é um ato, mas uma condição, um estado pessoal e social, no qual a pessoa se habitua a viver. O corrupto está tão fechado e satisfeito em alimentar a sua autossuficiência que não se deixa questionar por nada nem por ninguém. Construiu uma autoestima que se baseia em atitudes fraudulentas. Passa a vida buscando os atalhos do oportunismo, ao preço de sua própria dignidade e da dignidade dos outros”.
Veja quais são as suspeitas que recaem contra Temer, Eunício e Rodrigo Maia:
Michel Temer
O presidente viu as denúncias contra si aumentarem a partir da gravação feita pelo empresário Joesley Batista, no Palácio do Jaburu. Na conversa com o peemedebista, Joesley conta que tinha um procurador dentro da força-tarefa da Lava-Jato que passava informações sobre a operação. Temer ainda sugere que o empresário trate dos assuntos da empresa com o então deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que logo depois foi filmado ao receber uma mala de R$ 500 mil de outro delator da JBS, Ricardo Saud, no estacionamento de uma pizzaria. Por causa das gravações, ele virou alvo de duas denúncias da PGR: por corrupção (rejeitada pela Câmara, mas que voltará a tramitar quando ele deixar a Presidência) e por obstrução da Justiça e organização criminosa (apresentada semana passada e que ainda será examinada pelos deputados). O presidente também responde a inquérito que apura recebimento de propina em troca de medida provisória.
Eunício Oliveira
Investigado em dois inquéritos por corrupção e lavagem de dinheiro, é suspeito de receber R$ 2 milhões em propina da Odebrecht em troca da aprovação de medidas provisórias de interesse do grupo, ao lado de Rodrigo Maia, Renan Calheiros, Romero Jucá e Lúcio Vieira Lima. Na planilha da empreiteira era identificado como “Índio”. Um delator do grupo Hypermarcas acusa o senador de receber recursos ilícitos para sua campanha eleitoral de 2014 ao governo do Ceará.
Rodrigo Maia
Responde a dois inquéritos por corrupção e lavagem de dinheiro decorrentes da Lava Jato, juntamente com o seu pai, o ex-prefeito do Rio César Maia. Uma das investigações apura repasses ilícitos da Odebrecht para os dois em três anos eleitorais diferentes, em valores de R$ 350 mil a R$ 600 mil. No outro inquérito, o deputado, o ex-prefeito, ao lado dos senadores Eunício Oliveira, Renan Calheiros e Romero Jucá e do deputado Lúcio Vieira Lima, são acusados de receber vantagens indevidas em troca da aprovação de três medidas provisórias de interesse da Odebrecht. Apelidado nas planilhas da empreiteira como “Botafogo”, Maia é suspeito de receber R$ 100 mil nesse caso.
Com informações de CEF
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Fórum de Bom Jardim terá novo horário de funcionamento


A partir do dia 28 de setembro de 2017, o horário de atendimento forense da Comarca de Bom Jardim-PE, será das 08:00 às 17:00 horas, conforme solicitação do Dr. Hailton Gonçalves da Silva,  Juiz de Direito em exercício cumulativo e aprovado no colegiado do Tribunal de Justiça de Pernambuco, publicada no Diário Oficial de 28 de agosto.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 16 de setembro de 2017

Mudança nas missas com o novo documento do papa


No último dia 9, um sábado, enquanto as atenções do mundo católico voltavam-se para a viagem do papa Francisco à Colômbia, o Vaticano divulgou um importante texto com força de alterar o Código de Direito Canônico. Chamado de motu proprio, quando é criado por iniciativa exclusiva do papa, o documento deu às conferências episcopais (a CNBB no Brasil, por exemplo) a incumbência de adaptar os livros litúrgicos, aqueles usados nas missas, nos casamentos e nos batizados, por exemplo. Até então, as conferências basicamente os traduziam. Na prática, as cerimônias católicas poderão adotar uma linguagem mais próxima à realidade do fiel, como a adoção de expressões locais – sem, obviamente, ferir o rito romano. Os textos editados têm ainda de ser enviados para a Santa Sé, mas não serão mais revisados – e, sim, confirmados. A medida é, sem dúvida, modelo de descentralização do poder romano. O motu proprio de Francisco, porém, provoca outro impacto tão ou mais significativo sob ponto histórico: o desestímulo das missas em latim, conhecidas como tridentinas. O rito vinha ganhando fôlego na Santa Sé nos últimos anos.
motu proprio de Francisco também surge para aplacar as chamadas “guerras litúrgicas”, que ganhou força sobretudo no prelado americano. O termo refere-se a uma série de batalhas internas sobre como o culto católico deveria parecer e soar em inglês. De um lado, os progressistas em favor de textos que refletissem as sensibilidades modernas. De outro, os conservadores que defendiam que a reformulação pós-Vaticano II da liturgia havia cedido demais à modernidade secular e não era mais fiel aos textos originais em latim.
VEJA.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

PIB de Pernambuco cresceu 2,3% nos seis primeiros meses de 2017


A economia pernambucana apresentou resultados melhores que os brasileiros, consolidando um movimento de recuperação, no primeiro semestre deste ano. Pelo menos é isso que indica os números do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, apresentados pela Agência Condepe/Fidem nesta sexta-feira (15).

Segundo a agência, o PIB de Pernambuco cresceu 2,3% nos seis primeiros meses de 2017, já o do Brasil manteve-se estável (0%). Considerando apenas o segundo trimestre do ano, a economia pernambucana cresceu 2,7% e a brasileira, 0,3%. Por isso, a Condepe Fidem também projeta um bom desempenho para o final do ano. "Pernambuco vai crescer mais que os 0,3% ou 0,4% do Brasil em 2017", garantiu o diretor executivo da agência, Maurílio Lima, que elevou de 1% para 2% a projeção do PIB de Pernambuco para 2017. 

Ainda segundo Lima, esses números são resultado de três fatores principais: a recuperação de parte da agropecuária, muito castigada pela seca em 2016; o início da recuperação da indústria de transformação, que foi puxado pela produção de embarcações e automóveis no segundo trimestre deste ano; e o desempenho do comércio, favorecido pela queda da inflação, que aumentou o poder aquisitivo da população. Com Folha de Pernambuco

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Ficar sentado por longos períodos pode aumentar risco de morte, mesmo para pessoas ativas

Mulher sentada me mesa de escritórioDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionNão apenas as costas são afetadas pelo hábito de permanecer muito tempo sentado
Cientistas americanos alertam que passar muito tempo sentado pode aumentar o risco de morte mesmo para pessoas que não são sedentárias.
De acordo com um estudo publicado no início da semana pela revista especializada Annals of Internal Medicine, e que estudou quase 8 mil adultos, pessoas que passam muito tempo sentadas precisam se movimentar a cada 30 minutos para ajudar a evitar uma morte prematura.
"As autoridades médicas falam para as pessoas se exercitarem e não passarem muito tempo sentadas, mas não dizem como. Sugerimos recomendações específicas como cinco minutos de caminhada rápida para cada 30 minutos consecutivos que se passa sentado", explica Keith Diaz, da Faculdade de Medicina da Universidade Columbia, em Nova York, principal autor do estudo.
Diaz comandou uma equipe de profissionais de várias instituições acadêmicas americanas. Eles analisaram dados sobre diferenças geográficas e raciais na ocorrência de derrames nos Estados Unidos, em especial uma amostragem criada para tentar explicar porque negros tendem a sofrer mais episódios que brancos - um programa conhecido como Regards, levado a cabo pelo Instituto Nacional de Saúde do país.
Durante quatro anos, os cientistas acompanharam 7.985 indivíduos brancos e negros, com idade a partir de 45 anos, que se voluntariaram para o Regards.
Homem obeso sentado no sofáDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEstudo acompanhou quase 8 mil americanos
Para medir o tempo de sedentarismo desses adultos, foram usados aparelhos para medir a aceleração dos indivíduos. Analisando os dados, os cientistas descobriram que, em média, o comportamento sedentário correspondia a 12,3 horas de 16 "acordadas".
Estudos anteriores tinham registrado uma média de 9 a 10 horas, mas Diaz vê na diferença uma consequência do envelhecimento.
"À medida que envelhecemos, nossas funções físicas e mentais diminuem de ritmo, o que nos faz ficar mais sedentários. Estudamos uma população começando na meia-idade. E também pode ser que, ao contrário de outros estudos, monitoramos ativamente o tempo de sedentarismo em vez de confiar em autoavaliações", especula Diaz.
Os pesquisadores constataram que o risco de morte cresceu proporcionalmente ao tempo os participantes passavam sentados. E significativamente: segundo o pesquisador, aqueles que se sentavam mais de 13 horas por dia, por exemplo, tinham duas vezes mais chance de morrer que os que passavam menos de 11 horas na posição.
Homem guiando vanDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEstudo constatou que não apenas o tempo total que passamos sentados aumenta as chances de morte prematura
Também foi constatado que a duração de cada período sentado faz diferença: pessoas que passaram períodos de menos de meia hora sentadas apresentaram risco 55% menor de morte do que pessoas que superavam essa marca.
Os pesquisadores ressaltam que o estudo não teve como objetivo explicar como o comportamento sedentário afeta a saúde, mas sim analisar diferenças entre tempo total de sedentarismo e períodos ininterruptos de sedentarismo.
"Médicos e pesquisadores estão cada vez mais convencidos de que ficar sentado por muito tempo é o novo tabagismo", diz Monika Safford, da Universidade de Cornell, e coautora do estudo.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Janot acusa Temer de chefiar organização criminosa: 10 perguntas para entender a denúncia

O presidente MicherTemerDireito de imagemAFP
Image captionTemer é acusado de obstrução de Justiça e de integrar organização criminosa
Mesmo ferido por graves acusações contra a atuação do Ministério Público Federal na condução da delação da JBS, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, lançou sua segunda "flechada" contra Michel Temer e denunciou o presidente nesta quinta-feira sob as acusações de obstrução de Justiça e de integrar organização criminosa.
O disparo foi dado a três dias de Janot passar o cargo para a próxima procuradora-geral, Raquel Dodge.
Agora, o Supremo Tribunal Federal (STF) deverá avaliar se encaminha a denúncia diretamente para a análise da Câmara dos Deputados ou se vai suspender seu andamento até que se concluam as investigações sobre a legalidade do acordo firmado com Joesley Batista e outros executivos do grupo.
Em nota, a Presidência da República, afirmou que Janot "continua sua marcha irresponsável para encobrir suas próprias falhas", ignorando "deliberadamente as graves suspeitas que fragilizam as delações sobre as quais se baseou para formular a segunda denúncia contra o presidente da República".
"A segunda denúncia é recheada de absurdos. Fala de pagamentos em contas no exterior ao presidente sem demonstrar a existência de conta do presidente em outro país. Transforma contribuição lícita de campanha em ilícita, mistura fatos e confunde para tentar ganhar ares de verdade. É realismo fantástico em estado puro", diz o texto (leia a íntegra no fim desta reportagem).
Já o PMDB informou lamentar "mais um ato de irresponsabilidade realizado pelo procurador-geral" e afirmou que "a Justiça e sociedade saberão identificar as reais motivações" de Janot.
Entenda, em dez perguntas, as acusações contra Temer e o que deve acontecer agora:

1. Do que Janot acusa Temer agora?

O presidente é acusado de integrar uma organização criminosa com outros peemedebistas - eles teriam montado uma complexa estrutura para desvio de dinheiro público, cujos valores superariam R$ 580 milhões.
Segundo a denúncia, políticos do PMDB, sob a liderança de Temer, teriam recebido propinas de empresas em troca de interferências ilegais em operações de crédito da Caixa, negócios da Petrobras, concessões de aeroportos e ações dos ministérios da Agricultura e da Integração Nacional, além da inclusão de emendas em medidas provisórias no Congresso.
Janot diz que o grupo começou a se articular a partir de 2006, quando o PMDB passou a ocupar cargos no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que precisou ampliar sua base de apoio após o escândalo do mensalão.
Temer e Henrique Eduardo Alves, na época deputados, teriam negociado "cargos-chaves" para o grupo criminoso, "tais como a presidência de Furnas, a vice-presidência de Fundos de Governo e Loterias na Caixa Econômica, o Ministério da Integração Nacional, a Diretoria Internacional da Petrobras, entre outros", diz a denúncia.
O procurador-geral frisa também que a organização criminosa continuou praticando crimes nos anos de 2015, 2016 e 2017, e que Temer teria se tornado o "líder" do grupo em maio do ano passado, quando assumiu a Presidência da República.
Temer, especificamente, teria obtido "vantagem" de R$ 31,5 milhões, sendo R$ 500 mil da JBS por meio de Rodrigo Rocha Loures, R$ 10 milhões em doações da Odebrecht, R$ 20 milhões referentes ao contrato PAC SMS da Diretoria Internacional da Petrobras com a Odebrecht e R$ 1 milhão entregue ao coronel João Batista Lima Filho, amigo do peemedebista.
Além disso, Janot também acusa o presidente de tentar obstruir a Justiça ao dar aval para suposta compra de silêncio do ex-presidente da Câmara, o peemedebista Eduardo Cunha, e do operador Lúcio Funaro.
Para embasar essa acusação, o procurador-geral usa, por exemplo, a gravação da conversa entre o presidente e Joesley Batista, dono da JBS. Ele sustenta que Temer instigou Batista a pagar, por meio de Ricardo Saud, vantagens a Roberta Funaro, irmã de Lúcio Funaro.
Rodrigo Janot em palco com a inscrição: #todos juntos contra a corrupção
Image captionO procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante o lançamento da campanha Todos Juntos contra a Corrupção, em 12 de setembro | Foto: Ag. Brasil

2. Quem foi denunciado ao lado do presidente?

A suposta organização criminosa denunciada por Janot contaria com mais seis integrantes, todos peemedebistas: o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil), os ex-ministros Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e o ex-assessor de Temer e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures.
Desses, estão presos hoje Cunha, Alves, Geddel e Loures.
Segundo relatório da Polícia Federal usado para embasar a denúncia, "enquanto Eduardo Cunha fazia a parte obscura das tratativas espúrias, negociatas, ameaças e chantagem política", "o presidente Michel Temer, como liderança dentro do PMDB, tinha a função de conferir oficialidade aos atos que viabilizam as tratativas acertadas por Eduardo Cunha e os demais participantes, dando aparente legalidade e legitimidade em atos que interessam ao grupo."
Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud, da JBS, perderam a imunidade que haviam negociado no acordo de delação e foram denunciados pelo crime de obstrução de Justiça.

3. É o mesmo caso da mala de R$ 500 mil?

A segunda denúncia é mais ampla que a primeira, que foi apresentada no final de junho e acusava o presidente de corrupção passiva, com base em informações da delação da JBS, revelada em 17 de maio.
Havia um prazo curto para apresentar aquela primeira denúncia porque ela envolvia também um investigado preso, Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial de Temer, filmado recebendo uma mala de R$ 500 mil de um executivo da multinacional.
Esse pagamento seria, segundo a Procuradoria, a primeira parcela de propina em troca de interferência do governo no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em favor da JBS.
Temer nega que tivesse ciência de qualquer acordo entre Loures e JBS e que tenha interferido no órgão. A Câmara dos Deputados rejeitou o andamento dessa denúncia no início de agosto.
Deputados da oposição em votação da denúnciaDireito de imagemEPA
Image captionParlamentares da oposição ao governo Temer protestaram durante votação na Câmara que arquivou a primeira denúncia de Janot contra Temer, em 2 de agosto | Foto: EPA

4. Por que a segunda denúncia só foi apresentada agora?

No caso das suspeitas de obstrução de Justiça e formação de quadrilha, não havia exigência de prazo curto para apresentação da denúncia e, por isso, a Procuradoria-Geral da República pôde continuar investigando para incluir novos elementos na denúncia, como foi o caso da delação de Funaro.
"O Ministério Público não tem pressa e nem retarda denúncia. Existem investigações em curso", disse Janot em julho, ao ser questionado sobre a segunda denúncia contra Temer.
Já o presidente e seus aliados acusam o procurador-geral de agir politicamente ao fatiar as denúncias.
"Qual foi primeira ideia? Vamos fatiar a denúncia. Para que fatiar a denuncia, se inquérito é um só, e os fatos estão ali, elencados? Foi para dizer, se ele ganhar a primeira, eu venho com a segunda. Se ele ganhar a segunda, eu venho com a terceira", disse Temer em entrevista ao SBT na semana passada.
"Não é tipicamente uma função digamos para estatura de um chefe do Ministério Público", completou o presidente.

5. Quem são os delatores que denunciaram Temer?

A principal novidade dessa denúncia são as acusações de Lúcio Funaro, tido como operador de propina do PMDB e que acaba de fechar acordo de delação premiada.
Janot usa também os depoimentos de executivos da JBS, como Joesley Batista e Ricardo Saud, embora essa delação esteja hoje em xeque e corra o risco de ser anulada por suposta ilegalidade na sua condução por parte de membros do Ministério Público, como o ex-procurador Marcelo Miller.
O procurador-geral sustenta que a rescisão do acordo dos dois não impede a utilização das provas apresentadas por eles - e que são centrais na nova denúncia.
Em defesa dessa tese, cita um voto proferido pelo ministro do STF Dias Toffoli em julgamento de 2015, no qual o magistrado afirmou que as declarações dos colaboradores "poderão ser consideradas meio de prova válido para fundamentar a condenação de coautores e partícipes da organização criminosa", "ainda que o colaborador, por descumprir alguma condição do acordo, não faça juz a qualquer sanção premial (benefício da delação)".
Janot cita ainda na denúncia revelações de outros delatores da operação Lava Jato, como Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e executivos da Odebrecht.
Michel Temer acena para plateia sentada em uma quadra esportiva coberta, São Geraldo do Araguiaia (PA)
Image captionMichel Temer viajou nesta quinta-feira para cerimônia em São Geraldo do Araguaia (PA) e depois retornou a Brasília

6. O STF pode derrubar essa denúncia antes que a Câmara decida?

A defesa de Temer tentou impedir no STF o oferecimento dessa segunda denúncia, sob o argumento de que ainda está em curso a investigação para esclarecer se a delação da JBS foi ilegal.
O Supremo, no entanto, adiou essa decisão para a próxima semana, o que na prática deixou o caminho livre para Janot fazer a denúncia antes de deixar o cargo no domingo.
Agora, de acordo com juristas ouvidos pela BBC Brasil, o STF pode tanto suspender o andamento da denúncia até o fim das investigações quanto decidir encaminhar a denúncia diretamente para análise da Câmara.
Nesse caso, a decisão sobre a validade do uso da delação da JBS passaria para o momento de análise do recebimento da denúncia.
Segundo a Constituição, o Supremo só pode avaliar o recebimento da denúncia para abertura de um processo contra o presidente caso obtenha a autorização de 342 dos 513 deputados.

7. O que acontece com Temer agora?

Se o STF não impedir o andamento da denúncia, Temer permanece no cargo enquanto os deputados decidem se autorizam seu julgamento pelo Supremo.
O ministro do STF Edson Fachin deve enviar o pedido da Procuradoria para a Câmara, onde primeiro haverá uma análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Seja qual for a recomendação da CCJ, se pela aceitação ou rejeição da denúncia, o crivo final será do plenário da Casa.
Para que o STF fique autorizado a julgar Temer, é necessário o aval de 342 deputados. Ao analisar a primeira denúncia, a Câmara barrou seu andamento por 263 votos a 227. Se esse resultado se repetir, a denúncia fica em suspenso e só poderá ser analisada pela Justiça quando terminar o mandato de Temer.
Temer entre Moreira Franco e Eliseu Padilha
Image captionMoreira Franco e Eliseu Padilha, ministros de Temer, também foram denunciados

8. E se a Câmara autorizar o julgamento?

Se o andamento da denúncia for aprovado, os onze ministros do Supremo decidirão se há elementos jurídicos suficientes para tornar Temer réu. Caso isso aconteça, o presidente ficaria afastado por até seis meses, enquanto a Corte realizaria o julgamento. Durante o processo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, assumiria interinamente.
Na hipótese de Temer ser condenado, Maia teria que convocar uma eleição indireta para que o Congresso escolhesse o novo presidente. No caso de absolvição, o peemedebista reassumiria o comando do país.

9. Temer pode ser preso?

A Constituição prevê expressamente que Temer não pode ser preso enquanto for presidente, a não ser que seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal após julgamento autorizado pela Câmara.

10. Haverá novas denúncias?

A apresentação de novas denúncias dependerá do resultado de novas investigações e da avaliação da nova procuradora-geral, Raquel Dodge, que assume o lugar de Janot na segunda-feira.
Nesta semana, o ministro do STF Luís Roberto Barroso autorizou novo inquérito contra o presidente para apurar supostas ilegalidades na edição de um decreto sobre o setor de Portos, em maio deste ano.
"Os elementos colhidos revelam que Rodrigo Rocha Loures, homem sabidamente da confiança do presidente da República, menciona pessoas que poderiam ser intermediárias de repasses ilícitos para o próprio presidente da República, em troca da edição de ato normativo de específico interesse de determinada empresa, no caso, a Rodrimar S/A", assinalou Barroso na decisão de abertura do inquérito.
Em nota, a empresa negou qualquer ilegalidade. A assessoria de Temer disse em comunicado que o decreto foi debatido entre o governo e empresas e que o presidente "não teve interferência no debate e acatou as deliberações e aconselhamentos técnicos, sem que houvesse qualquer tipo de pressão política que turvasse todo esse processo".

Confira a íntegra da nota da Presidência da República:

O procurador-geral da República continua sua marcha irresponsável para encobrir suas próprias falhas. Ignora deliberadamente as graves suspeitas que fragilizam as delações sobre as quais se baseou para formular a segunda denúncia contra o presidente da República, Michel Temer. Finge não ver os problemas de falta de credibilidade de testemunhas, a ausência de nexo entre as narrativas e as incoerências produzidas pela própria investigação, apressada e açodada.Ao fazer esse movimento, tenta criar fatos para encobrir a necessidade urgente de investigação sobre pessoas que integraram sua equipe e em relação às quais há indícios consistentes de terem direcionado delações e, portanto, as investigações. Ao não cumprir com obrigações mínimas de cuidado e zelo em seu trabalho, por incompetência ou incúria, coloca em risco o instituto da delação premiada. Ao aceitar depoimentos falsos e mentirosos, instituiu a delação fraudada. Nela, o crime compensa. Embustes, ardis e falcatruas passaram a ser a regra para que se roube a tranquilidade institucional do país.A segunda denúncia é recheada de absurdos. Fala de pagamentos em contas no exterior ao presidente sem demonstrar a existência de conta do presidente em outro país. Transforma contribuição lícita de campanha em ilícita, mistura fatos e confunde para tentar ganhar ares de verdade. É realismo fantástico em estado puro.O presidente tem certeza de que, ao final de todo esse processo, prevalecerá a verdade e, não mais, versões, fantasias e ilações. O governo poderá então se dedicar ainda mais a enfrentar os problemas reais do Brasil.
Professor Edgar Bom Jardim - PE