segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

O jogo do poder é malicioso


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A política se despediu da ética, faz tempo. Procura servir a senhores privilegiados. Não se assuste com os projetos contraditórios. Muitos negam princípios constitucionais e consagram desmandos. Não imagine que a violência se extinguirá com uma reflexão de Moro. O sistema continua marcado por desigualdades. A fome existe de forma radical.  Brumadinho  parece um evento de uma passado longínquo. As instituições se balançam, querem conservar, manter preconceitos. A covardia celebra a punição da maioria, trama a concentração da riqueza e alimenta conchavos dos empresários. Pune-se com ressentimento e seletividade articulada. A imagem da justiça causa sustos inesperados.
A desconfiança merece atuar, como também a rebeldia. As promessas de campanha trazem suspeitas. Há simulação de intrigas, brigas resolvidas com risadas em gabinetes. Infelizmente, Maquiavel tinha suas razões. Quem controla o poder espalha medo e felicidade programada. Não se nega a necessidade de mudar as regras da aposentadoria. ninguém é ingênuo, porém as distorções devem ser denunciadas. Que significa a capitalização? Por que a bolsa se empolga com as manobras do governo? O que querem os donos do capitalismo? Qual o enquadramento da segurança no país das milícias que contaminam a política?
Perguntar não cansa. O mundo se veste de armadilhas. O ser humano cultiva esconderijos para cercar os mais incautos. Não se trata de pessimismo. Quem acha que a exploração é invisível? Basta uma caminhado pela ruas, um olhar crítico nas manchetes dos jornais, uma análise do último discurso do presidente do Congresso. As conspirações acontecem nas madrugadas ou mesmo nas mesas dos restaurantes. Portanto, está tudo solto, com sofisticações bem conduzidas pelas verdades nada consistentes. Tudo respira, agitando os interesses.A suspeita se encontra em qualquer esquina. Não habita, apenas, nas sentenças que atrofiaram a liberdade de Lula. Ela se fixa nas relações sociais.
Não é de hoje que as utopia adoeceram, que a mediocridade banaliza o cotidiano. O mundo tem seus desfazes e cada época seus tropeços. Recorde-se das ditaduras de Videla e Pinochet, da fúria contra os refugiados, da escravidão nas empresas multinacionais, das agressões feitas pelos países imperialistas. A história não é voo num tapete mágico. Jair soube ocupar o espaço, usou  boatos e conseguiu simpatias. Mas as indas e vindas atingem planejamentos, nada é definitivo. As mercadorias desfilam preenchendo o desejo de quem se organiza para obtê-las. As vacilações funcionam como novelas trágicas. A história desafia quem a resume numa profecia. A lama sobrevive como um velório traiçoeiro. É o avesso girando sobre as nossas cabeças.
De: A astúcia de Ulisses
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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