terça-feira, 27 de novembro de 2018

Há gritos parados no ar: a frágil saúde política


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Não há sociedade sem política. Adão negociou com Deus e a serpente ficou perplexa com o fim do paraíso. Tudo fica nublado quando as opiniões ganham espaço agressivo. As novidades buscam criar situações tensas e as verdades submergem. O inferno produz inimizades, dizem os amigos do diabo. Há regras descumpridas e preconceitos ressuscitados. As notícias correm, o bombardeio não cessa. O mundo mostra faces ferozes. A pedra não sai do meio do da caminho, a esperteza mascara quem só tem astúcias perversas e as ruínas descem para assombrar os ingênuos.
A situação complicada dos médicos cubanos trouxe espantalhos. As corporações se sentem atingidas e as mentiras se fixam nas redes sociais. Nunca vi palavras tão mesquinhas e declarações nada simpáticas. Mandaram atualizar ressentimentos, pouco ligaram para diplomacia e família do Jair sacudiu ódios. Muita gente se diverte com as tiradas do futuro presidente. Não entendo, pois a desqualificação é temerosa. Parece que os limites estão bloqueados. Tudo é permitido para os fãs do autoritarismo? Querem calar as rebeldias? O lúdico não é raso.
As informações consolidam políticas de transtorno. Busca a xenofobia. No entanto, o choque com a história produz perplexidades. Os médicos locais espumam, fecham-se, sentem-se poderosos. Isso já é hábito, embora há os que se livrem dessa estupidez. Quem cuida da saúde dever saber que seu lugar no mundo é fundamental. Vida, morte, doença, epidemias, neuroses. O capitalismo se veste com o cinismo dos planos de assistência. Há hospitais preocupados com a aparência. O atendimento é precário. Será que tramam apenas encher os bolsos de grana?
A  tradição da medicina cubana está internacionalizada. Os médicos, que estiveram no Brasil, não são pilantras. Escutem os relatos, visite os posto de saúde publica, fiquem na fila das clínicas particulares. Há arrogâncias, conservadorismos incríveis. Exaltam tecnologias, desprezam ideias que possam ameaçar a privatização. Ainda bem que muitos fogem dessa armadilha. O feitiço do saber médico é algo opressivo para quem depende dele. No entanto, não custa lembrar que a sensibilidade toca quem se percebe fora da exclusividade do mercado. Analisar, sem raiva e orgulhos doentios, a história da sociedade ajuda a não cometer tolices. Elas podem se transformar em violências.
Por Paulo Rezendo
A astúcia de Ulisses
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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