domingo, 12 de agosto de 2018

A vitrine eleitoral enfadonha: o canto da mesmice

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Parece que o espetáculo custa a se movimentar. Não faltam notícias desencontradas, mas a população ainda não se atiçou. O primeiro debate, com sofisticações imensas, foi lento. nem consegui vê-lo na totalidade, Não há tempo para aprofundar nada e tudo se perde no óbvio. Será a disputa do bem contra o mal? Querem colocar Deus para mudar o Brasil? O cansaço traz desânimo. Muitos esquemas, pouco lucidez, verdades que se tornam fumaças. A sociedade não se ligou, não deseja cumprir travessias, morre nas propaganda milionárias. Todos usam o mesmo espelho?
Espetáculo sem riscos não atrai. Até as ironias são costumeiras, a inteligência curta, o abalo com as contas sempre presente. Ciro fez um plano bem comportado, Álvaro desconhece seu caminho, o Cabo é leitor histérico da bíblia, Alckimin nada respira na sua palidez, Bolsonaro traz todos os preconceitos do mundo, Boulos mostra trilhas rebeldes, Marina busca manter um espaço antigo, Meirelles gosta de orçamento. Portanto, é difícil sentir o sopro da vida política. Os candidatos  se assemelham em alguns pontos. Especulam como feiticeiros desempregados.
Tudo denuncia que os partidos estão vazios. O pragmatismo invadiu a política de forma medonha. O mercado é sagrado, pois seria ele o alvo de todos os planos. Não se falou de corrupção, Lula ficou escanteado, não se sabe se a sua ausência salvou o PT. Mas a confusão mostra que o capitalismo assumiu radicalmente os rumos da sociedade. Mesmo quando os socialistas ameaçam trazer reformas, desmontar esquemas financeiras, tudo fica com jeito de retórica. O mundo gira em torno da grana e a globalização é amiga das concentração de riqueza.
Como tudo vai terminar, é sempre imprevisível. Maquiavel adormece, Rousseau é um desconhecido, Hannah Arendt é curtida por uma minoria. Como se falar de democracia com presidentes tão objetivos nas táticas imperialistas? Não esqueça de Trump e Putin. São exemplos para muitos. O populismo ainda não morreu, as religiões estão querendo plateia, o Brasil segue suas epidemias primárias. Apesar da crise, as eleições assanham especialistas em produzir mensagens, em fabricar estatísticas e desfilar simpatias nas redes sociais. É uma loteria de pactos oportunistas. A astúcia de Ulisses. Por Paulo Rezende.
http://professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com/


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