quinta-feira, 12 de julho de 2018

A Copa do Mundo: a arena das armadilhas


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Os eventos internacionais sacodem interesses. Muita grana circula, as multinacionais se agitam e há delírios inesperados. Na Rússia, tudo vem sendo vivido de forma tensa. os ataques machistas são terríveis. Os preconceitos raciais ganham espaço, apesar dos europeus se apresentarem com jogadores descendentes de suas antigas colônias. Não se pode admitir que as surpresas tomaram conta do espetáculo. As festas do capitalismo atiçam consumos, gosta de trazer coloridos e tecnologias. Os deslumbramentos ocupam vídeos e manchetes. O copo de cerveja esquenta o coração e disfarça as decepções. Tudo desfila como um ritual marcado em laboratório
A Copa movimenta e questiona tradições. Não nego que procuro acompanhá-la. Sempre, fui um apaixonado pelo futebol, sei que a barra é pesada. Mas o Santa Cruz está no meu coração e aprecio a arte dos bons estetas da bola. A sociedade divide-se com intolerâncias. Há uma agressividade que polui todos os ares. Ninguém quer diálogo. As notícias avisando que as relações se quebram. O divertimento se transforma em antagonismo. Ele revela, também, as agonias afetivas se revelam .A globalização misturou culturas e fortaleceu impasses, implantou velocidades destruidoras. Identidades foram desmontadas e paradigmas sacrificadas. Será o pós-moderno?
Nem tudo é manobra dos demônios.Há quem não se deixe enganar. O Brasil não concretizou o hexa e as polêmicas se acendem. Muitos se negaram a torcer pela seleção. Ficaram na espera do fracasso, para fragilizar o governo de Temer. Uma forma de mostrar insatisfação política que contamina as relações. Mais uma vez as dissidências se fortaleceram e os políticos continuam nas suas manipulações. Se adianta  sepultar as esperanças futebolísticas, para intimidar o governo há quem tenha razão. Tonturas da vida.Porém,  surgem as intrigas e as suas vítimas, As redes sociais fervem e desacomodam desejos esquizofrênicos. Bolsonaro está confuso com o vermelho da Bélgica.
Numa sociedade movida pela competição, não há como evitar os desconfortos. É difícil afirmar fraternidades. As desconfianças não desistem de provocar, reproduzir insatisfações, nublar. É uma grande fantasia ressuscitar utopias e redefinir comportamentos. Os desenganos perturbam, pedem teorias, paciências, estratégias. A lógica do conflito permanece. Não custa denunciá-la, sentir que a depressão não existe sem razão. O equilíbrio nunca será absoluto. Muitos não observam as inquietações subjetivas, as carências, os desamores.Isso facilita a expansão das intolerâncias. Torna o paraíso uma lenda frágil. Será que ele se encontra na Europa coloniizadora? 
A astúcia de Ulisses.Por Paulo Rezende.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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